segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mudança de Lula: 11 caminhões

Com uma adega de vinhos que exigiu até caminhão refrigerado, e milhares de presentes que servem de recordação dos oito anos de mandato, a mudança dos bens do ex-presidente Lula para São Paulo ficou 22,22% mais cara. O custo adicional para o erário apareceu no Diário Oficial da União, que publicou o termo aditivo do contrato firmado entre a Presidência da República e a empresa Três Poderes Mudanças e Transportes Ltda, contratada para retirar de Brasília o espólio de Lula.

O aditivo, assinado no dia 18, elevou para R$ 22.721 o preço do frete, inicialmente orçado em R$ 19.499. Para o transporte dos bens incorporados pelo presidente, foram necessários 11 caminhões . No total, 1,5 milhão de itens foram acumulados nos dois mandatos, numa bagagem avaliada em R$ 500 mil. Os objetos estavam guardados nos palácios do Planalto e da Alvorada e, em sua maioria, devem seguir para o Instituto Lula, que será aberto em São Paulo.

Além do transporte especial de centenas de garrafas de vinho, cachaça e outras bebidas, o ex-presidente está levando consigo 355 mil cartas, 8.000 quadros e peças de artesanato, 9.697 fotos e vídeos, 9.027 livros e 8.517 presentes. Do rei da Arábia Saudita, Abdullah Bin Abdulaziz Al-Saud, Lula recebeu uma espada em ouro vermelho, com bainha incrustada com peças de rubi, esmeralda e brilhantes. Da rainha Elizabeth, da Inglaterra, um par de taças de prata. Há, ainda, 590 bonés, mil camisetas (85 de times de futebol) e um capacete do piloto Ayrton Senna.

Segundo a Casa Civil, o número de itens foi maior que o inicialmente contratado. Por isso, houve a necessidade de corrigir o valor da mudança em 20%. "O levantamento inicial, que serviu de base para a contratação dos serviços, não havia incluído alguns itens que posteriormente foram transportados", informou, em nota.Fonte: Globo Online - 26/01/2011 

Comentário: Esse é o retrato do autêntico socialista, bon vivant. Combateu os ricos, mas vive como  se fosse um deles. Deve ser o novo trabalhador de colarinho branco que deu certo. O PT  está cheio deles.São os  trabalhadores que deram certo como empresários, white-collar worker. o PT levanta a bandeira dos pobres, mas como ninguém é de ferro, vive como rico. Eta PT

domingo, 30 de janeiro de 2011

Tribunal chileno congela fusão entre LAN e TAM para consultas

O tribunal de proteção à concorrência do Chile colocou em pausa para investigação o processo de fusão entre as companhias aéreas LAN e TAM, o que poderia atrasar ou frustrar a tentativa de se criar uma das maiores empresas do setor no mundo.

Em meados de janeiro, LAN e TAM determinaram os termos para unir as operações das duas companhias em um prazo entre seis e nove meses.

Uma associação de consumidores do Chile pediu à corte um parecer sobre a adequação do acordo às normas do país. O tribunal aceitou o trâmite, que impede o avanço do processo.

"Suspenda-se nesse ínterim a operação consultada", afirmou a corte em resolução publicada na Internet.

Fonte: G1- 29/01/2011 

Comentário: O Transporte Aéreo comercial de passageiros é, na maioria dos países europeus, asiáticos e nos Estados Unidos, um setor de acirrada competição de mercado. A despeito das baixas margens de retorno, usualmente atribuídas ao setor, novas empresas são abertas, fechadas, vendidas e se fundem em curtos espaços de tempo. A cada movimento do mercado novas estratégias de operação são definidas inviabilizando planejamentos de longo prazo. Empresas tradicionais, não acostumadas a mudanças rápidas de marketing sofrem com as novas técnicas de abordagem e de fidelização do cliente empreendidas pelas novas empresas do setor. (Fonte: Eduardo Marques Domingos-Transporte Aéreo Competitivo)

No mundo de competição acirrada com economia de escala a fusão das empresas aéreas está sendo comum e constante e a fusão entre LAN e TAM é extremamente interessante para América do Sul. Se olharmos o panorama dos países da América do Sul  em relação ao mercado aéreo, não há condições para que cada país tenha sua empresa aérea, devido ao pouco volume de passageiros. O mercado aéreo chileno é limitado. Criando uma grande empresa  há condições de oferecer vôos para vários países da América do Sul. É a oportunidade da América do Sul ter uma grande empresa aérea .   

