Câmera,
instalada em Taquara, registrou queda
de meteoro na madrugada
de sexta-feira (12) — Foto: Carlos Fernando Jung |
Uma câmera instalada em Taquara, na Região Metropolitana de
Porto Alegre, registrou a queda de um meteoro na madrugada de sexta-feira (12) .
O pós-doutor em Engenharia e diretor científico da Brazilian Meteor Observation
Network (Bramon), professor Carlos Fernando Jung, responsável pela captura das
imagens, informou que o bólido entrou na atmosfera a 122,2 mil km/h, e começou
a perder força. O especialista calcula que o meteoro foi extinto a 36 km de
altitude, sem causar qualquer dano.
O fenômeno foi captado também por câmeras em Torres, no
Litoral Norte, e em Santa Catarina. Ele pôde ser visto por alguns segundos, às
3h21 (horário de Brasília).
"Ele pesava 12 kg quando ele entrou na atmosfera, com o
tempo ele diminuiu a massa, até que os fragmentos foram mínimos. O objeto foi
totalmente consumido em sua passagem atmosférica, a cerca de 145 Km sobre o mar
da costa do Rio Grande do Sul", afirma.
O professor conta que no grupo Bramon, cada um, de forma
voluntária com equipamento próprio, realiza registros dos fenômenos.
"Cada pessoa adquire seu próprio equipamento, e mantém
operando 24h. O grupo reúne vários profissionais, que trabalham de forma
voluntária em prol de fazer o registro, a análise", conta.
O professor tem câmeras funcionando em Taquara, São Leopoldo
e Porto Alegre.
"As câmeras têm imagens 360 graus. Elas captam todo o
Rio Grande do Sul, o Uruguai, Santa Catarina, Paraná, parte da Argentina",
afirma.
Segundo Jung, bólido é o nome dado ao meteoro quando ocorre
a explosão. São meteoros que possuem uma magnitude igual ou superior a -4,
forma de uma "bola", daí vem o nome popular de "bola de
fogo", explica o professor.
Bólidos podem ser seguidos de explosões ou explodirem no
final. "Diariamente, a terra é bombardeada por meteoros, que entram aqui,
são atraídos pela gravidade da Terra. É uma coisa comum. Durante o dia e a
noite, não tem hora, nem lugar para acontecer. Mas não é normal a gente fazer
um registro dessas proporções", explica o professor. Fonte: G1 RS-13/04/2019