sábado, 31 de dezembro de 2022
quarta-feira, 28 de dezembro de 2022
segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
Ucrânia : O que foi o Holodomor?
A palavra ucraniana Holodomor significa "morte por inanição" e se refere ao período da grande fome vivenciada entre os anos de 1932 e 1933 na então República Socialista Soviética da Ucrânia.
As causas da tragédia estão
na coletivização da agricultura, na introdução de cotas inalcançáveis de
entrega da produção ao Estado e na perseguição aos agricultores, sobretudo os
antigos culaques, no regime do ditador comunista Josef Stalin, durante os
primeiros anos do comunismo, no âmbito do que o próprio Stalin chamaria depois
de "revolução a partir de cima".
Um número entre 3,5 milhões e
3,9 milhões de pessoas morreram de fome na Ucrânia, que tinha então uma
população em torno de 30 milhões. Em toda a União Soviética, o número de mortos
pela fome ficou entre 6 milhões e 8 milhões.
Na Ucrânia, as áreas mais
atingidas foram as então regiões de Kiev e Kharkiv, bem como a Moldávia, então
uma república autônoma.
COLETIVIZAÇÃO DA AGRICULTURA
As origens do Holodomor estão
na violenta transformação da agricultura na União Soviética, que havia começado
já em 1929, com a coletivização forçada das propriedades rurais. Surgiram os
chamados colcoses (colcoz, no singular), as propriedades rurais coletivas do
regime comunista soviético.
Muitos agricultores
resistiram à coletivização, que acabou sendo feita à força pelo regime soviético.
Entre os que resistiram estavam os culaques, agricultores ricos que os
comunistas viam como um bastião do capitalismo. Milhares deles foram detidos e
enviados para prisões na Sibéria.
Depois de uma safra boa no
ano de 1930, a colheita ruim do ano seguinte logo deixaria claro o que
significava, na prática, a coletivização agrícola no comunismo soviético.
O regime em Moscou continuou
cobrando dos agricultores uma cota fixa de produção, sem considerar se a
colheita era boa ou ruim, apelando até mesmo para o confisco de sementes e de
cereais forrageiros.
Essa situação se agravou
ainda mais em 1932, com uma nova colheita abaixo da média. Se os agricultores
não entregassem a cota de produção para Moscou, comandos armados iam até eles
para retirar a produção à força.
Mas, mesmo com toda a rigidez
aplicada pelo regime para a cobrança, na ampla maioria dos colcoses a cota de
produção não podia ser alcançada. Moscou acusava os agricultores de sabotagem
e, a partir de 1932, instituiu o terror entre a população rural, com confisco
de alimentos, isolamento de regiões inteiras e impedindo, de forma violenta,
que a população faminta deixasse o campo rumo às cidades.
Correspondências entre
lideranças comunistas mostram que o regime, ciente das mortes por inanição, não
apenas nada fazia para impedi-las como ainda as via como medida disciplinatória
necessária para que os agricultores aceitassem o trabalho nas fazendas
coletivas, que haviam sido criadas à força.
A propaganda do regime
afirmava que os agricultores boicotavam o trabalho nos colcoses, escondiam a
produção e a vendiam ilegalmente a preços elevados. Assim justificava-se o
envio dos comandos armados para o confisco. Estes levavam todos os produtos
alimentícios que encontrassem nos vilarejos.
A polícia secreta GPU chegava
de surpresa nos vilarejos e inspecionava os galpões. Se algo fosse encontrado,
os acusados eram submetidos a um processo sumário e condenados à cadeia ou até
mesmo à morte.
Na verdade, o que
eventualmente se encontrava eram alimentos que os agricultores haviam escondido
para garantir a própria subsistência. Quando também estes eram confiscados, o
que restava era morrer de fome.
EM ESPECIAL, A UCRÂNIA
Não só a Ucrânia foi
atingida. Também o Cáucaso Norte, a região do rio Volga e a República Soviética
do Cazaquistão sofreram com a fome. Um quarto da população do Cazaquistão, ou
em torno de 2 milhões de pessoas, morreu.
