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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

China registra 31.4 mil casos de covid e bate recorde na pandemia

Apesar da política de "covid zero", país tem mais de 31 mil infecções em 24 horas, número mais alto desde o início da pandemia. Milhões estão em isolamento. Autoridades decretam "guerra de aniquilação'' contra o vírus.

As autoridades chinesas relataram nesta quinta-feira (24/11) um recorde de infecções pelo coronavírus. Foram 31.444 novos casos em 24 horas. Este é o número diário mais alto registrado no país desde o início da pandemia, há quase três anos. Mas em comparação com cifras de outras nações e a grande população de 1,4 bilhão de pessoas, o número é relativamente pequeno.

COVID ZERO

No entanto, o Estado chinês segue uma estrita política de "covid zero" desde o surto em Wuhan, surgido no início de 2020. Assim, onde quer que o vírus apareça, medidas duras são tomadas: rastreamento de contatos, isolamento forçado em alojamentos centrais, fechamento de escritórios e lojas, restrições de saída em cidades com mais de um milhão de habitantes, proibições de viagens.

Atualmente, milhões de chineses são afetados por tais medidas. Isso inclui a população na metrópole econômica de Cantão, no sul, e na capital, Pequim.

De acordo com virologistas, o fato de os números terem subido em todo país de forma tão acentuada recentemente se deve principalmente a novas variantes de ômicron que são altamente contagiosas.

CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS

A economia está sendo afetada severamente com os recorrentes lockdowns. A meta de crescimento de 5,5% prevista pela liderança do regime chinês para este ano provavelmente ficará distante de ser atingida.

Além disso, as duras medidas restritivas e os constantes testes em massa causam irritação em parte da população.

Não há estratégia de saída da estratégia "zero covid". Milhões de idosos não estão completamente vacinados. Há temores de que o sistema de saúde entre em colapso se o vírus se espalhar descontroladamente.

Moradores de oito distritos de Zhengzhou, lar de 6,6 milhões pessoas, foram instruídos a ficar em casa por cinco dias a partir desta quinta-feira, só podendo sair para comprar comida ou receber tratamento médico. Testes diários em massa foram ordenados no que o governo da cidade chamou de "guerra de aniquilação'' contra o vírus.

O número de casos diários tem aumentado constantemente no país. Nesta semana, autoridades relataram as primeiras mortes por covid-19 na China em seis meses, elevando o total de óbitos para 5.232 desde o início da pandemia.

BLOQUEIOS E TESTES EM MASSA

Cantão suspendeu na segunda-feira o acesso ao distrito de Baiyun, de 3,7 milhões de residentes, enquanto habitantes de algumas áreas de Shijiazhuang, uma cidade de 11 milhões de pessoas a sudoeste de Pequim, foram instruídos a ficar casa enquanto testes em massa são realizados.

Pequim abriu um hospital em um centro de exposições. A administração da capital chinesa suspendeu acesso à Universidade de Estudos Internacionais de Pequim após registrar um caso de contágio. Alguns shoppings e prédios de escritórios foram fechados, e o acesso foi bloqueado para alguns conjuntos de apartamentos.

Embora as fronteiras da China permaneçam praticamente fechadas, o governo afirma que tem "otimizado e facilitado o processo de saída e entrada de executivos e pessoal especializado de empresas multinacionais e empresas estrangeiras e seus familiares na China". Fonte: Deutsche Welle – 24.11.2022  

Comentário:  COVID-19 na China

Casos Confirmados:297.516

Óbitos: 5.232

Recuperados: 265.471

Casos ativos: 26.813

Fonte: Worldometer - Last updated: November 24, 2022, 19:35 GMT

População: Em 2021, 1,41 bilhão conforme dados de  National Bureau of Statistics of China in January 2022,  

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