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domingo, 7 de maio de 2023

Cidade tem menos de uma biblioteca para cada 100 mil habitantes

Cidade tem menos de uma biblioteca para cada 100 mil habitantes. Cidade do México tem 3,1, e Buenos Aires, 2,7. Frequência em bibliotecas é baixa, e retirada de livros, mais baixa ainda. Para especialista, família, escola e bibliotecas formam tripé para melhorar hábito de leitura.Nos últimos anos, São Paulo ganhou 12 bibliotecas, chegando a um total de 106 unidades abertas a todo tipo de público, mas a maior e mais populosa cidade da América Latina tem menos de uma biblioteca por 100 mil habitantes _ 0,86.  

A taxa em São Paulo é menor do que a das outras cidades mais populosas do continente, como Cidade do México, que tem 3,1 bibliotecas para cada 100 mil habitantes, e Buenos Aires, com taxa de 2,7.

O levantamento foi feito pelo g1 com dados da Secretaria da Cultura da Cidade de São Paulo, do World Cities Cultures Forum e do Sistema de Información Cultural, do México.  

FECHAMENTOS E POUCOS LEITORES

Além de ter uma taxa baixa para a população, algumas bibliotecas não estão funcionando. No caso das municipais, 47 das 54 estão abertas.

Mesmo nas que estão com portas abertas, o número de frequentadores está diminuindo.  

No primeiro bimestre de 2023, 120.365 pessoas visitaram as bibliotecas municipais, um número menor, se comparado aos mesmos períodos dos anos anteriores à pandemia de Covid-19, quando registraram uma média bimestral de 227,7 mil pessoas em 2019 e de 200,6 mil pessoas em 2018.

Em 2019, a quantidade de visitas anual foi de 1.366.036 milhão de pessoas (53 bibliotecas), e, em 2018, 1.203.581 milhão (54 bibliotecas).

Em 2021, com a capital voltando a funcionar presencialmente aos poucos, 49 bibliotecas voltaram a abrir, mas a frequência no ano foi de apenas 588.126 pessoas. Cerca de 700 mil visitas a menos do que em 2019, antes da crise sanitária.

QUANTIDADE DE LIVROS

São Paulo também carece de livros. Segundo dados da Rede Nossa São Paulo, a média é de 0,21 livro por habitante, sendo que 61 distritos estão abaixo dessa média.

Apenas os distritos de República, Liberdade, Pari e Santo Amaro têm mais de um livro por habitante.

Segundo dados do Instituto Pró-Livro (IPL), apenas 17% dos paulistanos afirmam frequentar bibliotecas, sendo que cerca de 40% disseram ter bibliotecas próximas de casa.

Para Zoara Failla, coordenadora do Instituto Pró-Livro, existem alguns motivos que causam a situação atual:

·        dificuldade de acesso às bibliotecas;

·        bibliotecas que estejam abertas;

·        que tenham um modelo mais acolhedor para o leitor;

·        a própria "formação do leitor" desde a infância.

O problema é agravado quando a análise mostra que a frequência nas bibliotecas não traduz o hábito de leitura.

LEITORES E INTERNET

Na Biblioteca Mário de Andrade, a maior do estado e que está localizada no Centro de São Paulo, por exemplo, a frequência de visitas em 2023 é de cerca de 12 mil pessoas por mês, enquanto os empréstimos de livros mensais são 2,9 mil.

O g1 visitou a biblioteca e conversou com algumas pessoas que estavam no local. A maioria diz que utiliza a biblioteca por causa do ambiente silencioso e pelo wi-fi gratuito.

SOLUÇÃO PARA MAIS LEITORES

Segundo Zoara, coordenadora do IPL, o crescimento do número de leitores está baseado em três pilares:

·        ações das famílias;

·        das escolas;

·        das bibliotecas,

VEJA O QUE ELA DIZ SOBRE ESSES PILARES

FAMÍLIA

Ao “compararmos os leitores com os não leitores, percebemos que, quando a gente pergunta para os leitores quem foi que despertou seu interesse, a família aparece em primeiro lugar, considerando mãe e pai. A gente verificou que têm mais leitores entre aqueles que ganhavam livros de presente. Mas que família é essa? Uma família leitora, que tem livros em casa, que leva seus filhos à livraria e, infelizmente, a gente tem aí 20% das famílias brasileiras com esse perfil. E os outros?”

