sábado, 19 de dezembro de 2015

Museu do Amanhã no Rio de Janeiro

Um dos símbolos da revitalização da região portuária do Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã está prestes a abrir as portas para o público na Praça Mauá neste sábado, 19 de janeiro.

PROJETO ARQUITETÔNICO: Com projeto arquitetônico do espanhol Santiago Calatrava, o edifício do novo museu da Praça Mauá chama atenção pelas formas orgânicas inspiradas nas bromélias do Jardim Botânico. Cercado por espelhos d'água, jardim, ciclovia e área de lazer, o museu usa a tecnologia como suporte para a arte e a ciência.

O Museu do Amanhã foi erguido no Píer Mauá, em meio a uma grande área verde. São cerca de 30 mil m² e auditório para 400 pessoas, loja, cafeteria e restaurante.  

O prédio tem 15 mil m² e arquitetura sustentável. O projeto arquitetônico utiliza recursos naturais do local - como, por exemplo, a água da Baía de Guanabara, utilizada na climatização do interior do Museu e reutilizada no espelho d´água.

No telhado da construção, grandes estruturas de aço, que se movimentam como asas, servem de base para placas de captação de energia solar.  

O público carioca poderá vivenciar o conceito de museu experiencial, com o conteúdo apresentado de forma sensorial e interativa, semelhante ao Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, em São Paulo. O foco do museu é explorar algumas tendências das próximas décadas, como as mudanças climáticas, o crescimento da população, a alteração da biodiversidade, o avanço da tecnologia, entre outros.

A exposição principal será dividida em cinco áreas: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós. Em cada uma delas, o visitante tem acesso a um panorama geral sobre os temas. A área dedicada às exposições temporárias será inaugurada com a instalação audiovisual "Perimetral", de Vik Muniz, Andrucha Waddington e o escritório de design SuperUber. Fonte: UOL, no Rio de Janeiro 17/12/2015

Link - http://www.museudoamanha.org.br/

sábado, 28 de novembro de 2015

Os alunos de Harvard terão de jurar que não irão colar

Neste ano, os estudantes de Harvard  estão fazendo  algo inédito  na história da  prestigiada universidade norte americana: prometer não colar nem plagiar.

Mais especificamente, estão aderindo a um código de honra em que juram respeitar os valores da integridade acadêmica.

Isso quer dizer que os estudantes precisam se comprometer a não colar nas provas, a não inventar números em artigos científicos ou copiar trechos escritos por outras pessoas – ou seja, plagiar. E não se trata de uma promessa feita só uma vez.

Brett Flehinger, decano-adjunto de Integridade Acadêmica e Conduta Estudantil de Harvard, diz que os alunos agora se comprometem com o juramento antes de começar o ano e reafirmam o compromisso em momentos como antes de fazer as provas, por exemplo.

Mudança cultural

A mensagem é de "mudar a cultura", afirma Flehinger, reafirmando respeitar os princípios de honestidade acadêmica em vez de apenas se correr atrás de notas altas.

"Os estudantes estão sob muita pressão, e nem toda essa pressão é saudável", disse. O código de honra deve devolver um pouco de equilíbrio à questão.

"O que tentamos transmitir aos estudantes é que a precisão e a honestidade são os fundamentos de todo o trabalho acadêmico e do conhecimento", reitera o decano. Alunos da universidade terão que fazer juramento pelo menos três vezes

O Código de Honra de Harvard

Os membros da comunidade de Harvard se comprometem a produzir trabalho acadêmico íntegro, o que significa um trabalho feito em concordância com padrões intelectuais e acadêmicos de atribuição exata das fontes, uso e coleta de dados apropriados e transparência no reconhecimento das contribuições de ideias, descobertas, interpretações e conclusões de outros.

Cola em provas, plágio ou a fraudulenta representação de ideias ou linguagem de outros como própria, a falsificação de dados ou qualquer outra instância de desonestidade acadêmica violam os padrões de nossa comunidade, assim como os padrões do mundo em geral e no campo do conhecimento.

Escândalo

A adoção do código de honra ocorreu após um escândalo, em 2012. Durante uma prova, mais de 100 estudantes foram investigados por colar e cerca de 70 foram sancionados.

O que realmente sacudiu a instituição foi a magnitude da desonestidade, que representou uma mancha na reputação de uma universidade acostumada a ocupar os primeiros postos dos rankings mundiais e onde estudaram oito presidentes dos EUA.

Mas que diferença poderia fazer um código de honra?

Cary Cooper, professor de psicologia organizacional e saúde da britânica Manchester Business School, não acredita que isso afete muito os alunos desonestos.

"A universidade aplica isso porque impõe um guia explícito de conduta ética e moral e sobre o que é inapropriado." Dessa forma, se houver uma falha e surgir um escândalo, as universidades podem dizer que suas regras são claras. Assim, limitam os danos a sua reputação e o risco de demandas judiciais por parte dos estudantes, mas não criam um "sistema de valores institucional", diz Cooper.

Mas ele também assinala que a maneira de colar mudou com a internet trazendo novas incertezas sobre copiar e compartilhar, e que é possível que mesmo os estudantes não interpretem suas ações como desonestas. Isso inclui os de alto nível, de quem se espera um "desempenho excepcional", indica. Eles "racionalizaram" que "não há nada mal nisso", que é o que os outros estudantes fazem."Há algumas pessoas que estão tão motivadas para obter bons resultados que acabam cruzando a linha." Fonte: BBC Brasil - 23 novembro 2015


Comentário: No Brasil você encontrará  em algumas conceituadas universidades públicas, nos corredores das salas de aula, nos painéis de aviso, empresas ou prestadoras de serviços oferecendo trabalhos inéditos para pós-graduação e garantindo a qualidade do trabalho e que os professores não perceberão colagem, compilação de dados ou ideias. Também encontrará assessoria para trabalho de conclusão de cursos (TCC). O jeitinho ou a malandragem brasileira já começa na formação escolar.  

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Dez regras sociais da Alemanha que todo estrangeiro deveria conhecer

1-Respeite as diferenças: A sociedade alemã é construída com base no respeito e na tolerância. Os cidadãos são livres para seguir suas próprias preferências religiosas, sexuais, entre outras, desde que não violem os direitos de terceiros nesse processo. Homossexuais são respeitados, assim como pessoas de diferentes religiões – ou mesmo aquelas que não seguem religião nenhuma.

2-Respeite os direitos das mulheres:Na Alemanha, mulheres têm os mesmos direitos que os homens. Muitas vezes, elas são tão bem sucedidas em suas carreiras quanto eles. Mulheres podem se vestir como quiserem – seja uma roupa reservada ou uma mais ousada. A violência contra a mulher é proibida, e a lei vale naturalmente também dentro dos casamentos.

3- Não trabalhe sem permissão:Diferente de alguns países do Oriente Médio, da África, trabalhar na Alemanha sem uma permissão de trabalho é contra a lei. Se alguém for pego trabalhando nessa situação pode ser multado ou até mesmo preso. Não vale a pena arriscar.

4- Pague os impostos:O sistema tributário alemão é bastante complicado. Ainda assim, não pagar impostos é ilegal. De acordo com a lei, é considerado um "roubo contra a comunidade". O pagamento de impostos é obrigatório, assim como o voto é um direito do cidadão. Estrangeiros que trabalham na Alemanha também precisam pagar impostos.

5- Crianças não podem apanhar:Bater em crianças na Alemanha é uma infração penal. Em casa ou na escola, o castigo que envolve violência, seja palmada ou pressão psicológica, não é aceito como uma forma de educar os pequenos. A lei é clara: "As crianças têm o direito de uma criação livre de violências. Punição física ou psicológica e outros tratamentos degradantes são proibidos".

6- Crianças têm de ir à escola:Crianças em idade escolar não podem ficar em casa – muito menos trabalhar. Ao completar seis anos, elas precisam estar registradas em uma escola e comparecer às aulas. A partir daí, são pelo menos mais dez anos de estudos. Dispensas escolares por motivos religiosos não são permitidas na Alemanha.

7- Cuide do meio ambiente:Proteger o meio ambiente é importante para a maioria dos alemães. Muita verba tem sido investida na limpeza de rios e na melhoria da qualidade do ar. Reciclar também é importante. O lixo é cuidadosamente separado: papel, plástico, resíduos de comida e outros objetos não recicláveis devem ser jogados em lixeiras específicas, separadas por cores.

8- Não faça barulho demais:Mesmo que você esteja em seu apartamento, curtindo a companhia de amigos que não vê há muito tempo, é de bom tom se preocupar com o barulho – evitando, assim, incomodar os vizinhos. Durante a noite, especificamente, isso pode rapidamente virar caso de polícia. Na Alemanha, é preciso manter o silêncio em casa entre as 22h e as 6h.

