domingo, 24 de outubro de 2010

Rio Negro baixa seis centímetros e bate recorde

MA-SecaRioAmazonas1.jpg Menino brinca em parte do leito do Rio Negro que ficou sem água, perto de Manaus. curso d´água deve ter baixa recorde neste fim de semana.

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informou que o nível do Rio Negro baixou seis centímetros entre sábado (23) e domingo (24) e bateu um recorde histórico. Segundo o gerente de hidrologia Daniel Oliveira, o índice chegou a 13,63 metros. Antes disso, o nível mais baixo havia sido registrado em 1963: 13,64 metros. A medição é realizada há 108 anos.

Outros rios da Amazônia também registram baixas. Na sexta-feira (22), relatório do CPRM apontou baixa recorde do Rio Amazonas, na estação de medição de Parintins. Na quarta-feira (20), o nível estava 10 centímetros abaixo do menor já visto anteriormente, em 1997.

Com a seca que a região enfrenta, as estações de Careiro e Itapeua, no Rio Solimões, também chegaram aos seus níveis mais baixos já medidos.

Na semana passada, a estação de Tabatinga, no Alto Solimões, havia registrado vazante recorde. Em Itapeua (comunidade situada no município de Coari), o nível da água medido na terça-feira (19) estava 98 centímetros abaixo do menor já verificado anteriormente, em 1998.

O Rio Solimões entra no Brasil perto de Tabatinga, na tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru. Na altura de Manaus, ele conflui com o Rio Negro. Como explica Oliveira, por ter um volume maior de água, o Solimões influencia também o nível do Negro nas imediações da capital amazonense.

A região do Alto Rio Negro tem sua época de seca em fevereiro, e, por isso, não tem nível baixo. Oliveira explica que, quando o Solimões tem nível alto, ele represa e aumenta o espelho d'água do Negro. Na seca, acontece o contrário, e o nível do segundo rio cai perto da foz.

Seca

A seca no Amazonas já fez com que 38 dos 62 municípios do estado decretassem situação de emergência, segundo a Defesa Civil. Mais de 62 mil famílias foram afetadas pela estiagem e pelo baixo nível dos rios, informa o governo.

Em um dos afluentes do Rio Negro, as casas flutuantes agora estão sobre o leito. Canoeiros ficaram sem trabalho. “Dois meses e meio de trabalho parado, sem renda, sem qualquer atividade”, diz Adonis Custódio.

No encontro das águas, onde o Rio Negro se junta ao Solimões, ilhas de pedra e argila aparecem pela primeira vez.

Fonte: G1, em São Paulo -24/10/10 

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