ESCOLA

"Se o interesse não despertar na família, ele deveria acontecer na escola. Infelizmente, as escolas não estão despertando esse interesse nessa garotada. Então, quando você tem atividade de leitura dentro de uma sala de aula, ela vira uma tarefa. Acho que dentro de uma sala de aula já deveria ter esse despertar da curiosidade de você ir atrás de um livro, ensinar como se encontra o livro do teu interesse. Essas experiências, essas práticas, são poucas escolas que desenvolvem".

Segundo a pesquisa mais recente do Instituto Pró-Livro, ao comparar a aprendizagem entre escolas que têm e que não têm bibliotecas, os alunos que têm essa opção estão 1,5 ano à frente na aprendizagem dos que não têm. Zoara afirma que as bibliotecas também deveriam promover ações que chamem a comunidade do seu entorno.

BIBLIOTECAS

“A gente precisa pensar em um modelo de biblioteca que acolhe, voltado para a comunidade e voltar para a formação leitora, para o despertar o interesse à leitura. Eu acho importante que a biblioteca se preocupe com essa formação dessa garotada. É importante criar um espaço lúdico para a garotada dentro das bibliotecas, como a gente vê nessas grandes livrarias, porque as crianças ficam fascinadas com essa experiência de folhear um livro, de descobrir um livro, e isso fica na memória afetiva dela." Fonte: g1 SP — São Paulo - 23/04/2023  

domingo, 17 de julho de 2022

As 10 melhores cidades do mundo onde estudar, segundo consultoria britânica QS

 

Londres volta a liderar a lista das melhores cidades para estudantes internacionais, segundo a edição 2023 do ranking QS Best Student Cities, elaborado pela consultoria britânica QS.

São Paulo fica em 83º lugar na lista e o Rio de Janeiro apareceu pela primeira vez na publicação, em 121º.

A cidade mais favorável para os estudantes na América Latina é Buenos Aires (Argentina), que ocupa a 23ª posição.

Para ser considerada, cada cidade deve ter uma população superior a 250 mil habitantes e abrigar pelo menos duas universidades que já constam no ranking de universidades feito pela mesma consultoria.

Outros critérios levados em consideração são quantos alunos existem naquela cidade, quantos deles são internacionais e quão inclusiva é a cidade.

Também é avaliado se a cidade é segura, se o custo de vida e moradia é adequado para um estudante, assim como as oportunidades de emprego.

Apesar do alto custo de vida e moradia, a capital do Reino Unido está no topo da lista, diz a consultoria, por ser uma "cidade diversificada e culturalmente rica que oferece aos seus alunos desde museus de renome mundial a deliciosos restaurantes multiculturais".

A cidade abriga algumas das mais prestigiadas instituições acadêmicas do mundo, como o King's College London e a UCL (University College London).

Em segundo lugar fica Munique (Alemanha) e em terceiro, Seul (Coreia do Sul). As três cidades no pódio mantêm a mesma posição da última edição.

As 10 melhores cidades para estudantes, segundo a QS

- Londres, Reino Unido

- Munique, Alemanha

- Seul, Coreia do Sul

- Zurique, Suíça

- Melbourne, Austrália

- Berlim, Alemanha

- Tóquio, Japão

- Paris, França

- Sydney, Austrália

- Edimburgo, Reino Unido

NO BRASIL

As duas cidades brasileiras que se classificaram ocupam posições na segunda metade do ranking, que tem ao todo 140 cidades.

São Paulo, no 83º lugar, tem seis universidades no ranking de melhores instituições da QS, com a USP (Universidade de São Paulo) sendo a mais bem colocada, em 115º lugar.

Além da USP, também estão no ranking da QS a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e outras três universidades com campi que tecnicamente ficam em outras cidades, mas com distâncias que são consideradas acessíveis pela publicação: Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e Unesp (Universidade Estadual Paulista).

A consultoria aponta que apenas 3% dos estudantes universitários em São Paulo são internacionais, mas que a metrópole é a capital "financeira e cultural do Brasil" e tem uma "oferta generosa" de universidades de qualidade internacional.

