A Alemanha registrou nesta quinta-feira (04/11) um recorde diário de novos casos de covid-19 desde o começo da pandemia, superando a marca estabelecida em dezembro de 2020. O Instituto Robert Koch (RKI), a agência de controle e prevenção de doenças do país, contabilizou 33.949 novas infecções nas últimas 24 horas. Na quinta-feira anterior eram registrados 28.037 novos casos diários.
A notícia vem um dia depois
de o ministro da Saúde, Jens Spahn, dizer que a Alemanha está vivendo em uma
"pandemia de não vacinados", e que a quarta onda do vírus chegou
"com força total" em todo o país.
Diante de uma diminuição do
ritmo do programa de vacinação da Alemanha em relação a outros países europeus,
Spahn também alertou que aqueles que não desejam ser vacinados podem enfrentar
novas restrições, como ser impedidos de entrar em lojas e restaurantes.
Dados recentes do RKI mostram
que apenas 66,5% dos alemães estão totalmente vacinados, cifra inferior a de
outros países da Europa Ocidental, como Portugal (88%) e Espanha (81%). Segundo
uma sondagem recente, só uma minoria dos que não se imunizaram no país
pretendem fazê-lo.
PRESSÃO NOS HOSPITAIS: Os
hospitais também acusam um aumento da ocupação de leitos de unidades de terapia
intensiva, na maior parte por pacientes não vacinados contra o coronavírus.
Spahn tem agendada para esta
quinta e sexta-feira uma reunião com os secretários da Saúde dos 16 estados da
Alemanha. Principal assunto a ser debatido é a possibilidade de impor novas
restrições. Os últimos meses foram marcados pela gradual volta à normalidade na
Alemanha, com suspensão de restrições, embora a obrigatoriedade de máscaras
continue vigorando em espaços públicos fechados.
PREOCUPAÇÃO DA OMS: A
Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou "grave preocupação"
nesta quinta-feira sobre o ritmo crescente de infecções por coronavírus na
Europa, diante do recorde de novos casos diários registrado na Alemanha.
"Estamos, mais uma vez,
no epicentro", disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em uma
entrevista coletiva. Ele alertou que, de acordo com "uma projeção
confiável", a trajetória atual pode levar a "mais meio milhão de
mortes de covid-19" em fevereiro. Fonte:
Deutsche Welle – 04.11.2021
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