quarta-feira, 15 de março de 2017

Conflito na Síria completa seis anos

Em 15 de março de 2011, a revolta tomou as ruas das principais cidades do país, em um chamado "dia de fúria" que marca o início do conflito na Síria. Nos dias seguintes, o Exército começou a reprimir brutalmente os manifestantes, matando dezenas.
O que começou como um levante popular contra um regime autoritário se transformou em uma tragédia humanitária de proporções históricas.
Nesta quarta-feira  (15), a guerra na Síria completa seis anos, acumulando mais de 470 mil mortos e 11,2 milhões de pessoas forçadas a deixar suas casas. Destas, 4,9 milhões buscaram asilo em outros países, alimentando a crise global de refugiados.
O país segue em um atoleiro de violência sem perspectivas de paz no horizonte. Representantes de grupos rebeldes e do regime sírio reúnem-se periodicamente em negociações patrocinadas por potências mundiais, mas fracassam em encontrar uma solução política para além de tréguas temporárias.

CRONOLOGIA
Março de 2011-Protestos contra o ditador Bashar al-Assad são reprimidos
Julho de 2012-Rebeldes tomam o controle de Aleppo, principal centro comercial do país
Setembro de 2013-ONU aponta uso de armas químicas em ataque próximo a Damasco que deixou 300 mortos
Junho de 2014- Estado Islâmico proclama "califado" em partes da Síria e do Iraque
Setembro de 2014 - Começam ataques aéreos de coalizão liderada pelos EUA contra posições do EI
Setembro de 2015-Rússia começa bombardeios na Síria em defesa de Assad
Agosto de 2016-Exército turco invade norte da Síria para combater o EI e conter avanço dos curdos
Dezembro de 2016 - Após meses cercados pelo regime, rebeldes são expulsos de Aleppo
Fonte: Folha de São Paulo - 15/03/2017 02h00

Comentário:

PAÍSES ENVOLVIDOS NO CONFLITO:

SÍRIA
Quanto às alianças externas, Assad conta com o apoio do Irã,  do grupo libanês Hezbollah e de milícias do Iraque, formando um “eixo xiita” no Oriente Médio.

EUA
Opõe-se a Assad e ao "EI" e apoia grupos rebeldes moderados.

RÚSSIA
Opõe-se ao "EI" e outros rebeldes, mas apoia Assad. O Kremlin tem sido um aliado constante do regime sírio, mesmo antes do início do conflito. Além de um comprador importante para sua indústria bélica, a Rússia tem um interesse estratégico na Síria: mantém a base naval de Tartus, sua única no Mar Mediterrâneo.

IRÃ
Opõe-se ao "Estado Islâmico" e militantes islâmicos de orientação sunita. Apóia o governo de Assad. O país segue a tradição xiita do Islã.

ARÁBIA SAUDITA
Opõe-se a Assad. Apóia os rebeldes sunitas.
A Arábia Saudita é um dos principais financiadores de rebeldes de orientação sunita, incluindo alguns mais radicais. Outros países árabes que fazem parte da coalizão liderada pelos EUA são Catar, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Jordânia.

TURQUIA
Apoia a coalizão liderada pelos EUA e também grupos rebeldes. Opõe-se ao regime de Assad e a separatistas curdos. Turquia, país muçulmano também de maioria sunita, é outra potência regional envolvida no conflito sírio.

REBELDES
Longe de compor uma frente comum homogênea, os rebeldes presentam mais de 40 facções armadas, com entre 100 e 1.500 combatentes cada uma.

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