quinta-feira, 23 de agosto de 2018

País deve pensar no futuro e virar chave do seu crescimento

Avanço só virá se inovação for tratada como estratégia, afirma Gianna Sagazio, referência no tema

Enquanto a inovação não for definida como estratégia para o desenvolvimento do país nada vai mudar, diz Gianna Sagazio, diretora de inovação da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
“A gente sabe que é um momento difícil para o Brasil, de busca do equilíbrio fiscal. Mas isso não pode apagar uma agenda de futuro. É preciso resolver questões emergentes, mas também pensar no futuro”, afirma ela, que é também superintendente do IEL (Instituto Euvaldo Lodi), criado pelo setor industrial e que prepara as empresas para aumentar a competitividade.
A inovação  não é prioridade do país. Na China, o primeiro país de renda média que ficou entre os 20 mais inovadores do mundo, existe uma estratégia montada para que a inovação seja o fio condutor do desenvolvimento. O Brasil ficou em 64º lugar no ranking do Índice Global de Inovação em 2017,

O Instituto coordena a Mobilização Empresarial pela Inovação, movimento formado pelas 500 maiores lideranças do país com o objetivo de ampliar a inovação no Brasil.
Os países mais inovadores —por acaso, os mais competitivos e desenvolvidos— têm políticas com prioridade para investir nessa área.

Investimentos em inovação em 2017;
■EUA investiram US$ 532 bilhões (R$ 2 trilhões);
■China, US$ 279 bi (R$ 1 tri);
■Alemanha, US$ 105 bi (R$ 407 bi).
Estamos bem longe disso.

Quanto o Brasil investe?
O dado mais recente, de 2015, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, mostra que o Brasil empenhou R$ 76 bilhões (US$ 23 bilhões de dólares)  em pesquisa e desenvolvimento em inovação. O governo federal e os estaduais desembolsaram R$ 38,3 bilhões, e o setor privado, R$ 38,1 bilhões. Ou 1,28% do PIB investidos em P&D, 0,64% para cada lado. Aqui, pesquisa e desenvolvimento são considerados custos. Nos países mais inovadores, investimento. Fonte: Folha de São Paulo - 16.ago.2018

Comentário:
Quando D. Pedro II visitou os Estados Unidos em 1876. De 15 de abril a 12 de julho de 1876, o imperador percorreu mais de 14 mil quilômetros de trem  e passou por 28 estados, além da capital Washington.
O imperador se interessou pela ciência, pela tecnologia, as invenções e ficou maravilhado pelo trem. Dom Pedro II percorreu as extensões continentais dos Estados Unidos de trem, de Nova York a São Francisco na ida e na volta.  Ele foi de oeste a leste, e depois voltou do leste para oeste, buscando informações, e as inovações que estavam conhecendo.
Pelo jeito tivemos pouco avanço em quase 142 anos, continuamos a produzir ou fabricar carroças tecnológicas com conteúdo nacional.

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