sexta-feira, 29 de dezembro de 2023
quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
domingo, 24 de dezembro de 2023
sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
segunda-feira, 18 de dezembro de 2023
domingo, 10 de dezembro de 2023
sábado, 9 de dezembro de 2023
quarta-feira, 6 de dezembro de 2023
sábado, 2 de dezembro de 2023
terça-feira, 28 de novembro de 2023
domingo, 19 de novembro de 2023
Cinco milhões de brasileiros não sabem que têm diabetes
Se considerados apenas os
casos diagnosticados, Brasil é o sexto no ranking mundial. Doença, que pode ser
tratada com diagnóstico precoce, causa prejuízos de R$ 10,3 bilhões por ano ao
país.
De acordo com dados da
Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), há 5 milhões de
brasileiros vivendo com a doença crônica sem saber disso. Para especialistas,
essa falta de diagnóstico é um grande problema, já que ter diabetes e não
tratá-lo pode acarretar consequências graves de saúde. Desta forma, visando
alertar a população, desde 1991, a IDF e a Organização Mundial da Saúde (OMS) celebram
em 14 de novembro o Dia Mundial do Diabetes.
De acordo com um atlas
produzido pela IDF, se levado em conta apenas o número de pessoas
diagnosticadas com a doença, o Brasil ocupa hoje a sexta colocação no mundo:
são 15,7 milhões de pessoas com diabetes, o que deixa o país atrás de China
(140,9 milhões), Índia (74,2 milhões), Paquistão (33 milhões), Estados Unidos
(32,2 milhões) e Indonésia (19,5 milhões) — todas nações mais populosas.
CUSTOS SOCIAIS
Os custos sociais e
sanitários também são enormes. De acordo com estudo realizado por pesquisadores
da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e publicado no ano passado, o Brasil gasta 2,1 bilhões de dólares por
ano (cerca de R$ 10,3 bilhões) por causa da doença, considerando gastos diretos
(farmácia popular, hospitalizações e outros atendimentos) e indiretos (falta ao
trabalho, aposentadoria precoce, morte precoce). O mesmo estudo estima que esse
valor pode chegar a 5,47 bilhões de dólares em 2030 (cerca de R$ 26,8 bilhões).
"Diabetes é a doença
crônica que mais mata, superando todos os cânceres juntos. É responsável por
50% das mortes por doenças cardiovasculares, que são consideradas as principais
causas de mortalidade", afirma Fraige Filho, presidente da seção sul e centro-americana
da IDF. "Ocupa 50% dos leitos em hospitais gerais, devido às complicações.
Tem grande impacto econômico e social por conta das complicações. Todas elas
poderiam ser evitadas com tratamento precoce e adequado."
DIAGNÓSTICO- DETECÇÃO DE
GLICOSE NO SANGUE
E diagnosticar a doença é
simples. A maneira mais acessível é por meio da detecção de glicose no
sangue."Qualquer médico pode solicitar esse exame de rotina. Hoje até em
farmácias já é possível verificar", diz o biólogo Alex Rafacho,
coordenador do Laboratório de Investigação de Doenças Crônicas da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). O problema é que muitos pacientes não
apresentam qualquer sintoma.
No caso do diabetes tipo 1,
as crianças costumam sofrer perda de peso acentuada, cansaço frequente, urinam
muito e estão sempre com sede. Muitas suam em períodos de jejum. "Esses
mesmos sintomas também podem ocorrer nos adultos que porventura tenham o tipo 2
há muito tempo e nunca souberam. Mas até esse momento, a pessoa pode conviver
com o diabetes há anos e ir desenvolvendo algumas comorbidades", esclarece
o biólogo.
As mais comuns são o aumento
dos triglicerídeos, hipertensão, obesidade e gordura no fígado. Casos não
tratadas, podem trazer consequências graves, como infarto, acidente vascular
cerebral (AVC), glaucoma, perda de sensibilidade nas extremidades, disfunção
renal, entre outros. "Por isso, o diabetes é um dos maiores fatores de
risco para amputação de membros, cegueira e complicações renais que requeiram
hemodiálise", alerta Rafacho. "Não se pode negligenciar a doença."