9- O que vale é o preço da etiqueta:O ato de negociar preços mais baixos, ou pechinchar, faz parte da cultura de muitos países. Na Alemanha, porém, assim como no Brasil, o que vale é o preço determinado na etiqueta – seja em supermercados, farmácias ou na maioria das lojas. A internet, por outro lado, é um ótimo lugar para se procurar por descontos.

10- Não chegue perto demais:Em muitas culturas, é comum abraçar, beijar e dar presentes às crianças da vizinhança. Mas, na Alemanha, tudo depende da permissão dos pais. Na dúvida, é melhor não se aproximar demais das crianças, mesmo que elas pareçam amigáveis com estranhos. Fonte: Deutsche Welle - 21.11.2015

Comentário: Devemos conhecer os costumes de cada  país de destino, a fim de respeitar e evitar situações constrangedoras.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O deserto de Atacama florido no Chile

As abundantes chuvas dos últimos meses no deserto de Atacama, no Chile, propiciaram o florescimento mais espetacular em 18 anos. Fonte: El País - 29 OCT 2015 - 14:54 BRST

domingo, 18 de outubro de 2015

O declínio da mineração e seu legado na América Latina

A América Latina acaba de viver uma década de bonança na mineração que despertou esperanças de riqueza como poucas vezes em sua história, embalada pelo que parecia ser uma inesgotável demanda chinesa por cobre, carvão e outros minérios. Mas a bonança terminou.

A economia da China demonstrou ser como todas as outras, ou seja, uma economia de altos e baixos. E a redução recente do apetite chinês levou a uma freada brusca nos planos de investimento e venda de projetos multimilionários de mineração em países latino-americanos.

Nesta semana, por exemplo, a Glencore, uma gigante global desta indústria, anunciou que está vendendo a mina de Lomas Bayas, no Chile. Um caso que não é único em meio ao ajuste do setor diante da queda de preços internacionais de muitos produtos básicos.

Mas qual é o legado que fica desta chuva de dólares que caiu na região nos últimos dez anos com chegada de projetos de mineração, muitas vezes diante da resistência de comunidades onde eles se instalaram?

Epicentro global

A América Latina tornou-se neste anos um dos epicentros globais da mineração, recebendo 27% do total de investimentos em exploração, segundo o Banco Mundial.

É difícil subestimar tal volume de dinheiro. O órgão afirma que um só país, o Chile, recebeu dividendos da mineração da ordem de US$41 bilhões (R$ 155,8 bilhões) em 2011, ou 19% de seu Produto Interno Bruto (PIB). O Peru recebeu US$17 bilhões e a Bolívia, US$ 1,3 bilhão.

No Brasil e no México, as duas maiores economias da região, a contribuição desta indústria não foi tão dominante em comparação com as demais atividades, dada a maior diversificação de suas economias, mas o valor recebido por ambos estão longe de serem desprezíveis. No Brasil, por exemplo, a receita gerada pela mineração alcançou US$67 bilhões, ou 3% do PIB.

Apesar da desaceleração, o Banco Mundial espera que os novos investimentos para a região até 2020 cheguem a US$200 bilhões.

Emprego e impostos

A OCMAL (Observatório de Conflitos de Mineração da América Latina  )também alega que o impacto socioeconômico positivo da mineração é menos que supõem os elevados montantes de investimento que caracterizam o setor.

"O significado econômico e social da mineração é muito baixo. Ainda que seja tão importante para as economias do Chile e do Peru, por exemplo, no melhor dos casos só consegue empregar 1% da população economicamente ativa", afirma Padilla. Esta é uma acusação frequentemente direcionada às mineradoras, que respondem com dados da contribuição que fazem às finanças públicas e do impacto direto que isso terá sobre a vida de milhões de pessoas.

Segundo a publicação "Chile, País Minerador", da Sociedade de Mineração do Chile (Sonami), "de cada quatro pesos recebidos pelo Estado chileno entre 2006 e 2011, praticamente veio da mineração. Este montante equivale aos orçamentos dos ministérios da Saúde, Obras Públicas e Economia".

As lições

A América Latina vem experimentando ciclos de bonança e depressão na mineração desde o início do século 16. Terá, então, aprendido as lições necessárias para aproveitar a próxima leva de anos de vacas gordas?

A recomendação é simplesmente não depender tanto da mineração. "Se a bonança das commodities terminou, ao menos por agora, a América Latina precisa diversificar sua economia de produtos primários com uma gama mais ampla de setores competitivos para exportação", diz Lisa Sachs, diretora do Centro de Investimento Sustentável da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

Para a especialista, a ênfase deveria ser agora em investimentos em educação e pesquisa para fortalecer setores de alta tecnologia. Talvez assim as próximas bonanças econômicas da região sejam mais duradouras.

Fonte: BBC Brasil - 18 outubro 2015


Comentário: A conquista da América pelos espanhóis iniciou-se no final do século XV, a partir da Segunda viagem de Colombo,  com objetivo da expansão marítima espanhola visando práticas mercantilistas adotadas pelos Estados daquela  época.  A expansão visava  obter riquezas,  principalmente com o comércio de especiarias. A expansão portuguesa seguiu o mesmo caminho, obtenção de riquezas.

A America Latina continua com o mesmo formato desenvolvimento, fornecedora de matéria  prima (commodities),  mão de obra não qualificada, índice demográfico de pobreza elevada, falta de planejamento familiar e a base de tudo isso a total indiferença com a educação.

O assistencialismo a pobreza apenas reproduz a pobreza em vez de combatê-la. É a filantropia da pobreza. Como disse Eduardo Campos; Vemos as filhas da Bolsa Família serem mães do Bolsa Família. Vamos assistir a elas serem avós da Bolsa Família? É o ciclo da pobreza. Só poderá ser eliminada pela qualificação dos serviços universais de educação e saúde. 

Mas os políticos e os governos  gostam muito do assistencialismo  para reforçar o clientelismo e o partidarismo.

sábado, 3 de outubro de 2015

Regente-Mor de Dilma

1443917864677-bligo-DilmaLula1.jpgLula reafirma seu poder com reforma ministerial de Dilma, diz NYT. 

A reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Rousseff reafirma o poder de seu antecessor e padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que emplacou um "confidente" como ministro da Casa Civil, disse o jornal americano New York Times.O diário disse neste sábado que as mudanças feitas pela presidente são um "esforço para conseguir apoio a suas medidas de austeridade enquanto enfrenta pedidos por sua saída".

Dilma anunciou na sexta-feira a redução no número de ministérios, de 39 para 31, o corte de 3 mil cargos comissionados e a redução de 10% no salário dela e dos ministros.

O PMDB ganhou a cobiçada pasta da Saúde e passou a comandar sete ministérios, ao invés de seis. Este é o partido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "o principal crítico de Dilma" e que tem "o poder de decidir os pedidos para iniciar os procedimentos de impeachment contra Dilma", disse o NYT.

A presidente confirmou também a troca do comando da Casa Civil: substituiu Aloizio Mercadante, de sua confiança, por Jaques Wagner, petista próximo a Lula. "Nos bastidores da troca, seu poderoso antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, está reafirmando seu poder ao emplacar um confidente, Jaques Wagner, como ministro da Casa Civil. Ao mesmo tempo, o PMDB... está aumentando seu poder", disse a reportagem.

Segundo o jornal, as mudanças "refletem como Dilma está lutando para remontar uma coalizão fragmentada" enquanto PT e PMDB sofrem com o escândalo de corrupção na Petrobras, sob investigação na operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O NYT diz que Dilma é uma "líder cercada", e cita economistas que afirmam que as medidas resultarão apenas em "economias simbólicas", já que o déficit do Orçamento "inchou" em meio a uma grave crise econômica. Palácio do Planalto: foram cortados oito ministérios e 10% de salários dela e de ministros. A reforma, no entanto, deverá dar tempo para que a presidente reconstrua seu poder, disse o texto, citando analistas políticos. Fonte: BBC Brasil - 3 outubro 2015

domingo, 27 de setembro de 2015

Alckmin: Prêmio à gestão na crise hídrica

Em meio a racionamento, governador tem atuação enaltecida por deputados. Premiação a tucano virá após uma série de críticas à condução das medidas para reagir à pior seca em 85 anos

Em meio a um racionamento de água que atinge milhares de pessoas da Grande SP, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) disse que irá a Brasília no mês que vem para receber pessoalmente um prêmio dado pelo Congresso Nacional por sua gestão nos recursos hídricos do Estado.

O governador foi um dos vencedores do prêmio sobre iniciativas de mobilidade e saneamento criado por uma comissão da Câmara. O nome de Alckmin foi indicado pelo deputado tucano João Paulo Papa (SP), ex-diretor da Sabesp.

O deputado disse que a atual crise hídrica apenas joga luz no esforço do governador no setor de saneamento.

Na avaliação do governador, "São Paulo hoje é um modelo para o Brasil do ponto de vista de recursos hídricos".

