Entre os dias 20 de junho e 1º de julho, os contribuintes
brasileiros gastarão cerca de 20 milhões de reais para ver os deputados
federais que os representam tirarem dias extras de folga durante o período de
festas juninas em um ano de crise econômica e política. Na semana passada, por
determinação de Waldir Maranhão (PP-MA), o controverso presidente interino da
Câmara dos Deputados, a Casa ficou parada durante três dos cinco dias úteis, a
justificativa era o feriado de São João, no dia 24 de junho. Nesta, o recesso
branco durará quatro dias e o santo homenageado é São Pedro, em 29 de junho. A
única data em que está prevista a realização de uma sessão em que pode haver
votações é nesta terça-feira, ainda assim, a expectativa é que não haja quórum
mínimo para deliberações, que é a metade dos 513 deputados.
O cálculo do custo dos parlamentares aqui citado é baseado
no valor diário que eles representam aos cofres públicos: 2,87 milhões de
reais. A conta é feita sobre salários além dos gastos com auxílio moradia,
verba de gabinete, alimentação, transporte, aluguel de veículo e imóveis, além
de verbas com a divulgação do mandato. Ele não inclui, por exemplo, o valor da
manutenção e funcionamento dos prédios da Câmara nem o quanto é pago para os
servidores concursados ou terceirizados.
Em nota divulgada pela sua assessoria de imprensa, Maranhão
informou que a paralisação se deve aos “festejos juninos, durante os quais há
grande mobilização popular, especialmente na região Nordeste do país”. Nesses
dias, as comissões continuarão funcionando, mas possivelmente estarão
esvaziadas. O detalhe é que, em menos de um mês, está prevista outra folga
geral na Câmara, que é o recesso parlamentar oficial entre os dias 18 e 31 de
julho. A decisão dele também leva em conta o período de campanha eleitoral que
se aproxima. Em agosto, começará o prazo em que os concorrentes às prefeituras
e às Câmara de Vereadores iniciam a divulgação de suas candidaturas. Deputados
federais estão entre os principais concorrentes a prefeitos de diversos
municípios. Fonte: El País - Brasilia 29 Jun 2016
Rota permite agora a passagem de navios com até 14 mil
contêineres. Antes, o máximo eram 4.400. Obra durou nove anos e custou 5,4
bilhões de dólares.
O presidente panamenho, Juan Carlos Varela, inaugurou neste
domingo (26/06) a ampliação do Canal do Panamá, permitindo a passagem do navio
chinês Cosco Shipping Panama. Varela descobriu uma placa comemorativa durante
um ato solene do qual participaram também familiares dos sete operários mortos
durante as obras de ampliação, que duraram nove anos.
CANAL É O ORGULHO DO PANAMÁ
O megaprojeto se tornou necessário devido ao tamanho cada
vez maior dos navios de carga e custou 5,4 bilhões de dólares. Agora podem
cruzar a rota, que une o Atlântico ao Pacífico, os navios Post Panamax, que
transportam até 14 mil contêineres. Antes, o máximo possível eram navios de até
4.400 contêineres.
As obras começaram em 2007 e deveriam estar concluídas em
2014, mas disputas sobre os custos e greves atrasaram o projeto. A principal
empreiteira, o Grupo Unidos por el Canal (GUPC, liderado pelo grupo espanhol
Sacyr Vallehermoso) assinou em 2009 um contrato de 3,1 bilhões de dólares, mas
reclama cerca de 3,4 bilhões devido a custos adicionais.
"Essa rota de trânsito é a ponta do iceberg de um ambicioso
plano destinado a converter o Panamá no centro logístico das Américas e
representa uma oportunidade significativa para os países da região de melhorar
suas infraestruturas, fazer crescer suas exportações e ativar seu crescimento
econômico em conjunto com o nosso país", afirmou o administrador do canal,
Jorge Quijano.
REVITALIZAÇÃO DO COMÉRCIO MUNDIAL
O Canal do Panamá representa aproximadamente 5% do comércio
mundial, e com essa ampliação é estimado um aumento de 3% no volume de cargas
que passam por lá.
Mesmo que 60% do tráfego do Canal do Panamá comece ou
termine nos portos dos Estados Unidos, terá um impacto direto e notável no
comércio entre a Ásia e a Costa Leste dos EUA, de acordo com previsões da
Maersk, a companhia naval dinamarquesa, uma das maiores do mundo.
“A expansão nos dá mais opções, mais notadamente para nossas
rotas entre a Ásia e a América do Sul e entre a Ásia e a Costa Leste dos
Estados Unidos. É provável que a Maersk Line utilize mais o Canal do Panamá
ampliado ajustando alguns serviços com barcos maiores para começar a navegar
através de suas novas eclusas”, diz Anders Boenaes, diretor da Maersk Line.
Também se pretende vender a ampliação do canal como um
projeto verde, que economizará milhares de toneladas de CO2. Os responsáveis pela
obra dizem que ao permitir a entrada de barcos maiores se evitam viagens e,
portanto, emissões. Além disso, defendem que o canal economiza até 15 dias em
relação a outros trajetos como os que passam pelo Canal de Suez.
E se uma considerável área florestal e de selva foi
desmatada, foram reflorestados 2.800 hectares em outras áreas do país, o triplo
das que foram destruídas pela obra, segundo o responsável pelo meio-ambiente da
ACP, Carlos Vargas. Deutsche Welle e El País - Data 26.06.2016
A maioria no Reino Unido votou por deixar a União Europeia,
mas ainda vai demorar para resultado do referendo ser posto em prática.
Processo para deixar o bloco envolve série de negociações. Confira os próximos
passos.
O resultado do referendo sobre o Brexit não significa a
saída automática do Reino Unido da União Europeia (UE). Em tese, o Parlamento
britânico, como órgão independente, pode ignorar o resultado do referendo e não
iniciar as negociações para a saída da União Europeia, prevista no artigo 50 do
Tratado de Lisboa. Mas esse passo seria inédito e altamente improvável, segundo
observadores.