Mas o terror stalinista
atingiu sobretudo a República Soviética da Ucrânia. Por exemplo por meio do
isolamento de vilarejos em meio à fome, o que foi ordenado por Stalin apenas
para a Ucrânia e para o Cáucaso Norte.
Stalin temia a resistência
dos ucranianos à política de coletivização. Numa carta de agosto de 1932, ele
escreveu que o Partido Comunista da Ucrânia era cheio de "elementos
podres" que estavam apenas aguardando o momento para atacar Moscou.
"Se não colocarmos agora a situação na Ucrânia em ordem, arriscaremos
perder a Ucrânia", afirmou.
Ainda em 1932, Stalin ordenou
uma "limpeza" no aparato do partido comunista na Ucrânia e a
perseguição de supostos nacionalistas. Alguns historiadores falam em
"guerra de Stalin contra a Ucrânia". Inúmeros intelectuais,
escritores, artistas, professores e cientistas foram vítimas dessa perseguição,
cujo apogeu foi em 1933. Todos eram suspeitos de defender uma maior autonomia
para a Ucrânia e, talvez, até mesmo querer a separação da Ucrânia da União
Soviética.
UM TABU NA UNIÃO SOVIÉTICA
Na União Soviética, o
Holodomor se tornou um tabu. Declarações públicas eram proibidas. O tema
simplesmente não era abordado. Mesmo na época de Nikita Kruschev, quando alguns
crimes stalinistas foram tematizados, o Holodomor continuou sendo um tabu.
Somente no fim dos anos 1980, com Mikhail Gorbatchov, essa situação começou a
mudar.
Na historiografia da Ucrânia,
o Holodomor ocupa uma posição central desde a independência do país, em 1991.
Em muitas cidades foram erguidos monumentos às vítimas, incluindo a capital,
Kiev.
Em 2006, na presidência de
Viktor Yushchenko, o Holodomor foi declarado um genocídio, e negá-lo é crime.
Pesquisas mostram que a maioria dos ucranianos concorda que o Holodomor foi um
genocídio.
O DEBATE SOBRE GENOCÍDIO
Durante muitos anos se
debateu se o Holodomor foi ou não foi um genocídio, e mesmo hoje não há
consenso entre especialistas. Consenso existe, porém, de que ele foi causado
pelo regime comunista de Stalin.
A Convenção para a Prevenção
e a Repressão do Crime de Genocídio, das Nações Unidas, define genocídio como
"atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo
nacional, étnico, racial ou religioso".
Isso implica, no caso da
Ucrânia, que deve ser demonstrável que o terror stalinista se voltava contra a
etnia ucraniana e tinha a intenção de exterminá-la, no todo ou ao menos em
parte.
Os que argumentam contra o
genocídio lembram que entre as vítimas não há apenas ucranianos e que também em
outras regiões, além da Ucrânia, ocorreram mortes por inanição naqueles anos.
Além disso, afirmam, não há
nenhum documento no qual Stalin ordene o extermínio dos ucranianos.
Os que argumentam a favor
lembram que a convenção da ONU não fala no extermínio da totalidade de um grupo
nacional ou étnico e que basta, para o crime de genocídio, que apenas uma parte
dos ucranianos (no caso, os agricultores) tenha sido propositalmente atingida.
Além disso, o fato de que
outros grupos estejam entre as vítimas não enfraquece a tese de genocídio, pois
esta não requer exclusividade. Também no Holocausto não foram mortos apenas
judeus.
E, sobre a intenção, mesmo
reconhecendo não haver qualquer documento de Stalin ordenando um extermínio, os
partidários da tese afirmam que medidas adotadas, e documentadas, como o
confisco de todos os alimentos ou o isolamento de vilarejos em fome, equivalem
a uma ordem para matar.
Em 30 de novembro de 2022, o
Bundestag (Parlamento da Alemanha) reconheceu o Holodomor como genocídio. Fonte: Deutsche Welle – 21.12.2022
sábado, 24 de dezembro de 2022
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
História: 1916: Alemães suspendem mais sangrenta batalha da 1ª Guerra
Em 15 de dezembro de 1916, depois de quase dez meses de batalha, os militares alemães suspenderam a grande ofensiva de Verdun, cujo número de mortos é estimado em mais de 600 mil.