O Estado de SP atravessa a pior estiagem dos últimos 85 anos. Agravada no início de 2014, a crise deixou à beira do colapso os principais reservatórios, enquanto diferentes bairros convivem com torneiras secas até 20 horas por dia.

Para a ANA (Agência Nacional de Águas), faltou planejamento ao Estado. Já para o TCE (Tribunal de Contas do Estado), o governo paulista tinha indícios da gravidade da estiagem e poderia ter adotado ações mais eficientes. Fonte: Folha de São Paulo - quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Comentário: Em 26/09/2017,  a situação o Sistema Cantareira continua no volume morto; 16,1%.

 A premiação é criticada por especialistas;

1-Édison Carlos, do Instituto Trata Brasil, reconhece que São Paulo é o mais avançado em saneamento (justificativa dada para a concessão do prêmio), mas, segundo ele, nenhum Estado deveria ser premiado, já que todos estão muito longe de níveis satisfatórios de saneamento.

São Paulo, inclusive, não trata nem metade de seu esgoto. Édison disse acreditar que o momento para o prêmio é "inoportuno".

2-Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, o prêmio é "equivocado" diante do momento vivido pelo Estado. "Acredito que a repercussão foi mais negativa do que positiva para o governador", diz ele.

3- Carlos Thadeu, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a escolha de Alckmin para a premiação é um "acinte". "Milhares de pessoas passam por graves casos de falta de água e o governador é premiado. Não faz sentido", questiona.

4-  Marussia Whately, da rede Aliança Pela Água, a concessão do prêmio "beira a falta de respeito com as pessoas que sofrem e ainda sofrerão com os efeitos da crise hídrica no Estado".

"Já é de conhecimento público, e inclusive citado em relatórios do Tribunal de Contas do Estado, que é falta de planejamento da gestão Geraldo Alckmin", diz sobre os problemas de abastecimento. Fonte: Folha de São Paulo - 24 de setembro de 2015

A fita cassete não morreu

A fita-cassete, que muitos julgavam morta, está mais viva do que nunca. A National Audio Company, uma das últimas empresas que ainda se dedicam a esse produto, afirma estar vivendo seus melhores anos desde que abriu as portas, no remoto ano de 1969. “Nosso modelo de negócio pode ser descrito como teimoso e estúpido. Fomos teimosos demais para desistir”, afirma Steve Stepp, presidente da empresa.

A National Audio é o maior – e um dos últimos – fabricantes de fitas-cassete nos Estados Unidos. Seu sucesso, aliás, talvez resida no fato de ser uma empresa quase sem concorrentes. Só neste ano ela fabricou mais de 10 milhões de fitas, e suas vendas cresceram expressivos 20%. “É provável que o real motivo do crescimento da nossa empresa seja o movimento retrô”, acrescenta Stepp. “Muita gente sente saudade de ter uma fita-cassete nas mãos.” Para muitos, trata-se de uma forma de voltar aos anos noventa, quando os toca-fitas deliciavam os amantes da música, permitindo que escutassem suas bandas favoritas em qualquer lugar.

Música independente

“Houve um movimento de alguns grupos de música independente pela retomada desse som mais quente, e desde então essa tendência não para de crescer”, salienta a diretora de produção da National Audio, Susie Brown.

A empresa, com sede em Springfield (Missouri), tem acordos com a maioria das gravadoras, incluindo Sony Music Entertainment e Universal Music Group, e com um pequeno número de bandas independentes. Aproximadamente 70% do seu faturamento provêm da venda de fitas gravadas com música, e o resto é resultado da venda de fitas virgens.

A empresa, como não poderia deixar de ser, ainda usa em sua linha de produção máquinas fabricadas na década de setenta. Fonte: El País - 6 SEP 2015

Comentário: Velhos tempos, que vivíamos quadro a quadro, passo a passo. Hoje tudo é instantâneo; o presente é o futuro. Os adoradores das redes sociais. Sorria, você está na rede social, é o mundo da Poliana. 

sábado, 19 de setembro de 2015

Lula pede a Dilma que privilegie os fiéis na reforma política

Na primeira conversa com a presidente Dilma Rousseff após a divulgação do pacote fiscal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a ela que faça uma reforma ministerial mais ampla, para garantir sustentação política no Congresso e evitar o processo de impeachment. Lula disse a Dilma, que ela precisa aumentar o espaço dos aliados fiéis e diminuir os cargos dos traidores, porque somente assim conseguirá aprovar o ajuste e barrar iniciativas para afastá-la do Planalto. Fonte: O Estado de São Paulo - 18 Setembro 2015 

Comentário: Parece que veremos a terceirização da presidência?

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Dilma: Prescrição para economia; chá de Losna, Carqueja e Jurubeba


Á presidente Dilma Rousseff defendeu os ajustes fiscais de seu governo alegando que são “remédios amargos”, mas necessários para que o país enfrente uma travessia rumo a retomada do crescimento econômico.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo tem uma série de "reformas estruturais" que estão sendo discutidas com o Congresso e que o país precisa de uma "ponte fiscal" para voltar ao crescimento econômico. Ele afirmou que o pacote com as novas medidas deve estar "bem estruturado para começar a ser votado" até o final de setembro.

País perde selo de bom pagador: A agência de avaliação de risco Standard & Poor's (S&P) cortou, nesta quarta-feira (9), a nota do Brasil de "BBB-" para "BB+". Com isso, o país perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerado um bom pagador, um lugar recomendável para os investidores aplicarem seu dinheiro.

Além de retirar do Brasil o grau de investimento, a S&P sinalizou que a situação pode piorar ainda mais, ao manter a perspectiva negativa para a nota brasileira.

"Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam a crescer, pesando sobre a habilidade do governo e a disposição de enviar um orçamento de 2016 ao Congresso consistente com uma significativa política corretiva sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma", segundo a S&P.

A S&P foi a primeira das três principais agências de classificação de risco a conceder ao Brasil o selo de bom pagador, em abril de 2008, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, é a primeira a colocar o Brasil de volta ao grau especulativo.

O país ainda mantém o grau de investimento de acordo com as outras duas principais agências: Fitch e Moody's.

Avaliação de agências indica risco de calote aos investidores: Um governo consegue dinheiro vendendo títulos no mercado. Os investidores compram papéis com a promessa de receberem o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo tem avaliação ruim, considera-se que há risco de dar um calote e não pagar esses investidores.

Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos, e o país tem de pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior. O país com mais confiança são os EUA.

O chamado grau de investimento indica aos investidores que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país terão risco próximo a zero. Fonte: UOL 10/09/2015

Comentário: Entre os brasileiro espalhou-se a notícia de que haveria uma baita festa no Brasil, com distribuição de fartura, Bolsa Família, Bolsa Família da classe Média, Bolsa Empresarial BNDES, , Minha Casa Minha Vida, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Bolsa Pré‑Sal,  e outros auxílios; Auxílio-gás; Bolsa Atleta; Bolsa estiagem; Bolsa Família; Bolsa Verde; Bolsa-escola; Brasil Alfabetizado; Brasil Carinhoso;Brasil sem Miséria;Programa Comunidade Solidária; Escola da Família; Luz no Campo; Luz para Todos; Mais Médicos; Operação Pipa; Orquestra Criança Cidadã; Pontos de Cultura; Programa Fome Zero; Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego; Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel; Programa Universidade para Todos; Projeto Casa Brasil; Rede de Proteção Social;Renda básica de cidadania;Troque Lixo por Livro

Para os brasileiros eram só alegria, muita fartura, comprando, viajando, churrasquinho na laje, etc. E a festa acabou agora é só tomar chá de losna, carqueja e jurubeba. A prescrição é de uso contínuo, talvez melhore em  2018.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Refugiados na Europa

França, Alemanha e Espanha se dispõem a receber 69 mil; em iniciativa à parte, Reino Unido abrigará 20 mil. A proposta é  modesta diante de 300 mil que já chegaram à Europa

Diante do agravamento da crise, as potências europeias intensificam o plano para realocar mais 120 mil refugiados que estão no continente em busca de asilo.

O presidente francês, François Hollande, antecipou nesta segunda (7) que seu país deve receber 24 mil pelos próximos dois anos.

O plano pode ser anunciado oficialmente nesta quarta (9) pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Os líderes se reúnem na segunda (14) para selá-lo.

O gasto seria de € 1 bilhão (R$ 4,29 bilhões) envolvendo ao menos 22 países do bloco.

A divisão levaria em conta a situação econômica de cada país e a quantidade de asilos oferecidos até hoje.

Depois de abrir a fronteira no fim de semana para 14.000 que estavam na Hungria, a chanceler alemã, Angela Merkel, fez um apelo para que os demais membros do grupo aceitem a realocação –países como Polônia e Eslováquia já sinalizam resistência.

O governo do Reino Unido, que não entra nesta conta porque não faz parte do espaço Schengen (grupo de 26 países que dispensa passaportes de cidadãos em trânsito), anunciou nesta segunda (7) que pretende receber 20 mil refugiados, de maioria síria, pelos próximos quatro anos.