O resultado do referendo também ocupará o Parlamento
Europeu. Líderes das bancadas se reúnem nesta sexta-feira (24/06) em Bruxelas
para discutir o tema. No pior dos cenários, a maioria já expressou o desejo de
buscar uma separação rápida do Reino Unido. Mas, até a retirada definitiva,
alguns passos ainda devem ser tomados.
O desejo formal
Primeiramente, o Reino Unido precisa expressar seu desejo de
deixar a UE em uma carta formal enviada aos outros 27 membros do bloco. Ainda
não há uma data para isso. O referendo não é vinculativo, isto é, só será
implementado se a câmara baixa do Parlamento britânico pedir ao premiê para
apresentar a Bruxelas a carta anunciando a saída do bloco. Ainda não se sabe
qual primeiro-ministro será este, já que David Cameron anunciou que renunciará
até outubro. E cerca de 70% dos parlamentares da câmara baixa declararam ser
contrários ao Brexit.
O acordo
O próximo passo será o Conselho Europeu solicitar à Comissão
Europeia que negocie o acordo sobre a saída do Reino Unido do bloco. O artigo
50 do Tratado de Lisboa estipula para isso um prazo de dois anos. Mas o
processo pode ser acelerado. Milhares de normas e relações financeiras precisam
ser analisadas e dissociadas.
A aprovação
O contrato de saída precisa então ser aprovado pelos 27
países-membros, pela União Europeia e, claro, pelo Reino Unido. O direito de
permanência de cidadãos europeus no Reino Unido e de britânicos na UE precisa
ser esclarecido. Também será necessário um acordo sobre o trânsito de
passageiros.
Status no bloco
Ao mesmo tempo, iniciam-se as negociações sobre o modelo das
relações futuras. Há dúvidas sobre o status que o país teria no bloco: se o de
um não-membro normal, como Estados Unidos ou Arábia Saudita, ou se faria parte
da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), como a Noruega e Suíça, com
algumas obrigações e privilégios.
A negociação sobre os detalhes de um acordo como este pode
durar anos. E ele precisará ainda ser ratificado pelos países membros da UE. Só
para esse último passo, o prazo é de dois anos. "O desertor não será
recebido de braços abertos", alertou o presidente da Comissão Europeia,
Jean-Claude Juncker, há algumas semanas.
Os funcionários públicos
Depois de todo o período de negociações vem a fase de
transição. Nela precisa ser esclarecido o status dos funcionários públicos
britânicos. Provavelmente eles poderão trabalhar em Bruxelas até o fim de seus
contratos. O Reino Unido deverá pagar a aposentadoria para seus funcionários na
UE. Os 73 parlamentares do país poderão participar das sessões do Parlamento
Europeu, com direito a voto, até a saída definitiva do país.
Os impactos na economia
Diversos especialistas em economia alertam sobre possíveis
quedas nas bolsas de valores e impactos no crescimento econômico do Reino
Unido. O Banco Central Europeu (BCE) e o Sistema Europeu de Bancos Centrais
concordaram em comprar reservas de libra esterlina. Quando for necessário, os
bancos na Europa devem receber ajuda para liquidez, para evitar perdas.
O perigo do contágio
A União Europeia precisa agora evitar que o Brexit se
espalhe por outros países. Em 2017, a França elegerá um novo presidente. Em
2018, será a vez da Holanda ir às urnas para escolher um novo parlamento. Nos
dois países, os populistas de direita anunciaram que também desejam fazer um
referendo sobre a saída do bloco.
Ainda pairam muitas incertezas no ar. Concreto até o momento
é que o processo com o Reino Unido será longo e exigirá muitos esforços. Fonte:
Deutsche Welle - Data 24.06.2016
Comentário: Passou a euforia e agora vem a ressaca.
A consulta popular registrou índice histórico de
comparecimento – 72,2% do eleitorado – e recorde de 46,5 milhões de eleitores
registrados. População com direito a votar - 50.780.425
Os servidores do sistema informatizado para o controle do
pagamento de propinas da empreiteira Odebrecht, descoberto durante a Operação
Lava Jato, ficavam hospedados na Suíça, e estavam na ativa até o mês passado.
As informações são do administrador Camilo Gornati, que deu
depoimento nesta quarta-feira (22) ao juiz Sergio Moro, durante audiência à
Justiça.
Gornati foi o responsável por gerar logins e senhas para
funcionários da Odebrecht acessarem o sistema, por volta de 2008.
O administrador chegou a ir à sede da empreiteira, em
Salvador, para orientar duas funcionárias da empresa a usar o programa. Almoçou
com funcionários e conheceu Hilberto Silva, executivo da Odebrecht –que foi preso
na Lava Jato.
Segundo ele, cada usuário do sistema, chamado de Drousys,
tinha acesso a uma conta de e-mail que circulava apenas internamente. Era por
ali que os funcionários da Odebrecht trocavam informações sobre os repasses de
propinas, segundo as investigações.
Os datacenters do sistema estavam na Suíça principalmente
por "questão de segurança", segundo Gornati. "Seria um dos
melhores datacenters do mundo", afirmou. Além disso, o custo dos
equipamentos, mais baratos que no Brasil, e a certificação do datacenter
justificaria a escolha.
O Drousys operou normalmente até meados de 2014, de acordo
com Gornati. Nessa época, foi criado um novo portal de acesso, num datacenter
também sediado na Suíça, e os dados do primeiro sistema foram transferidos para
o segundo. Meses depois, o Ministério Público da Suíça bloqueou o acesso ao
primeiro datacenter.
O segundo datacenter, segundo Gornati, só foi desativado
"mês passado ou retrasado", também a pedido do MP da Suíça.
"Estava funcionando até então, mas com pouquíssima utilização, até onde eu
sei", disse.
As duas funcionárias orientadas pelo técnico em Salvador
foram detidas durante a 23ª fase da Lava Jato, em fevereiro: Maria Lúcia
Tavares e Angela Palmeira Ferreira.
A primeira firmou acordo de delação premiada e deu subsídios
para a deflagração da 26a fase da operação, que investigou o sistema
paralelo da Odebrecht para contabilizar o pagamento de propinas.
