Países importadores anunciaram terça-feira (21) restrições à
carne brasileira, como consequência da operação Carne Fraca, deflagrada pela
Polícia Federal na sexta-feira (17).
■ Argentina:
Anunciou que vai aumentar o controle sobre importações da carne brasileira.
■ China:
O Ministério da Agricultura confirmou que está suspensa a entrada de carne
brasileira no país. A China pediu medidas de segurança mais severas no embarque
de alimentos.
■ Chile:
Barrou a entrada de toda carne do Brasil. O governo brasileiro ainda não foi
comunicado oficialmente.
■ Coreia
do Sul: Voltou atrás depois de proibir a venda de produtos de frango da BRF,
das marcas Sadia e Perdigão. Agora, a venda está liberada e o país asiático vai
apenas reforçar a fiscalização.
■ Estados
Unidos: Aumentou a fiscalização da carne brasileira que chega ao país. Além do
procedimento padrão, todas as peças serão analisadas para verificar a possível
presença de agentes patogênicos, como a salmonela. Essa verificação não costuma
ser aplicada a toda a carga.
■ Hong
Kong: Suspendeu temporariamente a importação de carne bovina congelada e
resfriada e de carne de aves.
■ Jamaica:
Suspendeu a importação de toda a carne brasileira, orientou a população a não
consumir o produto e ordenou que supermercados o retirem das prateleiras.
■ Japão:
Suspendeu importações de frango e outros produtos das 21 empresas citadas na
Operação.
■ México:
suspendeu importações de produtos pecuários brasileiros. O México não importa
carne bovina ou de porco do Brasil, mas compra produtos avícolas como carne
refrigerada, congelada e desidratada de frango e de peru, ovo fértil e aves
domésticas.
■ Suíça:
Suspendeu a importação de carne brasileira proveniente de quatro frigoríficos.
■ União
Européia: Está monitorando as importações e vai impedir a entrada de produtos
de empresas investigadas. Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína
Animal), o bloco já vetou a importação de uma unidade da BRF e outra da Peccin.
O ministério da Agricultura ainda não foi comunicado oficialmente.
As restrições foram anunciadas pelos países após uma reunião
do presidente Michel Temer, no domingo, com embaixadores de 33 países.
Temer apresentou números para mostrar que os casos
investigados pela PF são pontuais e não comprometem o sistema brasileiro de
fiscalização. Ele também anunciou a criação de uma força-tarefa do Ministério
da Agricultura, que já colocou os 21 frigoríficos envolvidos na operação da PF
sob "regime especial de fiscalização". Fonte: UOL, em São Paulo-
21/03/2017
Comentário:
A estimativa da AEB (Associação de Comércio Exterior do
Brasil) é que o Brasil tenha prejuízos de até US$ 2 bilhões este ano no mercado
internacional, influenciado tanto pelas restrições como por uma provável queda
do preço da carne brasileira.
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