O premiê, David Cameron, deu mais detalhes no Parlamento depois de ter divulgado semana passada a intenção de abrir as fronteiras.

A princípio, essas pessoas não receberiam asilo imediato, mas fariam parte de um programa de proteção para receber visto por cinco anos, podendo receber benefícios no período. Após o prazo, podem requisitar permanência definitiva. A ideia é que apenas refugiados de campos da ONU sejam aceitos, e não os que circulam pela Europa.

A crise se agravou nas últimas semanas, sobretudo na Hungria, um dos primeiros países da UE na rota dos refugiados. A ONU aponta que pelo menos 340 mil pessoas cruzaram o mar Mediterrâneo em direção à Europa em 2015, o que mostra como a proposta de abrigar 120 mil refugiados ainda é modesta ante a dimensão do problema.

Só o governo alemão estima receber 800 mil pedidos de asilo até o fim do ano. Por isso, prevê aumentar em € 6 bilhões (R$ 25,75 bilhões) as despesas com os asilados.

O premiê conservador húngaro, Viktor Orban, tem se mostrado contrário à concessão de abrigo de refugiados. Seu ministro de Defesa, Csaba Hende, renunciou nesta segunda (7) após atrasos na construção de uma cerca que tem como objetivo conter a entrada de refugiados.

Pelas regras da UE, o pedido de asilo deve ser feito no primeiro país em que o refugiado entrou, mas a maioria quer seguir viagem para nações mais ricas. Fonte: Folha de São Paulo - 8 de setembro de 2015

Comentário: No livro Choque de Civilizações de Samuel P. Huntington da década de 90, ele previa que a fonte fundamental de conflitos neste mundo novo não será principalmente ideológica ou econômica. As grandes divisões entre a humanidade e a fonte dominante de conflitos será cultural.  Os Estados-Nações continuarão a ser os atores mais poderosos no cenário mundial, mas os principais conflitos da política global ocorrerão entre países e grupos de diferentes civilizações. O choque de civilizações dominará a política global.

 O  Ocidente com visão de uma democracia esquerdista multiculturalista, lembrando muito as “Cruzadas Religiosas”  incentiva  a luta da derrubada dos ditadores , esquecendo dos valores das regiões que predominam que é a religião, os valores tribais, etc. A cultura desse povos é a religião e não cultura de liberdade. A religião é o meio do estado, com um governo autoritário que irá garantir  sua submissão. O que o Ocidente incentivou ou está incentivando é o fanatismo religioso. Os ideais do Ocidente em relação a democracia são totalmente   diferentes dos ideais do povos árabes onde prevalece a supremacia islâmica.

Afinal quem está matando mais as ditaduras ou as guerras incentivadas pelo Ocidente?

1-A guerra na Síria deixou mais de 240 mil mortos, incluindo 12 mil crianças, de acordo com um novo balanço do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

2- Quase meio milhão de pessoas morreram no Iraque desde a invasão dos EUA. O país encontra-se em uma situação de guerra crônica entre as facções religiosas

3-Cerca de cinquenta mil pessoas foram mortas na revolta  popular na Líbia para derrubar Muamar Kadafi. A Libia como país não existe. Quem controla o país são as milícias de várias facções religiosas,

4-As Guerras no Paquistão e Afeganistão causaram 150 mil mortes desde 2001. Outros 162 mil ficaram feridos. O governo não controla totalmente o país. Desde 2009, o conflito armado no Afeganistão causou a morte de 17,7 mil civis e deixaram quase 30 mil feridos.

É fácil levantar a bandeira da democracia,  mas hesita dividir a responsabilidade e a solidariedade.

A crise é a consequência de apoio de intervenções nesses países para mudança de regime, apoiadas pelos EUA e pela Europa em nome dessa nova democracia esquerdista, que levanta a bandeira dos direitos humanos, recebendo apoio de organizações ou ativistas e da mídia.

domingo, 6 de setembro de 2015

As marolas econômicas do PT

Em 2008 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a minimizar os efeitos da crise americana no Brasil. Lá (nos EUA), ela é um tsunami; aqui, se ela chegar, vai chegar uma marolinha que não dá nem para esquiar.

Em 2015, o presságio do tsunami  finalmente chegou.  As marolinhas se acumularam e viraram ondas. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Que país é esse?



Nas favelas, no Congresso, no Governo, na Sociedade, Sujeira pra todo lado, Dengue Endêmica Corrupta, o PT  foi picado pela Mosca Azul do poder. A picada da mosca azul inocula nos políticos doses concentradas de ambição do poder, de corrupção, etc. Ninguém respeita a Constituição

Mas todos acreditam no futuro da nação. Que país é esse?; Que país é esse?; Que país é esse?

Adaptação : Legião Urbana

domingo, 2 de agosto de 2015

Boston desiste de candidatura aos Jogos Olímpicos de 2024

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos fez o anúncio após o prefeito da cidade se negar a assinar contrato que seria "prejudicial aos contribuintes". Nova concorrente americana deve ser anunciada até o final de agosto.

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, na sigla em inglês) retirou nesta segunda-feira (27/07) a candidatura da cidade de Boston para sediar os Jogos Olímpicos de 2024.

Boston foi selecionada para representar os EUA em janeiro deste ano, num processo de escolha que incluiu Los Angeles, Washington e São Francisco. O comitê deve apresentar uma alternativa até o final de agosto. Também concorrem Paris, Roma, Hamburgo, Budapeste e Toronto.

O anúncio foi feito depois de o prefeito de Boston, Marty Walsh, ter se negado a assinar um contrato com uma agência. Segundo ele, as custas do evento ficariam sob responsabilidade dos contribuintes. O valor estimado era de 8,6 bilhões de dólares. "Não é um compromisso que posso assumir sem garantir que Boston e seus moradores serão protegidos. Temos cumprido com cada uma das demandas e metas desse processo, mas não podemos colocar os contribuintes em risco", afirmou Walsh.

"Eu me nego a hipotecar o futuro da cidade, me nego a responsabilizar Boston por sobrecustos e a assinar um contrato que comprometa os impostos dos contribuintes ao pagamento dos Jogos", ressaltou o prefeito. O presidente-executivo do Usoc, Scott Blackmun, disse em comunicado que os cidadãos de Boston também não demonstraram apoio à candidatura de cidade: "O Usoc não acredita que o nível de apoio gozado pela candidatura de Boston permitiria que a cidade prevalecesse frente a grandes concorrentes como Paris, Roma, Hamburgo, Budapeste ou Toronto." Deutsche Welle - Data 28.07.2015

Comentário: A diferença entre um país rico  e pobre. O rico leva em conta a responsabilidade perante aos contribuintes, principalmente impostos. Enquanto isso o pobre necessita de ostentação para se projetar. Relembrando as arenas da Copa são autênticos zoológicos de elefantes brancos, oito dos 12 estádios construídos ou reformados para o Mundial são deficitários. Acumularam em 2014 prejuízos superiores a R$ 126 milhões. O governo atualizou a lista de obras infraestrutura, mobilidade e sustentabilidade relacionadas com a Olimpíada de 2016. Após a divulgação da nova versão do documento, já é possível dizer que a realização da Rio-2016 custará ao menos R$ 38,2 bilhões (US$ 12,7 bilhões). 

sábado, 1 de agosto de 2015

Morre aos 67 anos a cantora de country Lynn Anderson

A cantora de country Lynn Anderson, vencedora de um prêmio Emmy em 1971 por sua interpretação de "Rose garden", morreu de um ataque ao coração, na noite de quinta-feira (30), informou o centro hospitalar Vanderbilt University Medical Center, onde estava internada.

Anderson tinha sido hospitalizada neste centro de Nashville, no Tennessee, por causa de uma pneumonia após retornar de uma viagem à Itália. Filha de músicos, sua caminhada particular começou em 1966, quando lançou seu primeiro single, "For better or for worse" em dueto com Jerry Lane.

O maior sucesso de sua carreira, e pelo que é recordada até o dia de hoje nos EUA, é sua interpretação nos 70 de "Rose garden", que lhe valeu um Grammy em 1971 e cuja popularidade a própria cantora atribuiu "ao componente emocional da canção, que tocou perfeitamente uma sociedade que tentava se recuperar do Vietnã". Fonte: G1-01/08/2015


quinta-feira, 30 de julho de 2015

Presidente licenciado da Eletronuclear é preso na Lava-Jato

Preso na manhã de terça-feira na 16ª fase da Operação Lava-Jato, acusado de ter recebido R$ 4,5 milhões de propina de empreiteiras, o presidente licenciado da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, tem atuação destacada na comunidade científica. Engenheiro naval pela Escola Politécnica de São Paulo, formado em 1966, Othon é tido como uma referência em estudos sobre o uso de combustíveis nuclear.

