Taxa de desemprego caiu no segundo trimestre, mas houve
aumento do trabalho informal e do número de pessoas que não trabalham nem
procuram emprego, aponta IBGE. País ainda tem 13 milhões de desempregados.
O número de pessoas desempregadas no Brasil recuou no
segundo trimestre de 2018, mas a boa notícia é ofuscada por outra: muitas
pessoas desistiram de procurar emprego e saíram do cálculo do total, segundo
dados divulgados pelo IBGE.
Segundo o IBGE, havia 13 milhões de pessoas sem ocupação
(que procura trabalho, mas não acha) no período de abril a junho. De janeiro a
março, eram 13,7 milhões. A diferença é de 723 mil. Assim, a taxa de desemprego
caiu de 13,1% para 12,4%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua.
TOTAL DE PESSOAS QUE NÃO TRABALHAM
Ao mesmo tempo, o total de pessoas que não trabalham nem
procuram trabalho chegou a 65,6 milhões, o maior desde 2012, quando o IBGE
iniciou a atual série. Em três meses, 774 mil pessoas se uniram a esse grupo,
que inclui idosos, estudantes, pessoas sem disponibilidade para trabalhar ou
que simplesmente desistiram.
INFORMALIDADE
Outro problema apontado pelo IBGE é a informalidade. De cada
dez brasileiros, quatro têm trabalhos informais ou próximos da informalidade, o
que inclui as pessoas sem carteira assinada e os autônomos sem registro como
pessoa jurídica. A informalidade atinge 37 milhões de brasileiros, segundo o
IBGE.
POPULAÇÃO QUE TEM TRABALHO
A população que tem trabalho aumentou em 657 mil pessoas e
chegou a 91,2 milhões. Essa alta, porém, foi puxada pelos trabalhadores sem
carteira assinada e por aqueles que trabalham por conta própria.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor
privado caiu levemente e ficou em 32,8 milhões. O de pessoas ocupadas, mas sem
carteira de trabalho, subiu em 276 mil e chegou a 11 milhões. Já o total de
pessoas que trabalham por conta própria aumentou em 555 mil e chegou a 23,1
milhões.
O rendimento médio do trabalhador brasileiro ficou em R$
2.198 no segundo trimestre deste ano, relativamente estável.
Empresas de consultoria estimam que a taxa de desemprego
deverá fechar o ano acima de 12% por causa da recuperação lenta da economia.
Fonte: Deutsche Welle-31.07.2018
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