Gornati era contratado da empresa JR Graco, investigada por
operar pagamentos ilícitos para a Odebrecht no exterior, de acordo com a
força-tarefa da Lava Jato. A empreiteira era uma das clientes da empresa. Fonte: Folha de São Paulo - 22/06/2016
Sem chegar a um acordo com credores nacionais e
estrangeiros, a operadora Oi entrou com pedido de recuperação judicial nesta
segunda-feira (20) para dar início a uma nova rodada de negociação, agora com
proteção judicial contra falência.
A Oi é a maior operadora do Brasil em telefonia fixa,
empatada com a Vivo (cada uma tem participação de 34,4%), e a quarta em
celular, com 18,6% do mercado.
Com uma dívida de R$ 65,4 bilhões, o pedido de recuperação
da Oi corre no Rio de Janeiro e, caso seja aceito, será o maior da história. Em
abril, a Sete Brasil, empresa de sondas da Petrobras, foi à Justiça negociar R$
19,3 bilhões com credores.
A maior parte da dívida da Oi é financeira (cerca de R$ 50
bilhões). Entram ainda na conta cerca de R$ 14 bilhões em contingências -como
multas da Anatel e discussões judiciais- e cerca de R$ 1,5 bilhão para
fornecedores.
Da dívida financeira, cerca de 70% são em moeda estrangeira
e boa parte vence neste ano. Somente no primeiro trimestre, a empresa queimou
R$ 8 bilhões do caixa, a maior parte para honrar parte desses compromissos.
Fonte: Folha de São Paulo - 20/06/2016
Comentário: Em julho de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva afirmava que a Oi seria uma grande empresa de telecomunicações
nacional. Quase seis anos depois, a operadora deu entrada no pedido de
recuperação judicial, caso seja aceito, será o maior da história.O fracasso praticamente enterra os planos de criar uma
grande campeã nacional de telecomunicações.
Na sexta-feira (17), o governador em exercício do Rio de
Janeiro, Francisco Dornelles, decretou estado de calamidade pública por conta
da crise financeira que a cidade enfrenta.
“O Estado está falido”,
diz. Na semana passada, Dornelles anunciou cortes até em programas sociais, que
podem chegar a R$ 1,4 bilhão. Ainda é pouco para reduzir o déficit de R$ 19
bilhões, resultado do descontrole das despesas nos últimos anos e da queda
abrupta das receitas com a redução do preço do petróleo e a crise da Petrobras.
Premido pelas regras da Lei de Responsabilidade Fiscal e pela dívida com a
União, Dornelles não imaginava enfrentar uma situação tão ruim quando se
despediu do Senado para ser vice na chapa de Luiz Fernando Pezão. “Eu vim para
ser um vice aposentado”, afirma. Com Pezão há dois meses afastado, aos 81 anos
Dornelles enfrenta a pior situação de sua carreira.
Nós temos dois déficits: o fiscal, do Tesouro, e o da
Previdência. O Estado tem 223 mil servidores ativos e 230 mil inativos e
pensionistas. O Rio de Janeiro gasta R$ 25 bilhões com ativos e R$ 17 bilhões
por ano com inativos. No campo do Tesouro, o maior contribuinte era a Petrobras
– houve uma queda brutal. O segundo maior contribuinte eram as empresas de
engenharia que prestavam serviço à Petrobras. Elas pararam. O terceiro eram as
empresas terceirizadas que prestavam serviço às empresas que trabalhavam para a
Petrobras. Então, houve uma queda fantástica. Fonte: Época - 17/06/2016
Comentário: O pré-sal; um sonho que virou pesadelo. Seria o
conto de fadas dos brasileiros.Segundo o
governo inundaria o país de dólares.
O que diz o Instituo Lula sobre o pré-sal:
Em vez de, como no passado, comprar navios e plataformas no
exterior, gerando emprego e renda lá fora, Lula e Dilma ressuscitaram a
indústria naval brasileira, que hoje emprega 78 mil trabalhadores - contra
apenas 3 mil no governo do PSDB.
Nas próximas três décadas, o petróleo que jorra das
profundezas do mar destinará cerca de R$ 1,3 trilhão à educação e à saúde,
graças à nova legislação sancionada pela presidenta Dilma em 2013.
E pensar que se o povo brasileiro não elegesse Lula e Dilma,
toda essa riqueza poderia ter sido privatizada -- ou ficar para sempre
esquecida no fundo do mar. Atualmente a Petrobras tem uma dívida de 450 bilhões de reais
Em seu acordo de delação premiada na Lava Jato, o
ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou ter intermediado o repasse
de propina para ao menos 25 políticos quando ocupava o cargo máximo na
subsidiária da Petrobras. Sua denúncia envolve nomes importantes do PMDB, PT,
DEM, PSDB, PCdoB e PP.
Segundo Machado, parte dos pagamentos foi em dinheiro e
outra parte em doações eleitorais. Todos os citados negam irregularidades.
Como os repasses foram feitos em parcelas pagas ao longo de
vários anos, não é possível atualizá-los para valores atuais. Por isso, as
quantias abaixo estão exatamente como citadas em seu depoimento. Fonte: Folha de São Paulo - 17/06/2016
O Brasil gastou R$ 8,3 bilhões em construções e reformas de
12 estádios para a Copa-2014. A alegação era de que, posteriormente, serviriam
para gerar renda para o futebol nacional e para outros eventos. Exatamente dois
anos após a abertura do Mundial, 12 de junho, a maioria das arenas passa por
crises financeiras e não justificam o investimento.
Lembre-se que a promessa inicial do governo federal e da CBF
era de que todos os estádios teriam investimento privado, o que seria feito por
empresas interessadas em geri-los. Ao final, apenas três arenas tiveram
dinheiro privado, e todas foram financiadas com recursos públicos. O preço previsto
inicialmente triplicou.