Quando, em meados de dezembro
de 1916, as detonações de granadas e canhões cessaram no campo de batalha de
Verdun, no nordeste da França, chegavam ao fim 300 dias e noites de luta entre
alemães e franceses.
Não há dados exatos sobre o número de mortos nas batalhas de Verdun, nos combates para tomar o Forte Douaumont e os povoados de Fleury, Vaix, Froideterre e Vauxquois, mas se estima que tenha ultrapassado os 600 mil. Hoje, o cemitério militar de Douaumont tem afixadas 15 mil cruzes, enquanto no ossário estão os restos mortais de mais de 100 mil mortos nas batalhas.
A Batalha de Verdun havia
começado no dia 21 de fevereiro de 1916. A artilharia alemã, chefiada pelo
general Erich von Falkenhayn, abriu fogo contra as fortificações francesas em
torno de Verdun, no lado direito do rio Mosa. Os 1,5 mil canhões lançavam
projéteis ininterruptamente contra os inimigos. Depois de poucos dias de
ofensiva, o plano de desgastar o contingente francês revelou-se um fracasso.
Impiedosa guerra de
trincheiras
Apesar de alguns avanços, os
alemães não conseguiram penetrar nas linhas francesas. O marechal Joffre e o
general Petain barraram a ofensiva de Falkenhayn. Começou aí uma impiedosa
guerra de trincheiras, com a explosão de 60 milhões de granadas e o uso de
gases tóxicos. Jovens soldados de baionetas em punho enfrentaram rajadas de
metralhadoras e desafiaram a morte nas lutas corpo a corpo.
No final de 1916, ficou
evidente que a guerra não seria decidida pela conquista de alguns quilômetros
quadrados. Tanto os invasores alemães como as tropas francesas haviam sofrido
perdas enormes. Também não houve conquistas significativas nas batalhas
seguintes da Grande Guerra, como os franceses ainda chamam o conflito, enquanto
os alemães dizem Primeira Guerra Mundial.
O fator decisivo foi o ingresso dos Estados Unidos, depois que um submarino de guerra alemão bombardeou navios americanos. No dia 11 de novembro de 1918, finalmente, depois de 8,5 milhões de mortos, o Deutsches Reich reconheceria oficialmente a derrota. Fonte: 15 de dezembro de 2022
domingo, 18 de dezembro de 2022
sábado, 17 de dezembro de 2022
quinta-feira, 15 de dezembro de 2022
Atendimento predominante em hospitais de SP segue sendo para covid-19
Pesquisa do Sindicato dos
Hospitais do Estado de São Paulo (SindHosp) mostra que o atendimento
predominante em hospitais paulistas continua sendo o de pacientes com covid-19.
De acordo com o levantamento
divulgado hoje (13), que ouviu 87 hospitais privados do estado de 1º a 10 de
dezembro, os atendimentos de pacientes com covid-19 representam 55% da
assistência prestada no período. Esse número era 49% em novembro.
A pesquisa mostra ainda que
95% dos hospitais ouvidos registraram aumento de pacientes com suspeita de
covid-19. No mês passado, era 84%.
“Os casos de pacientes com suspeita de covid-19 cresceram em relação ao mês anterior, mas evoluem sem gravidade, não necessitando de internação hospitalar. No entanto, ratificamos a necessidade de que a população use máscara em locais com aglomerações e mantenha o protocolo de segurança à saúde com a lavagem de mãos e cumpra o calendário de vacinação especialmente neste período de festas, pois há tendência de aumento da doença”, destaca o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp. Fonte: Agência Brasil - São Paulo - Publicado em 13/12/2022
quarta-feira, 14 de dezembro de 2022
segunda-feira, 12 de dezembro de 2022
domingo, 11 de dezembro de 2022
sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
Mortes em 2021 cresceram 16,9% no Brasil com covid-19
O número de mortes no Brasil saltou 16,9% com a pandemia de covid-19 em 2021. O percentual foi maior que em 2020, quando houve um aumento de 15,3%. Nos dez anos antes da pandemia, a alta média anual de óbitos no Brasil foi de 1,1%.