CADA VEZ MAIS CASOS NO BRASIL
Rafacho alerta que o cenário
é de crescimento da doença no Brasil — de 8,8% da população em 2021 para 10,9%
da população em 2045, conforme estimativas.
Esses números não fazem
distinção entre os dois tipos de diabetes mellitus (1 e 2) — o termo vem do
latim mel e se deve ao excesso de glicose no sangue. No primeiro caso, o
paciente apresenta uma desordem que causa a destruição das células produtoras
de insulina. No segundo, é uma deficiência na secreção da insulina.
"É importante frisar que
há estudo apontando o Brasil como sendo o quarto país do mundo com a maior
incidência de diabetes tipo 2 entre os jovens com menos de 20 anos e o terceiro
com o maior número de indivíduos com o tipo 1 entre bebês, crianças e jovens com
menos de 20 anos", alerta Rafacho.
De acordo com ele, as razões
para este cenário são muitas, "mas inegavelmente a falta de educação
relacionada à saúde e a desigualdade social" seriam o ponto de partida do
problema. E o cuidado precisa ser maior entre aqueles que apresentam
pré-diabetes, "ou seja, uma condição de forte risco para o desenvolvimento
futuro" da doença.
ESTILO DE VIDA
"As principais razões
atribuídas para este alto número de pessoas com diabetes, que vem aumentando
cada vez mais ao longo dos anos, são principalmente aquelas ligadas à mudança
imposta pelo estilo de vida, como o sedentarismo, sobrepeso e obesidade, além do
envelhecimento da população", comenta a biomédica Gabriela Arrifano,
professora na Universidade Federal do Pará (UFPA).
As causas são variadas. No
caso do tipo 1, Rafacho explica que "há uma predisposição genética que
deve ser considerada", e a doença acaba se desenvolvendo após exposição,
na infância, a fatores que geram um gatilho, como antígenos presentes em certos
alimentos.
"Neste caso, a melhor
forma de prevenir é ter um acompanhamento regular com endocrinopediatra sempre
que o bebê nascer em família em que pai ou a mãe tenham diabetes tipo 1",
alerta.
Já o diabetes tipo 2 é
causado por fatores como excesso de peso, idade, pressão arterial alta e por
não praticar atividades físicas com regularidade. Ter parentes de primeiro grau
com a doença aumenta o risco. "Tudo isso pode, em maior ou menor grau, ter
como base uma cultura associada a ingestão de alimentos e bebidas com alto teor
energético e baixo teor nutricional, um ambiente familiar e escolar que pouco
discute temas relacionados à saúde, ambiente obesogênico, menor grau de
instrução e de poder de escolha e até mesmo uma qualidade ou quantidade de sono
insuficiente", analisa o biólogo.
Em outras palavras, o
diabetes tipo 1 "não é evitável, mas é rastreável". "Já o de
tipo 2 pode, sim, ser evitado, por meio de um estilo de vida saudável",
argumenta Rafacho. Fonte: Deutsche Welle
- 14/11/2023
sábado, 18 de novembro de 2023
quinta-feira, 16 de novembro de 2023
segunda-feira, 13 de novembro de 2023
quarta-feira, 8 de novembro de 2023
terça-feira, 7 de novembro de 2023
quinta-feira, 2 de novembro de 2023
terça-feira, 31 de outubro de 2023
31 de outubro: verdadeira história do Halloween e Saci-pererê
Os celtas, um povo que viveu bem antes do nascimento de Jesus Cristo na região onde hoje ficam Inglaterra, Escócia e Irlanda, comemoravam o Dia de Samhain (pronuncia-se "so-in") em 31 de outubro. Era o fim da "temporada do sol" e o começo do frio, quando chegava o inverno e a terra congelava.
Mas a data também marcava
para eles a abertura de um portal entre o mundo dos mortos e o dos vivos. Nesse
dia, acreditavam que as almas dos mortos saiam à procura dos vivos —o que
gerava muito, muito medo dessa "visita" anual. Daí eles resolveram se
vestir da forma mais estranha possível, para não parecerem humanos e
despistarem os espíritos.
Quase dois mil anos depois,
os celtas foram conquistados pelos romanos, que comemoravam o Dia de Pomona na
mesma época do Samhain. Pomona era a deusa da agricultura, frutas e jardins.
