Comentários em sites de notícias e fóruns online, fotos constrangedoras
marcadas por amigos em redes sociais, vídeos que jamais deveriam ter sido
publicados no YouTube. Se há 10 anos (5?) as pequenas irresponsabilidades que
todos cometemos na infância e na adolescência viravam apenas histórias entre
amigos, para as novas gerações elas ficam guardadas e disponíveis na internet.
E como escapar de tudo isso na vida adulta, na hora de procurar um emprego ou
impressionar os pais da(o) futura(o) esposa(o)?
Para
o CEO do Google, Eric Schmidt, num futuro próximo os jovens poderão mudar seus
nomes para escapar do "ciberpassado" quando chegarem à vida adulta.
Sugerindo que as questões de privacidade no mundo atual vão muito além do
Google, Schmidt disse durante uma entrevista ao Wall Street Journal que a vida
das pessoas hoje é tão documentada que essa pode ser a única saída.
- Não acho que a sociedade compreenda o que
acontece quando tudo está gravado e disponível para todo o tempo inteiro -
disse ele.
Presidente-executivo
de uma empresa que já se envolveu em diversas disputas ligadas à questão da
privacidade, Schmidt já deu outras declarações polêmicas sobre o tema. A mais
marcante até então, no ano passado: "Se tem algo que você não quer que as
pessoas saibam, talvez você não devesse ter feito isso para começar".
Na
entrevista, Schmidt comentou também qual será a estratégia do Google quando a
busca não estiver mais no centro das nossas vidas online. Segundo ele, no
futuro próximo o Google saberá tanto sobre seus usuários que poderá ajudá-los a
planejar suas vidas.
-
Eu acredito que a maioria das pessoas não quer que o Google responda suas
perguntas. Elas querem que o Google diga o que devem fazer em seguida.
Com
as informações coletadas em seus diversos sites, o Google "sabe mais ou
menos quem você é, o que te interessa, quem são seus amigos". As
possibilidades a partir dessas informações são imensas. O Android é obviamente
uma parte importante dessa estratégia, já que com ele a empresa sabe também onde
você está.
Segundo
Schmidt, 200 mil aparelhos com o sistema operacional são ativados por dia.
Apesar do Android ser gratuito, o CEO garante que o Google tem outras formas de
ganhar dinheiro com ele.
-
Se você tem um bilhão de pessoas usando algo, existem diversas maneiras de se
ganhar dinheiro. Com certeza, acreditem em mim. Nós vamos ganhar muito dinheiro
com ele (Android) - afirma. Fonte:Globo Online - 18/08/2010
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