Brasil exportou 67 bilhões de dólares a mais do que importou
no ano passado. Esse é o melhor resultado do comércio exterior dos últimos 29
anos, quando teve início a série histórica.
A balança comercial brasileira registrou em 2017 o superávit
de 67 bilhões de dólares, segundo dados divulgados nesta terça-feira (02/01)
pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Esse foi o
melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989.
Em 2017, as exportações tiveram uma alta de 18,5% em relação
ao ano anterior pela média diária, somando 217,7 bilhões de dólares. Já as
importações registraram um aumento de 10,5%, chegando a 150,7 bilhões de
dólares.
"Em 2016, as exportações tinham caído 3,5% e as
importações tinham caído 20%. No ano passado, houve uma diferença brutal, com
crescimento das exportações e também das importações. Os economistas leem esses
dados como sinal da recuperação da economia brasileira", disse o ministro
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.
Apesar do aumento, as exportações no ano passado não
alcançaram o recorde registrado em 2011, quando as vendas externas totalizaram
256 bilhões de dólares.
O aumento das exportações em 2017 foi impulsionado pelas
vendas de produtos básicos, que cresceram 28,7% no ano passado pelo critério da
média diária, além de produtos semimanufaturados, que subiram 13,3%, e de
produtos industrializados, com aumento de 9,4%.
O Brasil importou em 2017 mais combustíveis e lubrificantes,
com um aumento de 42,8%, bens intermediário (11,2%) e bens de consumos (7,9%).
As importações de bens de capital, como máquinas e equipamentos, caíram 11,4%
em relação ao ano passado.
O resultado da balança comercial foi impulsionado, principalmente,
pela recuperação dos preços internacionais dos bens primários e pela safra
recorde. Em 2017, o preço médio das mercadorias exportadas subiu 10,1%, puxado
pela valorização das commodities. Os destaques foram minério de ferro, com alta
de preços de 40,9%, semimanufaturados de ferro e aço (34,3%) e petróleo bruto
(32,2%).
Os maiores compradores do Brasil no ano passado foram;
- a China (50,2 bilhões de dólares),
- seguida pelos Estados Unidos, (26,9 bilhões de dólares) e
- Argentina (17,6 bilhões de dólares).
Os três países também foram respectivamente os maiores
vendedores para o Brasil, seguidos pela Alemanha. Fonte: Deutsche Welle –
02.01.2017
Comentário:
Liderados pela soja
em grãos, sete produtos do agronegócio figuraram entre os dez principais bens
exportados pelo Brasil em 2017. Juntos, a soja, carne de frango e bovina,
açúcar em bruto, celulose, café e farelo de soja foram responsáveis por 26,8% de um total de US$ 217,74 bilhões
embarcados pelo país para o exterior no ano passado. Os dados são do Ministério
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Analistas enumeram amarras do crescimento da economia —
burocracia, elevada carga tributária, infraestrutura ineficiente e custosa,
baixa produtividade e falta de investimentos — como problemas que impedem o
país de aumentar a participação no comércio internacional, estagnada há
décadas.
Os principais países
exportadores do mundo -2016
Rank
|
Country
|
Exports in US Dollars
|
1
|
China
|
1,990,000,000,000
|
2
|
United States
|
1,456,000,000,000
|
3
|
Germany
|
1,322,000,000,000
|
4
|
Japan
|
634,900,000,000
|
5
|
South Korea
|
511,800,000,000
|
6
|
France
|
507,000,000,000
|
7
|
Hong Kong
|
502,500,000,000
|
8
|
Netherlands
|
495,400,000,000
|
9
|
Italy
|
454,100,000,000
|
10
|
United Kingdom
|
407,300,000,000
|
11
|
Canada
|
393,500,000,000
|
12
|
Mexico
|
374,300,000,000
|
13
|
Singapore
|
361,600,000,000
|
14
|
Switzerland
|
318,100,000,000
|
15
|
Taiwan
|
310,400,000,000
|
16
|
United Arab Emirates
|
298,600,000,000
|
17
|
Russia
|
281,900,000,000
|
18
|
Spain
|
280,500,000,000
|
19
|
Belgium
|
277,700,000,000
|
20
|
India
|
268,600,000,000
|
21
|
Thailand
|
214,300,000,000
|
22
|
Ireland
|
206,000,000,000
|
23
|
Poland
|
195,700,000,000
|
24
|
Australia
|
191,700,000,000
|
25
|
Brazil
|
184,500,000,000
|
Fonte: World Atlas
Nenhum comentário:
Postar um comentário