A crise enfrentada pelos estádios é diferente em cada
Estado. Há em comum nelas a dificuldade de encontrar um modelo de gestão
rentável e os altos custos de manutenção e de construção. Vamos detalhar caso a
caso:
MARACANÃ
– A concessão do estádio a Odebrecht revelou-se um fracasso
tanto que a empresa discute como devolver o equipamento. A construtora acumulou
prejuízo de R$ 173 milhões em dois anos de gestão. Isso pode ser explicado pelo
alto custo de manutenção, e porque a empresa nunca conseguiu vender todas as
propriedades pelos valores esperados inicialmente. Ressalte-se ainda que o
governo do Estado mudou o modelo de negócios da arena ao impedir construção de
espaços comerciais em volta. Clubes como Flamengo, Vasco e Botafogo também
reclamaram das taxas que pagavam para usar o estádio.
ARENA CORINTHIANS
– O estádio é o maior sucesso de público entre os 12, mas um
péssimo negócio até agora. A receita anual de 2015 foi de R$ 73 milhões brutos,
muito inferior aos R$ 112 milhões líquidos previstos em contrato. A venda de
camarotes não engatou e os naming rights estão emperrados há pelo menos quatro
anos. Sem isso, o dinheiro arrecadado tem sido insuficiente para pagar os
financiamentos do estádio: o Corinthians está atrasado com parcelas com o
BNDES. No total, há uma dívida acumulada de R$ 800 milhões.
MANÉ GARRINCHA
– O governo do Distrito Federal prometeu que havia diversas
empresas interessadas na concessão do estádio, mas nunca nenhuma delas
apareceu. Com o custo total de R$ 1,5 bilhão, a arena chegou a ser usada para
estacionamento de ônibus e repetição pública. Tem recebido alguns jogos da
Série A do Brasileiro, marcados pela violência e pela arrecadação pequena para
o governo. O prejuízo estimado em 2015 foi de R$ 6,2 milhões.
MINEIRÃO
– O modelo de PPP feito pelo governo do Estado com a empresa
Minas Arena não se mostrou rentável. O governo do Estado tinha que bancar a
falta de arrecadação da empresa por meio de incremento nas parcelas até que
decidiu cortar parte da verba neste ano alegando problemas de gestão. O
Cruzeiro, principal usuário, brigou com a Minas Arena por causa de taxas para
utilização do estádio. Há uma disputa judicial entre as partes para estabelecer
quem deve a quem.
ARENA PERNAMBUCO
– Outro estádio em que surgiu disputa entre a
Concessionária, controlada pela Odebrecht, e o governo do Estado. Após estudos
do tribunal de contas e da FGV, o governo de Pernambuco rescindiu o contrato de
PPP alegando que houve gastos indevidos na construção e que houve subutilização
do equipamento. Agora, aceitou pagar R$ 250 milhões à empreiteira para encerrar
o contrato. Sport e Santa Cruz têm preferido jogar em seus estádios na Série A
do que na Arena Pernambuco, o que torna a arena ainda menos utilizada.
ARENA FONTE NOVA
Nos dois primeiros anos de operação, a Arena Fonte Nova
acumulou R$ 41 milhões em prejuízo. Isso levou a Odebrecht, que firmou uma PPP
com o governo local, a estudar pedir a divisão desse rombo com o governo. Ao
mesmo tempo, houve discussão entre a Arena Fonte Nova e o Bahia após o clube
reclamar das condições impostas no contrato. As partes chegaram a um acordo.
ARENA AMAZÔNIA
– Sofreu prejuízo de R$ 7,5 milhões no ano de 2015, e
retornou para as mãos do Estado do Amazonas. A receita em um ano do estádio,
que custou cerca de R$ 600 milhões, foi R$ 600 mil. Em 2016, a renda melhorou e
chega perto de R$ 6 milhões, bem longe, no entanto, do que foi investido. O
estádio abre, basicamente, quando há jogos de times de fora do Estado.
ARENA PANTANAL
Estádio tem um custo de manutenção de R$ 600 mil por mês, e
com as receitas cada vez mais raras. Os jogos da Série A que eram realizados no
local sumiram por causa da falta de condições do estádio, que passou a
apresentar goteiras em vestiários, e problemas de infraestrutura.
ARENA CASTELÃO
O estádio tem um custo de manutenção em torno de R$ 14
milhões. Seus números de receitas não foram divulgados, o que torna difícil
saber se é superavitário ou deficitário.
BEIRA-RIO
A Brio, empresa da Andrade Gutierrez para gerir o estádio,
levou um prejuízo de R$ 48 milhões desde a abertura, considerada a receita com
camarotes e setores Vips, menos os custos financeiros e operacionais do
Beira-Rio. O Internacional, como não tem que pagar despesas, fica com sua
bilheteria limpa, fora as despesas de jogo.
ARENA DA BAIXADA
A CAP SA, empresa criada pelo Atlético-PR para construir e
gerir o estádio, teve déficit de R$ 2,6 milhões em 2015. Sua receita foi de
apenas R$ 5 milhões. Em seu balanço, o clube registrou receitas de R$ 5,5
milhões com sua arena. Ainda não foram quitados os financiamentos com o Estado
para a construção do estádio.
ARENA DAS DUNAS
Registra um lucro de R$ 20 milhões em sua operação de 2014,
último número conhecido. Mas isso tem relação com a forma de concessão do
estádio que prevê remuneração do governo do Rio Grande do Norte, e com outros
eventos como o Carnatal. Dona da concessão da arena, a OAS, em recuperação
judicial por causa da Lava-Jato, tenta revender o estádio. Fonte: UOL Esporte - 12/06/2016
Em sua delação premiada, o ex-presidente da Transpetro
Sérgio Machado afirmou que a Petrobras é "a madame mais honesta dos
cabarés do Brasil".
Ele afirmou que essa metáfora significava que a estatal era
um "organismo bastante regulamentado e disciplinado".
Machado afirmou aos investigadores que havia um modelo
tradicional de cobrança de propina, mas que ultimamente esse limite começou a
ser extrapolado. O ex-presidente da Transpetro disse que, nos contratos,
existiam o "custo político", ou seja, um percentual de qualquer
relação contratual entre empresa privada e poder público a ser destinado a
propinas.
Segundo ele, o percentual é de 3% no nível federal, de 5% a
10% no nível estadual e de 10% a 30% no nível municipal.
