quinta-feira, 11 de junho de 2020

Coronavírus: As principais notícias sobre a pandemia de coronavírus em 9 de junho

BRASIL REGISTRA 1.272 ÓBITOS E MAIS DE 32 MIL CASOS EM 24 HORAS
O Brasil voltou na terça-feira (09/06) a ultrapassar a barreira dos mil mortos diários por covid-19. Segundo o balanço do Ministério da Saúde, foram registrados 1.272 óbitos em 24 horas, totalizando 38.406 mortes.
O país contabilizou ainda 32.091 novos casos da doença em 24 horas, com o total de infecções chegando a 739.503. De acordo com o ministério, 311.064 pacientes já se recuperaram da covid-19.
Os números são os mesmo divulgados no levantamento do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), cujo Painel Conass foi lançado no último fim de semana, após o governo Bolsonaro passar a dificultar ainda mais o acesso a dados da pandemia.
Já levantamento realizado por um consórcio de veículos de comunicação do Brasil apontou um número de óbitos e casos menor do que os dados oficiais. De acordo com a iniciativa, o país registrou 1.185 mortes por covid-19 e 31.197 novos casos nas últimas 24 horas.
Segundo o levantamento, o total de óbitos chegou a 38.497 e o de infecções a 742.084. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os dados de Mato Grosso não entraram no balanço diário, pois não foram informados a tempo.
O levantamento é fruto de uma colaboração entre a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Extra, G1 e UOL para coletar e divulgar dados da epidemia no Brasil. As informações são coletadas com secretarias estaduais de Saúde. O balanço foi fechado às 20h.

BRASIL - GOVERNO VOLTA A DIVULGAR DADOS COMPLETOS DA COVID-19
Após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Saúde voltou a divulgar na terça-feira (09/06) os dados totais sobre o número de casos e de mortes causadas pela covid-19. As informações foram publicadas na plataforma mantida pela pasta, que chegou a ficar fora do ar no sábado.
Desde sexta-feira  (05/06), o ministério passou a divulgar apenas os números diários da doença e parou de publicar os dados consolidados da epidemia, como o total de mortes e casos de covid-19 no país. O Painel Coronavírus do Ministério da Saúde chegou a ser retirado do ar. Posteriormente, voltou incompleto, sem os números totais e desprovido de quase todas as suas ferramentas, como gráficos e tabelas.
A mudança causou uma série de críticas de políticos, juristas e entidades de saúde que temiam uma manipulação dos dados com a diminuição da transparência. Partidos da oposição entram com uma ação no STF para reverter a alteração. Na segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes determinou que o governo retome a divulgação dos dados acumulados.

BRASIL - MORAES MANDA GOVERNO VOLTAR A DIVULGAR DADOS TOTAIS DA COVID-19
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo de Jair Bolsonaro retome a divulgação dos dados acumulados sobre a epidemia de covid-19 no Brasil, no formato que vinha sendo adotado até o início de junho.
Moraes tomou a decisão na  segunda-feira (08/06) com base em uma ação apresentada pelos partidos de oposição PSOL, PCdoB e Rede Sustentabilidade, que pedia a divulgação completa das informações sobre a doença no país.
O ministro considerou haver "grave risco de interrupção abrupta da coleta e divulgação" desses dados e determinou ao Ministério da Saúde que "mantenha, em sua integralidade, a divulgação diária dos dados epidemiológicos relativos à pandemia, inclusive no site  do Ministério da Saúde e com os números acumulados de ocorrências, exatamente conforme realizado até o último dia 4 de junho".

ALEMANHA-TURÍNGIA É PRIMEIRO ESTADO ALEMÃO A DECRETAR FIM DE ISOLAMENTO SOCIAL
O pequeno estado central da Turíngia é o primeiro na Alemanha a eliminar suas regras de distanciamento social a partir do próximo domingo, desrespeitando um acordo entre o governo federal e líderes regionais que previa a manutenção das restrições até o final de junho.
Uma diretiva, aprovada pelo governo da Turíngia na terça-feira (09/06), abole o regulamento que determinou que os cidadãos apenas se encontrem com membros de um outro domicílio ou em grupos de, no máximo, 10 pessoas.
Turíngia é um dos menores estados da Alemanha, mas seu governador, Bodo Ramelow, esteve no centro de um debate nacional no final do mês passado, tendo sido duramente criticado por defender a suspensão das restrições impostas em todo o país devido à pandemia de coronavírus.

