O presidente chinês, Xi Jinping, quer avançar com uma nova
"revolução" lançada há dois anos para para limpar os notoriamente
sujos e malcheirosos banheiros públicos no país, com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida e alavancar o turismo.
A chamada "revolução nacional dos banheiros" foi
idealizada em 2015 como parte dos esforços para tornar os sanitários – em
geral, buracos feitos direto no chão, com ou sem louça sanitária, e sem papel –
mais amigáveis para o turista estrangeiro.
Segundo o presidente Jinping, o problema dos banheiros
"não é uma coisa pequena", e resolver isso é necessário para criar um
ambiente rural e urbano "civilizado", informou a agência de notícias
Nova China nesta segunda-feira (4).
O país espera ter mais de 70 mil novos banheiros até o final
do ano. Outros 64 mil serão construídos, ou melhorados, entre 2018 e 2020, de
acordo com o plano de ação da Administração do Turismo Nacional.
Segundo a Nova China, desde que chegou ao poder em 2012, Xi
fez visitas ao campo para perguntar aos moradores se faziam suas necessidades
em vasos com descarga, ou direto no solo.
"Nas áreas rurais, alguns banheiros são pouco mais do
que abrigos improvisados cercados de arbustos de pés de milho, e alguns são
fossas abertas perto de chiqueiros", acrescentou a agência.
Interior dos banheiros recém-construídos
em Anlong County, na China
|
"As autoridades locais estão agora mais conscientes do
importante papel dos banheiros, acreditando que sanitários melhores são
benéficos não apenas para o turismo, mas que também podem... melhorar o nível
de civilização da sociedade em geral", completa a Nova China.
As latrinas chinesas assustam potenciais turistas,
principalmente ocidentais, com vários posts dedicados ao tema em blogs
especializados.
Na China, os banheiros públicos também são conhecidos pela
ausência de papel higiênico, roubado por ladrões arrojados que levam rolos
inteiros para seu uso pessoal. Em vários lugares, já é obrigatório fazer
reconhecimento facial para limitar o uso de porções individuais de papel. Fonte: G1-08/12/2017
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