Para jovens alemães, diploma acadêmico não é o único caminho
que leva a um bom salário e ao reconhecimento da família e da sociedade. De
curta duração, cursos técnicos garantem rápida entrada no mercado de trabalho.
Quando vi o orçamento de um pintor para renovar as paredes
do meu apartamento, entendi por que quem vive na Alemanha valoriza a cultura do
faça você mesmo.
Serviços gerais – despidos da ideia do "bico" –
custam caro, e quem os faz recebe um salário suficiente para manter um bom
padrão de vida. É por isso que ao terminar o equivalente ao Ensino Médio muitos
optam por fazer um curso técnico, em vez de obter um diploma acadêmico.
Ingressar no mercado de trabalho sem frequentar a
universidade, após uma formação de mecânico, motorista de ônibus, cabeleireiro
ou pintor, garante dinheiro suficiente para cobrir as despesas, ir de vez em
quando a um restaurante e viajar durante as férias.
O curso técnico, em alemão Ausbildung, oferece formação
teórica e prática e exige que o aluno faça um estágio remunerado na área de
estudo. Há vários tipos de formação técnica, que variam de um a três anos de
duração. As áreas de especialidade vão de hotelaria a jardinagem, de design à
química, de vendedor a produtor de cerveja, entre muitas outras.
Para estrangeiros, é preciso escolher um curso relacionado à
uma profissão para a qual haja demanda na Alemanha. A lista com as profissões
requeridas está no disponível na internet (ausbilding.de). Em 2017, entre as
profissões com maior demanda estavam a de técnico em instalações, enfermeiro e
cuidador de idosos.
A formação técnica é muito valorizada, especialmente pelo
setor industrial. E formar-se como um profissional técnico não impede ninguém
de depois entrar na universidade.
Em determinadas profissões, pessoas com diploma acadêmico
acabam fazendo uma formação técnica para garantir a muitas vezes difícil
entrada no mercado de trabalho. Fonte: Deutsche Welle-25.05.2018
Comentário:
O Brasil é um dos países com o maior número de pessoas sem
diploma do ensino médio: mais da metade dos adultos (52%) com idade entre 25 e
64 anos não atingiram esse nível de formação, segundo o estudo Um Olhar sobre a
Educação, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE). Fonte: BBC Brasil – 11.09.2018
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