ALEMANHA AMPLIA TESTAGEM, TAMBÉM PARA PESSOAS ASSINTOMÁTICAS
Alemanha decidiu ampliar sua capacidade de testes para detectar o novo coronavírus na população, não importando se as pessoas apresentem ou não sintomas da doença.
"Queremos cortar esse vírus pela raiz", afirmou o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, ao aprovar a medida que entrou em vigor na terça-feira. "Isso apenas será possível com testes preventivos em hospitais e casas de repouso e se testarmos o maior número possível de pessoas que tiveram contato com os infectados", afirmou.
A medida permite que todos os pacientes em hospitais sejam testados, ao mesmo tempo em que as autoridades de saúde regionais e os médicos também podem requerer os exames para pessoas assintomáticas.
O teste custa 50 euros (quase 278 reais) por pessoa e deverá ser coberto pelos planos de saúde. Sobre os custos que essa medida poderá gerar, Spanh afirmou que "sai muito mais caro testarmos pouco do que testarmos muito".
Até agora, apenas as pessoas que apresentavam sintomas podiam ser testadas. A medida entrou em vigor retroativamente, valendo a partir de 14 de maio, permitindo que aqueles que tiveram contato com pessoas infectadas possam realizar o exame. A ampla testagem visa prevenir surtos em locais como escolas, creches, casas de repouso e clínicas médicas.
Na terça-feira, o Instituto Robert Koch para o controle de doenças relatou um aumento diário de 350 casos na Alemanha, elevando o total no país para 184.543. O número de mortes desde o inicio da pandemia é de mais de 8,7 mil. Cerca de 170 mil pessoas se recuperaram da doença.

ITÁLIA- EM BÉRGAMO 57% DAS PESSOAS POSSUEM ANTICORPOS CONTRA A COVID-19
Anticorpos resistentes à covid-19 foram encontrados em mais da metade dos moradores da província de Bérgamo, na região da Lombardia, a mais atingida pela epidemia de coronavírus que devastou o norte da Itália.
Exames realizados pelas autoridades de saúde italianas comprovaram que dos 9.965 moradores testados entre os dias 23 de abril e 3 de junho, 57% possuem os anticorpos, o que comprovaria que essas pessoas tiveram contato com o vírus.
Os exames foram realizados em amostras colhidas aleatoriamente, que, segundo as autoridades, seriam "suficientemente amplas" para servirem como indicador de quantas pessoas teriam sido infectadas em toda a região, que se tornou o epicentro da doença na Itália. A província possui em torno de 1,1 milhão de habitantes.
Mais tarde, a agência de saúde de Bérgamo disse que as pessoas examinadas eram das áreas mais atingidas. Os anticorpos também foram encontrados em 30% dos 10.404 profissionais de saúde testados. O percentual é relativamente baixo, levando-se em conta que eles são considerados pessoas de risco mais elevado.
Segundo um relatório divulgado no início de maio pelo Instituto Nacional de Estatísticas (Istat) da Itália, o número de mortos em Bérgamo registrado no mês de março foi 568% maior do que a média do mesmo período entre os anos de 2015 e 2019. Dados oficiais divulgados na segunda‑feira afirmam que a região de Bérgamo teve 13.069 casos de covid-19.
O Istat e o Ministério da Saúde realizam uma campanha nacional de exames de sangue com o objetivo de colher amostras de 150 mil pessoas, de modo a compreender melhor a extensão da epidemia no país.
A Itália soma mais de 37 mil mortes e 235 mil casos da doença. Somente na região da Lombardia foram mais de 16 mil mortes registradas.

RÚSSIA - MOSCOU RELAXA LOCKDOWN EM MEIO A CRÍTICAS
Moscou iniciou o relaxamento de seu lockdown após mais de dois meses de medidas rígidas adotadas para conter a disseminação do novo coronavírus. A medida entrou em vigor no mesmo dia em que a Rússia passou a somar mais de 6 mil mortes por covid-19.
O relaxamento das restrições foi anunciado na segunda-feira, semanas antes das eleições no país, marcadas para o dia 1º de julho, quando o presidente Vladimir Putin espera ampliar sua permanência no poder até 2036. O líder russo de 67 anos planeja ainda realizar a tradicional parada militar que comemora o fim da Segunda Guerra Mundial, adiada para 24 de junho em razão da pandemia.
Alguns críticos afirmam que as restrições estão sendo prematuramente removidas. Nesta terça‑feira, as autoridades russas registraram 8.595 novos casos e 171 mortes. O país soma agora 6.142 óbitos, e o total de infecções aumentou para 485.253, o terceiro maior em todo o mundo. Moscou é o epicentro da doença no país, registrando quase mil novos casos por dia.
Autoridades afirmam que o alto número de casos se deve a uma campanha massiva de testes, com mais de 12 milhões de pessoas examinadas até o momento, e apontam a baixa mortalidade como prova de que é seguro remover o lockdown.
Entretanto, o governo é acusado de manipular os dados da doença no país, com os críticos afirmando que a remoção das restrições se deu por razões políticas. A cidade estava em lockdown desde o dia 30 de março.
Apesar dos números, o prefeito da capital, Serguei Sobyanin, anunciou o fim do lockdown, permitindo o livre trânsito na cidade de 13 milhões de habitantes. Muitos dos moradores saíram de suas casas para aproveitar do bom tempo, e os congestionamentos retornaram às ruas de Moscou.
Algumas medidas já haviam sido removidas nas últimas semanas, com a abertura de lojas e a permissão à população para deixar suas casas seguindo uma escala de horários fixos. O prefeito informou que salões de beleza, cabeleireiros e veterinários também podem abrir suas portas. Os restaurantes e cafés poderão retomar suas atividades em duas fases a partir de 16 de junho. Fonte: Deutsche Welle-9.06.2020

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