Entre os dias 20 de junho e 1º de julho, os contribuintes
brasileiros gastarão cerca de 20 milhões de reais para ver os deputados
federais que os representam tirarem dias extras de folga durante o período de
festas juninas em um ano de crise econômica e política. Na semana passada, por
determinação de Waldir Maranhão (PP-MA), o controverso presidente interino da
Câmara dos Deputados, a Casa ficou parada durante três dos cinco dias úteis, a
justificativa era o feriado de São João, no dia 24 de junho. Nesta, o recesso
branco durará quatro dias e o santo homenageado é São Pedro, em 29 de junho. A
única data em que está prevista a realização de uma sessão em que pode haver
votações é nesta terça-feira, ainda assim, a expectativa é que não haja quórum
mínimo para deliberações, que é a metade dos 513 deputados.
O cálculo do custo dos parlamentares aqui citado é baseado
no valor diário que eles representam aos cofres públicos: 2,87 milhões de
reais. A conta é feita sobre salários além dos gastos com auxílio moradia,
verba de gabinete, alimentação, transporte, aluguel de veículo e imóveis, além
de verbas com a divulgação do mandato. Ele não inclui, por exemplo, o valor da
manutenção e funcionamento dos prédios da Câmara nem o quanto é pago para os
servidores concursados ou terceirizados.
Em nota divulgada pela sua assessoria de imprensa, Maranhão
informou que a paralisação se deve aos “festejos juninos, durante os quais há
grande mobilização popular, especialmente na região Nordeste do país”. Nesses
dias, as comissões continuarão funcionando, mas possivelmente estarão
esvaziadas. O detalhe é que, em menos de um mês, está prevista outra folga
geral na Câmara, que é o recesso parlamentar oficial entre os dias 18 e 31 de
julho. A decisão dele também leva em conta o período de campanha eleitoral que
se aproxima. Em agosto, começará o prazo em que os concorrentes às prefeituras
e às Câmara de Vereadores iniciam a divulgação de suas candidaturas. Deputados
federais estão entre os principais concorrentes a prefeitos de diversos
municípios. Fonte: El País - Brasilia 29 Jun 2016
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