Normalmente,
o espetáculo da natureza acontece a cada cinco ou sete anos, mas a última
florada aconteceu em 2015, tornado o fenômeno deste ano completamente
inesperado. As sementes passam anos enterradas no solo seco do deserto, e
germinam nas escassas temporadas de chuvas.
Segundo
a Corporação Nacional de Florestas (Conaf), o “desierto florido” deve ter sido
provocado pelo El Niño do ano passado, que alterou o regime de chuvas na
região. Em maio, fortes chuvas atingiram o deserto, principalmente na província
de Huasco. As cerca de 200 espécies diferentes de flores são endêmicas do
Atacama e protegidas por lei.
Como
o espetáculo atrai muitos turistas, a Conaf realiza ações de fiscalização
constantes, para identificar problemas e conscientizar os visitantes sobre a
impportância da proteção das espécies vegetais únicas e ecossistemas associados
ao “desierto florido”.
— É
espetacular, mas deve-se ter precaução: não pisar nas plantas, carregar o lixo
— comentou o turista Filomeno Astudillo, ao portal da Conaf. — Acho muito bom
que as autoridades estejam no campo para incentivar o cuidado e o turismo.
De
acordo com o Servicio Nacional de Turismo, os melhores locais para observação
são o Parque Nacional Llanos de Challe, a rota costeira entre Caldera e Huasco,
e o Parque Nacional Pan de Azúcar. As flores começaram a desabrochar no fim de
julho, mas o ápice acontece entre a segunda semana de agosto e a primeira
quinzena de setembro. A expectativa é que 25 mil turistas visitem o Atacama
neste ano, 25% a mais que em 2016. Fonte: O Globo-24/08/2017
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