O Brasil se manteve estagnado no ranking mundial de
avaliação do nível de proficiência em inglês. Se comparado com os países dos
BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África Do Sul), o país é o último
colocado no que se refere ao domínio da língua.
Com pontuação de 50,66, o Brasil continua na categoria de
"proficiência baixa" ao ficar na 40ª posição no Índice de
Proficiência em Inglês (EPI, na sigla em inglês) da EF Education First, empresa
de educação internacional especializada em intercâmbio. Nesta edição, o índice
mediu o domínio da língua em 72 países.
No ano passado, o desempenho dos brasileiros foi melhor, com
pontuação de 51,05, mas ficou na 41ª posição entre 70 países avaliados. O
resultado só não foi pior do que o apontado em 2012, na segunda edição do
estudo, quando o nível de proficiência dos brasileiros foi classificado como
muito baixo.
"O Brasil continua estagnado, o que mostra que as políticas
de ensino do idioma não se mostraram efetivas nos últimos anos.
BRICS
Entre os Brics, o Brasil apresenta a pior posição no
ranking, atrás de China (39), Rússia (34) e Índia (22), que apesar de o inglês
ser uma das línguas oficiais, ele não é tão disseminado no país. A África do
Sul não faz parte do índice porque o inglês é uma das línguas oficiais. Na
edição de 2015, o Brasil havia ultrapassado a China.
"A nossa observação é que estamos parados por falta de
definições fundamentais em educação. Estamos falando da capacidade competitiva
dos brasileiros e da empresas na qual o Brasil não pode se dar ao luxo de estar
desconectado das outras nações, por isso, precisamos dar esse importante passo
de tornar o inglês como parte estratégica para competir no mundo", afirmou
Timm.
Ele afirma ainda que a China entendeu que o inglês é o
básico dessa pirâmide de educação e que um grande número de empresas chinesas
precisam estar disponível para se fazer negócios. "Tem uma correlação do
inglês com a possibilidade de fazer negócios. E a China, com a definição de ser
tornar um líder mundial de inovação, entendeu que o inglês é um ponto
importante para a concretização desses negócios."
AMÉRICA LATINA
Sobre a América Latina, Luciano Timm ressalta que a
proficiência entre os adultos é fraca e tem diminuído em muitos países desde o
ano passado. Dos 14 países que participam do ranking, 12 apresentam queda nas
faixas de proficiência mais baixas –inclusive, o Brasil.
BRASIL
No país, apenas Distrito Federal e Rio Grande do Sul, com
pontuação de 53,01 e 52,88, respectivamente, têm proficiência considerada
moderada. Na edição 2015, o Estado de São Paulo também configurava nessa
categoria com 53,6, mas, este ano, os paulistas tiveram uma pontuação de 51,49
e foram rebaixados para a categoria de proficiência baixa.
MELHORES E PIORES
Depois de ocupar a segunda posição por dois anos
consecutivos, a Holanda obteve o melhor desempenho, com 72,16. O Iraque, país
do Oriente Médio, teve a menor proficiência, com 37,65, posição que já havia
ocupado na edição de 2014.
Pela primeira vez, um país asiático faz parte do grupo de
proficiência mais alta: Cingapura, com 63,52. Malásia e Filipinas também estão
entre os 15 primeiros países do mundo.
"Em uma economia global volátil, a proficiência em
inglês é uma das poucas habilidades com capacidade comprovada para gerar
oportunidades e reforçar a empregabilidade", disse Minh N. Tran, Diretor
de Pesquisa da EF Education First. "É preciso uma grande dose de esforço e
investimento para dirigir um país ou empresa para um futuro com uma força de
trabalho capaz de dominar o idioma", conclui.
O levantamento foi elaborado com base em dados obtidos de
mais de 950 mil pessoas que realizaram o teste de inglês on-line em 2015.
Somente os países com um mínimo de 400 participantes foram incluídos no índice.
