sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sony anuncia fim da venda do Walkman para fitas cassete no Japão

Aparelho foi lançado no país há 31 anos.

Empresa o qualificou de 'produto do século'.

A Sony anunciou nesta segunda-feira (25) que não venderá mais Walkman para fitas cassete no Japão, 31 anos depois do lançamento do produto que modificou a vida cotidiana dos japoneses.

Qualificado pela Sony de "produto do século", o Walkman, originalmente um reprodutor de música para fita cassete com fones de ouvido, fabricado na China, continuará sendo comercializado no exterior. As vendas devem cessar no Japão ao fim do estoque de modelos já entregues às lojas.

Em três décadas, a Sony afirma ter vendido mais de 220 milhões de Walkman em todo o planeta. Com a obsolescência da fita cassete, a marca Walkman permanece viva nos modelos digitais para Compact Disc (CD), Mini-disc (MD), discos rígidos e pen drives.Fonte: G1 - 25/10/2010

Comentário:
Atualmente   a maioria das pessoas não liga para armazenagem de dados particulares de sua vida, tais como; fotos, músicas, artigos, etc. Tudo gira em torno de equipamentos esquecendo como vou armazenar  os dados, como os nossos avós fizeram com fotos, discos de vinil, etc. Tenho fotos que tirei quando iniciei a minha experiência de fotografia quando era criança, com uma Kodak Instamatic, etc. Hoje é um problema essa armazenagem,  em disco, em HD, todos tem sua vida útil limitada. A armazenagem hoje em dia é muito mais trabalhosa, se a pessoa pretende ter um arquivo duradouro. Tem de se preocupar com obsoletismo dos equipamentos, software,  vida útil dos acessórios etc. No passado não tínhamos essa preocupação.

Tenho 50 mil arquivos, dez mil fotos, total de 60 GB. Faço backup e pela experiência, os backups não são confiáveis. Tenho de fazer 2, 3 backups do mesmo arquivo quando considero crucial   A fita magnética é muito mais duradoura.

Veja a explicação de um especialista sobre o assunto

Kurt Gerecke, físico e especialista em armazenamento da IBM Alemanha, tem sua própria visão: se você quer evitar ter que regravar seus CDs de poucos em poucos anos, armazene seus dados, fotos, vídeos e músicas em fitas magnéticas pela vida toda.
"Ao contrário dos CDs originais, mídias gravadas têm uma vida útil relativamente curta, entre dois e cinco anos, dependendo da qualidade do CD", disse Gerecke em uma entrevista.
"Há poucas coisas que você pode fazer para estender a vida de um CD gravado, como mantê-lo em local fresco e escuro, mas nada muito além disso".
O problema está na degradação do material. Discos ópticos normalmente usados para gravações - como CD-R e CD-RW - têm uma superfície de gravação constituída por tinta que pode ser modificada pelo calor.
O processo de degradação pode resultar em mudança de local dos dados na superfície, tornando a leitura impossível.

"Muitos dos CDs baratos graváveis disponíveis em lojas de descontos têm uma vida média de dois anos", disse Gerecke.
"Alguns discos de melhor qualidade oferecem uma vida útil mais longa, de no máximo cinco anos".
Porém, diferenciar CDs de boa qualidade dos ruins é difícil, disse ele, porque poucos fornecedores destacam a vida útil como argumento de venda.
Além disso, os HDDs (hard drive discs) também têm suas limitações, segundo Gerecke. O problema neste caso, segundo o físico, é o uso de drives mais baratos que se desgastam mais rápido. Sua recomendação é usar HDDs de 7,200 RPM (revolutions per minute).

Para superar as limitações da preservação em CDs graváveis, Gerecke sugere o uso de fitas magnéticas que, segundo ele, podem durar de 30 a 100 anos, dependendo da qualidade.
"Mesmo estando sujeitas a degradação, as fitas magnéticas são mídias de armazenamento superiores", disse ele.
Mas ele enfatiza que nenhuma mídia dura para sempre e, consequentemente, o consumidor e as empresas tem que ter um plano de migração para novas tecnologias de armazenamento.

"Empresas, em particular, precisam estar sempre de olho em novas tecnologias e ter um plano de arquivamento que permita migrar automaticamente para novas tecnologias", disse ele.

"Do contrário, eles vão chegar a uma rua sem saída. E para quem tem terabytes de dados cruciais este pode ser um problema colossal", alerta. Fonte: Computerworld - January 10, 2006

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