Somente em 2021, mais de 420
mil brasileiros morreram em decorrência da doença, o dobro de 2020. Os dados
fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições
de vida da população brasileira 2022, divulgada hoje (2), no Rio de Janeiro,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2020 e 2021, o Brasil teve
22,3 milhões de casos de covid-19 e mais de 600 mil óbitos causados pela
doença. Foram 7,7 milhões de casos e aproximadamente 200 mil mortes em 2020 e
14,6 milhões de casos e 420 mil mortes em 2021.
Segundo a publicação, a
análise da mortalidade causada pela pandemia mostrou expansão de 102,3% nos óbitos
entre 2020 e 2021. A maioria das mortes ocorreu entre homens, alcançando 57,2%
em 2020 e 55,5% em 2021. No segundo ano da pandemia houve uma alta de 105,2%
nos óbitos entre as mulheres.
Cor da pele
Os grupos mais acometidos em
2020 pela covid, de acordo com a SIS, foram homens pretos ou pardos (27,5%) e
os homens brancos (27,2%), seguidos das mulheres brancas (21,5%) e mulheres
pretas ou pardas (19,6%). Em 2021, essa distribuição foi alterada: homens
brancos foram maioria (30,8%), seguidos das mulheres brancas (25,3%), homens pretos
ou pardos (22,8%) e mulheres pretas ou pardas (17,8%).
Os dados mostram, ainda, os
impactos da vacinação. A incidência da covid começou a diminuir a partir de
meados de junho de 2021, quando a vacinação com a primeira dose atingiu 30,4%
da população. A taxa de incidência apresentou tendência a queda, registrando
240,3 por 100 mil. Esse nível de vacinação também contribuiu para desacelerar a
trajetória da taxa de mortalidade.
Em termos regionais, a
publicação mostra que houve diferenças tanto em termos de cobertura
populacional das políticas municipais, quanto em termos de número de casos,
internações e óbitos relacionados à covid. Na região Sudeste, por exemplo,
90,7% da população, viviam em municípios onde o número de leitos foi ampliado
para atender à demanda por internação por covid. Já na região Nordeste, esse
percentual cai para 81,6%.
Menos leitos
De acordo com a SIS, o número
de leitos de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) por mil habitantes caiu
de 2010 a 2021, passando de 1,73 leito SUS (Sistema Único de Saúde) em 2010
para 1,47 em 2021. O menor valor foi observado em 2019: 1,42 leito. Já a taxa
de leitos não-SUS por mil beneficiários de planos de saúde era de 8,93 em 2010
e foi para 4,86 leitos em 2021. “Cabe avaliar como se comportaram indicadores
vinculados ao tamanho da população, pois a disponibilidade de infraestrutura e
equipamentos pode estar aquém do crescimento populacional”, diz a Síntese.
A SIS reúne indicadores que
ajudam em um conhecimento amplo da realidade social do Brasil. A publicação
utiliza dados de estudos do IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad) e a Pesquisa de Informações Básicas Municipais, além
de dados de fontes externas como o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), e informações de organismos internacionais como a
Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). Fonte: Agência Brasil
- Rio de Janeiro -Publicado em 02/12/2022
quinta-feira, 8 de dezembro de 2022
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
Coronavírus: Situação do Brasil até 5 de dezembro de 2022
domingo, 4 de dezembro de 2022
sábado, 3 de dezembro de 2022
quarta-feira, 30 de novembro de 2022
Hospitalizações por covid-19 mantêm tendência de alta nos estados
A incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à covid-19 mantém uma tendência de alta em todas as regiões do país, segundo o Boletim InfoGripe, divulgado em (29) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O estudo informa que o
crescimento das hospitalizações está presente em 20 das 27 unidades da federação
e se concentra especialmente na população adulta e nas faixas etárias acima de
60 anos.
Os dados epidemiológicos
analisados pelos pesquisadores compreendem de 20 a 26 de novembro e apontam que
a covid-19 causou 71,3% dos casos virais de internação por síndromes
respiratórias graves.
