sábado, 4 de março de 2017

Guerrilheiros das Farc começam a entregar armas na Colômbia

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) começarão na  quarta-feira (1º) o processo de entrega de armas, ponto essencial do acordo de paz assinado com o governo para acabar com meio século de confrontos.
"É um dia histórico para o país", escreveu no Twitter o presidente Juan Manuel Santos.
O chefe das Farc, Rodrigo "Timochenko" Londoño, também comemorou na rede social o que chamou de "um passo a mais para a paz" com o início do desarmamento da guerrilha nas zonas onde se preparam para voltar à vida civil.

Segundo o cronograma acertado, a entrega das armas será feita em três fases: em D+90 são entregues 30% das armas; em D+120, outros 30%; e em D+150, os demais 40% restantes, para terminar no mais tardar no dia D+180.
Mas, antes da primeira etapa, deveriam ser cumpridos passos prévios: registro das armas, destruição do armamento instável (explosivos, minas) e armazenamento das armas pesadas.
Houve um atraso devido a problemas logísticos da guerrilha e deveria ter terminado em 31 de dezembro, mas foi completado em 18 de fevereiro.
Dessa forma, as partes concordaram em iniciar o processo nesta quarta, sem modificar o limite dos 180 dias.

DISPOSIÇÃO
A ONU (Organização das Nações Unidas), que destinou 450 observadores internacionais para esta missão, elogiou em um comunicado "o consenso das partes de iniciar sem mais demora".
O "armazenamento gradual" em contêineres começará com a recepção das armas dos 322 membros das Farc que integram o Mecanismo de Monitoramento e Verificação, uma entidade tripartite (guerrilha, governo e ONU) que deve controlar o cessar-fogo.

REGISTRO DE ARMAS
O registro e a entrega de armas serão coordenados nesta fase apenas entre a ONU e as Farc, com o organismo multilateral atuando como avalista do processo, explicou o Alto Comissário para a Paz, Sergio Jaramillo.
O presidente Santos, que recebeu o Nobel da Paz por seus esforços de pacificação, disse na véspera que "o país entrou em uma etapa irreversível de consolidação da paz". Fonte: Folha de São Paulo - 01/03/2017

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