quinta-feira, 1 de julho de 2010

Lula: Hoje e Ontem

O assistencialismo, ao praticar a atenção às populações desfavorecidas, oferece a própria atenção como uma "ajuda", vale dizer: insinua, em uma relação pública, os parâmetros de retribuição de favor que caracterizam as relações na esfera privada. É pelo valor da "gratidão" que os assistidos se vinculam ao titular das ações de caráter assistencialista. O que se perde aqui é a noção elementar de que tais populações possuem o direito ao amparo e que, portanto, toda iniciativa pública, voltada ao tema da assistência caracteriza dever do Estado. O que se vislumbra, pelo assistencialismo, é a possibilidade dos assistidos "retribuírem" eleitoralmente a atenção recebida; por isso, os assistidos devem ser submissos e dependentes, não devem se organizar de forma autônoma e, muito menos, expressar demandas políticas como se sujeitos fossem. O assistencialismo é por isso mesmo, uma prática de dominação. Se vitorioso, ele produz objetos dóceis e manipuláveis. (Marcos Rolim)

Em ano eleitoral a Bolsa Família, reajuste  chega a 307%

Principal programa social do governo federal, o Bolsa Família terá um orçamento de R$ 13,7 bilhões em 2010. O valor implica em um reajuste de 307% perante a cifra inicial de R$ 3,4 bilhões aplicados em 2003, quando o programa foi lançado.

Para 2010, a ideia é ampliar o número de atendidos, que deve passar para 12,9 milhões de famílias. De acordo com estatísticas oficiais, os beneficiários aplicam os recursos recebidos fundamentalmente em alimentação, material escolar, remédios e vestuário infantil.

Considerando a média usual de quatro pessoas por família, isso equivale a 49,5 milhões de brasileiros atendidos, ou seja, 26% da população do país.

Nos últimos sete anos, foram aplicados no programa social R$ 55,2 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que administra o Bolsa Família.

Cabe às prefeituras a tarefa de realizar o cadastramento das famílias de baixa renda, por meio do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal.

Esse tipo de programa é a ilusão do socialismo, o dinheiro sai do governo vai para os pobres,  gastam o dinheiro e volta de forma indireta através  de impostos de mercadorias, novamente para o governo. É um ciclo vicioso que não tira a família da pobreza. O mais interessante desse programa é o resultado, sempre ampliando a base de cobertura para família pobre, significando crescimento da pobreza. Em 2003 o programa abrangia  3 milhões de famílias e hoje quase 13 milhões de famílias.

Esse tipo de programa  não incentiva o trabalhador rural procurar emprego, pois ele perde o direito à aposentadoria especial antecipada. Os candidatos a esse tipo de aposentadoria –aos 55 anos para as mulheres e 60 para homens— são classificados como “segurados especiais”, não há necessidade de contribuir para a Previdência. Se registrado na carteira, vira “assalariado rural” e tem de contribuir à Previdência por 13 anos ou trabalhar mais cinco antes de se aposentar com o salário mínimo. Isso provoca a opção de muitos trabalhadores trabalharem no mercado informal. 

Eleição

Dois lavradores ouvidos por um jornalista, disseram que planejam votar “na tal mulher do Lula”. A dupla reside em lares alcançados pelo Bolsa Família. Num, recebe a mulher. Noutro, a mãe. Esse é o país dos coitadinhos espertos. É o Forrest Gump,  Contador de história.

 

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