Os Estados Unidos ultrapassaram na terça-feira (22/09) a marca trágica de 200 mil
mortes em decorrência da covid-19, o número mais alto de todo o planeta e uma
soma inimaginável oito meses atrás, quando o vírus foi confirmado pela primeira
vez na maior potência mundial.
Segundo contagem mantida pela
universidade americana Johns Hopkins, os EUA registraram ao todo 200.252
óbitos, entre um total de 6,87 milhões de infectados pelo coronavírus
Sars-Cov-2 no país.
Os EUA já figuram há cinco
meses como a nação com o maior número absoluto de mortos pela covid-19, à
frente do Brasil, que soma oficialmente 137.272 vítimas, e da Índia, com
88.935.
Ao todo, o território
americano conta menos de 5% da população mundial, mas responde por 20% das
mortes registradas por coronavírus em todo o planeta. Ao somar 200 mil vítimas,
é como se tivesse sido palco de um ataque como o de 11 de Setembro por dia
durante 67 dias.
Os números dos Estados Unidos
têm como base os dados fornecidos pelas autoridades de saúde do país, mas
estima-se que as cifras reais sejam muito maiores, em parte porque muitas
mortes pela covid-19 foram provavelmente atribuídas a outras causas,
principalmente no início da epidemia, antes das testagens generalizadas.
E AS MORTES CONTINUAM A SUBIR:: Os números oficiais chegam a cerca de 770 vítimas por dia, em média. Uma projeção da Universidade de Washington prevê que o total de mortos no país deverá dobrar para 400 mil até o final do ano, à medida que escolas e faculdades reabrem, e as temperaturas caem com a chegada do outono/inverno.
"A ideia de 200 mil
mortos é realmente muito preocupante, em alguns aspectos, impressionante",
afirmou o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos
EUA, Anthony Fauci, principal conselheiro do presidente Donald Trump para o
combate à pandemia.
Por sua vez, a pesquisadora
em saúde pública da Johns Hopkins Jennifer Nuzzo disse ser "completamente
incompreensível que tenhamos chegado a este ponto", levando em conta que
os Estados Unidos eram considerados o país mais preparado para enfrentar crises
de saúde.
ÍNDICE DE SEGURANÇA DE SAÚDE GLOBAL: Os EUA figuram em primeiro lugar no chamado Índice de Segurança de Saúde Global, um ranking de 194 nações que mede a prontidão do país para lidar com crises sanitárias. A liderança se deve, por exemplo, a seus laboratórios e cientistas de primeira linha e seus estoques de medicamentos e suprimentos de emergência.
Críticos afirmaram que as
estatísticas expõem o fracasso do governo Trump em cumprir seu teste mais
importante antes das eleições presidenciais de 3 de novembro.
Ao todo, o mundo já registrou
mais de 31 milhões de casos confirmados de infecção pelo coronavírus, e se
aproxima rapidamente da marca de 1 milhão de mortes, ao somar mais de 966 mil
vidas perdidas, segundo a contagem da Johns Hopkins. Fonte: Deutsche Welle –
22.09.2020
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