"Que recentemente, em todos os níveis de governos, as
pessoas saíram desse padrão e foram além, envolvendo a estrutura das empresas
estatais e dos órgãos públicos, o que antes não acontecia; que o depoente não
deixou a Transpetro sair do 'modelo tradicional'".
Para Machado, há outros órgãos estatais com práticas menos
ortodoxas que a Petrobras como Dnit, Docas, bancos oficiais como Banco do
Nordeste, Funasa e Dnocs.
PROPINA
Em sua delação premiada, Machado relatou ter repassado
recursos ilícitos a mais de 20 nomes de diferentes partidos, entre eles PMDB,
PT, PP, DEM, PSDB e PSB.
Machado afirmou também que o presidente interino Michel
Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão de propina para a campanha de
Gabriel Chalita (ex-PMDB) à Prefeitura de São Paulo, em 2012.
O ex-presidente da Transpetro relatou que participou da
captação de recursos ilícitos para bancar a eleição do hoje senador Aécio Neves
(PSDB-MG) à presidência da Câmara dos Deputados, no ano de 2001.
Na delação, Machado afirmou ainda que o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) receberam
mesadas durante anos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava
Jato. Fonte: Folha de São Paulo - 15/06/2016
Ele se chama Solarin, e é o telefone celular mais seguro do
mundo. Pelo menos é o que afirmam os seus criadores, a start up israelense
Sirin Labs, que, com o novo smartphone, pretende atingir o segmento do mercado
de altos executivos de grandes corporações e instituições para os quais a
segurança e a privacidade são elementos essenciais. Mas essa segurança tem seu
preço: a partir de 12.400 euros (cerca de 50.000 reais) para o modelo básico,
chegando a 15.000 euros (cerca de 60.000 reais) no mais avançado.
O Solarin incorpora a tecnologia militar de privacidade mais
avançada que existe hoje em dia, fora das agências de inteligência, de acordo
com a Sirin Labs. A empresa fez uma parceria com a KoolSpan, companhia
especializada em segurança de comunicação celular, para integrar a criptografia
AES (de 256 bits- chip a chip), mesma tecnologia utilizada por vários exércitos
para proteger as suas comunicações. Ela é acionada por um interruptor de
segurança localizado na parte de trás do telefone, que passa a operar, assim,
em um modo protegido, apresentando uma interface exclusiva para as chamadas e
mensagens totalmente criptografadas.
Os ciber-ataques são endêmicos no mundo inteiro. Esta
tendência tem aumentado. Um único ataque é capaz de estragar seriamente a
reputação e as finanças de uma empresa. O Solarin é pioneiro em novos recursos
de privacidade e no uso de criptografias inovadoras, para oferecer aos clientes
a tranquilidade necessária para lidar com informações críticas em seus
negócios, afirma Tal Cohen, diretor e fundador da Sirin Labs.
Mais veloz e com banda mais larga
O equipamento oferece até 450 Mbps de download e até 150
Mbps de velocidade de upload, ao lado da compatibilidade com 24 bandas LTE,
para facilitar o seu uso em nível internacional. Ele incorpora uma nova
tecnologia para conexão wifi (WiGig) que permite uma velocidade de até 4,6
Gbps, o que permite um acesso à nuvem quase instantâneo, e a sincronização de
fotos, vídeos e conexões sem fio, assim como a transmissão de vídeos de baixa
latência, e uma banda três vezes mais larga do que o mais sofisticado dos
smartphones.
A tela de 5,5 polegadas e com resolução IPS LED 2k incorpora
uma câmera de 23,8 megapixels, com foco automático por laser e flash de quatro
tonalidades, além de um flash frontal. O sistema de som utiliza três
autofalantes de graves, unidos por meio de um amplificador inteligente para
controlar o volume e a distorção. O Solarin é alimentado por um processador
Qualcomm Snapdragon 810 e a bateria mais potente do mercado, com carga rápida e
algoritmos de otimização de energia para viagens.
“Criamos o aparelho com o mais elevado grau de privacidade,
capaz de operar com mais velocidade do que qualquer outro telefone e construído
com os melhores materiais do mundo. Não admitimos as regras dos preços e a tecnologia
que estavam disponíveis. Com o Solarin, rompemos com essas regras”, afirma
Hogeg, presidente da Sirin. Fonte: El País - Madri 5 JUN 2016
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reassumiu o
discurso de oposição em ato contra o governo do presidente interino, Michel
Temer (PMDB), e reeditou o ataque ao Congresso feito há 22 anos chamando os
deputados de picaretas.
"É só olhar para a cara deles para saber que os 300
picaretas que eu falei em 1994 aumentaram um pouco", disse, em discurso na
avenida Paulista na noite desta sexta-feira (10).
O protesto, segundo os organizadores, reuniu cerca 100 mil
pessoas, mas havia grandes espaços vazios na avenida. A PM não divulgou
estimativa de público.
Numa fala em que voltou a admitir uma candidatura à
Presidência em 2018, Lula criticou a montagem do ministério de Temer. O petista
afirmou que, com José Serra (PSDB) à frente do Ministério das Relações
Exteriores, o país voltou a sofrer do "complexo de vira-lata".
"Se a solução deste país fosse diminuir ministério, era
melhor tirar o da Fazenda, do Planejamento, e deixar o dos pobres",
completou, ao criticar a extinção da pasta de Direitos Humanos.
Segundo o petista, os "coxinhas" que pediam a
saída de Dilma Rousseff hoje têm vergonha de dizer que querem Temer. Seu
discurso focou mais em criticar o presidente interino do que em defender a
presidente afastada.
Nos últimos dias, Dilma havia dito que viria ao protesto,
por pressão da organização, mas avaliou que não era apropriado porque não
queria se associar a discursos mais radicais.
Lula afirmou que não poderia reivindicar o "Fora,
Temer", mote do protesto, porque "não ficaria bem". E emendou:
"Temer, você é um advogado constitucionalista, você sabe que não agiu
correto. Por favor, permita que o povo retome o poder para Dilma e participe em
2018 das eleições."
