A três semanas de tomar posse, em 1º de janeiro, o
presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), fechou seu governo em 22 ministérios.
Para consolidar o primeiro escalão da Esplanada, resta anunciar o futuro chefe
da pasta do Meio Ambiente.
Até o momento, o ministério de Bolsonaro é composto por duas
mulheres (Tereza Cristina/DEM, na Agricultura; e Damares Alves, no da Mulher,
Família e Direitos Humanos) e contempla três partidos políticos (PSL, DEM e
MDB). O grupo ainda conta com cinco militares (Tenente Coronel Marcos
Pontes/PSL na Ciência e Tecnologia; General Fernando Azevedo e Silva na Defesa;
Almirante Bento Costa Lima em Minas e Energia; General Carlos Alberto dos
Santos Cruz; e General Augusto Heleno no Gabinete de Segurança Institucional).
Na campanha eleitoral, Bolsonaro falou que reduziria as 29
atuais pastas do governo Michel Temer (MDB) para 15. Porém, após conversas com
a equipe de transição, disse ter sido difícil enxugá-las ao número desejado
para preservar a qualidade da gestão. O importante, defendeu, é que o governo
funcione e não sofra interferências políticas. O governo de Dilma Rousseff (PT)
chegou a ter 39 ministérios.
Na última semana, Bolsonaro recebeu as bancadas de deputados
federais do MDB, PRB, PR e PSDB. Destes, somente o PR informou que integrará
oficialmente a base do governo do pesselista. Tanto os líderes partidários
quanto integrantes da transição negaram que houve pedidos de apoio em troca de
cargos. Pelo contrário, pregaram uma nova forma de fazer política, sem “toma
lá, dá cá”.
Lorenzoni estima que a base do próximo governo será formada
por, pelo menos, 350 dos 513 deputados e 40 dos 81 senadores, o que não garante
a aprovação completa de pautas de interesse do Planalto no Congresso Nacional.
Fonte: Do UOL-08/12/2018
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