sábado, 29 de abril de 2017

Privilégio – A nau dos insensatos

Esse problema da previdência sobre privilégio ou direito adquirido, lembra muito, viagem de navio. Todos estamos no navio,  “NAU DOS INSENSATOS”, mas alguns conseguiram comprar o bilhete azul, que dá o direito de viajar e usufruir das mordomias da primeira classe e alguns ainda outros conseguiram o bilhete “golden star” é a classe especial da especial.

No lastro para dar a estabilidade ao navio, a classe econômica, que não tem acesso a primeira classe e usufruir das benesses. Na primeira classe, os turistas (colocar a palavra  turista, para não ferir os brios de ninguém, porque pode aparecer algum Percival), tomando sol, passeando com “mimi”, nadando,  almoços, jantares especiais, noites maravilhosos, céu cheio de estrelas, etc.

À noite, aqueles bailes de gala,  traje a caráter, a orquestra alegrando o ambiente. Num dado instante o navio é sacudido e o comandante explica ao pessoal da primeira classe, não é nada,  pode ser a caldeira, falta de combustível. E a música continua, play again. Enquanto isso na classe econômica, os turistas sentem que o piso está molhando, as coisas estão ficando feias e não podem passar para o nível da primeira classe. As classes desse navio são extremamente estratificadas.

Outra sacudida e o comandante fica preocupado e pede ao imediato um relatório. Recebe a notícia, que o navio está inundando e decide colocar os tripulantes em estado de emergência. E o comandante para não criar pânico, novamente,  a orquestra, play again. E a orquestra tocando e a água invadindo agora, a primeira classe. Aviso, abandonar o navio. As mulheres, as crianças, os idosos com prioridade.

Os turistas de bilhete azul e golden star exigem prioridade para utilizar os barcos. Enquanto isso, na classe econômica, pouquíssimos conseguiram  alcançar a primeira classe. A maioria morreu. Enquanto isso, o pânico tomou conta na hora da evacuação  e a orquestra não sabia o que fazer, continuava a tocar, play again. E o mar esperando, com sua água gelada, não fazia  distinção de classe, estava cobrando a sua parte. A maioria morreu congelada.
É O NOSSO BRASIL TAITANIQUE. AQUI JAZ, MAIS UMA GERAÇÃO DE SONHOS PERDIDOS.

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