BRASIL REGISTRA 1.272 ÓBITOS
E MAIS DE 32 MIL CASOS EM 24 HORAS
O Brasil voltou na terça-feira
(09/06) a ultrapassar a barreira dos mil mortos diários por covid-19. Segundo o
balanço do Ministério da Saúde, foram registrados 1.272 óbitos em 24 horas,
totalizando 38.406 mortes.
O país contabilizou ainda
32.091 novos casos da doença em 24 horas, com o total de infecções chegando a
739.503. De acordo com o ministério, 311.064 pacientes já se recuperaram da covid-19.
Os números são os mesmo
divulgados no levantamento do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde
(Conass), cujo Painel Conass foi lançado no último fim de semana, após o
governo Bolsonaro passar a dificultar ainda mais o acesso a dados da pandemia.
Já levantamento realizado por
um consórcio de veículos de comunicação do Brasil apontou um número de óbitos e
casos menor do que os dados oficiais. De acordo com a iniciativa, o país
registrou 1.185 mortes por covid-19 e 31.197 novos casos nas últimas 24 horas.
Segundo o levantamento, o
total de óbitos chegou a 38.497 e o de infecções a 742.084. De acordo com o
jornal Folha de S.Paulo, os dados de Mato Grosso não entraram no balanço
diário, pois não foram informados a tempo.
O levantamento é fruto de uma
colaboração entre a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Extra, G1
e UOL para coletar e divulgar dados da epidemia no Brasil. As informações são
coletadas com secretarias estaduais de Saúde. O balanço foi fechado às 20h.
BRASIL - GOVERNO VOLTA A
DIVULGAR DADOS COMPLETOS DA COVID-19
Após uma determinação do
Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Saúde voltou a divulgar na terça-feira
(09/06) os dados totais sobre o número de casos e de mortes causadas pela
covid-19. As informações foram publicadas na plataforma mantida pela pasta, que
chegou a ficar fora do ar no sábado.
Desde sexta-feira (05/06), o ministério passou a divulgar apenas
os números diários da doença e parou de publicar os dados consolidados da
epidemia, como o total de mortes e casos de covid-19 no país. O Painel Coronavírus
do Ministério da Saúde chegou a ser retirado do ar. Posteriormente, voltou incompleto,
sem os números totais e desprovido de quase todas as suas ferramentas, como
gráficos e tabelas.
A mudança causou uma série de
críticas de políticos, juristas e entidades de saúde que temiam uma manipulação
dos dados com a diminuição da transparência. Partidos da oposição entram com
uma ação no STF para reverter a alteração. Na segunda-feira, o ministro
Alexandre de Moraes determinou que o governo retome a divulgação dos dados
acumulados.
BRASIL - MORAES MANDA GOVERNO
VOLTAR A DIVULGAR DADOS TOTAIS DA COVID-19
O ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo de Jair
Bolsonaro retome a divulgação dos dados acumulados sobre a epidemia de covid-19
no Brasil, no formato que vinha sendo adotado até o início de junho.
Moraes tomou a decisão na segunda-feira (08/06) com base em uma ação
apresentada pelos partidos de oposição PSOL, PCdoB e Rede Sustentabilidade, que
pedia a divulgação completa das informações sobre a doença no país.
O ministro considerou haver
"grave risco de interrupção abrupta da coleta e divulgação" desses
dados e determinou ao Ministério da Saúde que "mantenha, em sua
integralidade, a divulgação diária dos dados epidemiológicos relativos à
pandemia, inclusive no site do
Ministério da Saúde e com os números acumulados de ocorrências, exatamente
conforme realizado até o último dia 4 de junho".
ALEMANHA-TURÍNGIA É PRIMEIRO
ESTADO ALEMÃO A DECRETAR FIM DE ISOLAMENTO SOCIAL
O pequeno estado central da
Turíngia é o primeiro na Alemanha a eliminar suas regras de distanciamento
social a partir do próximo domingo, desrespeitando um acordo entre o governo
federal e líderes regionais que previa a manutenção das restrições até o final
de junho.
Uma diretiva, aprovada pelo
governo da Turíngia na terça-feira (09/06), abole o regulamento que determinou
que os cidadãos apenas se encontrem com membros de um outro domicílio ou em
grupos de, no máximo, 10 pessoas.
Turíngia é um dos menores
estados da Alemanha, mas seu governador, Bodo Ramelow, esteve no centro de um
debate nacional no final do mês passado, tendo sido duramente criticado por
defender a suspensão das restrições impostas em todo o país devido à pandemia
de coronavírus.
ALEMANHA AMPLIA TESTAGEM,
TAMBÉM PARA PESSOAS ASSINTOMÁTICAS
Alemanha decidiu ampliar sua
capacidade de testes para detectar o novo coronavírus na população, não
importando se as pessoas apresentem ou não sintomas da doença.
"Queremos cortar esse
vírus pela raiz", afirmou o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, ao
aprovar a medida que entrou em vigor na terça-feira. "Isso apenas será
possível com testes preventivos em hospitais e casas de repouso e se testarmos
o maior número possível de pessoas que tiveram contato com os infectados",
afirmou.
A medida permite que todos os
pacientes em hospitais sejam testados, ao mesmo tempo em que as autoridades de
saúde regionais e os médicos também podem requerer os exames para pessoas
assintomáticas.