Othon é autor de um projeto de criação de centrífugas usadas no enriquecimento de urânio para propulsão nuclear em submarinos. Em 1994, chegou a receber do então presidente da República Itamar Franco a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, por conta de suas colaborações à ciência e à tecnologia.

O engenheiro estava no comando da Eletronuclear desde 2005, até que se licenciou do cargo em abril deste ano, a partir de apurações de denúncias envolvendo contratos firmados na construção da usina de Angra 3.

Othon ainda atuou como diretor da Coordenadoria de Projetos Especiais da Marinha (Copesp), atual Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), de 1986 a 1994. Na Marinha, chegou ao posto de vice-almirante.

Paralelamente à presidência da Eletronuclear, era dono da empresa Aratec Engenharia. Sua empresa é investigada por ter recebido "pagamentos vultuosos" de outras companhias que compõem o consórcio que atua nas obras de Angra 3, o consórcio Angramon.

Os pagamentos, que teriam sido feitos pelas empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, ambas com contratos com a Eletronuclear, ocorreriam por meio de empresas intermediárias: CG Consultoria, JNobre Engenharia, Link Projetos e Participações Ltda., e a Deutschebras Comercial e Engenharia Ltda., "algumas com características de serem de fachada", segundo a PF.

O despacho que autorizou a prisão temporária de Othon, assinado pelo juiz Sérgio Moro, informa que, "embora os pagamentos das empreiteiras à Aratec possam eventualmente ter causa lícita, pela prestação de serviços reais de assessoria ou consultoria ou por eventuais direitos de patentes, pelo menos considerando as conhecidas qualificações técnicas de Othon Luiz, há aqui um possível conflito de interesses que coloca em suspeita esses pagamentos".

No mesmo documento, Moro ponderou que "não passa sem atenção o fato de Othon Luiz ser militar da reserva". "Apesar do prestígio das Forças Armadas, o fato é que as provas indicam possíveis crimes de corrupção em tempo muito posterior à passagem dele para reserva e no exercício de atividade meramente civil. Então a investigação não tem qualquer relação com atividade militar, não sendo os fatos em apuração crimes militares nos termos do art. 9º do Código Penal Militar."

A construção de Angra 3 já custou R$ 1 bilhão aos cofres públicos apenas em serviços de manutenção, sem nunca ter entregue energia. O valor total da obra, antes estimado em R$ 9,6 bilhões, já ultrapassa R$ 16 bilhões. Fonte: Zero Hora: 28/07/2015

Comentário: As  profissões em demanda no mercado de trabalho evoluem no mesmo ritmo em que a sociedade e a economia. E o filho pergunta para o pai: Tem agora uma profissão que está na moda, executivo do colarinho branco ou melhor do crime organizado. E o pai responde: Menino esperto, recomendo: Política, Governo, Energia, Petróleo, Metrô, Empreiteiras, etc. O Brasil virou um Cassino de Corrupção.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

China e a crise de matéria-prima

O mundo desenvolvido entrou na Grande Recessão com as matérias-primas em máximos históricos e sai da crise com as commodities em níveis de mais de uma década atrás. O Bloomberg Commodity Index, que mede a variação de toda espécie de matérias-primas, do ouro, petróleo e gás natural ao milho, soja, ferro e cobre, caiu quase 11% em 2015. Diversos especialistas consultados indicam várias razões para explicar essa queda brusca – a fortaleza do dólar e a próxima elevação dos juros nos EUA –, mas estão de acordo com uma no topo da lista: os sinais de fragilidade emitidos pela economia chinesa.

O que existe por trás dessa queda? A visão dos analistas consultados tem, com variações, um denominador comum. “A China é o maior consumidor mundial de matérias-primas e suas oscilações internas afetam o resto”, explica Gabriel Stein, da Oxford Economics. “Existe uma preocupação sobre o crescimento da economia chinesa”, acrescenta Ole S. Hansen, chefe de matérias-primas do Saxo Bank. As mostras de “debilidade” da segunda maior economia global, que compra e processa matérias-primas para transformá-las em produtos que depois vende a meio mundo, acrescidas pelas recentes quedas em suas Bolsas “derrubaram o mercado”, diz Dan Smith. Esse analista independente descarta, entretanto, que a economia chinesa tenha entrado “em colapso”, já que neste caso os mercados de matérias-primas teriam afundado. E recomenda utilizar como termômetro a evolução recente do cobre, nos menores preços em seis anos. “A queda foi forte, mas em relação a outros momentos da história recente o preço continua sendo relativamente alto”.

Essa queda das matérias-primas se traduz em dificuldades para os países exportadores. Nos últimos meses as turbulências derivadas dessa queda sacudiram meio globo: desde o Brasil e o Chile, onde o menor valor das exportações desembocou em uma forte retração de suas economias, à Austrália e Nova Zelândia, cujos bancos centrais lutam sem trégua contra a paralisia econômica abaixando os juros. “É um problema sério para eles”, afirma Stein, da Oxford Economics.

O efeito dominó alcançou também as divisas desses países, em sua maioria emergentes. Após uma década dourada, levadas pelo aumento do preço do petróleo, ferro, cobre, carvão e alimentos, as moedas desse grupo de Estados sofreram severas quedas em 2015: o real brasileiro caiu quase 20% frente ao dólar, o peso mexicano caiu 8% e o chileno 7%.

“A desvalorização de suas moedas ajuda esses países a recuperar competitividade, mas não é o remédio. Nada faz pensar que essa tendência irá mudar”, conclui Chris Weston, estrategista chefe da IG Markets. Fonte: El País - 27 JUL 2015


Comentário: Os anos dourados das matérias-primas estão acabando e para a maioria dos governos preocupado apenas com o “social”, com a distribuição farta de mesada social  e incentivo ao consumismo, a festa acabou. A esquerda não gosta de trabalhar e sim de pensar. Adora distribuir riqueza alheia.

Em Vantagens Competitiva das Nações, Porter e Stern,  enumera alguns fatores considerados importantes para o desenvolvimento tecnológico:

1. Recursos Humanos de alta qualidade;
2. Sólida Infraestrutura de pesquisa em Universidades;
3. Infraestrutura de informação de alta qualidade;
4. Ampla oferta de capital de risco;
5. Presença de clusters em vez de empresas isoladas;
6. Rede de fornecedores de alta competência/excelência;
7. Consumidores exigentes e demandantes de qualidade e sofisticação
8. Consumidores que criam a demanda de forma pioneira e inédita antes que outros consumidores em outros países o façam;
9. Intensa rivalidade entre as empresas locais do setor em questão;
10. Contexto local que encoraje o investimento em pesquisa.
Pergunto: Quais desses fatores  existem na América Latina? Parece que a vocação da América Latina é a pobreza e fornecimento de matéria-prima. A América Latina está refazendo a rota de especiaria portuguesa, com o fornecimento de matéria-prima. É a especiaria que equivale ouro. A América Latina procura fazer a mesma coisa e espera que o resultado seja diferente. A história não perdoa.

domingo, 19 de julho de 2015

Grécia reabre bancos na segunda-feira

A população terá maior flexibilidade para realizar saques e usar cartão de crédito. Medida é anunciada horas após a posse de novos ministros, em reforma ministerial que substitui membros dissidentes do partido do premiê.

Fechados desde 29 de junho, os bancos gregos vão reabrir suas agências na segunda-feira, e os saques de dinheiro em caixas eletrônicos e compras com cartões de crédito serão flexibilizados, segundo um decreto governamental publicado no sábado (18/07).

A resolução foi anunciada horas depois da posse dos novos ministros, que substituem membros dissidentes do Syriza, partido do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, após uma revolta interna por causa dos duros termos do acordo entre Atenas e os credores internacionais – o qual prevê medidas que incluem aumentos de impostos, cortes de gastos e reduções de aposentadorias.

A mudança nos ministérios permitiu a Tsipras substituir os rebeldes com seus parceiros de coalizão, do partido de direita Gregos Independentes.

Saques mais flexíveis- Os gregos poderão retirar no máximo 420 euros por semana, em vez do atual limite de 60 euros diários, que vigorou durante três semanas.

Entretanto, serão mantidas as restrições a transferências ao exterior e outros controles de fluxo de capital. Já os cartões de crédito só poderão ser utilizados dentro da Grécia.

A medida era esperada depois que o Banco Central Europeu concordou em reabrir as linhas de crédito de emergência de que o conturbado setor bancário grego precisa para sobreviver.

Tsipras agora pretende selar o acordo de resgate com seus sócios europeus nas próximas semanas, antes de prováveis eleições antecipadas, previstas pelo ministro do Interior, Nikos Voutsis, para serem realizadas em setembro ou outubro. Fonte: Deutsche Welle- 18.07.2015

Comentário: Na mitologia grega, Sísifo era considerado o mais astuto de todos os mortais. Mestre da malícia e da felicidade, ele entrou para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses (Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia. Fonte: Adaptação, Wikipédia

sábado, 18 de julho de 2015

Collor: Casa da Dinda

No tempo em que os brasileiros produziam e dirigiam "carroças", um presidente da República ia para a berlinda por causa de um Fiat Elba de cerca de R$ 45 mil em preço atualizado e um controverso jardim estimado em US$ 2,95 milhões, que valem quase o dobro na correção da moeda americana.