A análise das últimas seis
semanas mostra que os estados que não apresentam alta nas internações estão em
situação de estabilidade. São eles: Acre, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Mato
Grosso, Rondônia e Tocantins. Nas demais unidades da federação, a tendência é
de alta.
O coordenador do InfoGripe,
Marcelo Gomes, recomenda que a população se proteja da exposição ao vírus
SARS-CoV-2 com a utilização de máscaras adequadas em locais como transporte
público, locais fechados ou mal ventilados, aglomerações, e nas unidades de
saúde. Ele orienta a preferir máscaras do tipo N95 ou PFF2, que são mais
eficazes no bloqueio do vírus.
"É extremamente
importante ter esse cuidado para termos um final de ano com menor impacto
possível, dado esse cenário epidemiológico que está muito claro em todo país”,
explica o pesquisador da Fiocruz.
Enquanto a covid-19 avança
entre a população adulta, o boletim indica uma retomada do crescimento dos
casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças pequenas nos
três estados da Região Sul. O VSR também mantém presença expressiva nas
crianças de 0 a 4 anos do estado de São Paulo. Fonte: Agência Brasil - Rio de Janeiro - Publicado em 29/11/2022
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
domingo, 27 de novembro de 2022
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
Uso de máscara volta a ser obrigatório no transporte público de SP
O uso de máscara no
transporte público volta a ser obrigatório a partir deste sábado (26) na
capital paulista. A decisão foi tomada com base na análise técnica do Conselho
Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde
para prevenir o avanço dos casos de covid-19. O governo estadual está
recomendando que a medida seja adotada por todos os municípios do estado, além
de alertar a população para que todos completem o ciclo vacinal, importante
para garantir maior proteção contra o coronavírus e amenizar os efeitos do
vírus.
Para reforçar a medida e
conscientizar a população sobre os cuidados de prevenção e combate à
disseminação do coronavírus, a prefeitura da capital paulista começou na
segunda-feira (21) a distribuir de máscaras nos 32 terminais de ônibus da
cidade, das 7h às 10h. A ação continua na próxima semana. Até o momento foram
distribuídas mais de 350 mil máscaras.
Em seis terminais (Santo
Amaro, Vila Nova Cachoeirinha, Sacomã, Parque D. Pedro, Itaquera e Pinheiros)
ocorre também no mesmo horário a vacinação contra a covid-19 para a população
acima de 3 anos de idade. Até esta quinta-feira (24), foram aplicadas 3.715
doses nesses locais.
A vacinação ainda está
disponível em todas as unidades básicas de Saúde (UBS) e assistências médicas
Ambulatoriais Integradas (AMA/UBS) de segunda-feira a sexta-feira, e, aos
sábados, nas AMA/UBS Integradas, das 7h às 19h. Os endereços das unidades podem
ser consultados no Busca Saúde na pagina da prefeitura.
Segundo nota do Conselho
Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde
do dia 23, as internações por covid-19 em leitos de enfermaria e UTI cresceram
156% e 97,5% respectivamente nos últimos 14 dias, chegando a uma média diária
de mais de 400 novas internações.
“A velocidade de aumento de
internações [5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em
enfermarias] e taxas de ocupação de leitos de UTI [44% no estado de São Paulo e
59% na região metropolitana de São Paulo] é acentuada e começa a pressionar os
sistemas de saúde público e privado”, diz nota do conselho.
De acordo com o conselho,
apesar do patamar alto na região metropolitana de São Paulo, observa-se aumento
também nas regiões do interior e litoral do estado, inclusive com profissionais
da saúde sendo afastados do trabalho por serem infectados com a covid-19.
O conselho alerta ainda para
a circulação de diversas subvariantes da variante Ômicron, ainda com
predominância da subvariante BA.5 e crescimento progressivo de casos
relacionados à subvariante BQ1.
“As internações referem-se
principalmente a pacientes mais idosos e/ou com comorbidades ou
imunodeprimidos, mais vulneráveis a descompensações e complicações relacionadas
à infecção pelo Sars-Cov-2, o que permite prever aumento de óbitos nas próximas
semanas”, informa o conselho.
