Hoje vivemos no mundo politicamente correto, não admite controvérsia, opiniões diferentes e os conceitos científicos são absolutos. Antigamente a ideologia era política entre o comunismo e capitalismo e hoje o problema está no meio ambiente. Como vamos salvar o planeta Terra? O planeta vai acabar? Lembra muito o fanatismo religioso. É o movimento ambiental de fundo sócio-religioso.
O radicalismo tomou conta da discussão ambiental ou é a favor ou é contra. A mentalidade ambienta radical predomina. São os profetas que defendem a sua causa de uma maneira absoluta.
Os argumentos científicos são cada vez mais relegados em segundo plano, embora, sob a forma do disfarce, esse tipo de ambientalista diz representar avanços científicos.
Lembra os Cavaleiros do Apocalipse Ambiental: Guerra, Fome, Peste e Morte do Planeta. Eles esquecem que não é planeta que está em perigo e sim a humanidade. A Terra tem quase 5 bilhões de anos e a humanidade, o homo sapiens apenas 1 milhão de anos.
O cavalo verde representa o bem
O cavalo vermelho; representa luta do planeta Terra com a poluição, sociedade, desmatamento
O cavalo preto representa; a desigualdade social, o desmatamento, a morte lenta do planeta
O cavalo amarelo representa a peste, doença, do planeta
O que esses mensageiros ambientais profetizam?
1) o fim do mundo;
2) os profetas são a salvação;
3) o mal; e
4) a salvação.
1)O fim do mundo. Os ambientalistas radicais ou religiosos - o que é a mesma coisa - vivem anunciando o fim do mundo. Se não forem ouvidos ou atendidos, o planeta estará caminhando inexoravelmente para a catástrofe final, que já se anuncia nos dias presentes. Sua fala: se vocês não nos ouvirem, o pecado ambiental os fulminará! Os eco-religiosos procuram de todas as maneiras, fazer valer as suas posições.
2) Profetas. Eles receberam a incumbência divina ambiental de salvar o planeta. Disseminam paranóia, catastrofismo, etc. O planeta será inabitável em poucas décadas. As previsões são sombrias e apocalíptica.
3) O mal. A sociedade é pecaminosa, consumista, etc. E a praga desse mal é o capitalismo. O fim do mundo é consequência desse pecado, pois as pessoas vivem e agem de acordo com a economia do mercado, direito de propriedade e no lucro. O lucro é esse grande mal.
Os eco-religiosos têm também, a versão dos ambientalistas chiques, que adotam essas posições em nome do politicamente correto. Gostam de aparecer como corretíssimos, em seus carros poluidores, utilizando celulares e vivendo em grandes apartamentos e mansões. Não deveriam ler jornais nem livros, nem utilizar papéis de qualquer espécie, pois são feitos de celulose, oriunda de florestas plantadas. Não se esqueçam de que o agronegócio é símbolo do mal.
4) Salvação. A salvação está em todos seguirem os profetas. São os profetas messiânicos. Basta lutar contra o capitalismo, desrespeitar a propriedade privada, organizar-se militantemente contra as hidrelétricas, invadir grandes propriedades, pois, assim, o novo mundo estará ao alcance de todos. Outro mundo é possível, eis o lema que é a todo momento realçado. Todos os habitantes do planeta se deveriam dispor à conversão para a vida simples e primitiva, aquela que ganha, inclusive, a forma utópica - e falsa - da solidariedade originária. Abandonem a civilização e nos sigam: nós somos o caminho, o salvador, a floresta originária, o destino. É o socialismo ambiental cujo coração não é mais vermelho e sim verde. Seremos primatas? Ou não sabemos?
Adaptação do artigo O mal e o capitalismo de Denis Lerrer Rosenfield professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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