Londres volta a liderar a
lista das melhores cidades para estudantes internacionais, segundo a edição
2023 do ranking QS Best Student Cities, elaborado pela consultoria britânica
QS.
São Paulo fica em 83º lugar
na lista e o Rio de Janeiro apareceu pela primeira vez na publicação, em 121º.
A cidade mais favorável para
os estudantes na América Latina é Buenos Aires (Argentina), que ocupa a 23ª
posição.
Para ser considerada, cada
cidade deve ter uma população superior a 250 mil habitantes e abrigar pelo menos
duas universidades que já constam no ranking de universidades feito pela mesma
consultoria.
Outros critérios levados em
consideração são quantos alunos existem naquela cidade, quantos deles são
internacionais e quão inclusiva é a cidade.
Também é avaliado se a cidade
é segura, se o custo de vida e moradia é adequado para um estudante, assim como
as oportunidades de emprego.
Apesar do alto custo de vida
e moradia, a capital do Reino Unido está no topo da lista, diz a consultoria,
por ser uma "cidade diversificada e culturalmente rica que oferece aos seus
alunos desde museus de renome mundial a deliciosos restaurantes
multiculturais".
A cidade abriga algumas das
mais prestigiadas instituições acadêmicas do mundo, como o King's College
London e a UCL (University College London).
Em segundo lugar fica Munique
(Alemanha) e em terceiro, Seul (Coreia do Sul). As três cidades no pódio mantêm
a mesma posição da última edição.
As 10 melhores cidades para
estudantes, segundo a QS
- Londres, Reino Unido
- Munique, Alemanha
- Seul, Coreia do Sul
- Zurique, Suíça
- Melbourne, Austrália
- Berlim, Alemanha
- Tóquio, Japão
- Paris, França
- Sydney, Austrália
- Edimburgo, Reino Unido
NO BRASIL
As duas cidades brasileiras
que se classificaram ocupam posições na segunda metade do ranking, que tem ao
todo 140 cidades.
São Paulo, no 83º lugar, tem
seis universidades no ranking de melhores instituições da QS, com a USP (Universidade
de São Paulo) sendo a mais bem colocada, em 115º lugar.
Além da USP, também estão no
ranking da QS a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a PUC-SP
(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e outras três universidades com
campi que tecnicamente ficam em outras cidades, mas com distâncias que são
consideradas acessíveis pela publicação: Unicamp (Universidade Estadual de
Campinas), UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e Unesp (Universidade
Estadual Paulista).
A consultoria aponta que
apenas 3% dos estudantes universitários em São Paulo são internacionais, mas
que a metrópole é a capital "financeira e cultural do Brasil" e tem
uma "oferta generosa" de universidades de qualidade internacional.
Entre os outros critérios que
colocam São Paulo na 83ª posição estão:
- custo de vida e de estudo
na capital paulista, baixo em comparação com as outras cidades globais citadas;
- culinária na cidade, rica
tanto em comida de rua como em restaurantes de diversos lugares do mundo;
- cultura paulistana - a
consultoria afirma que não falta joie de vivre (alegria de viver, em francês)
na metrópole -, que inclui o Carnaval de rua, a vida noturna, os mais de 100 museus
e 300 cinemas e a diversidade etnorracial da população;
as oportunidades de emprego,
com destaque para o número de vagas para pessoas com formação universitária em
áreas como TI, comércio, setor financeiro e indústrias automotiva e
farmacêutica - a instituição aponta, no entanto, que os estudantes
internacionais precisam pelo menos de um pouco do conhecimento de português
para a maioria das vagas.
Já o Rio de Janeiro entrou
pela primeira vez na lista neste ano, na 121ª posição.
A consultoria aponta que há 4
universidades do seu ranking na cidade, com destaque para a UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro), na 333ª posição.
Como pontos positivos de
estudar na metrópole, diz a consultoria, estão as "praias
ensolaradas", a "simpatia dos cariocas" e o clima quente.
NA AMÉRICA LATINA
O ranking inclui 10 cidades
latino-americanas, embora com desempenho desigual.
Buenos Aires lidera a lista
da América Latina pelo quarto ano consecutivo, embora tenha caído um lugar em
relação à edição anterior e ido para a 23ª posição.
A publicação afirma que a
capital argentina é uma "cidade dinâmica, com oportunidades de crescimento
e a melhor cidade para estudantes de língua espanhola".
Buenos Aires abriga 10
universidades classificadas no ranking das melhores universidades do mundo,
segundo a mesma consultoria. Outro ponto é que os alunos formados nestas
instituições têm boa reputação entre os empregadores.
Em contrapartida, o ranking
aponta que a metrópole "ainda possui áreas muito pobres", o que torna
sua nota menor no quesito qualidade de vida - mas a capital também acaba tendo
um custo de vida menor.
É preciso descer ao 60º para
encontrar a próxima cidade latino-americana no ranking, Santiago (Chile). Isso
porque tem uma comunidade de estudantes internacionais relativamente pequena,
mas ao mesmo tempo tem muitas oportunidades de pós-graduação.
A próxima da América Latina
na lista é a Cidade do México, em 68º lugar. A consultoria afirma que, embora a
cidade seja "conhecida e amada" por sua comida de rua, locais
históricos e vida noturna diversificada, os alunos que optam por estudar lá
devem estar atentos aos altos índices de poluição e criminalidade e se preparar
para lidar com essas questões.
Outras cidades
latino-americanas que aparecem, além das já citadas São Paulo e Rio, são
Monterrey (México) na 96ª posição; Bogotá (Colômbia), na 99ª; e Lima, na 112ª.
Também entraram pela primeira
vez no ranking Quito (Equador), em 130º lugar, e Montevidéu (Uruguai), em 135º.
Fonte: BBC Brasil - 2 julho 2022
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