O Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (Cemi), que
registra os celulares que não podem funcionar nas operadoras móveis, já soma
9,1 milhões de aparelhos, de acordo com a Anatel. Nos últimos 12 meses, mais de
1,5 milhão de terminais foram impedidos de funcionar por terem sido perdidos,
roubados ou furtados — um aumento de 21% em relação ao período anterior.
Os dados constam do Cadastro Nacional de Estações Móveis
Impedidas (Cemi), supervisionado pela agência, mas operado pela ABRTelecom.
O Cemi é um registro de terminais telefônicos, que atingiu
em novembro deste ano um volume de 9,1 milhões de aparelhos. Há duas formas de
um celular ser incluídos nesse cadastro:
■Em caso de perda: solicitação dos usuários às empresas de
telefonia;
■Em caso de roubo ou perda: após registro de Boletim de
Ocorrência junto às polícias dos governos dos estados e do Distrito Federal.
Em um ano, o estoque de celulares bloqueados aumentou 21%,
segundo a Anatel. Em março do ano passado, a Anatel passou a permitir que os
aparelhos fossem incluídos no cadastro a pedido das delegacias responsáveis por
registrar o B.O. Também permitiu que apenas o número de celular fosse
informado.
Até então, a inclusão dos aparelhos no Cemi era feita apenas
com o código de Identificação Internacional de Equipamento Móvel (Imei), uma
espécie de “RG do celular”. Esse código pode ser localizado:
■No verso dos aparelhos;
■Dentro do chassi, abaixo da bateria;
■Na descrição das especificações técnicas do celular;
■Digitando “*#06#” no teclado do aparelho.
O Cemi foi criado em novembro de 2000 para que as operadoras
possuíssem um só sistema que mostrasse quais eram os celulares que não deveriam
ser usados por quaisquer clientes. A gestão dele ficou a cargo da ABR Telecom,
uma associação das próprias teles para elaborar tecnologias a serem adotadas
pelo setor.
O bloqueio apenas impossibilita o aparelho de fazer ou
receber chamadas telefônicas, além de trocar SMS. Isso ocorre porque as
ligações que entram na rede das teles são identificada pelo número de Imei do
aparelho que as efetua. A partir do momento que um desses “RGs” é localizado, o
celular entra para o Cemi. O travamento não é capaz, porém, de incapacitar o
celular de acessar a internet via redes de Wi-Fi ou de servir para armazenar
arquivo.
A ABR Telecom também gerencia a portabilidade de números de
uma empresa para outra, além de ser a entidade supervisora da infraestrutura
ociosa que as grandes empresas têm de colocar à disposição das pequenas
companhias. Fonte: G1-08/12/2017
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