O número de mortos por covid-19 chegou a 6 milhões nesta segunda-feira (07/03). Entrando em seu terceiro ano, a pandemia registrou seu último milhão de mortes apenas nos últimos quatro meses. Um ritmo mais lento em comparação ao milhão anterior, mas que ainda assim evidencia que muitos países seguem lutando contra a doença.
Há exemplos bastante distintos. Ilhas remotas no Oceano Pacífico, por exemplo, antes protegidas pelo próprio isolamento, veem os casos subirem, com seus primeiros registros de mortes tendo a altamente contagiosa variante ômicron como principal responsável.
Hong Kong, no sudeste
asiático, também observa aumento de vítimas e, por isso, tem realizado testes
ao menos três vezes por mês em toda a população, que é de 7,5 milhões, na
tentativa de manter a política de tolerância zero à covid, inspirada na China.
As taxas de mortalidade
também continuam altas em alguns países europeus que têm baixo índice de
vacinação, como Polônia, Hungria e Romênia. Segundo o site Statista, no final
da última semana esses países somaram, respectivamente, 1.006, 470 e 595
mortes, um total de pouco mais de 2 mil óbitos. Juntos, esses três países têm
em torno de 70 milhões de habitantes. O Brasil, que tem 210 milhões, registrou
em torno de 2.500 mortes nos sete dias anteriores.
Os Estados Unidos estão
próximos de alcançar a marca de 1 milhão de mortos por covid-19, o maior número
oficial em todo o mundo.
O mundo levou cerca de sete
meses para registrar a marca de 1 milhão de mortos após o começo da pandemia no
início de 2020. O segundo milhão foi contabilizado quatro meses depois. E,
desde então, a marca de mais 1 milhão era atingida a cada três meses.
O número total de mortos, no
entanto, pode ser até quase quatro vezes maior. Com ausência de registros e
também de testagem confiáveis em algumas regiões, muitas mortes não têm sido
atribuídas diretamente à covid-19.
Segundo um estudo divulgado
pela revista britânica The Economist, estima-se que entre 14 milhões e 23,5
milhões de pessoas podem ter morrido devido ao vírus e também por causa de
outras doenças, em virtude da falta de atendimento adequado em hospitais, nos
últimos dois anos.
O FIM DAS RESTRIÇÕES EM
ALGUNS PAÍSES: Dois anos após o início da pandemia, vários países começaram a
relaxar as restrições contra a doença. Altas taxas de vacinação e a variante
ômicron do coronavírus – com sintomas
mais leves e o menor letalidade – são, em parte, responsáveis por essa mudança
de paradigma no combate à doença.
Na Europa, as primeiras
nações a derrubarem quase todas as medidas foram as escandinavas Dinamarca,
Noruega e Suécia, no início de fevereiro. Na época, a primeira-ministra da
Dinamarca, Mette Frederiksen, disse que os dinamarqueses deram "'adeus' às
restrições e 'olá' à vida que conhecíamos antes do coronavírus".
Desde 1º de fevereiro, a Dinamarca
não exige nem mesmo o uso de máscaras em locais fechados. Não é mais necessário
apresentar comprovantes de vacinação, recuperação ou resultados de testes.
Também não há mais limite de público em grandes eventos. Nos estádios de
futebol, todos os assentos podem ser ocupados, e o funcionamento de discotecas
e bares também voltou a ser permitido.
Na metade do mês passado, foi
a vez do Reino Unido anunciar o fim da maioria das medidas restritivas. A
partir de 1º de abril, os testes de PCR feitos em laboratório estarão
disponíveis somente para os idosos e portadores de imunodeficiências. Os
autotestes rápidos de antígeno não serão mais oferecidos pelo governo, e
deverão ser comprados pela população, como já ocorre em outros países.
Também em fevereiro, a
Austrália reabriu suas fronteiras para viajantes vacinados. Durante quase dois
anos, o país impôs algumas das medidas restritivas e lockdowns mais severos do
mundo.
Na Alemanha, está ocorrendo
um relaxamento gradual, dividido em três fases: a primeira removeu a
obrigatoriedade da comprovação de vacinação ou de recuperação da doença para o
acesso ao comércio não essencial e pôs fim ao limite de presentes em reuniões
privadas entre vacinados.
A segunda, em vigor desde 4
de março, aumentou o acesso do público aos setores hoteleiro e gastronômico,
por meio de apresentação da dose de reforço ou teste negativo. A partir do dia
20, quase todas as medidas serão relaxadas.
Na segunda-feira, a ilha de
Bali, na Indonésia, retirou a obrigatoriedade de quarentena para turistas de
mais de 20 países e reintroduziu a concessão de vistos na chegada dos viajantes
ao país. A ideia é começar a recuperar, aos poucos, o setor do turismo,
diretamente afetado pela pandemia. Fonte:
Deutsche Welle – 07.03.2022
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