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Balanço parcial de vítimas na Região Serrana

O número de mortes na Região Serrana do Rio chegou a 838 na quarta-feira, 26 de janeiro.

MORTES
■ 398 mortos em Friburgo,
■ 344 em Teresópolis,
■ 67 em Petrópolis,
■ 22 em Sumidouro,
■ 06 em São José do Vale do Rio Preto e
■ 01 Bom Jardim.

DESAPARECIDOS
O número de desaparecidos de acordo com balanço do Ministério Público do Rio de Janeiro, chegou a 541 em toda a Região Serrana.
■ Teresópolis, com 244,
■ Nova Friburgo, com 185, desaparecidos,
■ Petrópolis (65),
■ localidades não informadas (38),
■ Sumidouro (4),
■ Bom Jardim (2),
■ São José do Vale do Rio Preto (2), e
■ Cordeiro (1).

Observação: são constantemente atualizados a partir de informações registradas por parentes e amigos.

DESALOJADOS E DESABRIGADOS
Segundo a Defesa Civil, mais de 20 mil pessoas estão desalojadas e desabrigadas em sete municípios da região.
■ Petrópolis são 3.600 desabrigados, e 2.800 desalojados.
■ Teresópolis, 960 desalojados, e 1.280 desabrigados,
■ Nova Friburgo 3.220 desalojados, e 1.970 desabrigados,
■ Bom jardim 632 desalojados, e 142 desabrigados,
■ São José do Vale do Rio Preto 3.020 desabrigados e desalojados,
■ Areal 1.480 desabrigados e 130 desalojados.
■ Sumidouro são 200 desabrigados.
Ao todo, 72.355 pessoas foram afetadas pelas chuvas.

Fonte: Globo Online - 26/01/2011

Vídeo:

Teresópolis
Vídeo

Nova Friburgo

Deslizamento no centro da cidade de Nova Friburgo. Seis deslizamentos ocorridos no mesmo morro. O vídeo consegue filmar dois, sendo o último mais grave. Nota-se no vídeo construções na encosta, não deveria ser permitido.
Comentário: O número de vitimas fatais,  já ultrapassou ao número de vítimas do terremoto do Chile do ano passado.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Rato causa histeria no shopping em SP

bligo-Rato.jpg

Um rato preto, descrito como "gigante", causou histeria ao percorrer ontem, em plena hora do almoço, a praça de alimentação do shopping Iguatemi, uma das mecas do consumo de luxo na zona oeste de São Paulo.

Houve correria e gritos, que podiam ser ouvidos do lado de fora. Pessoas subiram nas cadeiras e até nas mesas. O shopping, que lamentou, não soube informar de onde o roedor saiu.

"Nunca vi um rato daquele tamanho. Era preto, gigante", diz a consultora de RH Eliana (que não quis dar o sobrenome), 33. Segundo ela, ele cruzou a praça e alojou-se sob bancos de madeira.

A caça mobilizou os seguranças. É, então, encurralado pelos homens de preto. Com voracidade, eles pisoteiam o rato. Um segurança, munido de um papel, o recolhe.

O Iguatemi disse, em nota, que possui "rotina rigorosa de limpeza de suas instalações, que atende e supera todas as determinações". Fonte: Folha.com - 25/01/201

Comentário: Enfim apareceu um rato grã-fino de quatro pernas,  de bom gosto. Sabe escolher o shopping para visitar e degustar.  Algumas pessoas não tomaram conhecimento do rato continuaram a almoçar. Mais um rato na coleção; tem rato político, tem rato de pobre, tem rato da classe média e agora rato grã-fino. Novos tempos, deve ser um rato geneticamente modificado.


sábado, 22 de janeiro de 2011

Brasil admite à ONU despreparo em tragédias



O governo brasileiro admitiu à Organização das Nações Unidas (ONU) que grande parte do sistema de defesa civil do País vive um "despreparo" e que não tem condições sequer de verificar a eficiência de muitos dos serviços existentes. O Estado obteve um documento enviado em novembro de 2010 por Ivone Maria Valente, da Secretaria Nacional da Defesa Civil (Sedec), fazendo um raio X da implementação de um plano nacional de redução do impacto de desastres naturais. Suas conclusões mostram que a tragédia estava praticamente prevista pelas próprias autoridades.