Entre os outros critérios que colocam São Paulo na 83ª posição estão:

- custo de vida e de estudo na capital paulista, baixo em comparação com as outras cidades globais citadas;

- culinária na cidade, rica tanto em comida de rua como em restaurantes de diversos lugares do mundo;

- cultura paulistana - a consultoria afirma que não falta joie de vivre (alegria de viver, em francês) na metrópole -, que inclui o Carnaval de rua, a vida noturna, os mais de 100 museus e 300 cinemas e a diversidade etnorracial da população;

as oportunidades de emprego, com destaque para o número de vagas para pessoas com formação universitária em áreas como TI, comércio, setor financeiro e indústrias automotiva e farmacêutica - a instituição aponta, no entanto, que os estudantes internacionais precisam pelo menos de um pouco do conhecimento de português para a maioria das vagas.

Já o Rio de Janeiro entrou pela primeira vez na lista neste ano, na 121ª posição.

A consultoria aponta que há 4 universidades do seu ranking na cidade, com destaque para a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na 333ª posição.

Como pontos positivos de estudar na metrópole, diz a consultoria, estão as "praias ensolaradas", a "simpatia dos cariocas" e o clima quente.

NA AMÉRICA LATINA

O ranking inclui 10 cidades latino-americanas, embora com desempenho desigual.

Buenos Aires lidera a lista da América Latina pelo quarto ano consecutivo, embora tenha caído um lugar em relação à edição anterior e ido para a 23ª posição.

A publicação afirma que a capital argentina é uma "cidade dinâmica, com oportunidades de crescimento e a melhor cidade para estudantes de língua espanhola".

Buenos Aires abriga 10 universidades classificadas no ranking das melhores universidades do mundo, segundo a mesma consultoria. Outro ponto é que os alunos formados nestas instituições têm boa reputação entre os empregadores.

Em contrapartida, o ranking aponta que a metrópole "ainda possui áreas muito pobres", o que torna sua nota menor no quesito qualidade de vida - mas a capital também acaba tendo um custo de vida menor.

É preciso descer ao 60º para encontrar a próxima cidade latino-americana no ranking, Santiago (Chile). Isso porque tem uma comunidade de estudantes internacionais relativamente pequena, mas ao mesmo tempo tem muitas oportunidades de pós-graduação.

A próxima da América Latina na lista é a Cidade do México, em 68º lugar. A consultoria afirma que, embora a cidade seja "conhecida e amada" por sua comida de rua, locais históricos e vida noturna diversificada, os alunos que optam por estudar lá devem estar atentos aos altos índices de poluição e criminalidade e se preparar para lidar com essas questões.

Outras cidades latino-americanas que aparecem, além das já citadas São Paulo e Rio, são Monterrey (México) na 96ª posição; Bogotá (Colômbia), na 99ª; e Lima, na 112ª.

Também entraram pela primeira vez no ranking Quito (Equador), em 130º lugar, e Montevidéu (Uruguai), em 135º. Fonte: BBC Brasil - 2 julho 2022

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

USP segue líder entre latino-americanas no THE World University Rankings

A USP é a melhor universidade latino-americana, de acordo com o World University Rankings da consultoria britânica Times Higher Education (THE). O ranking foi divulgado hoje, dia 1° de setembro, durante o THE World Summit 2021, que acontece virtualmente entre os dias 1° e 3 de setembro.

Classificada na mesma posição do ano passado, no grupo de 201-250, a USP se iguala a instituições como a Universidade de Waterloo (Canadá), Universidade de Surrey (Reino Unido), Universidade da Coreia (Coreia) e Universidade de Tel Aviv (Israel). Das cinco categorias de indicadores, a USP ficou entre as 100 melhores instituições do mundo em duas: ensino e pesquisa.

No topo da lista estão a Universidade de Oxford (1° lugar), o Instituto de Tecnologia da Califórnia (2º) e a Universidade de Harvard (3°). Das dez primeiras posições, nove são de instituições norte-americanas.

Ao todo, o Brasil tem 59 instituições classificadas. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é a segunda brasileira mais bem posicionada, no grupo entre 401-500.

Em sua 18ª edição, o ranking avaliou mais de 1.600 instituições de ensino superior de 99 países. A avaliação levou em conta 13 indicadores, agrupados em cinco categorias: ensino, inovação, internacionalização, pesquisa (volume, investimento e reputação) e citações (influência da pesquisa).