A tese de convocar novas eleições ou realizar um plebiscito,
defendida por alguns setores, não foi abraçada nos discursos. Fonte: Folha de São
Paulo - 10/06/2016
Planalto diz que Dilma gastou, por mês, R$ 62 mil com cartão
de suprimentos; Alvorada diz que informação é sigilosa
Geladeira cheia Segundo dados do Planalto, Dilma gastou, de
janeiro a maio, cerca de R$ 280 mil em seu cartão de suprimento para despesas com
alimentação, média de R$ 62 mil mensais.
De 13 a 31 de maio — os 18 primeiros
dias de afastamento — o gasto bateu R$ 54 mil. O Planalto diz que o cartão foi
reabastecido e Dilma já pode fazer compras para o Alvorada.
A assessoria da petista diz que tomará medidas para
apurar o vazamento de informações sigilosas “sobre a segurança” do palácio. Fonte: BlogFolha - 07/06/2016
02:10
Eleitores suíços rejeitaram em uma votação esmagadora a
proposta que garantiria renda básica equivalente a R$ 9 mil para todos os
cidadãos do país.
Os resultados finais de um referendo realizado neste domingo
mostraram que 77% dos eleitores se opuseram ao plano e 23% foram favoráveis.
Se tivesse sido aprovada, a proposta garantiria renda
incondicional para todos os adultos, independente deles trabalharem ou não.
Eles receberiam 2.500 francos suíços (cerca de R$ 9 mil). O Estado pagaria
ainda 625 francos suíços (R$ 2.270) para sustentar cada criança.
A quantia reflete o alto custo de vida na Suíça, mas não
ficou claro como a medida impactaria em classes que recebem salários mais
altos.
Os defensores da medida argumentavam que como o trabalho
está cada vez mais automatizado, há menos empregos disponíveis.
A ideia não é nova - há 500 anos, o autor Thomas More
defendeu a renda básica no livro Utopia, e projetos em escala regional foram
testados em diversos países - mas a possibilidade de implementação
incondicional, institucionalizada e em larga escala é inédita.
Custos
Com uma renda per capita estimada em US$ 59 mil ao ano (R$
211 mil) e taxa de desemprego inferior a 4%, o país não carece de políticas
públicas de combate à pobreza. Isso, dizem defensores do projeto, permitiria ao
país "dar-se ao luxo" de experimentar uma utopia.
Mas, apesar da abundância econômica do país, o projeto não
sairia barato aos cofres públicos. A estimativa oficial é de um custo de 208
bilhões de francos (R$ 750 bilhões), para atender 6,5 milhões de adultos e 1,5
milhão de crianças.
Desse valor, cerca de 55 bilhões viriam de cortes em outros
projetos sociais. Outros 128 bilhões seriam financiados pelos assalariados:
todos teriam 2500 francos abatidos de seu salário mensal, e aqueles que
ganhassem menos que isso dariam todo seu salário ao governo e receberiam o
subsídio em troca.
Os 25 bilhões de francos que faltariam para cobrir o rombo
poderiam ser obtidos por meio de um aumento no imposto de valor agregado (IVA),
que atualmente é de 8% e passaria a 16%.
Pouco apoio
A proposta recebeu pouco apoio de políticos suíços - nenhum
partido a defendeu abertamente. O plano só foi votado como uma proposta de lei
de iniciativa popular, depois que ativistas colheram mais de 100 mil
assinaturas de apoio.
Críticos da proposta disseram que desvincular o trabalho do
dinheiro recebido seria ruim para a sociedade. Fonte: BBC Brasil - 5 junho 2016
Comentário: Os defeitos e problemas dessa ideia são óbvios. Ter um
rendimento garantido pode desestimular o trabalho. Dar uma compensação material
para uma pessoa sem que, em troca, tenha produzido algo de valor é uma proposta
questionável tanto do ponto de vista econômico quanto do social e ético. Os
riscos de corrupção e clientelismo político que iniciativas desse tipo têm são
elevados. Finalmente, essa não é uma ideia barata. Tais subsídios podem se
tornar um fardo pesado para o Estado e criar enormes e crônicos déficits no
orçamento público. Moisés Naím
O Brasil descarta um terço da comida que produz segundo a
FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação.
A perda de alimentos em países pobres ocorre na colheita, no
manuseio e no transporte. Nos ricos, concentra-se nas etapas finais, em
mercados e lares. Mas o Brasil é "sui generis": tem problemas em
todas as etapas, resume o pesquisador Gustavo Porpino, analista da Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Aqui, o descarte de comida ainda boa para consumo em casas e
mercados representa 40% da perda total.
Esse desperdício não depende muito de políticas públicas.
"Todos têm uma parcela de culpa e podem fazer algo para mudar", diz
Camila Kneip, coordenadora de nutrição da ONG Banco de Alimentos, que recolhe
excedentes em mercadões, restaurantes e casas.
Gustavo Porpino, da
Embrapa, analisou hábitos de famílias para sua tese de doutorado. Constatou que
o desperdício em casa ocorre por compras não planejadas, desejo de oferecer
abundância e preconceito com sobras. "O consumidor precisa conhecer a vida
rural, entender de onde sai o alimento e o que se gasta para produzi-lo."
Quando se coloca nessa conta o gasto de água, o problema se
torna mais gritante: para a produção de uma maçã, são usados 125 litros.
O Instituto Akatu estima que 41 mil toneladas de comida são
desprezadas no Brasil diariamente e, com isso, 100 bilhões de litros de água,
que equivalem a 10% do volume útil do Sistema Cantareira.
Campeão de desperdício
O Brasil é um dos dez países que mais descartam alimentos em
todo o mundo
■10% nos mercados e nas casas
■ 30% nas centrais de abastecimento
■ 50% no manuseio e transporte
■ 10% na colheita
O que isso significa
■ por dia 41 mil toneladas desperdiçadas que alimentariam 25 milhões de
pessoas por dia (13% da população do Brasil).
■ por ano 15 milhões de toneladas desperdiçadas no Brasil
que alimentariam 9 bilhões de pessoas em um único dia ou toda população do
Brasil por 47 dias.
Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), os pesquisadores do Instituto Akatu fizeram a seguinte
conta:
Uma família média brasileira gasta 478 reais mensais para
comprar comida. Se o desperdício de 20% de alimentos deixasse de existir em
casa, 90 reais deixariam de ir para o ralo. Guardando esses 90 reais todos os
meses, depois de 70 anos (expectativa média de vida) a família teria uma
poupança de 1,1 milhão de reais. Fonte: Folha de São Paulo - 05/06/2016
O ex-boxeador americano Muhammad Ali, 74, morreu em um
hospital de Phoenix, nos Estados Unidos, por problemas respiratórios, nesta
sexta-feira (3). A morte foi anunciada na madrugada (de Brasília) deste sábado.
Seu porta-voz, Bob Gunnell, anunciou nesta quinta (2) que o ex‑atleta estava
hospitalizado.
De acordo o Bob Gunnell, porta-voz da família, Ali morreu de
choque séptico devido a causas naturais não especificadas. O funeral será
realizado na sexta-feira (10) em Louisville, Kentucky, disse Gunnell.
Ali foi campeão olímpico, participou da "Luta do
Século" original, venceu o combate mais famoso da história, foi o primeiro
tricampeão mundial dos pesados, dominou o boxe no período mais competitivo
entre os grandalhões dos ringues e se tornou a primeira estrela globalizada do
esporte, com duelos em países do Terceiro Mundo.
Nascido Cassius Marcellus Clay Jr. em 1942, na cidade de
Louisville, oriundo de uma família humilde, Ali descobriu o boxe na infância
por acaso. Aos 12 anos, quando roubaram sua bicicleta, procurou Joe Martin, um
policial que dava aulas em um centro de recreação, para reclamar do roubo.
Nunca mais viu a bicicleta, mas logo estava calçando as luvas de boxe.
Rapidamente ele conquistou títulos amadores que lhe abriram
caminho até a Olimpíada de Roma, em 1960. Lá, aquele jovem tagarela ganhou a
medalha de ouro entre os meio-pesados (categoria de peso imediatamente inferior
à dos pesados no amadorismo). Ao retornar aos Estados Unidos, foi acolhido como
herói, homenageado por autoridades e assinou contrato com um grupo de
milionários que o patrocinou.
Naquela época, prevalecia o racismo. Os restaurantes, hotéis
e cinemas, especialmente os do sul do país, reservavam espaços para que os
negros se acomodassem separados dos brancos.
O boxeador se adaptou facilmente ao profissionalismo, no
qual estreou ainda em 1960. Poucos meses após conquistar o título mundial dos
pesos-pesados, ao bater Sonny Liston, a quem apelidou de "O Grande Urso
Feio", em fevereiro de 64, revelou que se convertera ao islamismo, abrindo
mão do seu "nome de escravo", Cassius Clay, e passando a se chamar
Muhammad Ali. Em suas próprias palavras, era agora "O Rei do Mundo" e
"O Mais Bonito".
Três anos depois, ainda campeão, foi convocado a comparecer
ao centro de recrutamento do Exército, onde recusou o alistamento para a Guerra
do Vietnã. Ali teve a licença de pugilista cassada e foi destituído do cinturão
em 1967. Nos anos seguintes, ganhou a vida com palestras no circuito
universitário.
Após uma longa batalha jurídica, recuperou a licença de
pugilista e retornou aos ringues em 1970, contra dois rivais de categoria,
Jerry Quarry e o argentino Oscar "Ringo" Bonavena. No ano seguinte,
enfrentou na "Luta do Século" "Smokin" Joe Frazier, que
então era o dono de seu cinturão, em um choque de invictos.
Ali perdeu por pontos em 15 assaltos, mas em 1974 ganhou
nova oportunidade de lutar pelo título, desta vez contra George Foreman, na
"Rumble in the Jungle" ("Briga na Selva"), no Zaire. Ali
subiu ao ringue como o azarão. Afinal, Foreman tomara o cinturão de Frazier ao
derrubá-lo seis vezes em dois assaltos, e precisara do mesmo número de assaltos
para destruir outro algoz de Ali, Ken Norton.
Sem a agilidade e os reflexos do auge da carreira, Ali usou
a cabeça. Encostou-se nas cordas e permitiu que o rival o castigasse, assalto
após assalto, até que Foreman se cansasse. Então, no oitavo assalto, partiu
para o ataque e derrotou o rival. O combate foi transformado em livro por
Norman Mailer ("A Luta") e gerou um documentário, "Quando Éramos
Reis", ganhador do Oscar em 1996.
Ali disputou depois aquela que foi eleita pela publicação
especializada "The Ring" a melhor luta da história, a "Thrilla
in Manila", seu terceiro duelo com Frazier, nas Filipinas. "Foi o
mais próximo que cheguei da morte", falou sobre a luta, que venceu no 14º
assalto.
Em 1978, Ali perdeu o título para o novato de sete lutas
Leon Spinks, mas o recuperou no mesmo ano para se tornar o primeiro tricampeão
dos pesados. Anunciou sua aposentadoria, mas retornou contra seu ex-sparring
Larry Holmes, agora campeão, e contra Trevor Berbick. Perdeu as duas e pendurou
as luvas em definitivo.
Ele passou, então, a se dedicar a missões de cunho
humanitário e político, visitando países como Cuba, China e Rússia. Foi ao
acender a pira olímpica nos Jogos de Atlanta-96 que o mundo descobriu os
avançados sintomas do Mal de Parkinson, que reduziu drasticamente a sua
mobilidade e a sua capacidade de comunicação. Passou os últimos anos de sua
vida dependente de tratamentos e remédios, e suas aparições públicas se
tornaram cada vez mais raras. Fonte: Folha de São Paulo - 04/06/2016
A sociedade como um todo será chamada a fazer sacrifícios. Deputados
aprovam reajuste para funcionários com impacto de ao menos R$ 58 bilhões até
2019, mesmo com país em recessão e rombo fiscal. Para analista, mais pobres
serão os mais penalizados com provável alta de impostos.