Passados 23 anos, as cifras milionárias não estão mais no paisagismo da Casa da Dinda, mas na frota de R$ 5,8 milhões ligada ao agora senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), um dos investigados nos inquéritos da Operação Lava Jato abertos no Supremo Tribunal Federal.

Na Operação Politeia, a Polícia Federal apreendeu na terça-feira (14), na Casa da Dinda, em Brasília, três exemplares das marcas Porsche e Ferrari, além de um modelo quase exclusivo da Lamborghini. Três importados que mostram o quanto evoluiu o gosto e os gastos de Collor com carros desde o Fiat Elba 1991 nacional. Quando era presidente, em uma viagem à Europa, Collor disse que os carros brasileiros, comparados aos europeus, pareciam "carroças".

A compra do Elba, uma perua feita para a classe média brasileira, foi atribuída a PC Farias pela CPI que investigou a influência do ex-tesoureiro de campanha no governo. O escândalo também ligava o empresário às obras do jardim da Casa da Dinda, um símbolo da política nos anos 90, e culminou no impeachment e na cassação do então presidente da República - em 2002, Collor foi absolvido pelo Supremo.

Garagem

1-Porsche Panamera S - O automóvel mais "modesto" apreendido na Casa da Dinda é um Porsche Panamera S 2011/2012 que hoje vale pouco mais de R$ 473 mil, conforme a tabela Fipe. É o único veículo da frota registrado em Maceió - os demais têm placas de São Paulo - e o mais "família" deles.

2-Ferrari 458 Italia-  A Ferrari 458 Italia 2010/2011, pintada na tradicional (ou clichê) cor vermelha da marca italiana, custa no mercado de usados R$ 1,1 milhão - quando chegou ao Brasil, em abril de 2010, o preço começava em R$ 1,5 milhão (o equivalente a R$ 2,1 milhões hoje). O nome não faz menção só à origem da Ferrari: cita o motor 4.5 de 8 cilindros em V capaz de levar o carro a 325 km/h - um Fiat Elba 1.6 de 4 cilindros, em teste publicado pela revista "Quatro Rodas" em junho de 1991, chegou a 153 km/h.

3-Lamborghini Aventador LP 700-4 Roadster-A joia da garagem da Casa da Dinda é o Lamborghini Aventador LP 700-4 Roadster, modelo 2013/2014, hoje avaliado em mais de R$ 3,2 milhões. Com 700 cavalos de potência, vai a 100 km/h em 3 segundos.

O carro de Collor é mais exclusivo que o de Eike Batista - o do senador tem teto removível, enquanto o do empresário era fixo. Collor também escolheu a exclusiva cor Azzuro Thetis, cuja tonalidade varia dependendo da incidência de luz e pode fazer o carro parecer prateado. Fonte:UOL Noticias-15/07/2015

Comentário: A Casa da Dinda é a poção mágica da riqueza. Tudo se transforma em ouro. Brasília transformou-se em terra de pirata de colarinho branco. É a Tortuga  do cerrado onde os piratas tem inúmeros trabalhos escusos, propinaduto, sedex da mala preta,  crime do colarinho branco.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Conheça os principais pontos do acordo sobre a Grécia

Parlamento grego tem dois dias para aprovar primeiras medidas, que incluem reforma das aposentadorias e do mercado de trabalho e aumento de impostos. Terceiro pacote de resgate pode chegar a 86 bilhões de euros.

O acordo sobre um terceiro pacote de resgate para a Grécia, fechado nesta segunda-feira (13/07) entre os líderes da zona do euro, exige que o país execute amplas reformas, algumas delas em prazos apertados.

O compromisso não prevê um corte nas dívidas da Grécia, mas considera a possibilidade de ampliar o prazo de vencimento das atuais dívidas.

A estimativa é de que o valor total do terceiro pacote de resgate fique entre 82 bilhões e 85 bilhões de euros, com um período de três anos.

Diante das necessidades imediatas de dinheiro da Grécia, o acordo prevê que 10 bilhões de euros sejam liberados imediatamente para o setor bancário grego. O valor pode chegar a 25 bilhões de euros.

Ficou acertada ainda a criação de um programa para estimular o crescimento econômico e a geração de empregos, orçado em 35 bilhões de euros.

Outro ponto destacado é que a Grécia deve buscar um novo empréstimo também com o Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de o atual programa do Fundo vencer, em março de 2016.

A Grécia também terá de se submeter ao controle das "instituições", como é chamada a antiga troica, formada por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI.

Os líderes da zona afirmam que é importante restaurar a confiança na Grécia. Para isso, a primeira missão de Atenas será apressar a aprovação de reformas legais no parlamento em diferentes prazos.

O novo pacote só sairá do papel depois de Parlamento grego aprovar a implementação das seguintes medidas:

Até esta quarta-feira (15 de julho): – Aprovar reformas iniciais no sistema de aposentadorias, dentro de um plano mais amplo de reformas para garantir a sustentabilidade de longo prazo do sistema.

– Garantir a independência total do serviço nacional de estatísticas da Grécia, o Elstat.

– Aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (VAT) e ampliação da base de cobrançapara elevar as receitas do Estado.

– Aplicação integral das principais disposições do Pacto Fiscal Europeu, formalmente conhecido como Tratado sobre a Estabilidade, Coordenação e Governação da União Econômica e Monetária e que regulamenta o deficit público e o nível de endividamento dos países que usam o euro.O objetivo é assegurar a meta de superávit primário, por meio de cortes quase automáticos nas despesas caso haja desvio da meta.

Até a quarta-feira da semana que vem (22 de julho): – Aprovar a adoção do Código de Processo Civil, que é uma profunda reformulação de normas e disposições para o sistema de justiça civil e pode acelerar significativamente os processos judiciais e reduzir os seus custos.

– Transpor para a legislação nacional, com o apoio da Comissão Europeia, as regras comuns para a recuperação e a liquidação bancárias, conhecidas como Diretiva de Recuperação e Resolução dos Bancos (DRRB). Elas regulamentam a prevenção de crises bancárias e asseguram a liquidação ordenada de bancos em situação de insolvência, minimizando, ao mesmo tempo, o impacto desses fenômenos na economia real e nas finanças públicas.

O governo grego também se comprometeu a reformar e fortalecer algumas áreas apontadas como frágeis pelas instituições europeias. Tais reformas deverão ter etapas e prazos claros tanto para a definição de legislação específica como para implementação. São elas:

– Iniciar uma ambiciosa reforma nas aposentadorias e especificar políticas para compensar totalmente o impacto fiscal da decisão da Justiça grega sobre a reforma das aposentadorias de 2012. Além disso, terá de aplicar a cláusula de deficit zero ou uma medida alternativa aceita por ambas as partes até outubro de 2015.

– Adotar reformas mais ambiciosas de mercado, com a implementação de todas as recomendações básicas da OCDE, incluindo abertura do comércio aos domingos, ampliação dos horários de abertura, alteração na lei de propriedade de farmácias, reformas no mercado de leite e de padarias e desregulamentação de algumas profissões, como condutor de ferrys.

– Privatização da rede de distribuição de energia, a não ser que possam ser encontradas outras medidas que tenham um efeito equivalente para estimular a competitividade do setor, desde que as instituições concordem.

– No mercado de trabalho, executar uma rigorosa revisão e modernização das negociações coletivas, incluindo demissões coletivas, de acordo com práticas recomendadas internacionalmente e pela União Europeia.

– Adoção de medidas para fortalecer o setor financeiro, incluindo uma ação decisiva contra créditos "podres" (non-performing loans) e medidas para fortalecer a governança do Fundo Helênico de Estabilização Financeira (HFSF) e dos bancos, em especial eliminando qualquer interferência política em procedimentos de nomeação.

Um dos pontos mais críticos das obrigações assumidas pelo governo grego se refere às privatizações e à modernização da máquina administrativa do Estado. Para isso, a Grécia concordou em:

– Desenvolver um amplo plano de privatizações com melhor governança. Ativos do Estado grego serão transferidos para um fundo independente que irá rentabilizá-los por meio de privatizações e outros meios. A rentabilização dos ativos será uma das fontes para o pagamento do novo empréstimo junto ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e para a geração, durante o período de vigência do novo empréstimo, de um total de 50 bilhões de euros, dos quais 25 bilhões serão usados para o pagamento da recapitalização dos bancos. Metade do dinheiro restante será usada para reduzir a dívida pública e os demais 50% servirão para investimentos. O fundo será estabelecido na Grécia e será administrado por autoridades gregas sob a supervisão de instituições europeias. Uma legislação será adotada para garantir a transparência e fixação dos preços dos ativos.

