A polícia alemã prendeu neste domingo o ex-presidente da
Catalunha, Carles Puigdemont, após este atravessar de carro a fronteira com a
Dinamarca. A Justiça espanhola havia conseguido a ativação da ordem de prisão
europeia contra ele. O advogado do dirigente catalão, Jaume Alonso-Cuevillas,
informou na manhã do mesmo dia que seu cliente foi “detido” para comprovações,
mas a polícia federal confirmou à agência alemã de notícias DPA que Puigdemont
foi preso às 11h19 (6h19 de Brasília) em Schuby, no Estado alemão de
Schleswig-Holstein, o único com fronteira com a Dinamarca. O Código Penal da
Alemanha, um dos países com os quais a Espanha tem cooperação judicial mais
ativa, contempla penas que vão dos dez anos de cadeia à prisão perpétua por
crimes semelhantes aos quais Puigdemont é acusado na Espanha.
Os serviços de inteligências espanhóis acompanharam toda a
viagem de Puigdemont de sexta‑feira até a manhã de domingo e ressaltaram “a
excelente colaboração” das autoridades alemãs, de acordo com fontes policiais.
Fontes da Segurança de Estado afirmam que Puigdemont foi
mantido sob controle durante sua saída da Finlândia e que em um primeiro
momento consideraram prendê-lo na Dinamarca. Mas isso foi descartado pela
certeza de que o ex-presidente continuaria sua viagem por terra na Alemanha.
Esse país é considerado pela Espanha um dos Estados da UE com os quais existem maiores
relações de colaboração policial.
O ex-presidente da Catalinha voltava a sua residência na
cidade belga de Waterloo de carro após sair da Finlândia, país ao qual viajou
para dar uma palestra na Universidade de Helsinque e onde foi surpreendido pela
ordem europeia ativada pelo juiz na sexta-feira para prendê-lo e pela saída de
ex-colaboradores da Espanha. Fonte: El Pais - Berlim 25 MAR 2018
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