domingo, 6 de setembro de 2020

Coronvírus: Notícias globais de 4 de setembro

COVID-19 JÁ INFECTOU 10,1 MIL PESSOAS NAS FAVELAS DO RIO
O vírus Sars-Cov-2 infectou 10.157 pessoas e já causou 1.477vítimas fatais nas favelas do Rio de Janeiro. É o que mostra o Painel Unificador Covid-19 nas Favelas, iniciativa de uma rede autônoma de movimentos sociais, que tem como objetivo apoiar os esforços de prevenção realizados pelas comunidades, bem como informar os moradores e pressionar por políticas públicas, além de fornecer uma visão mais precisa do impacto da pandemia nesses territórios.

ITÁLIA DESCARTA NOVO CONFINAMENTO DO PAÍS EM MEIO A SURTO DE COVID-19, ENQUANTO ENFRENTA PROTESTOS DE "NEGACIONISTAS"
O primeiro ministro italiano Giuseppe Conte disse neste sábado que "espera" que um novo confinamento geral não tenha que ser decretado, apesar de novos surtos de casos de coronavírus. "Não estaremos em uma situação em que um confinamento geral tenha que ser ordenado. Na pior das hipóteses, teremos que intervir de forma localizada, com restrições em áreas definidas", afirmou.
Conte também se recusa, por enquanto, a autorizar o retorno dos torcedores aos estádios de futebol para a nova temporada e rejeitou qualquer responsabilidade pela reabertura dos clubes no verão. Em meados de agosto, o Governo central ordenou novamente o fechamento desses locais em todo o país.
Com relação à manifestação convocada para este sábado em Roma contra as restrições impostas para evitar o contágio, como o uso obrigatório de máscaras ou as regras de distanciamento social, Conte lembrou que o mundo está em meio a uma pandemia. "Hoje em Roma há uma demonstração de pessoas que acreditam que não há pandemia. Responderemos com dados", disse Conte.
Também o Ministro das relações exteriores, Luigi Di Maio, pediu aos "negacionistas" que "ao menos mostrem respeito pelas famílias dos mortos" durante um evento na cidade de Foggia. Na sexta-feira, a Itália divulgou 1.733 novos casos, o maior número de infecções desde 2 de maio. Entretanto, longe do pico de 6.557 casos em 21 de março.  

JAPÃO DIZ QUE ARCARÁ COM CUSTO DE VACINAS CONTRA CORONAVÍRUS PARA A POPULAÇÃO
O Governo do Japão disse nesta sexta-feira que arcará com o custo das vacinas contra o coronavírus para toda a população, já que visa uma inoculação abrangente. O Governo ainda anunciou que planeja estabelecer fundos de compensação para possíveis efeitos colaterais das vacinas. Os planos foram delineados em documentos distribuídos pelo ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, que também lidera a reação ao coronavírus, em uma entrevista coletiva.
Com mais de 70 mil casos e 1.334 mortes até o momento, o Japão vem resistindo à pandemia melhor do que muitos outros países. A meta do primeiro-ministro demissionário, Shinzo Abe, é garantir vacinas suficientes para todos os cidadãos japoneses até meados do ano que vem. Para isso, o país firmou acordos bilaterais com farmacêuticas estrangeiras para obter centenas de milhões de doses de vacinas que ainda estão sendo testadas. O Japão também concordou em participar da iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que almeja comprar inoculações e distribuí-las de forma justa.

FARMACÊUTICAS SE UNEM PARA GARANTIR A SEGURANÇA DA VACINA CONTRA A COVID-19
Várias empresas farmacêuticas que trabalham em projetos para desenvolver uma vacina contra a covid-19 estão planejando assinar um compromisso conjunto para não liberar produtos para o mercado sem garantir totalmente que eles sejam seguros e eficazes, independentemente de possíveis pressões políticas.
O Wall Street Journal e o The New York Times noticiaram na sexta-feira que empresas rivais planejam lançar uma declaração no início da próxima semana prometendo não buscar a aprovação de nenhum governo até que tenham certeza de que suas vacinas são completamente seguras e eficazes contra o coronavírus.
Entre as farmacêuticas que assinarão o documento estão as norte-americanas Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson, segundo os jornais. O New York Times acrescenta que a empresa britânica GlaxoSmithKline (GSK) e a empresa francesa Sanofi também compartilharão o compromisso.

"NACIONALISMO DA VACINA" VAI PROLONGAR PANDEMIA, DIZ DIRETOR-GERAL DA OMS
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), pediu aos países ao redor do mundo nesta sexta-feira que unam forças para combater o coronavírus, afirmando que o “nacionalismo da vacina” apenas vai retardar a resposta à pandemia.
Tedros afirmou que 78 países de alta renda aderiram ao plano global de distribuição de vacinas, conhecido como Covax, elevando o número total para 170 países, e acrescentou que a adesão ao plano garantiu a esses países acesso ao maior portfólio mundial de vacinas. Ele fez um apelo a outros para aderir até 18 de setembro para compromissos vinculativos.
A OMS e a aliança de vacinas Gavi estão liderando um plano global de alocação de vacinas, que visa ajudar na compra e distribuição de maneira justa ao redor do mundo. Mas alguns países que garantiram seu próprio estoque por meio de acordos bilaterais, incluindo os Estados Unidos, disseram que não vão aderir ao Covax.
“O nacionalismo da vacina prolongará a pandemia”, disse Tedros a repórteres em uma entrevista na sede da OMS em Genebra, sem mencionar nenhum país específico. O diretor-geral da OMS agradeceu a Alemanha, Japão, Noruega e à Comissão Europeia por aderirem ao Covax durante a última semana.
Uma porta-voz da OMS disse nesta sexta-feira que a organização não espera que vacinas contra a covid-19 estejam disponíveis até meados de 2021, mencionando a necessidade de controle rigoroso sobre sua eficácia e segurança.“Nenhuma vacina será distribuída em massa até que os reguladores estejam confiantes, os governos estejam confiantes e a OMS esteja confiante de que ela atingiu o padrão mínimo de segurança”, disse a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde, Soumya Swaminathan. (Reuters)

MUNDO ULTRAPASSA DE 26,6 MILHÕES DE INFECTADOS
O vírus Sars-Cov-2 infectou 26.651.696 pessoas em todo o planeta desde o início do surto, em janeiro, de acordo com balanço da Universidade John Hopkins (EUA), que atualiza os dados em tempo real com informações da Organização Mundial da Saúde e autoridades sanitárias locais. A covid-19 também causou as mortes de 875.371 pessoas. Até a manhã deste sábado, esta era a contagem de vítimas da doença no mundo:

1.
Estados Unidos: 187.777
2.
Brasil: 125.502
3.
Índia: 69.561
4.
México: 66.851
5.
Reino Unido: 41.626
6.
Itália: 35.518
7.
França: 30.730
8.
Peru: 29.554
9.
Espanha: 29.418
10.
Irã: 22.154
Fonte: EL PAÍS-São Paulo / Brasília - 05 SEP 2020 

Nenhum comentário:

Postar um comentário