O teste custa 50 euros (quase
278 reais) por pessoa e deverá ser coberto pelos planos de saúde. Sobre os
custos que essa medida poderá gerar, Spanh afirmou que "sai muito mais
caro testarmos pouco do que testarmos muito".
Até agora, apenas as pessoas
que apresentavam sintomas podiam ser testadas. A medida entrou em vigor
retroativamente, valendo a partir de 14 de maio, permitindo que aqueles que
tiveram contato com pessoas infectadas possam realizar o exame. A ampla
testagem visa prevenir surtos em locais como escolas, creches, casas de repouso
e clínicas médicas.
Na terça-feira, o Instituto Robert Koch para o
controle de doenças relatou um aumento diário de 350 casos na Alemanha,
elevando o total no país para 184.543. O número de mortes desde o inicio da
pandemia é de mais de 8,7 mil. Cerca de 170 mil pessoas se recuperaram da
doença.
ITÁLIA- EM BÉRGAMO 57% DAS
PESSOAS POSSUEM ANTICORPOS CONTRA A COVID-19
Anticorpos resistentes à
covid-19 foram encontrados em mais da metade dos moradores da província de
Bérgamo, na região da Lombardia, a mais atingida pela epidemia de coronavírus
que devastou o norte da Itália.
Exames realizados pelas
autoridades de saúde italianas comprovaram que dos 9.965 moradores testados
entre os dias 23 de abril e 3 de junho, 57% possuem os anticorpos, o que
comprovaria que essas pessoas tiveram contato com o vírus.
Os exames foram realizados em
amostras colhidas aleatoriamente, que, segundo as autoridades, seriam
"suficientemente amplas" para servirem como indicador de quantas
pessoas teriam sido infectadas em toda a região, que se tornou o epicentro da
doença na Itália. A província possui em torno de 1,1 milhão de habitantes.
Mais tarde, a agência de
saúde de Bérgamo disse que as pessoas examinadas eram das áreas mais atingidas.
Os anticorpos também foram encontrados em 30% dos 10.404 profissionais de saúde
testados. O percentual é relativamente baixo, levando-se em conta que eles são
considerados pessoas de risco mais elevado.
Segundo um relatório
divulgado no início de maio pelo Instituto Nacional de Estatísticas (Istat) da
Itália, o número de mortos em Bérgamo registrado no mês de março foi 568% maior
do que a média do mesmo período entre os anos de 2015 e 2019. Dados oficiais
divulgados na segunda‑feira afirmam que a região de Bérgamo teve 13.069 casos
de covid-19.
O Istat e o Ministério da
Saúde realizam uma campanha nacional de exames de sangue com o objetivo de
colher amostras de 150 mil pessoas, de modo a compreender melhor a extensão da
epidemia no país.
A Itália soma mais de 37 mil
mortes e 235 mil casos da doença. Somente na região da Lombardia foram mais de
16 mil mortes registradas.
RÚSSIA - MOSCOU RELAXA
LOCKDOWN EM MEIO A CRÍTICAS
Moscou iniciou o relaxamento
de seu lockdown após mais de dois meses de medidas rígidas adotadas para conter
a disseminação do novo coronavírus. A medida entrou em vigor no mesmo dia em
que a Rússia passou a somar mais de 6 mil mortes por covid-19.
O relaxamento das restrições
foi anunciado na segunda-feira, semanas antes das eleições no país, marcadas
para o dia 1º de julho, quando o presidente Vladimir Putin espera ampliar sua
permanência no poder até 2036. O líder russo de 67 anos planeja ainda realizar
a tradicional parada militar que comemora o fim da Segunda Guerra Mundial,
adiada para 24 de junho em razão da pandemia.
Alguns críticos afirmam que
as restrições estão sendo prematuramente removidas. Nesta terça‑feira, as
autoridades russas registraram 8.595 novos casos e 171 mortes. O país soma
agora 6.142 óbitos, e o total de infecções aumentou para 485.253, o terceiro
maior em todo o mundo. Moscou é o epicentro da doença no país, registrando
quase mil novos casos por dia.
Autoridades afirmam que o
alto número de casos se deve a uma campanha massiva de testes, com mais de 12
milhões de pessoas examinadas até o momento, e apontam a baixa mortalidade como
prova de que é seguro remover o lockdown.
Entretanto, o governo é
acusado de manipular os dados da doença no país, com os críticos afirmando que
a remoção das restrições se deu por razões políticas. A cidade estava em
lockdown desde o dia 30 de março.
Apesar dos números, o
prefeito da capital, Serguei Sobyanin, anunciou o fim do lockdown, permitindo o
livre trânsito na cidade de 13 milhões de habitantes. Muitos dos moradores
saíram de suas casas para aproveitar do bom tempo, e os congestionamentos
retornaram às ruas de Moscou.
Algumas medidas já haviam
sido removidas nas últimas semanas, com a abertura de lojas e a permissão à
população para deixar suas casas seguindo uma escala de horários fixos. O
prefeito informou que salões de beleza, cabeleireiros e veterinários também
podem abrir suas portas. Os restaurantes e cafés poderão retomar suas atividades
em duas fases a partir de 16 de junho. Fonte: Deutsche Welle-9.06.2020
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