Apesar da política de "covid zero", país tem mais de 31 mil infecções em 24 horas, número mais alto desde o início da pandemia. Milhões estão em isolamento. Autoridades decretam "guerra de aniquilação'' contra o vírus.
As autoridades chinesas
relataram nesta quinta-feira (24/11) um recorde de infecções pelo coronavírus.
Foram 31.444 novos casos em 24 horas. Este é o número diário mais alto
registrado no país desde o início da pandemia, há quase três anos. Mas em
comparação com cifras de outras nações e a grande população de 1,4 bilhão de
pessoas, o número é relativamente pequeno.
COVID ZERO
No entanto, o Estado chinês
segue uma estrita política de "covid zero" desde o surto em Wuhan,
surgido no início de 2020. Assim, onde quer que o vírus apareça, medidas duras
são tomadas: rastreamento de contatos, isolamento forçado em alojamentos
centrais, fechamento de escritórios e lojas, restrições de saída em cidades com
mais de um milhão de habitantes, proibições de viagens.
Atualmente, milhões de
chineses são afetados por tais medidas. Isso inclui a população na metrópole
econômica de Cantão, no sul, e na capital, Pequim.
De acordo com virologistas, o
fato de os números terem subido em todo país de forma tão acentuada
recentemente se deve principalmente a novas variantes de ômicron que são
altamente contagiosas.
CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS
A economia está sendo afetada
severamente com os recorrentes lockdowns. A meta de crescimento de 5,5%
prevista pela liderança do regime chinês para este ano provavelmente ficará
distante de ser atingida.
Além disso, as duras medidas
restritivas e os constantes testes em massa causam irritação em parte da
população.
Não há estratégia de saída da
estratégia "zero covid". Milhões de idosos não estão completamente
vacinados. Há temores de que o sistema de saúde entre em colapso se o vírus se
espalhar descontroladamente.
Moradores de oito distritos
de Zhengzhou, lar de 6,6 milhões pessoas, foram instruídos a ficar em casa por
cinco dias a partir desta quinta-feira, só podendo sair para comprar comida ou
receber tratamento médico. Testes diários em massa foram ordenados no que o
governo da cidade chamou de "guerra de aniquilação'' contra o vírus.
O número de casos diários tem
aumentado constantemente no país. Nesta semana, autoridades relataram as
primeiras mortes por covid-19 na China em seis meses, elevando o total de
óbitos para 5.232 desde o início da pandemia.
BLOQUEIOS E TESTES EM MASSA
Cantão suspendeu na
segunda-feira o acesso ao distrito de Baiyun, de 3,7 milhões de residentes,
enquanto habitantes de algumas áreas de Shijiazhuang, uma cidade de 11 milhões
de pessoas a sudoeste de Pequim, foram instruídos a ficar casa enquanto testes
em massa são realizados.
Pequim abriu um hospital em
um centro de exposições. A administração da capital chinesa suspendeu acesso à
Universidade de Estudos Internacionais de Pequim após registrar um caso de contágio.
Alguns shoppings e prédios de escritórios foram fechados, e o acesso foi
bloqueado para alguns conjuntos de apartamentos.
Embora as fronteiras da China
permaneçam praticamente fechadas, o governo afirma que tem "otimizado e
facilitado o processo de saída e entrada de executivos e pessoal especializado
de empresas multinacionais e empresas estrangeiras e seus familiares na
China". Fonte: Deutsche Welle – 24.11.2022
Comentário: COVID-19 na China
Casos Confirmados:297.516
Óbitos: 5.232
Recuperados: 265.471
Casos ativos: 26.813
Fonte: Worldometer - Last
updated: November 24, 2022, 19:35 GMT
População: Em 2021, 1,41 bilhão conforme dados de National Bureau of Statistics of China in January 2022,
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