Diante do tsunami que atingiu a Ásia e do aumento do número de desastres naturais no mundo nos últimos anos, a ONU foi pressionada a estabelecer um plano para ajudar governos a fortalecer seus sistemas de prevenção. Em 2005, governos chegaram a um acordo sobre a criação de um plano de redução de risco para permitir que, até 2015, o mundo estivesse melhor preparado para responder às catástrofes.

Uma das criações da ONU, nesse contexto, foi o Plano de Ação de Hyogo (local da conferência onde o acordo foi fechado). No tratado, a ONU faz suas recomendações de como governos devem atuar para resistir a chuvas, secas, terremotos e outros desastres. Ficou também estabelecido que os 168 governos envolvidos se comprometeriam a enviar a cada dois anos um raio X completo de como estavam seus países em termos de preparação para enfrentar calamidades e o que estavam fazendo para reduzir os riscos.

Na versão enviada pelo próprio governo do Brasil ao escritório da Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres, no fim de 2010, as constatações do relatório nacional são alarmantes. "A maioria dos órgãos que atuam em defesa civil está despreparada para o desempenho eficiente das atividades de prevenção e de preparação", afirma o documento em um trecho. Praticamente um a cada quatro municípios do País sequer tem um serviço de defesa civil e, onde existe, não há como medir se são eficientes.

No relatório, o Brasil é obrigado a dar uma resposta ao desempenho em determinados indicadores sugeridos pela ONU. Em um dos indicadores - que trata de avaliação de risco de regiões - o governo admite ter feito avanços, "mas com limitações reconhecidas em aspectos chave, como recursos financeiros e capacidade operacional". Na avaliação de risco, por exemplo, o governo admite que não analisou a situação de nenhuma escola ou hospital no País para preparar o documento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Fonte: Estadão - 16 de janeiro de 2011

Comentário:

No final do mês de setembro de 2010, a docente da UFSCar Norma Valêncio, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (Neped) da Universidade, esteve em Brasília para ministrar a palestra "Subsídios ao aperfeiçoamento das políticas de Defesa Civil e Assistência Humanitária praticadas pelo Brasil".

A pesquisadora afirmou nessa palestra;

■ Em relação à ação da Defesa Civil brasileira, as políticas implementadas pelo Governo Federal estão desatualizadas e inadequadas para realizar uma ação pública eficaz.  Ela a revisão da Política Nacional de Defesa Civil e uma maior transparência dos dados levantados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. A partir da experiência adquirida com as visitas às várias regiões brasileiras para coletar dados, analisar informações e verificar a realidade local, a pesquisadora do Neped também critica as diferentes estruturas e os modos distintos de atuação da Defesa Civil nos Estados e municípios.

■ Os técnicos agem de forma burocrática e se distanciam do compromisso de atuar, de forma ética, na recuperação da dignidade dos seriamente afetados, tanto desalojados quanto desabrigados.

■ Os conteúdos na capacitação dos agentes estão equivocados, pois, em muitos casos, eles acabam reforçando o preconceito contra os grupos socialmente vulneráveis. Um ponto positivo de atuação do governo federal, na opinião da pesquisadora do Neped, é a exigência de criação de Coordenadorias Municipais de Defesa Civil por todo o País”.

De acordo com a pesquisadora, os estudos desenvolvidos no Neped são uma potencial contribuição para aperfeiçoar as políticas nacionais de Defesa Civil no Brasil. Norma Valêncio cita, por exemplo, que é possível formar um novo desenho institucional da Defesa Civil nacional, em busca da agilidade nos trâmites decisórios e burocráticos. "Outra contribuição do Neped é que nossos estudos podem auxiliar na revisão dos conteúdos e metodologias de capacitação dos agentes do Estado que lidam com a Defesa Civil, até o diagnóstico de situações críticas dos afetados no denominado pós-desastre", afirma a pesquisadora da UFSCar.