Entre as habilidades avaliadas estão o domínio de gramática,
vocabulário, leitura e compreensão de adultos que não têm o inglês como língua
nativa. O resultado do exame leva em conta o padrão internacional do Quadro
Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR). Fonte: Folha de São Paulo - 16/11/2016
ÍNDICE DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA
Notas nos países da América Latina
Pais
|
Proficiência
|
Ranking
|
Argentina
|
Alta
|
58,4
|
R. Dominicana
|
Moderada
|
57,24
|
Uruguai
|
Baixa
|
51,63
|
Costa Rica
|
Baixa
|
51,35
|
Brasil
|
Baixa
|
50,66
|
Chile
|
Baixa
|
50,1
|
México
|
Baixa
|
49,88
|
Peru
|
Baixa
|
49,83
|
Equador
|
Baixa
|
49,13
|
Colômbia
|
Muito baixa
|
48,41
|
Panamá
|
Muito baixa
|
48,08
|
Guatemala
|
Muito baixa
|
47,64
|
Venezuela
|
Muito baixa
|
46,53
|
El Salvador
|
Muito baixa
|
43,83
|
PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA
Brasil está em faixa baixa
Pais
|
Proficiência
|
Ranking
|
Holanda
|
Muito alta
|
72,16
|
Dinamarca
|
Muito alta
|
71,15
|
Suécia
|
Muito alta
|
70,81
|
Noruega
|
Muito alta
|
68,54
|
Finlândia
|
Muito alta
|
66,61
|
Singapura
|
Muito alta
|
63,52
|
Luxemburgo
|
Muito alta
|
63,2
|
Áustria
|
Alta
|
62,13
|
Alemanha
|
Alta
|
61,58
|
Polônia
|
Alta
|
61,49
|
Bélgica
|
Alta
|
60,9
|
Malásia
|
Alta
|
60,7
|
Filipinas
|
Alta
|
60,33
|
Suiça
|
Alta
|
60,17
|
Portugal
|
Alta
|
59,68
|
R. Tcheca
|
Alta
|
59,09
|
Sérvia
|
Alta
|
59,07
|
Hungria
|
Alta
|
58,72
|
Argentina
|
Alta
|
58,4
|
Romênia
|
Alta
|
58,14
|
Eslováquia
|
Moderada
|
57,34
|
Índia
|
Moderada
|
57,3
|
R. Dominicana
|
Moderada
|
57,24
|
Bulgária
|
Moderada
|
56,79
|
Espanha
|
Moderada
|
56,66
|
Bósnia e Herz.
|
Moderada
|
56,17
|
Coreia do Sul
|
Moderada
|
54,87
|
Itália
|
Moderada
|
54,63
|
França
|
Moderada
|
54,33
|
Hong Kong
|
Moderada
|
54,29
|
Vietnã
|
Moderada
|
54,06
|
Indonésia
|
Moderada
|
52,94
|
Taiwan
|
Moderada
|
52,82
|
Rússia
|
Baixa
|
52,32
|
Japão
|
Baixa
|
51,69
|
Uruguai
|
Baixa
|
51,63
|
Macau
|
Baixa
|
51,36
|
Costa Rica
|
Baixa
|
51,35
|
China
|
Baixa
|
50,94
|
Brasil
|
Baixa
|
50,66
|
Ucrânia
|
Baixa
|
50,62
|
Chile
|
Baixa
|
50,1
|
México
|
Baixa
|
49,88
|
Marrocos
|
Baixa
|
49,86
|
Peru
|
Baixa
|
49,83
|
EAU
|
Baixa
|
49,81
|
Equador
|
Baixa
|
49,13
|
Paquistão
|
Baixa
|
48,78
|
Colômbia
|
Muito baixa
|
48,41
|
Panamá
|
Muito baixa
|
48,08
|
Turquia
|
Muito baixa
|
47,89
|
Tunísia
|
Muito baixa
|
47,7
|
Guatemala
|
Muito baixa
|
47,64
|
Cazaquistão
|
Muito baixa
|
47,42
|
Egito
|
Muito baixa
|
47,32
|
Tailândia
|
Muito baixa
|
47,21
|
Azerbaijão
|
Muito baixa
|
46,9
|
Sri Lanka
|
Muito baixa
|
46,58
|
Catar
|
Muito baixa
|
46,57
|
Venezuela
|
Muito baixa
|
46,53
|
Irã
|
Muito baixa
|
46,38
|
Jordânia
|
Muito baixa
|
45,85
|
El Salvador
|
Muito baixa
|
43,83
|
Omã
|
Muito baixa
|
43,44
|
Kuwait
|
Muito baixa
|
42,98
|
Mongólia
|
Muito baixa
|
42,77
|
Argélia
|
Muito baixa
|
41,6
|
Arábia Saudita
|
Muito baixa
|
40,91
|
Camboja
|
Muito baixa
|
39,48
|
Laos
|
Muito baixa
|
38,45
|
Líbia
|
Muito baixa
|
37,82
|
Iraque
|
Muito baixa
|
37,65
|
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