Assim, verduras e maçãs, simbolizando fartura de alimentos para as colheitas do
ano seguinte, foram incluídas na antiga festa celta.
FERIADO DE TODOS OS SANTOS
Mais mil anos se passaram, e
veio a influência da Igreja Católica, com o feriado de primeiro de novembro,
chamado de All Hallows Day (Dia de Todos os Santos, em inglês).
No dia anterior, o 31 de
outubro, ficou conhecido como Hallows Eve, ou "véspera de Todos os
Santos", dando origem ao nome que conhecemos hoje, Halloween.
Permaneceu o costume celta de
acender e danças na fogueiras, usando fantasias de esqueletos, diabinhos,
fantasmas e monstros e enfeitando as casas com lanternas feitas de abóboras
escavadas e iluminadas por dentro com a chama de uma vela.
Ficaram também as
superstições: se uma moça descascar uma maçã sem romper a casca e atirá-la por
cima do ombro, à meia-noite, ao cair no chão ela formará a primeira letra do
nome de seu futuro marido.
Na Irlanda, as crianças iam
de casa em casa pedindo alimentos para comemorar a noite de Halloween, o que
deu origem ao hábito de pedir doces dizendo: "gostosuras ou
travessuras!"
NO BRASIL, VIVA O SACI
Como você pode ver, o
Halloween, ou Dia das Bruxas, como é conhecido no Brasil, combina várias
tradições muito antigas dos povos da Europa, e, mais tarde, da América do
Norte.
Vários grupos ligados ao
folclore brasileiro, isto é, nossa cultura popular, protestaram contra a adoção
dessa festividade "importada" e criaram o Dia do Saci, em 31 de
outubro, para valorizar as lendas daqui. Fonte:
UOL Educação-24/10/2023
"QUANDO SURGIU A LENDA DO SACI
A lenda do saci surgiu,
segundo os estudos, na região Sul do Brasil entre os índios guarani. Conta-se
que, a princípio, era conhecida no idioma tupi-guarani como çaa cy perereg. A
influência dessa lenda no Sul foi tão grande que ela não ficou reclusa ao
Brasil e espalhou-se pelos países vizinhos. Na Argentina, Uruguai e Paraguai, o
saci-pererê é conhecido como yacy-yateré, e existem algumas diferenças entre
essas versões.
O yacy-yateré, diferentemente
do saci, não é careca e possui cabelos loiros, usa um bastão de ouro como
varinha mágica (que o torna invisível) e um chapéu de palha. É anão assim como
o saci, mas faz travessuras diferentes: os paraguaios acreditam que yacy-yateré
atrai crianças para fazer maldade com elas: roubar, ou deixá-las loucas ou
surdas, dependendo da versão.
Os argentinos, por sua vez,
falam que yacy atrai moças solteiras para então engravidá-las e, diferentemente
do saci brasileiro, aquele tem as duas pernas. As diferenças entre as lendas
são resultados das diferenças das culturas que as influenciaram.
A lenda do saci, como citado,
surgiu no Sul do Brasil, mas acabou espalhando-se por todo o território
brasileiro e incorporando elementos de outras lendas regionais que apresentam
seres com características parecidas, como a caipora, na região central do país,
e o matintapereira, na região Norte.
Os folcloristas brasileiros
também apontam diversas lendas de origem europeia que podem ter influenciado as
características do saci. Um dos exemplos mais citados é o trasgo, um ser de
pequena estatura que faz maldades e faz parte do folclore de Portugal. O hábito
de fumar que o saci possui é atribuído à influência das culturas indígena e
africana, nas quais esse ato era comum. Outro elemento da cultura africana é o
fato do saci ter perdido uma das pernas após uma luta de capoeira.
Na origem da lenda do saci,
ele era um protetor da floresta e, por isso, muitos consideram-no como um
personagem derivado da lenda do curupira. Na medida em que sua história
espalhou-se, ela foi incorporando outros elementos que fazem parte do folclore
de cada região e que podem ser oriundos de outras culturas.
SACI-PERERÊ E MONTEIRO LOBATO
O trabalho de Monteiro Lobato
como escritor foi responsável por popularizar a lenda do saci no Brasil.