– Em linha com os esforços do próprio governo grego, modernizar e fortalecer significativamente a administração grega, colocando em prática um programa, sob os auspícios da Comissão Europeia, para capacitar e despolitizar a administração do país. A primeira proposta deve ser encaminhada em 20 de julho após discussão com as instituições. Deverá ocorrer ampla redução de custos na administração pública.

– Normalização dos métodos de trabalho com as instituições, incluindo o trabalho em Atenas, para melhorar a aplicação do programa e o seu controle. O governo precisa consultar e concordar com as instituições em todos os novos projetos legislativos nas áreas relevantes em tempo adequado, antes de submetê-los à consulta pública ou ao parlamento.

– Exceto para o caso da lei da crise humanitária, o governo grego deve reexaminar, com a intenção de alterar, as leis que foram introduzidas a partir do acordo de 20 de fevereiro e que recuam em compromissos previamente estabelecidos ou identificar compensações aos direitos adquiridos que foram criados subsequentemente. Fonte: Deutsche Welle - 13.07.2015

Acordo sobre a Grécia é vitória para Merkel

A chanceler alemã acabou com os argumentos de Alexis Tsipras, salvou a unidade da zona do euro e o próprio legado político, opina a jornalista Barbara Wesel. Os gregos serão os maiores beneficiados, assegura.

No fim, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, evitou a ameaça: após uma maratona de negociações em Bruxelas, a saída da Grécia da zona do euro está descartada, pelo menos por enquanto. E se o acordo sobre um terceiro programa de resgate financeiro para a Grécia fracassar, a responsabilidade não terá sido de Merkel.

Pois ela provou que sabe negociar até a exaustão com o renitente premiê grego, Alexis Tsipras. No fim, era Tsipras quem estava exausto. Merkel, mais uma vez, comprovou sua resistência quase sobre-humana em reuniões noturnas. Tsipras não tinha o que contrapor à autoridade factual e pessoal de Merkel. Ela simplesmente liquidou com todos os argumentos dele nas negociações.

As condições associadas ao novo pacote de ajuda incluem todas as reformas, necessárias e há anos adiadas, para finalmente colocar a Grécia economicamente de pé. Todos ainda se lembram do barulho que os gregos fizeram contra um reforma do sistema de aposentadoria, no início do ano? Falaram que isso era inadmissível, que só aconteceria passando por cima do próprio cadáver político!

Pois foi muito barulho por nada. Na atual cúpula, Tsipras teve que engolir tantos sapos que deve ter dobrado de tamanho: Imposto sobre Valor Agregado, mercado de trabalho, sindicatos, Justiça, bancos, aposentadorias, funcionalismo público – agora Atenas terá que liberalizar e reformar em todos os campos.

O disfuncional Estado grego vai finalmente funcionar como uma entidade pública moderna.

A questão esconde uma ironia política: se em fevereiro o governo grego não estivesse ainda apostando na revolução e tivesse, em vez disso, entrado em acordo com os credores internacionais, as exigências seriam mais brandas. Mas, após meses de ziguezague, de incompetência e da desenfreada retórica arruaceira da tropa de Tsipras, a zona do euro acabou por perder a paciência.

A gota d'água foi a mudança abrupta do referendo, em que os gregos optaram pelo "não" ao programa europeu, como lhes fora encomendado. Por fim, até mesmo o melhor amigo de Tsipras, o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, estava furioso. E agora o primeiro-ministro grego vende aos seus cidadãos o pacote de Bruxelas como grande vitória, embora eles tenham acabado de rejeitá-lo. É assim que se faz democracia na Grécia?

Merkel salvou a unidade da zona do euro e, com isso, seu legado político. E ela não fica com a imagem de política sem coração e obcecada por normas, pois, afinal de contas, 86 bilhões de euros não são uma ninharia. E é fácil defender o fato de ela ter imposto a Tsipras todas as reformas que a troica [os credores internacionais: FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia] já concebeu: é preciso forçar os gregos a encontrar a própria felicidade. Junto com o dinheiro, eles recebem uma liberalização e modernização que nunca quiseram. E, no fim das contas, vão se beneficiar disso – essa é a argumentação.

Os críticos já falam de um "Tratado de Versalhes" para a Grécia, pois interpretam como uma mordaça as condições a que está subordinada a nova ajuda do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Claro que a questão tem vários poréns: Tsipras conseguirá sobreviver politicamente a esse acordo, ou o seu partido Syriza e sua maioria governamental vão se esfacelar? O eleitorado vai lhe perdoar a quebra de todas as suas promessas de campanha? E, apesar de sua longeva cultura de corrupção e de sua histórica tendência à falência estatal, os gregos serão mesmo capazes de reformas?

Portanto, o final feliz não está, nem de longe, garantido, as reformas podem mais uma vez fracassar já no começo e serem sabotadas pelo Syriza. Mas os fiscais do programa estarão novamente no país, cuidando atentamente para que haja uma contrapartida à ajuda.

Mas o drama grego está longe do fim: com certeza veremos em breve o próximo ato. Fonte: Deutsche Welle - 13.07.2015- Barbara Wesel

Comentário: A esquerda fashion  só funciona enquanto o dinheiro alheio não acaba. Acabou a festa, do menu à la carte, da esperteza e do oportunismo. Está sendo uma baita indigestão.

Talvez a Dilma deve falar com os deuses gregos para mostrar-lhe o caminho do nosso tempo futuro. Ou o nosso tempo futuro já passou e não percebemos?

sábado, 11 de julho de 2015

Grécia: Parlamento grego aprova propostas de reformas

Com 251 votos a favor, 32 contra e oito abstenções, o Parlamento grego aprovou no início da madrugada deste sábado (11/07) a medida que dá plenos poderes para o primeiro-ministro Alexis Tsipras negociar com os credores internacionais. Dessa forma, os parlamentares também dizem sim às propostas apresentadas pelo governo em troca de um terceiro programa de resgate.

Ao defender as propostas no parlamento, Tsipras afirmou que as medidas eram difíceis, mas ajudariam a manter a Grécia na zona do euro e lembrou que conseguiu uma vitória importante.

"Pela primeira vez, nós tivemos uma discussão substancial para uma reestruturação da dívida", disse Tsipras. Ele afirmou ainda que o novo plano, em diversos pontos, é "muito melhor" do que o pacote rejeitado pelos gregos no referendo do último domingo.

Credores satisfeitos: Segundo fontes ligadas aos credores gregos, a Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliaram positivamente as propostas por Atenas. Elas seriam suficientes para um novo programa de regaste de aproximadamente 74 bilhões de euros.

O parecer das instituições será repassado aos 19 ministros das Finanças da zona do euro que vão discutir neste sábado as propostas gregas. No domingo, será a vez de os 28 líderes da União Europeia se reunirem numa cúpula extraordinária para decidir o futuro da Grécia.

Para evitar a saída da zona do euro e a falência do país, a Grécia tenta obter junto ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) um novo empréstimo. Entre as propostas em troca do programa de resgate, o governo grego se compromete a realizar reformas tributária e fiscal, estabelecer uma idade mínima para a aposentadoria, cortar gastos com Defesa e realizar uma série de privatizações. Fonte: Deutsche Welle - Data 11.07.2015

Comentário: Essa tragédia grega não é teatral, mas sim real, não é representada, mas narrada pelos atores; políticos e sociedade. O que tem é pânico, horror, piedade da população. É a catarse econômica; dívida, empréstimos, crise, protestos,  risco de colapso, aumento da desigualdade social.

Duas frases famosas do economista Roberto Campos para a crise:

1-O  'socialista' alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros.

2-Segundo Marx, para acabar com os males do mundo, bastava distribuir a riqueza ; foi fatal; os socialistas nunca mais entenderam a escassez.

Para os europeus, os alemães são o povo mais trabalhador, enquanto os gregos, afundados na crise, são os que dão menos duro, são preguiçosos. (Pesquisa da PewResearchCenter mostra a opinião dos cidadãos europeus sobre os outros países do continente, em maio de 2012  )

Papa ganhou crucifixo com Cristo sobre uma foice e um martelo

O presente do boliviano Evo Morales ao papa Francisco - um peculiar crucifixo em madeira com Cristo sobre uma foice e um martelo - provocou polêmica e muitos religiosos consideraram iniciativa uma "provocação".