BALANÇO  DA TRAGÉDIA

Sobe número de mortes na Região Serrana no décimo dia de buscas a vítimas das chuvas

O número de mortes chegou a 770 nesta sexta-feira, décimo dia de buscas a vítimas. De acordo com informações dos municípios, até o momento foram registradas:

■ 373 mortes em Friburgo,

■ 304 em Teresópolis,

■ 64 em Petrópolis,

■ 22 em Sumidouro,

■ 6 em São José do Vale do Rio Preto e

■ 1 em Bom Jardim.

DESAPARECIDOS

Já chega a 400 o número de desaparecidos.

DESABRIGADOS E DESALOJADOS

Segundo a Defesa Civil, mais de 20 mil pessoas estão desalojadas e desabrigadas em sete municípios da região.

■ Em Petrópolis são 3.600 desabrigados, e 2.800 desalojados.

■ Em Teresópolis, 960 desalojados, e 1.280 desabrigados,

■ Em Nova Friburgo 3.220 desalojados, e 1.970 desabrigados,

■ Em Bom jardim 632 desalojados, e 142 desabrigados,

■ Em São José do Vale do Rio Preto 3.020 desabrigados e desalojados, e

■ Em Areal 1.480 desabrigados e 130 desalojados.

■ Em Sumidouro são 200 desabrigados. Ao todo, 72.355 pessoas foram afetadas pelas chuvas, segundo o órgão.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Governo do Brasil recebe críticas pela reação às enchentes

A estreia da presidência de Dilma Rousseff foi obscurecida pelas duras críticas que o governo brasileiro está recebendo por sua atuação ineficaz diante das enchentes que deixaram cerca de 600 mortos no estado do Rio de Janeiro. A gestão da emergência e as graves falhas na previsão da tragédia estouraram em plena face do novo Executivo. O gabinete respondeu ontem às críticas mobilizando mais 500 militares para a região afetada, que se somaram aos mil membros das equipes de resgate que estão em operação.

O número de mortos por inundações e deslizamentos de terra poderá se multiplicar, já que ainda há algumas localidades incomunicáveis.

Na cidade de Teresópolis, centenas de sobreviventes se agrupavam ontem desesperados diante do necrotério, em busca de informação sobre familiares desaparecidos. Muitos moradores criticavam a lentidão dos resgates. "Isto aconteceu na quarta-feira de manhã. Na quinta ninguém tinha começado a buscar vítimas", disse Wemerly Moraes, 37 anos.

A população da área se sente abandonada. Os dados oficiais indicam que pelo menos 6.050 pessoas perderam suas moradias. Amplas áreas afetadas permanecem sem luz, telefone ou água. As equipes de resgate se confessam impotentes para chegar a muitos lugares onde faltam comida e medicamentos e dos quais ainda não foram retirados os cadáveres.

"Colapso na serra", era o título ontem da primeira página do jornal "O Globo", enquanto a "Folha de S.Paulo" abriu com um estudo realizado pelo governo em 2008 que já advertia sobre a eventualidade de uma tragédia desse tipo exatamente nas três cidades do desastre (Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo). O estudo explicava que nas cidades arrasadas ocorrem vários fatores de risco "capazes de gerar consequências de grande magnitude". Sobre Nova Friburgo - a cidade com maior número de mortos, 267 -, o relatório apontava que a maior parte da população vivia em estado de risco.

Enquanto isso, as imagens apresentadas pelo telejornal da Rede Globo sobre a primeira reunião de gabinete de Dilma Rousseff com os 37 novos ministros causaram indignação, pois políticos apareciam dando gargalhadas e alguns mascando chiclete com ar de festa. Fonte: UOL Noticias - 18/01/2011 – El País

Comentário: O ex-presidente teve tanta sorte durante o seu reinado, que ele escapou dessa tragédia. O plano de emergência e de prevenção do governo é o plano de solidariedade, de voluntários, de doações, etc. É plano sem cabeça. Desenvolve o plano durante a tragédia e pós-tragédia. Esse desastre  é o Katrina brasileiro.

