No mundo das ideias, a Coreia do Sul ocupa o lugar mais alto
do pódio, segundo o índice de inovação da Bloomberg. Em seguida vêm Alemanha,
Suécia, Japão e Suíça, nesta ordem. Para elaborar o ranking, a agência leva em
conta fatores como os gastos com pesquisa e desenvolvimento e a concentração de
empresas públicas de alta tecnologia.
A lista inclui países pequenos, como Portugal e Argentina,
mas o Brasil ficou de fora do top 50 dos mais inovadores.
A Coreia do Sul conseguiu um dos maiores resultados mundiais
em valor agregado na manufatura bem como na medida que leva em conta as
matrículas em níveis mais altos de educação e a concentração de graduados em
ciência e engenharia. E o país compensou a 39ª colocação no ranking de
produtividade com a medalha de prata no quesito investimento em pesquisa e desenvolvimento,
densidade de empresas high-tech e atividade de patente. Além do sexto lugar na
concentração de pesquisadores.
Já os Estados Unidos, maior economia do mundo, são apenas o
oitavo lugar da lista; enquanto a China — segunda maior economia — é a 21ª do
ranking. A colocação chinesa é razoável, dado seu status de país em
desenvolvimento no qual as tecnologias são amplamente copiadas em vez de
criadas, afirmou Jay Bryson, economista global do Wells Fargo Securities.
O mesmo pode ser dito de outros países onde a vantagem
comparativa ainda é o trabalho relativamente barato em vez de tecnologias de
ponta. Os dados refletem a antiga questão da economia global de “norte vence
sul”: a África, com Tunísia (46º) e Marrocos (48º), e a América Latina, com
Argentina (49º), mal são representadas entre os 50 países mais inovadores. Por
outro lado, seis das dez principais economias do índice são da Europa, e outras
três, da Ásia.
O ranking começou com mais de 200 economias, das quais foram
eliminadas aquelas que não repassaram dados de pelo menos seis ou sete
categorias medidas, reduzindo a lista para 84. A Bloomberg divulga os
resultados gerais e por economia das 50 mais inovadoras.
Os 15 mais inovadores
1. Coreia do Sul; 2. Alemanha; 3. Suécia; 4. Japão; 5. Suíça;
6. Cingapura
7. Finlândia; 8. Estados Unidos; 9. Dinamarca; 10. França; 11.
Israel
12. Rússia; 13. Áustria; 14. Noruega; 15. Irlanda
Gazeta do Povo - 19/01/2016
Comentário: Éramos parecidos com a Coréia na década de 60. Nações
do mundo subdesenvolvido com taxas de analfabetismo elevadas. Tínhamos uma
renda per capita bem superior da Coréia. Optamos pelo desenvolvimento sem se
preocupar com a educação. A Coréia fez a opção em investimento em escolas
públicas de ensino fundamental e médio.
Passados uma geração, a renda per capita da Coreia é três
vezes maior do que do Brasil, exporta o dobro de mercadorias com valores
agregados de conhecimento, inovação e tecnologia.
Aqui procuramos inventar as porções mágicas e mirabolantes
da educação com projetos que viram fumaças. São os alquimistas da
educação, que procuram obter a pedra
filosofal da educação. Continuaremos a ser conhecidos como o país das festas, dos
carnavais, das mulheres, do futebol, dos commodities agrícolas e
minerais. O Brasil é um exportador de
matéria prima desde o tempo do seu descobrimento.
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