A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta
quinta-feira (02/06), com aval do presidente interino Michel Temer, um pacote
de reajuste para funcionários públicos dos Três Poderes que causará um impacto
de ao menos 58 bilhões de reais até 2019 – e logo no momento em que o país
registra dois anos de recessão e tem a expectativa de fechar 2016 com um rombo
de ao menos 170 bilhões de reais nas contas públicas.
Para José Matias-Pereira, especialista em administração
pública da Universidade de Brasília (UnB), qualquer aumento de despesas vai
agravar mais ainda a situação do país.
"Entendo que vamos chegar a um momento em que a
sociedade, como um todo, será chamada para fazer sacrifícios – e isso
significa, naturalmente, a elevação de tributos", diz Matias-Pereira.
"E quando isso acontece são as populações mais pobres que pagam o preço e
que são as mais penalizadas.". Fonte: Deutsche Welle - Data 02.06.2016
Comentário: Em plena crise, o país no volume morto econômico,
a Câmara dos Deputados aprovou aumento
salarial para a realeza, vassalos,
fidalgos, a nobreza do Estado enquanto a plebe fica com o desemprego, sem
salário, pagando impostos, etc. É o trem da alegria dos funcionários públicos
Com uma taxa de desemprego de dois dígitos, aumento do endividamento
e dos preços no supermercado, os dados do Produto Interno Bruto (PIB)
divulgados nesta quarta-feira (1) confirmam o que o brasileiro vem sentindo na
pele e no bolso nos últimos meses: a economia enfrenta sua pior recessão em 25
anos. O PIB encolheu 5,4% no primeiro trimestre de 2016, em comparação ao mesmo
período do ano passado, a oitava queda consecutiva. Já em relação ao último
trimestre de 2015, a queda foi de 0,3%. Em valores correntes, o PIB totalizou
5,94 trilhões de reais.
Desta vez, todas as atividades que compõem o PIB
apresentaram queda, até a agropecuária, que vinha contribuindo positivamente
para o indicador nos trimestres anteriores, descolado da recessão que atingia
os demais setores. A atividade no campo se contraiu 3,7% no trimestre de 2016,
frente ao mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o resultado é explicado pelo desempenho ruim na
safra de alguns produtos, como o milho.
■A indústria, por sua vez, manteve a trajetória de queda,
com recuo de 7,3%, puxada pela menor produção de máquinas e equipamentos, do
setor automotivo e de metalurgia.
■A construção civil também sentiu o impacto do menor
investimento, e se retraiu 6,2% no período. Com menos poder de renda, mais
desemprego e temeroso com o cenário nacional, o consumidor também deixou de
comprar.
■O setor de serviços teve queda de 3,7% no primeiro trimestre, influenciado pela
queda de 10,7% no comércio.
■ Pelo quinto trimestre seguido, o consumo das famílias
apresentou resultado negativo. No primeiro trimestre de 2016, o consumo das
famílias caiu 6,3%. Segundo o IBGE, o resultado é explicado pela deterioração
dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do
período.
Apenas no setor externo o PIB registrou um bom resultado. As
exportações foram o único item a apresentar aumento no nível de atividades no
primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior.
As exportações de bens e serviços cresceram 13%, puxadas
pela melhora dos preços das commodities no mercado internacional e da
desvalorização cambial. Por outro lado, as importações de bens e serviços
caíram 21,7%.
A retomada do mercado de trabalho e dos investimentos,
entretanto, deve ser mais lenta. "As empresa não estão trabalhando com o máximo
de suas capacidades, ou seja, há funcionários fazendo jornadas menores e
máquinas sem utilização. Isso deve postergar a retomada dos investimentos e,
consequentemente das contratações, mesmo com sinais de melhora da
economia", afirma economista Juan Jensen, do Insper. Nesse sentido, o
desemprego tende a se manter elevado ainda este ano e, somente em 2017, voltar
a cair. Fonte: El País - São Paulo 1 JUN 2016
Comentário: Ainda não atingimos o 2º volume morto econômico.
De acordo com Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio
Contínua (Pnad Contínua), em abril havia 11,4 milhões de trabalhadores
desempregados.
A Velha e/ou Nova Matriz Econômica do PT se baseia em cinco
pilares: política fiscal expansionista, juros baixos, crédito barato fornecido
por bancos estatais, câmbio desvalorizado e aumento das tarifas de importação
para "estimular" a indústria nacional. A crença do governo passa a ser a de que
"um pouco mais de inflação gera mais crescimento econômico". O povo até
gostou criou a nova classe média emergente consumista.
Em entrevista à Folha, Dilma Rousseff foi inquirida sobre a
quantidade de encontros que manteve com Marcelo Odebrecht, presidente da maior
construtora do país, preso em Curitiba desde 19 de junho de 2015. “Eu não
recebi nunca o Marcelo no [Palácio da] Alvorada”, afirmou Dilma. “No Planalto,
eu não me lembro.” Essa resposta não é verdadeira.
De acordo com os arquivos eletrônicos do Planalto,
consultados pelo blog da Folha, Dilma recepcionou o mandachuva da Odebrecht
pelo menos quatro vezes desde que virou presidente, duas das quais no Palácio
da Alvorada —ambas em 2014, ano da campanha à reeleição.
Num desses encontros que Dilma afirma que “nunca” ocorreram
no palácio residencial, o empreiteiro chegou em tempo para servir-se do almoço,
às 11h30 do dia 26 de março de 2014 (clique sobre a imagem abaixo para
ampliá-la). Noutro encontro, Odebrecht foi recebido pela inquilina do Alvorada
às 9h30 do dia 25 de julho de 2014 (veja na imagem reproduzida no rodapé do
post).
As duas audiências concedidas por Dilma no Palácio do
Planalto, seu local de trabalho, ocorreram em 2013. Uma no início do ano, em 10
de janeiro. Outra no segundo semestre, em 10 de outubro.
Dona de uma memória que seus auxiliares consideram
prodigiosa, Dilma apagou os encontros com Marcelo Odebrecht da lembrança num
instante em que suas relações com o empreiteiro estão crivadas de suspeitas. Fonte:
Blog Folha Josias de Souza 29/05/2016