Balanço das vítimas parcial : A tragédia das chuvas que colocou sete cidades da região serrana do Rio de Janeiro em estado de calamidade pública:

Total: 674 mortes
■ Nova Friburgo 318 mortes.
■ Teresópolis, 277 mortes.
■ Petrópolis, distrito de Itaipava, registra 58 mortes;
■ Sumidouro, 20, e cinco desaparecidos
■ São José do Vale do Rio Preto, 4.
■ Bom Jardim, 01 morte
■ Areal, nenhuma morte

Desalojados e desabrigados
■ Petrópolis, há 3.600 desalojados e 2.800 desabrigados.
■ Teresópolis tem 1.300 desalojados e 1.200 desabrigados.
■ Nova Friburgo tem 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados.
■ Bom Jardim, 1.200 pessoas estão desalojadas e 700 estão desabrigadas.
■ São José do Vale do Rio Preto,  2.064 desabrigados e desalojados.
■ Areal, 1.200 pessoas estão desabrigadas e 2.500 desalojadas.
Fonte: UOL Noticias - 18/01/2011

Comentário : A natureza não tem objetivos, mas tem suas próprias leis.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Tragédia na região Serrana do Rio

Para entender o que ocorreu na região serrana do Rio devemos conhecer a geografia da região, o processo de ocupação e suas consequencias.


NOVA FRIBURGO
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Localiza-se no centro-norte do estado do Rio de Janeiro, na Mesorregião do Centro Fluminense,  a uma altitude de 846 metros, distando 136 km da capital fluminense. Ocupa uma área de 935,81 km². Compreende os distritos de Riograndina, Campo do Coelho, Amparo, Conselheiro Paulino, Lumiar, São Pedro da Serra e Muri.

Sua população estimada no dia 1 de Agosto de 2010, de acordo com o Censo do IBGE era de 182.016 habitantes. As principais atividades econômicas são baseadas em: indústria de moda íntima, olericultura, caprinocultura e indústria (têxteis, vestuário, metalúrgicas e turismo).

COLONIZAÇÃO- AGRICULTURA
Nova Friburgo foi inicialmente colonizada por 261 famílias suíças entre 1819-1820, totalizando 1.682 imigrantes. O município foi batizado pelos suíços ganhando o nome de "Nova Friburgo" em homenagem à cidade de onde partiram a maioria das famílias suíças, Fribourg (Friburgo em português, Fribourg em francês, Freiburg em alemão), no Cantão de Fribourg. É também o primeiro município no Brasil colonizado por alemães, tendo estes imigrantes, ao todo 332, chegado à cidade em 3 e 4 de maio de 1824.

GEOGRAFIA
A cidade localiza-se a 846 m de altitude na sede do município. Alguns bairros e distritos do município a altitude chega até 1000 m ou mais, como os bairros do Caledônia, alguns trechos da estrada Mury-Lumiar (RJ-142) e o Alto de Theodoro de Oliveira. Existem trechos da cidade, como a localidade de São Romão, em Lumiar, em que a altitude máxima chega a 200 metros.

RELEVO ACIDENTADO
Existem 19 picos e morros variando as alturas de 1.111 m a  2.316 m

HIDROGRAFIA
O município de Nova Friburgo é banhado pelas bacias do Rio Grande, Rio Bengalas, dos Ribeirões de São José e do Capitão e do Rio Macaé. Os principais rios que cortam o centro da cidade são: O Rio Santo Antônio, Rio Cônego, se encontram e formam e o Rio Bengalas.

TERESÓPOLIS


Localiza-se no centro-norte do estado do Rio de Janeiro, na Mesorregião do Centro Fluminense,  a uma altitude de 871 metros. Ocupa uma área de  770,507 km²  e uma população de 163 805 habitantes ( Censo IBGE/2010)

GEOGRAFIA
A cidade abriga a sede do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, bem como grande parte do Parque Estadual dos Três Picos, o maior parque estadual do Rio de Janeiro. É uma cidade cercada por matas e por formações bastante conhecidas, como o Dedo de Deus, Pedra do Sino, Agulha do Diabo, Pedra da Tartaruga e Mulher de Pedra. Por suas formações montanhosas, a cidade é considerada a capital nacional do montanhismo.

