Citados
na delação premiada de João Santana e Mônica Moura, os ex-presidentes Luiz
Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff afirmaram que as declarações do casal são
mentirosas e fantasiosas.
DEFENSORES
DO LULA
Segundo
nota dos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins,
defensores do ex-presidente, Lula "nunca tratou direta ou indiretamente do
financiamento das campanhas eleitorais em que foi candidato ou apoiador" e
as afirmações dos delatores "são mentirosas".
"Hoje
está muito claro que citar o nome de Lula tornou-se condição obrigatória para
que réus e até condenados obtenham os favores na Promotoria no âmbito da
Operação Lava Jato", diz trecho da nota.
Ainda
conforme os advogados, nenhum dos delatores apresentou prova das menções feitas
ao ex-presidente. "Uma ação penal se decide na base de provas. E provas
contra Lula não há, porque ele sempre atuou dentro da lei."
DILMA
Já a
assessoria da ex-presidente Dilma afirmou, por meio de publicação em seu site,
que ela nunca negociou doações eleitorais ou ordenou pagamentos ilegais a
prestadores de serviços em suas campanhas ou fora delas.
"São
mentirosas e descabidas as narrativas dos delatores sobre supostos diálogos
acerca dos pagamentos de serviços de marketing. Dilma Rousseff jamais conversou
com João Santana ou Mônica Moura a respeito de caixa dois ou pagamentos no
exterior. Tampouco tratou com quaisquer doadores ou prestadores de serviços de
suas campanhas sobre tal assunto", diz trecho da nota.
Ainda
conforme a assessoria, é fantasiosa a versão de que ela informava delatores
sobre o andamento da Lava Jato. "Causa ainda mais espanto a versão de que
por meio de uma suposta 'mensagem enigmática', conforme a fantasia dos
delatores, a presidente tivesse tentado 'avisá-los' de uma possível prisão. Tal
versão é patética."
A
assessoria da ex-presidente informou ainda que é falsa a afirmação de que ela
teria recomendado que os delatores ficassem no exterior e "é risível
imaginar que a presidente da República recebeu informações de forma
privilegiada e ilegal ao longo da Lava Jato".
O
ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardoso afirmou, por meio de nota, que a
ex-presidente Dilma Rousseff nunca recebeu dele ou de qualquer órgão do
Ministério da Justiça informações sobre investigações em curso que não tivessem
sido oficialmente transmitidas pelas autoridades competentes. Segundo Cardozo,
Dilma "apenas foi cientificada desta determinação no momento em que estava
sendo consumada, sendo absolutamente inverossímil que pudesse repassá-la, a
quem quer que seja, dias antes da consumação desse fato".
Ele
declara, também, que Dilma "nunca interferiu ou solicitou a qualquer órgão
do Ministério da Justiça a obtenção ilegal de informações sigilosas".
ODEBRECHT
Por
meio de sua assessoria, a Odebrecht informou que está colaborando com a Justiça
no Brasil e no exterior. "Já reconheceu os seus erros, pediu desculpas
públicas, assinou um acordo de leniência com as autoridades do Brasil, EUA,
Suíça e República Dominicana, e está comprometida a combater e não tolerar a
corrupção em quaisquer de suas formas", diz nota da empresa. Fonte: Folha de São Paulo - 12/05/2017
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