O Natal é um feriado comemorado anualmente em 25 de Dezembro (nos países eslavos e ortodoxos cujos calendários eram baseados no calendário Juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro), que comemora o nascimento de Jesus de Nazaré. A data de comemoração do Natal não é conhecida como o aniversário real de Jesus e pode ter sido inicialmente escolhida para corresponder com qualquer festival histórico Romano ou com o solstício de inverno.
HISTÓRIA
De acordo com o almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336 d.C.. Na parte Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento, ocasião do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal e o dia 6 de janeiro para Epifania (que significa "manifestação"). Nesse dia comemora-se a visita dos Magos.
Segundo estudos, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam durante o solstício de Inverno.
Segundo alguns especialistas, o dia 25 de dezembro foi adotado para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao "nascimento do deus sol invencível", que comemorava o solstício de inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus persa Mitra, o Sol da Virtude.
ÁRVORE DE NATAL
Entre as várias versões sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indica a Alemanha como país de origem, uma das mais populares atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de alguns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes sobre a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegando, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas presas nas pontas dos ramos e papéis coloridos. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram surpresos ao verem aquela árvore iluminada. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
Na Roma Antiga, os Romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal.
BOTINHAS AS DE NATAL
A lenda das botinhas de Natal na lareira tem origem na Holanda. A tradição das botinhas na lareira surgiu com a lenda de São Nicolau
“Não esqueça de deixar o sapatinho na janela, senão Papai Noel não vai trazer os presentes!”. Seja na janela ou na lareira, sapato ou meia; a tradição pode não ser compreendida pelas crianças, nem pelos pais, mas ela está presente em casas de todo o mundo na época do Natal.
A lenda de colocar os sapatinhos ou de pendurar as meias ao lado da chaminé veio da cidade de Amsterdã, na Holanda. As crianças deixavam os tamancos (típicos daquele país) na entrada da porta e os pais depositavam um presente sobre cada par.
Segundo uma lenda, São Nicolau teve conhecimento de que três moças muito pobres não podiam se casar porque não tinham dinheiro. Comovido, ele atirou moedas de ouro pela chaminé durante a noite para não ser visto. As moedas caíram dentro das meias que haviam sido postas para secar junto ao fogo da lareira, e as moças conseguiram juntar o dote.
Por esse motivo, surgiu a tradição de se colocar a meia ou o sapato na chaminé, para que na manhã do dia de Natal fossem encontrados presentes neles. Para aqueles que não possuem lareiras, as janelas são ótimas substitutas.
PRESÉPIO
A tradição católica diz que o presépio (do lat. praesepio) surgiu em 1223, quando São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de um modo o mais realista possível e, com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. Nesse cenário, foi celebrada a Missa de Natal. O sucesso dessa representação do Presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres.
CARTÕES DE NATAL
A prática de enviar Cartões de Natal surgiu na Inglaterra no ano de 1843. Em 1849 os primeiros cartões populares de Natal começaram a ser vendidos por um artista inglês chamado William Egly. Acredita-se que o primeiro Cartão de Natal foi confeccionado na Inglaterra em 1843 por um artista chamado John C. Horsley para um amigo, Sir Henry Cole.
Neste cartão estava desenhada uma família e as palavras "A Merry Christmas and a Happy New Year to You".
Esta prática difundiu-se rapidamente por toda a Inglaterra e países de língua inglesa chegando depois ao resto do mundo.
CANTIGAS DE NATAL TRADICIONAIS
A cantiga de natal mais antiga que a história da música registra é «Jesus Refulsit Omnium», (Jesus, luz de todas as nações); ela data do século IV e a letra é atribuída a Santo Hilário de Poitiers.
O mais conhecido, no entanto, é «Noite Feliz». Seu título original é «Stille Nacht, heilige Nach» e foi escrito, poderia dizer-se «acidentalmente», pelo sacerdote austríaco Joseph Mohr, que ao ver que se havia estragado o órgão de sua paróquia, a capela de São Nicolau, localizada na pequena cidade de Oberndorf, decidiu escrever um canto que pudesse ser interpretado com violão na missa do galo. Foi assim como no natal de 1818 se cantou pela primeira vez «Noite Feliz», atualmente traduzido a 330 idiomas.
Outro dos cantos mais conhecidos nos países de fala inglesa é «Joy to the World», escrito por Isaac Wats, inspirado no salmo 98 («Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele fez maravilhas») e cuja música é atribuída a Federico Hendel, devido a que as partituras coincidem em várias partes do canto com sua célebre obra «O Messias».
Talvez a mais popular canção é provavelmente "White Christmas" escrita por Irving Berlin em 1942 para o filme "Holliday Inn".
Outras famosas Canções de Natal são "The First Noel", "Hark, the Herald Angels Sing", "Away in a Manger"," A Little Town of Bethlehem"e "Jingle Bells".
Popularmente se conhecem mais os cantos que fazem alusão ao Natal que aqueles que se referem ao Advento; às vezes por isso durante este tempo se cantam canções que falam do nascimento e não da espera do menino Jesus, como liturgicamente deveria ser.
Segundo José Solé, isso se dá devido a que os cantos de Advento são pouco conhecidos. No quarto domingo do Advento, explica, costuma-se cantar o «Magnificat», dentro das diversas interpretações musicais do hino.
Ainda que o sentido das cantigas de natal é o de «elevar o espírito do Natal», como o afirma José Solé, muitas delas falam de elementos culturais desta época do ano e deixam de lado o nascimento de Jesus: «Uma coisa seria uma cantiga de natal e outra é a música de Natal. Quando se fala de Natal, é o natal de Jesus, não de outra coisa. Evidentemente, todas estas coisas são apenas o acompanhamento, e fizeram que muitas vezes se perca o sentido, inclusive do próprio Papai Noel ou da árvore, que têm uma razão de ser».
«A verdadeira música de Natal, ao contrário, nos aproxima mais de Deus e faz que tenhamos um coração mais elevado», conclui José.
Fontes: Wikipédia, eBand e Zenit.org
Vídeo: Nana Mouskouri - Silent night. Stille Nacht, heilige Nacht. Lyrics in German
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