O relevo acidentado dos trechos mais altos da Serra do Mar é marcado por íngremes paredões, cujos pontos culminantes são a Pedra do Sino (2263 m) e o Dedo de Deus (1692 m), rodeados por densa vegetação. O relevo também favoreceu a formação de inúmeras cachoeiras.

HIDROGRAFIA
Cascata dos Amores, Cascata do Imbuí,Cachoeira dos Frades, Lago Iacy e Lago Comary

RELEVO ACIDENTADO
A bacia do Paquequer localizada no município de Teresópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Possui relevo montanhoso, escarpado e vales encaixados sustentados por rochas. O clima é úmido a super-úmido com temperatura média de 18°C..

PETRÓPOLIS
Petrópolis é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Ocupa uma área de 774,606 km², contando com uma população de 296.044  habitantes ( Censo IBGE/2010). 

GEOGRAFIA
Petrópolis localiza-se no topo da Serra da Estrela, pertencente ao conjunto montanhoso da Serra dos Órgãos, a 845 metros de altitude média, sendo que a sede municipal está a 810 metros de altitude. Situa-se a 68 km do Rio de Janeiro.

A cidade é excessivamente montanhosa, principalmente em sua zona urbana, o município de Petrópolis assenta-se em ramificações da Serra do Mar, denominada serra dos Órgãos e da Estrela. Órgãos.

Na divisa do Município de Teresópolis está uma seção da serra dos Órgãos, conhecida por serra Assú, onde se encontra a Pedra Assú, que é o pico culminante da serra do Mar, o qual tem, 2.232 metros.

O pico mais elevado do município de Petrópolis é o da Isabeloca, cuja altura é de 2.200 metros, situado nas proximidades da Pedra Assú.

HIDROGRAFIA
Muito numerosos são os pequenos rios que banham o município de Petrópolis, quase todos afluentes do Piabanha.O Piabanha é o principal rio de Petrópolis e dezenas de outros rios pequenos, que passam  pela cidade ou na região. Fontes: Wikipédia e Prefeitura Municipal de Petrópolis

DESSA DESCRIÇÃO DA REGIÃO PODEMOS TIRAR AS SEGUINTES CONCLUSÕES:
  • Região  excessivamente montanhosa fora dos padrões normais,  variando de 1.000 a 2.000 metros.
  • Região com vários rios. Podemos deduzir que esses rios possuem velocidade excessiva,  podem receber uma carga de água rapidamente, transbordar , provocar enxurrada e avalanche de lama.
  • População excessiva para a região que  possui dezenas de áreas de risco. Uso e ocupação do solo inadequada, degradação ambiental, ocupação de encostas. Vide as fotos de Nova Friburgo e Teresopolis.
TOPOGRAFIA
A região é fortemente caracterizada pelo seu relevo montanhoso, com muitos afloramentos rochosos.O relevo acidentado forma uma bela paisagem, especialmente nas áreas mais próximas à Serra do Mar, onde predomina a Mata Atlântica. Esta Serra forma o limite principal da região com o restante do Estado e recebe ainda influências dos ventos oceânicos que elevam a pluviosidade. As cidades mais próximas da Serra apresentam elevados índices pluviométricos, principalmente Teresópolis, com média anual superior a 1500 mm de chuva.

VEGETAÇÃO E USO DA TERRA
De acordo com os dados de mapeamento, a  região tem 97,3 % de seus limites divididos entre três formas de cobertura vegetal;
  • as pastagens (41,6 %),
  • a vegetação secundária (29,8 %) e
  • as florestas (25,9 %).
Lembrando que, antes da ocupação antrópica, a região era quase 100% coberta por florestas, é de se supor que a redução para apenas 26% tenha trazido conseqüências ambientais significativas, tendo em vista a condição de elevada suscetibilidade do meio físico à erosão.

Na verdade, a existência ainda de cobertura florestal nessa região deve-se às condições de relevo montanhoso, extremamente íngreme e rochoso, absolutamente impróprio ao uso agropecuário, aliadas ao caráter de lazer e turismo que se estabeleceu na Região Serrana. Na medida em que o relevo torna-se menos acidentado, verifica-se diminuição da cobertura florestal.