Até o começo do século XX, a
lenda do saci era muito conhecida nos rincões do país, mas, por meio de
Monteiro Lobato, ela ganhou nova importância e dimensão. Esse é um famoso
escritor do começo do século XX que ficou famoso por ter criado uma das histórias
infantis mais conhecidas do Brasil: Sítio do pica-pau-amarelo.
A associação de Monteiro
Lobato com a lenda do saci iniciou-se em 1917, quando o escritor realizou um
inquérito no jornal O Estado de São Paulo, com o objetivo de colher respostas
dos leitores a respeito do que eles sabiam ou tinham ouvido falar sobre ela. O
retorno foi considerável, e Monteiro Lobato recebeu dezenas de respostas dos
leitores do jornal.
Com base nessas respostas, o escritor e folclorista sistematizou a lenda do saci para dar origem ao livro Sacy-pererê: resultado de um inquérito, publicado em 1918. Esse livro foi o primeiro no Brasil sobre a lenda do saci e foi o responsável por espalhá-la por regiões que não a conheciam. Em 1921, Monteiro Lobato adaptou a lenda para o público infantil ao publicar O saci, livro que faz parte da coleção do Sítio do pica-pau-amarelo." Fonte: Daniel Neves Silva, formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG)
sábado, 28 de outubro de 2023
Brasil exclui do consumo idosos 60+, que já superam jovens de 20 anos
quarta-feira, 25 de outubro de 2023
quarta-feira, 18 de outubro de 2023
terça-feira, 17 de outubro de 2023
domingo, 15 de outubro de 2023
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
Número de bares e restaurantes com prejuízo em agosto aumenta 5%
Em todo o país, o número de bares e restaurantes que encerraram o mês de agosto no prejuízo cresceu 5%, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) divulgada na quinta-feira (12) para a Agência Brasil. Os dados mostram, ainda, que 24% das empresas ficaram no vermelho no mesmo mês, enquanto 34% tiveram equilíbrio financeiro e 41% dos estabelecimentos pesquisados acusaram lucro.
A principal razão apontada
para o saldo negativo no caixa dos bares e restaurantes foi a queda das vendas
no mês, sinalizada por 82% dos entrevistados. A redução do número de clientes
(67%), dívidas (43%) e custo dos insumos (36%) foram as outras causas apontadas
por empresários que tiveram prejuízo. Foram entrevistados 1.979 donos de bares
e restaurantes em todo o Brasil entre os dias 28 de setembro e 6 e
outubro.
O levantamento indica, ainda,
que as empresas mais novas são as que mais operam no prejuízo. Das que têm
entre um e três anos, 33% tiveram prejuízo. Das com mais de 10 anos, o
percentual cai para 18%. Outro fator que interfere é o tamanho da empresa.
Dos bares e restaurantes com
faturamento de até R$ 1 milhão, 33% encerraram agosto no prejuízo, enquanto
apenas 8% dos que têm faturamento acima de R$ 4,8 milhões fecharam agosto no
vermelho.
No vermelho
O presidente da Abrasel,
Paulo Solmucci, destacou que, mesmo que a inflação esteja mais controlada, os
meses no prejuízo dificultam recompor as perdas que o setor teve com a
pandemia.
"Apesar do Dia dos Pais,
as empresas do setor tiveram um agosto mais duro, apontando uma ligeira queda
no movimento. Quem sofre mais são as empresas mais novas, que ainda estão
investindo e aprendendo a controlar os custos, e os empreendimentos menores,
que têm mais dificuldade com o fluxo de caixa", finalizou. Fonte: Agência Brasil – Brasília - Publicado em
12/10/2023
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
Por que o Dia das Crianças é comemorado em 12 de outubro no Brasil?
No dia 12 de outubro de 1923,
o Rio de Janeiro, então capital federal, sediou um evento que reuniu estudiosos
de infância e políticos de vários países. Era o Congresso Sul-Americano da Criança,
cuja pauta discutia questões educacionais, alimentares e de desenvolvimento.
Um político notou a comoção
provocada pelo tema na época. No ano seguinte, o recém-eleito deputado federal
Galdino do Valle Filho (1879-1961) propôs uma lei instituindo, no 12 de
outubro, o Dia das Crianças no Brasil.
