Três em cada dez brasileiros não aprenderam o suficiente
para ler, escrever e fazer contas no dia a dia. É a conclusão de uma pesquisa
educacional divulgada.
No mundo das letras, o desafio pode estar nas tarefas mais
simples: reconhecer para onde vai um ônibus ou as informações de uma loja.
Segundo o IBGE, no Brasil, são quase 12 milhões de pessoas
assim, que têm mais de 15 anos e não sabem ler ou escrever.
O Nordeste é a região com mais casos de analfabetismo.
■ Em Alagoas, 18% da população.
■ São Paulo tem um índice baixo: 2,6%, mas com muitos
moradores, possui mais de 900 mil analfabetos.
A edição mais recente do Indicador de Analfabetismo
Funcional, pesquisa coordenada pela ONG Ação Educativa e pelo Instituto Paulo
Montenegro, realizada pelo Ibope, revela que, de 2001 para cá, o número de
pessoas, entre 15 e 64 anos, que chegaram ao ensino médio, aumentou de 24% para
40%.
MAIS GENTE NA ESCOLA
Mas isso não significa melhor leitura: a capacidade de
entender um texto, de fazer uma conta matemática simples, permanece a mesma de
anos anteriores: três em cada dez brasileiros são considerados analfabetos
funcionais.
Isso reforça a opinião de especialistas: aprender a ler
exige uma ação integrada. Fazer parcerias com outros órgãos, como um posto de
saúde para descobrir cedo problemas que afetem o aprendizado.
Levar o ensino já para a primeira infância, antes dos 4
anos. Oferecer bons professores, bibliotecas.
"A gente tem uma realidade, infelizmente, em que 55%
das crianças são analfabetas no final do terceiro ano do ensino fundamental,
são crianças com 8, 9 anos. São essas as crianças que serão as analfabetas
quando adultas", diz a presidente do movimento Todos pela Educação,
Priscila Cruz. Fonte: Jornal Nacional-03/08/2018
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