TIMES HIGHER EDUCATION: A USP também se destaca em outros rankings divulgados, neste ano, pela consultoria Times Higher Education. No THE Latin America University, um ranking dedicado apenas às instituições da América Latina, a USP ficou na 2ª posição, sendo a brasileira mais bem classificada.

Já no ranking das Universidades das Economias Emergentes, divulgado no dia 9 de março, a USP foi classificada na 13ª posição, mantendo a liderança entre as instituições brasileiras. O ranking avalia as instituições de 48 países considerados emergentes. Fonte: Portal do Governo – Dom, 05/09/2021 - 14h19 

THE WORLD UNIVERSITY RANKING 2022

University of Oxford

Reino Unido

California Institute of Technology

Estados Unidos

Harvard University

Estados Unidos

Stanford University

Estados Unidos

University of Cambridge

Estados Unidos

Massachusetts Institute of Technology

Estados Unidos

Princeton University

Estados Unidos

University of California, Berkeley

Estados Unidos

Yale University

Estados Unidos

10º

The University of Chicago

Estados Unidos

201-250

Universidade de São Paulo (USP)

Brasil

401-500

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Brasil



sábado, 8 de agosto de 2020

Estatísticas do eleitorado por grau de instrução

Grau de Instrução
Masculino
Feminino
Não Informado
Total
%
Analfabeto
3.168.540
3.419.261
3.376
6.591.177
4,38
Ensino fundamental completo
5.038.806
4.956.182
2.723
9.997.711
6,64
Ensino fundamental incompleto
18.296.888
17.788.884
6.443
36.092.215
23,98
Ensino médio incompleto
11.779.527
11.430.259
954
23.210.740
15,42
Lê e escreve
5.900.811
5.732.378
22.771
11.655.960
7,74
Superior incompleto
3.601.051
4.406.415
345
8.007.811
5,32
Ensino médio completo
17.156.407
21.287.477
2.140
38.446.024
25,54
Não informado
15.753
18.338
1.050
35.141
0,02
Superior completo
6.446.924
10.033.057
656
16.480.637
10,95
Total
71.404.707
79.072.251
40.458
150.517.416
100
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral – Junho de 2020
Comentário:
Somando as porcentagens de escolaridade, cursos incompletos, analfabetos, etc. perfaz 64% e cursos completos 36%. Qual será o futuro do Brasil?

domingo, 8 de dezembro de 2019

Mais uma geração perdida

Imagine 30 milhões de palavras em três anos. Dez milhões de palavras por ano. Esse é o número de palavras que uma criança rica escuta a mais que uma criança pobre (em um estudo de Hart e Risley para os Estados Unidos, mas que vale também para nós). É comum falar que o problema do Brasil é a educação.

Mas o buraco é muito mais embaixo. As diferenças entre crianças ricas e pobres já é gigantesca antes do 1º ano do ensino fundamental. Ao longo do sistema de ensino, o abismo só aumenta.

Outro lugar-comum é dizer que falta qualidade; falta infraestrutura; e os professores são mal pagos. Ou seja, se magicamente melhorarmos a estrutura do sistema educacional, pronto, está tudo resolvido.

O buraco é mais embaixo. Falta demanda por educação. As famílias pobres brasileiras investem pouco em educação. Isso significa que pais cobram pouco dos filhos, terceirizam a educação para a escola e apoiam pouco as crianças que querem realmente estudar. E os pais estão certos! Investir em educação significa gastar tempo e dinheiro em algo que vai dar retorno em 20 anos ou mais. Para uma pessoa pobre, isso é uma eternidade.

O buraco é ainda mais embaixo. Uma criança medíocre de uma família de classe média não vai ter problemas em se inserir no mercado de trabalho, ainda mais se for branca. Uma criança pouco acima da média e pobre (e ainda mais se for negra) vai ter que saltar diversos obstáculos. Não vai ter exemplos de sucesso para seguir. Vai ver os pais, tios e amigos serem discriminados. Não vai ter mentor.

Sua família não vai ter dinheiro para curso de inglês. Ou judô. E vai ter recebido menos informação ao longo da vida. Vai ter que superar tudo isso na marra.