Em 5 de novembro de 1924, o
então presidente da República Arthur Bernardes (1875-1955) sancionou o Decreto
4.867. "Artigo único. Fica instituído o dia 12 de outubro para ter lugar,
em todo o território nacional, a festa da criança, revogadas as disposições em
contrário", diz o texto.
E, assim, foi criado o Dia
das Crianças. Mas a data custou a pegar. Não havia feriado e o comércio não
atentava para ela.
Em 1940, o presidente Getúlio
Vargas (1882-1954), criou um novo decreto. Por pouco, o Dia das Crianças não
"mudava" de data.
Na lei de Vargas, que
"fixava as bases da organização da proteção à maternidade, à infância e à
adolescência em todo o País", o artigo 17 do capítulo 6 dizia: "será
comemorado em todo o País, a 25 de março de cada ano, o Dia da Criança".
"Constituirá objetivo
principal dessa comemoração avivar na opinião pública a consciência da
necessidade de ser dada a mais vigilante e extensa proteção à maternidade, à
infância e à adolescência", dizia o texto. Mas o 25 de março não saiu do
papel.
Nos anos 1950, uma intensa
campanha de marketing criou, de fato, o Dia das Crianças no Brasil.
BEBÊ ROBUSTO
Foi uma promoção conjunta
entre duas gigantes da indústria: a fábrica de brinquedos Estrela e a Johnson
& Johnson. Em 1955, elas lançaram a Semana do Bebê Robusto. Era uma ação
para aumentar as vendas dos produtos, é claro. Mas envolvia a população, pois
os clientes eram convidados a enviar fotos de seus filhos - de 6 meses a 2
anos. E os pais do "bebê Johnson do ano" embolsavam um prêmio,
enquanto o rebento tinha o rosto e a fofurice estampados em revistas e jornais.
Com a adesão de outras
empresas, em pouco tempo a Semana do Bebê Robusto se tornou Semana da Criança.
Foi quando os fabricantes decidiram concentrar os esforços em uma única data.
Recuperaram o decreto de 1924 e, desde então, todo brasileiro sabe: dia 12 de
outubro é dia de presentear a criançada.
OUTROS PAÍSES
Ao redor do mundo, outros países
também celebram o Dia das Crianças, mas em outras datas. Em 1925, houve uma
Conferência Mundial para o Bem-Estar da Criança em Genebra, na Suíça. Ali ficou
instituído o dia 1º de junho como o Dia Internacional da Criança - e esta data
entrou para o calendário de diversas nações, como Portugal, China, Eslovênia,
Polônia e Angola.
Já a Organização Mundial das
Nações Unidas (ONU) reconhece outra data. Dia 20 de novembro é considerado o
Dia Mundial da Criança porque foi neste dia, em 1959, que foi aprovada a
Declaração Universal dos Direitos da Criança. Finlândia, França, Trinidad e
Tobago, Reino Unido e Canadá estão entre os países que levam em conta esta
data.
Data é comemorada em
diferentes períodos ao redor do mundo
Mas há muitos exemplos
diferentes. A Austrália instituiu como Dia da Criança a última quarta-feira de
outubro. Na Argentina, é o segundo domingo de agosto. Na África do Sul, o
primeiro sábado de novembro. Países da África Central - Congo, Chade, Camarões
e outros - comemoram a data junto ao Natal, 25 de dezembro. O Japão tem uma
data para meninas (3 de março) e outra para meninos (5 de maio). Na Hungria, é
o último domingo de maio.
NOSSA SENHORA APARECIDA
Mas não se engane. O feriado
brasileiro de 12 de outubro não tem nada a ver com o Dia das Crianças. A data
foi criada em 1980 por causa de outra comemoração de 12 de outubro: Nossa
Senhora Aparecida.
A santa já era oficialmente
padroeira do Brasil desde 1930, após decreto papal. Em 30 de junho de 1980,
João Paulo II (1920-2005) se tornava o primeiro papa a pisar em solo
brasileiro. O presidente João Figueiredo (1918-1999), último da ditadura
militar do Brasil, aproveitou a data para declarar feriado nacional o dia da
Padroeira, 12 de outubro.
