Avanço só virá se inovação for tratada como estratégia,
afirma Gianna Sagazio, referência no tema
Enquanto a inovação não for definida como estratégia para o
desenvolvimento do país nada vai mudar, diz Gianna Sagazio, diretora de
inovação da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
“A gente sabe que é um momento difícil para o Brasil, de
busca do equilíbrio fiscal. Mas isso não pode apagar uma agenda de futuro. É
preciso resolver questões emergentes, mas também pensar no futuro”, afirma ela,
que é também superintendente do IEL (Instituto Euvaldo Lodi), criado pelo setor
industrial e que prepara as empresas para aumentar a competitividade.
A inovação não é
prioridade do país. Na China, o primeiro país de renda média que ficou entre os
20 mais inovadores do mundo, existe uma estratégia montada para que a inovação
seja o fio condutor do desenvolvimento. O Brasil ficou em 64º lugar no ranking do
Índice Global de Inovação em 2017,
O Instituto coordena a Mobilização Empresarial pela
Inovação, movimento formado pelas 500 maiores lideranças do país com o objetivo
de ampliar a inovação no Brasil.
Os países mais inovadores —por acaso, os mais competitivos e
desenvolvidos— têm políticas com prioridade para investir nessa área.
Investimentos em inovação em 2017;
■EUA investiram US$ 532 bilhões (R$ 2 trilhões);
■China, US$ 279 bi (R$ 1 tri);
■Alemanha, US$ 105 bi (R$ 407 bi).
Estamos bem longe disso.
Quanto o Brasil investe?
O dado mais recente, de 2015, do Ministério de Ciência,
Tecnologia e Inovação, mostra que o Brasil empenhou R$ 76 bilhões (US$ 23
bilhões de dólares) em pesquisa e
desenvolvimento em inovação. O governo federal e os estaduais desembolsaram R$
38,3 bilhões, e o setor privado, R$ 38,1 bilhões. Ou 1,28% do PIB investidos em
P&D, 0,64% para cada lado. Aqui, pesquisa e desenvolvimento são
considerados custos. Nos países mais inovadores, investimento. Fonte: Folha de São Paulo - 16.ago.2018
Comentário:
Comentário:
Quando D. Pedro II visitou os Estados Unidos em 1876. De 15
de abril a 12 de julho de 1876, o imperador percorreu mais de 14 mil
quilômetros de trem e passou por 28
estados, além da capital Washington.
O imperador se interessou pela ciência, pela tecnologia, as
invenções e ficou maravilhado pelo trem. Dom Pedro II percorreu as extensões
continentais dos Estados Unidos de trem, de Nova York a São Francisco na ida e
na volta. Ele foi de oeste a leste, e
depois voltou do leste para oeste, buscando informações, e as inovações que
estavam conhecendo.
Pelo jeito tivemos pouco avanço em quase 142 anos,
continuamos a produzir ou fabricar carroças tecnológicas com conteúdo nacional.
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