Eu entendo os pais que não se comprometem com a educação dos filhos, ao ver que há pouca chance de eles terminarem numa situação melhor que Sísifo, rolando pedra morro acima só para vê-la rolando morro abaixo, de volta, eternamente.

O buraco é realmente mais embaixo. Se começarmos a fazer políticas públicas decentes para educação, vamos ver resultados em 20 anos. Mas a maioria dos políticos não faz ou sequer tem noção do diagnóstico correto. No governo do PT, achava-se que a saída era universalizar ensino universitário. Nada disso. O desenho correto é investir em primeira infância.

Mas, por mais que o modelo do PT tenha sido ruim, nada é pior do que acontece hoje, no Brasil. Fora a perda de tempo com discussão ideológica do Enem, agora temos um importantíssimo acordo entre o MEC e o Ministério da Família para promover cultura de paz nas escolas.

Gastamos o tempo (caro) de dois ministérios num programa inútil. Quase um ano de governo, e simplesmente não temos nenhuma ação para melhorar o sistema educacional do país. Teremos mais uma geração perdida, com todos pagando caro pelo racismo e pelo elitismo endêmicos do sistema educacional, pela desvalorização dos professores e pelos gastos focados nas partes erradas do sistema.

O tempo de uma autoridade pública custa caro, capital político é finito, e um governo só tem quatro anos para tentar mudar o país. Nos últimos anos, tivemos o programa Criança Feliz, instituído em 2016 com apoio das Nações Unidas e que já atendeu 678 mil famílias. É muito pouco.

Deveríamos estar criando um projeto de país que investe muito mais recursos e políticas na primeira infância. Não há perspectiva de algo mudar com esse governo. No caso da educação, mais do que nunca, o Brasil é o país do futuro. Fonte: Folha de São Paulo - 30.nov.2019-Rodrigo Zeidan Professor da New York University Shanghai (China) e da Fundação Dom Cabral. É doutor em economia pela UFRJ.

Comentário: O Brasil continua perdido no tempo, pois, a educação anda no lombo de burro. As camadas mais pobres não visualizam que a educação é o planejamento futuro dos filhos. Eles  preocupam com o trabalho que é imediatismo  e as mesadas sociais do governo. E a política sabe como manobrar essa parte social. Negocio mesmo é Pancadão, cultura e lazer. Só falta estudar
A letra da musica da Legião Urbana define bem esse país: Que país é esse
Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação

Dados do Inep - MEC
■Em 2018, foram registradas 27,2 milhões de matrículas no ensino fundamental. - Inep
■O ensino médio registrou 7,7 milhões de matrículas no ano de 2018,
■As matrículas na educação infantil  5,2 milhões de crianças
Em resumo, os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

China ocupa 1° lugar no relatório PISA sobre avaliação de alunos

O relatório PISA divulgado coloca a China em 1° lugar, seguida de outros países asiáticos como a Singapura e a Coreia do Sul. O Programa internacional de avaliação de alunos de 15 anos, mede as competências na leitura, matemática e ciências e abrangeu 32 milhões de adolescentes de 79 países do mundo.  

Ásia e a China em particular voltam a brilhar na classificação PISA, mas este estudo de referência sobre os sistemas de educação no mundo é alarmante pois não nota praticamente nenhuma melhoria dos resultados dos alunos desde o ano 2000.

A análise, publicada de 3 em 3 anos pela OCDE, que avalia as competências em ciências, matemática e compreensão da escrita de alunos de 15 anos tornou-se uma referência mundial seguida atentamente pelos governos mundiais.

Os testes foram submetidos em maio de 2018 a 600.000 jovens de 79 países e territórios, uma mostra representando 32 milhões de alunos.

Assim vários países asiáticos figuram entre os melhores alunos na leitura, mais desenvolvida na edição deste ano, mas também nas ciências e matemáticas.

Pequim, Shanghai, Jiangsu e Zhejian, lideram seguidos de Singapura, Macau e Hong Kong ambos também da China, Estónia e Canadá.

Ainda na Ásia, a Coreia do Sul está igualmente bem classificada aparecendo na sétima posição.

Por cá na Europa, a Bélgica ocupa 22° lugar na tabela de classificação do estudo  Pisa, enquanto a França surge na vigésima terceira posição, Portugal, em 24° lugar e a Suíça em 28°.