Segundo levantamento do conselho,
há pelo menos 10 milhões de adultos que não tomaram a primeira dose de reforço
e 7 milhões sem a segunda dose de reforço, e há a necessidade de aumentar a
cobertura vacinal de crianças e adolescentes. Fonte: Agência Brasil - São Paulo- Publicado em 25/11/2022 - 11:12
China registra 31.4 mil casos de covid e bate recorde na pandemia
Apesar da política de "covid zero", país tem mais de 31 mil infecções em 24 horas, número mais alto desde o início da pandemia. Milhões estão em isolamento. Autoridades decretam "guerra de aniquilação'' contra o vírus.
As autoridades chinesas
relataram nesta quinta-feira (24/11) um recorde de infecções pelo coronavírus.
Foram 31.444 novos casos em 24 horas. Este é o número diário mais alto
registrado no país desde o início da pandemia, há quase três anos. Mas em
comparação com cifras de outras nações e a grande população de 1,4 bilhão de
pessoas, o número é relativamente pequeno.
COVID ZERO
No entanto, o Estado chinês
segue uma estrita política de "covid zero" desde o surto em Wuhan,
surgido no início de 2020. Assim, onde quer que o vírus apareça, medidas duras
são tomadas: rastreamento de contatos, isolamento forçado em alojamentos
centrais, fechamento de escritórios e lojas, restrições de saída em cidades com
mais de um milhão de habitantes, proibições de viagens.
Atualmente, milhões de
chineses são afetados por tais medidas. Isso inclui a população na metrópole
econômica de Cantão, no sul, e na capital, Pequim.
De acordo com virologistas, o
fato de os números terem subido em todo país de forma tão acentuada
recentemente se deve principalmente a novas variantes de ômicron que são
altamente contagiosas.
CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS
A economia está sendo afetada
severamente com os recorrentes lockdowns. A meta de crescimento de 5,5%
prevista pela liderança do regime chinês para este ano provavelmente ficará
distante de ser atingida.
Além disso, as duras medidas
restritivas e os constantes testes em massa causam irritação em parte da
população.
Não há estratégia de saída da
estratégia "zero covid". Milhões de idosos não estão completamente
vacinados. Há temores de que o sistema de saúde entre em colapso se o vírus se
espalhar descontroladamente.
Moradores de oito distritos
de Zhengzhou, lar de 6,6 milhões pessoas, foram instruídos a ficar em casa por
cinco dias a partir desta quinta-feira, só podendo sair para comprar comida ou
receber tratamento médico. Testes diários em massa foram ordenados no que o
governo da cidade chamou de "guerra de aniquilação'' contra o vírus.
O número de casos diários tem
aumentado constantemente no país. Nesta semana, autoridades relataram as
primeiras mortes por covid-19 na China em seis meses, elevando o total de
óbitos para 5.232 desde o início da pandemia.
BLOQUEIOS E TESTES EM MASSA
Cantão suspendeu na
segunda-feira o acesso ao distrito de Baiyun, de 3,7 milhões de residentes,
enquanto habitantes de algumas áreas de Shijiazhuang, uma cidade de 11 milhões
de pessoas a sudoeste de Pequim, foram instruídos a ficar casa enquanto testes
em massa são realizados.
Pequim abriu um hospital em
um centro de exposições. A administração da capital chinesa suspendeu acesso à
Universidade de Estudos Internacionais de Pequim após registrar um caso de contágio.
Alguns shoppings e prédios de escritórios foram fechados, e o acesso foi
bloqueado para alguns conjuntos de apartamentos.
Embora as fronteiras da China
permaneçam praticamente fechadas, o governo afirma que tem "otimizado e
facilitado o processo de saída e entrada de executivos e pessoal especializado
de empresas multinacionais e empresas estrangeiras e seus familiares na
China". Fonte: Deutsche Welle – 24.11.2022
Comentário: COVID-19 na China
Casos Confirmados:297.516
Óbitos: 5.232
Recuperados: 265.471
Casos ativos: 26.813
Fonte: Worldometer - Last
updated: November 24, 2022, 19:35 GMT
População: Em 2021, 1,41 bilhão conforme dados de National Bureau of Statistics of China in January 2022,