A partir daquele ano, portanto, ficou "declarado feriado nacional o dia 12 de outubro, para culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil", conforme o texto da lei. Fonte: BBC News Brasil-11 outubro 2018
sábado, 7 de outubro de 2023
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
segunda-feira, 2 de outubro de 2023
domingo, 1 de outubro de 2023
Dia Internacional do Café
Neste domingo (1º), é celebrado o Dia Internacional do Café. A data foi instituída pela Organização Internacional do Café (OIC) para homenagear a cadeia produtiva do grão em todo mundo.
Líder na produção mundial de
café, com registro de 53,3 milhões de sacas de 60 quilos (kg) do grão na safra
de 2022, o Brasil tem no estado de Minas Gerais seu maior produtor, respondendo
por mais da metade (52%) da produção nacional, com 28,3 milhões de sacas no ano
passado.
Antigamente, o café era
cultivado principalmente na Etiópia e no Sudão, mas atualmente uma das bebidas
favoritas do mundo é cultivada em cerca de 70 países, embora nem todos os
países exportem os grãos de café que produzem. Cerca de 50 países exportam seu
café globalmente.
Os 10 principais países produtores de café -
2021 |
||
Classificação |
País |
Produção de café - toneladas métricas |
1 |
Brasil |
2.681 |
2 |
Vietnã |
1.542 |
3 |
Colômbia |
754 |
4 |
Indonésia |
669 |
5 |
Honduras |
475 |
6 |
Etiópia |
471 |
7 |
Peru |
346 |
8 |
Índia |
312 |
9 |
Guatemala |
254 |
10 |
Uganda |
209 |
A palavra 'Coffee' apareceu pela primeira vez como palavra na língua inglesa em 1598, tudo depois de alguns ajustes na palavra holandesa 'koffie', que por sua vez veio do turco otomano 'kahve', uma palavra que vem do árabe 'qahwa', um termo que se refere ao processo de fermentação, uma versão abreviada de 'qahhwat al-bun', que significa 'vinho do grão', referindo‑se ao processo de fermentação acidental usado pelos monges locais no século VI em Kaffa , Etiópia , onde os grãos de café foram descobertos pela primeira vez. Fonte: Agência Brasil, Farre´s Tea & Coffee Merchants
terça-feira, 26 de setembro de 2023
terça-feira, 19 de setembro de 2023
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
CHINA PROPÕE LIMITES AO USO DE SMARTPHONES ENTRE JOVENS
Menores de 18 anos poderão
usar celulares por no máximo duas horas por dia. Diretrizes visam aumentar
controle governamental sobre uso da internet e conteúdos online e geram novo
revés para empresas tech chinesas.
A China está mais perto de
implementar uma nova diretriz que visa regular o tempo em que crianças e adolescente
passam na internet, com o propósito de "combater o vício". Alguns
críticos, no entanto, se queixam dos limites impostos ao acesso a informações
para um geração bastante sagaz em termos de tecnologia.
A regulamentação, cujo
processo legal se inicia no sábado (02/09) depois de o texto passar um período
aberto à opinião pública, estipula que os smartphones e aplicativos já devem
vir com um "modo para menores" instalado em fábrica, no intuito de
restringir o uso dos aparelhos a no máximo duas horas.
O limite de tempo diminui de
acordo com a idade do usuário, sendo que para as crianças com menos de 8 anos,
o tempo máximo é de 40 minutos por dia. Além disso, os menores de 18 anos não
poderão utilizar seus aparelhos entre as 22h00 e as 06H00.
Os pais poderão decidir se
devem ou não adotar as restrições ou ampliar os limites das mesmas.
As regras, elaboradas pela
Administração de Ciberespaço da China, também estabelecem a chamada
"segurança de conteúdo" para assegurar que as informações online
observem "valores socialistas" que possam ajudar as crianças a
cultivarem a "boa moral".
A agência reguladora chinesa
alega que as diretrizes visam proteger os menores de acessarem informações
identificadas como ilegais ou prejudiciais à sua saúde física e mental.