Morales, no entanto, se defendeu e disse que o presente era uma criação de um jesuíta, Luis Espinal, assassinando em 1980 por paramilitares de direita, durante o golpe militar de Luis García Meza, atualmente preso por crimes contra os direitos humanos. Fonte: G1-10/07/2015

Comentário: Os jesuítas são simpatizantes da Teologia da Libertação. Essa teologia prega de forma oculta ou dissimulada a luta de classe entre pobres e ricos. Nada mais é o socialismo cristão dos movimentos sociais. O cenário é o socialismo cristão, mas o bastidor é o comunismo.
Lembrando que os símbolos foice  e martelo simbolizam o proletariado industrial, os operários  (o martelo) e os camponeses  (a foice) — as duas classes cuja aliança é considerada fundamental pelos marxistas-leninistas para o triunfo da revolução socialista.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Pesadelo histórico: Alemães vencem por 7 a 1

Brasil dá vexame no Mineirão e sofre pior derrota em Mundiais.Alemães vencem por 7 a 1, voltam a uma decisão de Copa após 24 anos e impõem à seleção brasileira a sua maior derrota na história dos Mundiais, num trauma capaz de superar o Maracanaço de 1950.

domingo, 5 de julho de 2015

Grécia: crônica de uma crise longamente anunciada

Sem saída no momento, a crise da dívida grega vinha se delineando há mais de uma década. Desfecho pode acarretar queda na classificação de risco do país e fechamento de instituições financeiras, além de ameaçar o euro.

A Grécia se filiou à união monetária europeia em 2001, adotando o euro como moeda. Três anos mais tarde, detectaram-se indícios de que Atenas havia falsificado seus balanços e violado regras relativas à estabilidade da moeda comum. Foi o começo da crise grega.

2009-O governo do premiê Georgios Papandreou revela aquilo que ninguém nas instituições da União Europeia poderia imaginar – nem havia notado: a Grécia tem dívidas no valor de 350 bilhões de euros, o equivalente a 160 vezes seu Produto Interno Bruto (PIB). O déficit orçamentário nacional é de 12,7%, quando o máximo estipulado pelas regras de estabilidade do euro é de 3%.

2010-O PIB da Grécia cai 5%. É aprovado para Atenas um primeiro pacote de ajuda financeira, no valor de 110 bilhões de euros, dos quais 30 bilhões de euros são provenientes do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os chefes de Estado e governo da União Europeia chagam a um acordo quanto à criação de um mecanismo anticrise contendo um "escudo protetor" para o euro, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (Feef), com garantias de até 780 bilhões de euros.

2011-Continua piorando a situação da Grécia, seu PIB cai em cerca de 7%. Diversas agências rebaixam sua classificação de risco de crédito (rating). Em oposição às ajudas financeiras, subordinadas a reformas e medidas de austeridade, ocorrem protestos veementes, em que morrem três pessoas. Uma primeira greve geral aumenta a pressão sobre o governo.

Considera-se a introdução de um imposto sobre imóveis e a venda das últimas reservas de capital, como condição para um corte das dívidas, com os credores privados abrindo mão de 50% de suas exigências. Numa cúpula extraordinária, a UE libera 100 bilhões de euros em novos empréstimos e outros 39 bilhões em garantias de crédito adicionais.

O premiê social-democrata Giorgos Papandreou anuncia a intenção de submeter as medidas de austeridade à votação popular, em referendo, porém, desiste diante dos protestos dos credores. Em seguida, renuncia à chefia de governo. O ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Loucas Papademos assume o governo interino.

2012-A economia grega acusa um índice negativo de 6,4%. O segundo pacote de resgate para o país perfaz 130 bilhões de euros. Os ministros de Finanças da UE liberam a maior parte dos créditos e reduzem à metade os juros relativos ao primeiro pacote. Em contrapartida, exigem de Atenas medidas de autoridade rigorosas.

Os cidadãos gregos manifestam nas eleições seguintes seu posicionamento no impasse, aumentando significativamente o apoio à aliança de esquerda Syriza, que rejeita as exigências de austeridade. A legenda se estabelece como a segunda mais forte da Grécia.

O primeiro-ministro eleito é Antonis Samaras, do partido Nova Democracia – segundo observadores, pouco disposto a reformas. A crise permanece, apesar da persecução aos sonegadores de impostos e o confisco das contas bancárias de milionários gregos no exterior.

Cresce o temor de que em breve a Grécia poderá estar falida, além de não ser o único Estado da zona do euro em dificuldades financeiras. O presidente do BCE, Mario Draghi, assegura: "Vamos fazer tudo para manter o euro", o que tranquiliza temporariamente os mercados financeiros. Draghi trabalhara durantes três anos em Londres para a casa de investimentos Goldman Sachs, consultora do governo grego até 2009.

2013-O PIB cai mais 3,9%, as dívidas perfazem 160% da receita anual da Grécia. O desemprego avança: mais da metade dos jovens estão sem trabalho. Cresce a animosidade contra a "troica" de credores – FMI, BCE e Comissão Europeia. As medidas de austeridade implementadas não bastam aos fiscais internacionais.

A resistência é tanta, e a situação tão caótica, que os credores internacionais adiam para o ano seguinte uma auditoria planejada. O novo slogan é: "Deem mais tempo à Grécia." O Parlamento em Atenas aprova medidas contra a crise, que incluem a elevação dos impostos e a demissão de mais de 10 mil funcionários públicos.

2014-Finalmente, um raio de esperança: a economia da Grécia acusa um pequeno crescimento, de 0,6%. Pela primeira vez, os gregos conseguem até mesmo obter crédito no mercado livre de capitais. Samaras está seguro de si: "Não precisamos de novos pacotes de resgate." São transferidos cerca de 8 bilhões de euros, até então bloqueados, referentes aos pacotes de ajuda já aprovados. No fim do ano, fracassa no Parlamento a eleição do novo presidente da República, acarretando uma guinada na política nacional.

2015-Nas eleições legislativas antecipadas de 25 de janeiro, vence a aliança esquerdista Syriza, que forma uma coligação de governo com o partido populista de direita Gregos Independentes. O novo premiê, o chefe de partido Alexis Tsipras, e seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, confirmam a intenção de cumprir a promessa eleitoral de abrandar as imposições de austeridade dos credores internacionais.

Porém, novos problemas se apresentam ao governo recém-eleito: as arrecadações de impostos despencam, metas orçamentárias não são cumpridas. O governo Tsipras adota um curso titubeante: primeiro rejeita um corte de dívidas e a prorrogação do programa de resgate, para depois aceder.

A UE impõe, como condição, que a Grécia apresente uma lista de medidas para estabilização da financeira nacional. A disputa se acirra até a suspensão das negociações, precipitada pelo anúncio de Tsipras de um referendo sobre as medidas de austeridade.

Nesta terça-feira (30/06), o governo grego deveria restituir 1,55 bilhão de euros que deve ao FMI. Para tal, no entanto, seria necessária a próxima parcela, de 7,2 bilhões de euros, do pacote de resgate, cuja liberação foi sustada devido ao atual estado das negociações.

As agências de classificação de risco baixaram a nota do país para CCC-, último estágio antes da falência estatal. Os bancos e bolsas de valores da Grécia estão fechados até a próxima semana, com os saques restritos a 60 euros diários. Fonte: Deutche Welle-30.06.2015

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Acabei de descer do futuro, diz Dilma

Animada em seu último dia de visita aos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff deu uma volta de cerca de 20 minutos no carro autônomo do Google, na sede da empresa em Mountain View, no Vale do Silício, no Estado da Califórnia.

"Acabei de descer do futuro", disse a jornalistas após o fim do passeio, nesta quarta-feira (1o). "É um nível de desenvolvimento que eu não imaginei que houvesse."

O carro testado pela presidente era um modelo Lexus, mais antigo que o pequeno veículo de design arredondado que começou a ser testado pelo Google nas ruas de Mountain View na semana passada.

Antes de entrar no carro, acompanhada da filha Paula, Dilma conversou com engenheiros da companhia sobre a tecnologia e afirmou que o carro era "absolutamente fantástico."

A presidente afirmou ainda que, ao ver os carros autônomos, pensou em como eles podem mudar o transporte público mundial. Ao ser questionada por uma repórter sobre o "presente", Dilma afirmou: "Eu ainda estou no futuro, não faça isso comigo." Também integravam a comitiva Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia) e Renato Janine Ribeiro (Educação). Fonte: Folha de São Paulo, 01/07/2015

Comentário: Isso lembra quando D. Pedro II visitou os Estados Unidos em 1876. De 15 de abril a 12 de julho de 1876, o imperador percorreu mais de 14 mil quilômetros e passou por 28 estados, além da capital Washington.

O imperador se interessou pela ciência, pela tecnologia, as invenções e ficou maravilhado pelo trem. Dom Pedro II percorreu as extensões continentais dos Estados Unidos de trem, de Nova York a São Francisco na ida e na volta.  Ele foi de oeste a leste, e depois voltou do leste para oeste, buscando informações, e as inovações que estavam conhecendo.

Pelo jeito tivemos pouco avanço em quase 140 anos, continuamos a produzir ou fabricar carroças tecnológicas com conteúdo nacional.

Hoje a presidente desceu do futuro, achou muito complexo, melhor ficar “De Volta para o Passado”, onde ela pode saudar o avanço tecnológico da mandioca,  uma das maiores conquistas brasileira?