Em relação à precedente edição, certos países progrediram, como Estónia, Polónia ou Portugal, onde um esforço particular foi feito sobre a formação de professores e valorização da profissão, segundo a OCDE.

ESTUDOS FEITOS EM 2018 E RELATÓRIO PUBLICADO EM 2019
O relatório considera no entanto decepcionante que apesar de ter havida uma alta de 15% das despesas no ensino primário e no liceu nos países da OCDE nos últimos 10 anos, a maioria dos países não vê nenhuma melhoria do resultado dos alunos deste que entrou em vigor o estudo PISA em 2000.

Na realidade, apenas 7 dos 79 sistemas de ensino analisados mostram melhorias significativas  na leitura, matemática e ciências, segundo o relatório, e apenas um deles, Portugal, é membro da OCDE.

Não é compreensível tendo em conta que as necessidades educativas dos adolescentes de 15 mudaram de maneira fundamental tendo a introdução dos aparelhos digitais transformam a maneira como as pessoas leem e trocam informações.

FALTA DE VISÃO CRÍTICA
A digitalização provocou a emergência de novas formas de textos e a multiplicação de fontes na internet para além do manual tradicional de ensino criou confusão nos alunos que não sabem fazer a diferença entre o verdadeiro e o falso.

Conclusão: "sem uma sólida instrução os adolescentes correm o risco de ficar de ficar à margem da sociedade, incapazes de enfrentar os desafios do mundo do trabalho e as desigualdades vão continuar a aumentar", afirma o secretário geral da OCDE, Angel Gurria, na apresentação do relatório PISA 2019. Fonte: RFI - 03/12/2019

PISA 2018: Os melhores países




O infográfico combina as pontuações médias de cada país nas três áreas principais de teste para mostrar qual foi o desempenho mais alto no nível geral. Com uma pontuação média de 1.736, a China lidera a lista à frente de Cingapura e Estônia em segundo e terceiro, respectivamente. Os EUA só alcançam o 22º lugar com uma pontuação média total de 1.485. A média para todos os países da OCDE testados foi de 1.465.

O aparente domínio da China nessa medida de aproveitamento dos estudantes deve, no entanto, ser tomado com certa cautela. Diferentemente dos outros países testados, as pontuações da superpotência são baseadas em alunos de Pequim e Xangai e suas duas províncias vizinhas - Jiangsu e Zhejiang - que abrigam apenas 183 milhões dos 1,4 bilhões de habitantes da China. O relatório observa, no entanto, que o nível de renda dessas regiões chinesas está bem abaixo da média da OCDE. Fonte: Statista - 3 / dez / 2019

Pontuações do PISA ligadas ao status de professor na sociedade: estudo
O desempenho dos alunos se correlaciona com o modo como a sociedade considera e remunera seus professores, afirma um estudo de 35 nações realizado por um empresário de educação de Dubai. A China está no topo e o Brasil no mais baixo, com a Alemanha na posição intermediária..

Os governos que desejam pontuações mais altas de alunos nas pesquisas mundiais do PISA sobre habilidades em leitura, matemática, ciências e trabalho em equipe devem se esforçar para melhorar a atenção  dada pela sociedade aos professores e bem como sua remuneração, recomendam a Fundação Varkey, de Londres / Dubai.

A pesquisa do Índice Global de Status dos Professores da Varkey (GTSI) encontrou uma ligação direta entre o status dos professores e o desempenho dos alunos, medido pelo PISA - um conjunto de pesquisas regulares de avaliação de alunos publicadas pela Organização para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris. Fonte: DW-18.11.2018

Pontuações do PISA ligadas ao status de professor na sociedade: estudo
O desempenho dos alunos se correlaciona com o modo como a sociedade considera e remunera seus professores, afirma um estudo de 35 nações realizado por um empresário de educação de Dubai. A China está no topo e o Brasil no mais baixo, com a Alemanha na posição intermediária..

Os governos que desejam pontuações mais altas de alunos nas pesquisas mundiais do PISA sobre habilidades em leitura, matemática, ciências e trabalho em equipe devem se esforçar para melhorar a atenção  dada pela sociedade aos professores e bem como sua remuneração, recomendam a Fundação Varkey, de Londres / Dubai.