A agricultura como a pecuária ocupam preferencialmente os fundos de vale, às margens dos cursos d’água e, portanto, às custas da exclusão de matas ciliares. Como essas áreas de relevo mais suave são poucas, a agropecuária vai se expandindo para as encostas, também tomando o lugar das florestas. O resultado é o aumento dos processos de erosão das encostas e de assoreamento dos rios desprotegidos.

EROSÃO NA REGIÃO
Os condicionantes do meio físico determinam para  a região uma suscetibilidade à erosão extremamente elevada quando a cobertura florestal é retirada.

Em Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis, apesar da grande extensão de cobertura florestal ainda existente, observa-se que o crescimento urbano nesses municípios vem acarretando processos acelerados de erosão, associados à ocupação inadequada de encostas.

Petrópolis, que apresentou um rápido crescimento na década de 1980, já sofreu graves impactos sócio-ambientais com a ação das intensas chuvas de verão. Em fevereiro de 1988, ano de alta pluviosidade na região, houve 170 mortes e mais de 3.800 desabrigados em Petrópolis, com deslizamentos de terra das encostas e enchentes no rio Piabanha e afluentes.

Ocupações irregulares podem, não raro, estar associadas também a irregularidades político-administrativas, tais como o interesse eleitoreiro no estímulo à ocupação, que faz "vista grossa" ao não cumprimento das normas de ocupação e uso do solo e ainda facilita a ocupação com abertura de ruas e fornecimento de luz e água. Fonte: Universidade Federal do Rio de Janeiro – Hidrologia

Os fatores que concorreram para o desastre conforme a analise anterior são antigos e vem desde a época da colonização, agravada pelo crescimento das principais cidades da região
  • Agricultura sem preocupação coma conservação do solo
  • Desmatamento das florestas existentes deixando o solo exposto a erosão
  • Desmatamento das matas ciliares que servem de proteção aos rios
  • Assoreamento dos rios devido a erosão
  • Região com elevado índice pluviométricos
  • Crescimento desordenado das cidades,
  • Topografia excessivamente acidentada, com numerosos rios, propiciando a formação de tromba d´água  ou cabeça d´água. . Este fenômeno acontece em rios de montanha na época de muitas chuvas. Consiste em um aumento momentâneo e violento do nível de água por conta de uma chuva intensa. Pode ficar ainda mais violento se houver um aumento grande da água de um rio e  romper com uma obstrução natural,  formada por árvores caídas, pedras e terra.  Seria uma avalanche de lama. Na enchente normal o rio sobe e transborda em seu caminho normal.  

Os fatores para o desastre estavam presentes, faltava apenas a chuva excessiva com elemento desencadeador, para provocar o efeito dominó, resultando numa avalanche de lama e detritos.

Balanço parcial com informações até 16 de janeiro:

Mortes
  • Em Nova Friburgo, o número de mortos saltou para 267;
  • Em Teresópolis; para 261.
  • Petrópolis agora registra 53 e
  • Sumidouro continua com 18 vitimas.

Desalojados e Desabrigados
  • Em Petrópolis, há 3.600 desalojados e 2.800 desabrigados.
  • Teresópolis tem 960 desalojados e 1.280 desabrigados.
  • Nova Friburgo tem 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados.

Comentário: O  plano contra catástrofe brasileiro é o plano de solidariedade e  de voluntários. Começa com o prefeito pedindo socorro ao governo estadual, pela sua vez despacha a ajuda disponível . No agravamento da situação o governo estadual pede ajuda ao Federal, que por sua vez despacha, geralmente as Forças Armadas. Nesse espaço de tempo forma a rede de solidariedade, de donativos e alimentos. Esse é o plano brasileiro, sem cabeça.

O governo não assimilou o que houve de errado no passado e sugerir em regiões  com riscos de natureza, acidentes similares podem  ser prevenidos no futuro. Infelizmente as tragédias acontecem, os acidentes se repetem após um período. Após um breve período  de consternação, as pessoas esquecem e as lições são esquecidas.

O país ainda não aprendeu com as recentes tragédias da necessidade de um plano de emergência.

Em emergência não se faz plano e sim a executa. Essa é a diferença entre um país que está preparado para tragédia  e outro  que pretende durante a tragédia elaborar um plano com voluntários.

Vídeo:



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