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sábado, 8 de dezembro de 2018

O valor social da formação técnica na Alemanha




Para jovens alemães, diploma acadêmico não é o único caminho que leva a um bom salário e ao reconhecimento da família e da sociedade. De curta duração, cursos técnicos garantem rápida entrada no mercado de trabalho.

Quando vi o orçamento de um pintor para renovar as paredes do meu apartamento, entendi por que quem vive na Alemanha valoriza a cultura do faça você mesmo.

Serviços gerais – despidos da ideia do "bico" – custam caro, e quem os faz recebe um salário suficiente para manter um bom padrão de vida. É por isso que ao terminar o equivalente ao Ensino Médio muitos optam por fazer um curso técnico, em vez de obter um diploma acadêmico.

Ingressar no mercado de trabalho sem frequentar a universidade, após uma formação de mecânico, motorista de ônibus, cabeleireiro ou pintor, garante dinheiro suficiente para cobrir as despesas, ir de vez em quando a um restaurante e viajar durante as férias.

O curso técnico, em alemão Ausbildung, oferece formação teórica e prática e exige que o aluno faça um estágio remunerado na área de estudo. Há vários tipos de formação técnica, que variam de um a três anos de duração. As áreas de especialidade vão de hotelaria a jardinagem, de design à química, de vendedor a produtor de cerveja, entre muitas outras.

Para estrangeiros, é preciso escolher um curso relacionado à uma profissão para a qual haja demanda na Alemanha. A lista com as profissões requeridas está no disponível na internet (ausbilding.de). Em 2017, entre as profissões com maior demanda estavam a de técnico em instalações, enfermeiro e cuidador de idosos.

A formação técnica é muito valorizada, especialmente pelo setor industrial. E formar-se como um profissional técnico não impede ninguém de depois entrar na universidade.

Em determinadas profissões, pessoas com diploma acadêmico acabam fazendo uma formação técnica para garantir a muitas vezes difícil entrada no mercado de trabalho.  Fonte: Deutsche Welle-25.05.2018



Comentário:
O Brasil é um dos países com o maior número de pessoas sem diploma do ensino médio: mais da metade dos adultos (52%) com idade entre 25 e 64 anos não atingiram esse nível de formação, segundo o estudo Um Olhar sobre a Educação, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Fonte: BBC Brasil – 11.09.2018
 

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