A pesquisa do Índice Global de Status dos Professores da Varkey (GTSI) encontrou uma ligação direta entre o status dos professores e o desempenho dos alunos, medido pelo PISA - um conjunto de pesquisas regulares de avaliação de alunos publicadas pela Organização para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris. Fonte: DW-18.11.2018


domingo, 14 de julho de 2019

Quais são as empresas que mais investem em inovação no mundo

Medir inovação não é algo simples, mas, quando se trata de grandes empresas, o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) parece ser um bom critério.
De acordo com um relatório da União Europeia (UE), no ano passado, ninguém fez mais isso do que a Samsung, com 13,44 bilhões de euros (R$ 57,4 bilhões) investidos, o que deu à companhia sul-coreana o primeiro lugar do ranking do EU R&D Scorecard das 2,5 mil empresas de 46 países que mais gastam com P&D.

Isso também explica porque a Samsung, com 5.850 patentes, foi a segunda empresa que mais conseguiu registrar inovações na UE no ano passado de acordo com um levantamento da consultoria IFI Claims, no qual a IBM aparece em primeiro.
Segundo a IFI Claims, a companhia sul-coreana também é a empresa em todo mundo que tem mais patentes ativas nos Estados Unidos, com 61.608. A segunda é a Canon, com 34.905.
Essa aposta em P&D está claramente dando frutos: segundo o relatório da UE, a Samsung foi a quinta companhia que mais elevou seu lucro líquido (a diferença entre receita e custos), com um aumento de 19%.

CONCORRÊNCIA INTENSA
A competição neste quesito é intensa, especialmente na indústria de tecnologia de comunicação e informação. Dos dez maiores investimentos em P&D de 2018, seis estão ligados ao setor.
O segundo maior investidor foi a Alphabet, a multinacional que é dona do Google e suas subsidiárias, com 13,39 bilhões de euros (R$ 57,2 bilhões). Em quarto, está a Microsoft. A chinesa Huawei vem em quinto.
Os resultados do EU R&D Scorecard indicam que a Huawei investiu mais em inovação do que a Intel, que ficou em sexto lugar, e a Apple, em sétimo.
As empresas do top 10 que não estão vinculadas ao mundo das empresas tecnológicas são as fabricantes de veículos Volkswagen (3º) e Daimler (10º), a farmacêutica Roche (8º) e a Johnson & Johnson (9º), que faz produtos farmacêuticos, utensílios médicos e produtos pessoais de higiene.

As campeãs da inovação (em euros)
Empresa
Investimento em P&D
1. Samsung
13,44 bilhões
2. Alphabet
13,39 bilhões
3. Volkswagen
13,10 bilhões
4. Microsoft
12,30 bilhões
5. Huawei
11,30 bilhões
6. Intel
10,90 bilhões
7. Apple
9,70 bilhões
8. Roche
8,90 bilhões
9. Johnson & Johnson
8,80 bilhões
10. Daimler
8,70 bilhões

BRASIL É O PAÍS LATINO-AMERICANO MELHOR REPRESENTADO
A maior parte dos investimentos por empresas em P&D é feito nos Estados Unidos, de onde veio 37% dos mais de 736,4 bilhões de euros (R$ 3,15 trilhões) gastos em 2018 com isso. Esse total representa cerca de 90% de tudo que é investido em P&D quando contabilizados os setores público e privado. O valor aumentou 8,3% em relação ao ano anterior.
Os países da UE responderam por 27% desse total de 736,4 bilhões de euros. Japão (14%) e China (10%), por sua vez, vieram em seguida. Coreia do Sul e Suíça investiram, cada um, 4% desse montante.

EMPRESAS LATINO-AMERICANAS
No ranking de investimento em inovação, não há nenhuma empresa latino-americana no top 100. A fabricante de aviões Embraer é a companhia da região melhor posicionada, em 323º lugar.
O Brasil é o país da região melhor representado no ranking, com outras seis companhias:
■Vale (387º),
■Petrobras (449º),
■Totvs (1010º),
■Weg (1283º),
■CPFL Energia (1699º) e
■Brasken (1768º).
Outros três países têm um representante cada:
■Venezuela, com a petroleira estatal PDVSA (675º),
■México, com a fabricante de materiais de construção Cemex (999º), e
■Argentina, com a empresa de viagens Despegar (1.221º).
Fonte: BBC Brasil – domingo, 7 de julho de 2019