ELOGIOS E CRÍTICAS
Muitos pais viram com bons
olhos a nova regulamentação do governo chinês. "Acho muito boa a
proposta", avalia Kong Lingman, de Xangai. "Os menores, quando passam
muito tempo ao telefone, podem prejudicar a qualidade do tempo que as famílias
têm para aproveitar juntas."
Defensores das novas regras
recorreram à rede social chinesa Weibo, deixando inúmeros comentários positivos
nas postagens do governo que anunciavam as medidas.
Mas, as regulamentações
também atraíram críticas. "O resultado de querer controlar tudo é que, no
final, nada acaba sendo corretamente controlado", afirmou um usuário da
Weibo.
A proposta vem em seguida a
uma série de medidas implementadas pelo governo chinês para reforçar o controle
governamental sobre o espaço cibernético, desde 2019. Naquele ano, o governo
limitou o tempo dos menores de 18 anos para jogarem vídeo games, em uma regra
chamada de "modo para jovens".
DISTRAÇÃO DA PROPAGANDA DO
GOVERNO
A instrução inicial era que
os jovens pudessem ter 90 minutos por dia para jogos online durante a semana.
Mas, em 2021, as regras foram endurecidas para no máximo uma hora por dia para
jogar, nas sextas-feiras, fins de semana e feriados.
Aplicativos de vídeo e de
transmissões ao vivo também foram orientados a seguirem o "sistema
antivício", que exige que todos os usuários se registrem com seus nomes
verdadeiros, apresentando documentos de identificação emitidos pelo governo.
"Essa sequência de
políticas segue, de fato, um padrão específico", diz Tai Yu-Hui, professora
de comunicação e tecnologia da Universidade Nacional Yang-Ming Chiao-Tung, em
Taiwan. Segundo afirmou, a China tem como objetivo impor seu conceito de
segurança nacional, com foco em três áreas: internet, entretenimento e jovens.
Um relatório divulgado nesta
segunda-feira pelo Centro de Informações sobre Internet da China revelou que a
taxa de penetração na internet passou de 76% em junho de 2023.
Com uma base de usuários de
internet em expansão, vídeos em redes sociais e jogos online podem ser percebidos
como formas capitalistas de entretenimento, ou como uma distração da propaganda
do governo.
Segundo Tai, desde que o
presidente chinês, Xi Jinping, assumiu o cargo, há uma década, "criou-se
uma tendência de integração da ideologia política no conteúdo diário de
entretenimento".
Em março, um artigo técnico
divulgado pelo Conselho do Escritório de Informações de Estado delineou um
objetivo claro de assegurar que a internet "se desenvolva dentro dos
limites da lei".
MAIS UM DURO GOLPE PARA AS
TECH
Uma vez que os pais têm a
palavra final sobre a adoção das novas regras, os pesquisadores avaliam que ainda
não está claro qual será o impacto das novas restrições sobre as crianças.
Entretanto, quem já sentiu os
efeitos foram as empresas chinesas de tecnologia. No mesmo dia em que as
diretrizes foram anunciadas, suas ações despencaram na bolsa de Hong Kong.
Essas empresas incluem a
Weibo, o serviço de streaming de vídeos Bilibili, a plataforma de vídeos curtos
Kuaishou e a Tencent, que opera o popular aplicativo de mensagens WeChat.
Há cerca de dois anos, quando
as autoridades chinesas reforçaram as regras do "modo para jovens",
diversos aplicativos implementaram medidas para aderir às diretrizes.
A Douyn, o equivalente chinês
do TikTok, implementou um "modo para adolescentes", que restringiu
crianças com menos de 14 anos a 40 minutos por dia de uso.
AUTOCENSURA?
As novas restrições devem
levar as empresas de tecnologia a realizarem novas revisões de suas
configurações para usuários, de modo a evitar possíveis violações.
Segundo Tai, este é mais um
revés para a indústria, em um momento em que um longo período de rigidez
regulatória sobre o setor parecia estar chegando ao fim.
A especialista avalia que, uma vez que as diretrizes se referem a informações ilegais ou mentalmente prejudiciais sem definições mais específicas, as empresas de tecnologia poderão "recorrer à autocensura para evitar cruzar qualquer linha vermelha". Fonte: Deutsche Welle – 03.09.2023