terça-feira, 9 de outubro de 2012

São Paulo: 2º turno, Serra e Haddad

bligo-SerraHaddad.jpgJosé Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) farão o 2.º turno em São Paulo. O tucano teve 30,75% dos votos válidos, ante 28,98% do petista. Em números absolutos, foram 1.884.849 votos para Serra, e 1.776.317 para Haddad. Celso Russomanno (PRB) ficou em terceiro, com 21,6% dos votos, e Gabriel Chalita (PMDB), em quarto, com 13,6%. Os votos brancos e nulos quase dobraram em relação aos índices de 2008 e chegaram, juntos, a 12,8%. Fonte: Estadao - 08 de outubro de 2012


Comentário: Interessante que a mídia e os candidatos  fizeram da eleição  a politização, o partidarismo, nada mais. A nossa educação é tão pobre que influencia as propostas dos candidatos. Lembrando mais um Mac Donald´s político, que cada um tem sua opção, mas o conteúdo é insosso. Os problemas levantados pelos candidatos são os mesmos de sempre,  bilhete único, moradia, mobilidade, saúde, educação, etc.


Questões que não foram discutidas pelos candidatos e mídia


Ocupação do centro velho, deteriorado, com habitação popular (reformas de prédio)


Qual seria a melhor solução de transporte para a cidade; metrô custa caro e demora, corredor de ônibus ou trem


Fazer de São Paulo um parque tecnológico na área de saúde e serviços


Reforma urbana para melhorar a qualidade de vida


Educação, por que  anda tão mal?


São Paulo não pára de crescer, ninguém discute isso? Como a população poderá ajudar, sem educação? Se noção de cidadania?


O crescimento populacional junto com aumento de consumo, a cidade  mostra sua deficiência em toda a infraestrura, tais como;  uso e ocupação do solo de modo desordenado (verticalização,  construção de shopping que gera congestionamento local, etc), problema de trânsito,  queda de energia, favelização, criminalidade e deficiências nos sistemas de ensino e saúde.


A lei de Malthus aplicada no crescimento da cidade é terrível, a oferta de serviços pelo poder público não acompanha a demanda. Não existe um fator pertubador que limita esse crescimento


Na natureza existe fatores ambientais  que apresentam o potencial para controlar o crescimento de uma população animal. E para o ser  humano? Qual seria?  O planejamento familiar?


Na periferia de São Paulo  uma família é constituída de 4 a 5 pessoas e qual seria o seu impacto na infraestrura urbana, com o crescimento desordenado? Qual seria o custo para atender essa família? O orçamento da prefeitura equivale uma despesa per capita de R$ 4.200,00 por ano. Podemos considerar esse custo para atender cada componente da família. O prazo de construção de uma infraestrtura urbana varia de 2 a 6 anos. Enquanto isso o crescimento populacional  é inelástico. Na essência o crescimento da cidade deve parar antes que os custos econômicos não possam atender essa demanda.


Por exemplo, moro na Vila Mariana, região tipicamente residencial de classe média, com casas geminadas, vilas, etc. A partir da década de 2000 iniciou-se processo de verticalização acelerada, com prédios de alta padrão para classe média alta e rica.  Os prédios são autênticas  cidadelas. O comercio local está sumindo, o congestionamento que não tinha apareceu, região que tinha muito verde foi substituído pelos jardins  plastificados desses prédios. Os pássaros foram embora. A cidade de São Paulo está parecendo  muito mais com um clube social, todos querendo usufruir, e depois cada um se retira para sua cidadela.

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