terça-feira, 7 de setembro de 2010

Independência do Brasil: Pedro Américo e Napoleão Bonaparte


O que há de comum entre esses quadros?

O quadro de Pedro Américo (primeiro quadro, pintado por encomenda do governo imperial para retratar a Independência, é de fato uma construção mitológica. Na verdade, a cena não aconteceu. No lugar do cavalo, ele estava montado em uma mula, que era o jeito correto de fazer uma viagem na época; vestia roupas simples parecidas com a dos tropeiros. Essa é a cena verdadeira, é mais brasileira e próxima do que de fato aconteceu.

Alguns historiadores dizem que Pedro Américo teve como referência para o seu trabalho o quadro de Meissonier. Portanto, tratou-se de um "plágio ou cópia ou inspiração". D. Pedro I, assim como Napoleão Bonaparte, está montado no cavalo posto em uma elevação, cercado por uma pequena comitiva e fazendo o mesmo gesto.

Napoleão segura seu chapéu com a mão direita e D. Pedro I  segura com a mão direita  sua espada. Ambos estão na mesma posição do quadro. À direita, aparecem os cavalos. Meissonier os pintou como que saindo do quadro. Pedro Américo pintou os cavalos invertendo a posição deles.

Comentário: Interessante a cópia com inspiração em Napoleão Bonaparte, pois a Família Real fugiu de Portugal por temer a invasão das tropas napoleônicas em novembro de 1807 . A Família Real veio para o Brasil  escoltada pela Marinha Inglesa. O nosso jeitinho, parece-me, que vem desde daquela época, pois Portugal aceitava o bloqueio imposto pela França contra Inglaterra, mas às escondidas, fazia negócio com esse país. Napoleão Bonaparte ficou sabendo, fez  um ultimato: ou fechava os portos à Inglaterra ou a França invadiria Portugal E a Família Real veio para o Brasil. E assim começava a história  do Brasil.

Jean-Louis-Ernest, Meissonier foi um pintor e ilustrador francês de assuntos militares e históricos, especializando-se em batalhas Napoleônicas .

domingo, 5 de setembro de 2010

7 de setembro: Independência do Brasil

Quadro: Pedro Américo - Independência

Misto de improviso e sorte marcaram a Independência

Em seu novo livro, 1822, o jornalista Laurentino Gomes conta como foi o Brasil de dom Pedro I. 

Apesar de a Independência ter sido declarada em 1822, demorou nove anos para que o Brasil deixasse efetivamente de pertencer aos domínios de Portugal: só em 1831, com a abdicação do imperador dom Pedro I, é que os brasileiros sentiram, na prática, o que significou o grito de independência ou morte. Antes de dom Pedro largar o poder, o país – mesmo em sua suposta liberdade – continuou sendo governado por um imperador que se dividia entre os interesses brasileiros e portugueses. Com a morte do pai dele, dom João VI, em 1826, por exemplo, a Cons­tituição lusitana foi aplicada por aqui também.

Dom Pedro quis manter um pé em cada canoa e isso contribuiu para desgastar a figura dele durante o primeiro reinado. Ele ainda estava de olho, ao mesmo tempo, nos futuros tronos de Brasil e Portugal. Tanto que aqui deixou seu filho e lá conseguiu tornar imperadora a filha mais velha, Maria da Glória, que ficou com o título de Maria II. “Dom Pedro rapidamente se converte de herói a vilão. Depois do grito da independência, ele é coroado em 1.º de dezembro. É o grande herói nacional celebrado no país inteiro. Mas sua índole autoritária e seu romance com a amante Marquesa de Santos ajudam a enfraquecer sua imagem”, afirma o jornalista Laurentino Gomes, que acaba de lançar o segundo livro sobre a His­tória do Brasil. O novo título é 1822, em que o autor analisa um período de 13 anos, do retorno de dom João VI a Portugal, em 1821, até a morte de dom Pedro I, em 1834.

Seria mesmo dom Pedro capaz de morrer pelo Brasil, como prometeu no dia 7 de setembro? Laurentino acredita que sim, “porque ele era brasileiro de coração”. Devido às circunstâncias políticas da época, contudo, ele acaba sendo obrigado a cuidar também dos interesses de Portugal. “É uma opção difícil que o deixa fragilizado diante dos brasileiros. Ele vai a Portugal em 7 de abril de 1831 para enfrentar o irmão mais novo, dom Miguel, que havia dado um golpe para chegar ao poder. Ele recupera o trono e o entrega a sua filha”, diz.

A partir da saída de dom Pedro I, o Brasil começa a sua independência com a regência provisória, de 1831 a 1840. Esse período é marcado por rebeliões sangrentas, como a Revolução Farroupilha, a Cabanagem e a Sabinada. Em 1840, dom Pedro II assume a coroa pelo golpe da maioridade (tinha 14 anos na época) e foi o primeiro imperador nascido no Brasil a comandar o país. “Ele é um homem muito diferente do pai. Não era intempestivo, aventureiro e boêmio. Pelo contrário, era estudioso e muito preocupado com a própria imagem”, explica. O resto da história deste jovem imperador fica em suspense, por enquanto, porque Laurentino pretende lançar, daqui a três anos, outro livro com o título 1889, que vai falar de dom Pedro II e da Proclamação da República no Brasil.

A Independência

O quadro de Pedro Américo, pintado por encomenda do governo imperial para retratar a Independência, é de fato uma construção mitológica. O Brasil estava às vésperas da Proclamação da República e a monarquia estava fragilizada, por isso dom Pedro I precisava aparecer limpo e imponente na pintura para ter uma boa imagem diante da opinião pública. Na verdade, a cena não aconteceu. No lugar do cavalo, ele estava montado em uma mula, que era o jeito correto de fazer uma viagem na época; vestia roupas simples parecidas com a dos tropeiros e estava com dor de barriga porque tinha ingerido alguma comida estragada em Santos. “Essa é a cena verdadeira, é mais brasileira e próxima do que de fato aconteceu. Não por isso, menos importante”, cita Lau­rentino.

A notícia ocorrida em território paulista foi espalhada lentamente pelo vasto território brasileiro – em Santa Catarina, por exemplo, demorou dois meses para chegar. Apesar de ter ocorrido em 7 de setembro, o dia da Indepen­dência é comemorado, na Bahia, na data em que houve a expulsão das tropas portuguesas do país, em 2 de julho de 1823.

Ideia imatura

O primeiro caso que influencia os rumos para a Independência é o retorno de dom João a Portugal. Ele vai embora e deixa o país falido, pois havia esvaziado os cofres do Banco do Brasil. Não havia mais exército nem navios. Existia, sim, uma grande chance de o Brasil se dividir em três ou quatro países independentes, como ocorreu na América Espanhola. Mas aconteceu justamente o contrário: com a Indepen­dência, mesmo que não planejada, o Brasil ficou unido. “Digo no livro que a Independência foi uma espécie de combinação da sorte, improvisação do acaso com alguma sabedoria”, diz Laurentino.

Há muita improvisação. Dom Pedro I vai a Minas Gerais em março de 1822 para apaziguar a província que ameaçava se separar do Brasil. Depois consegue o mesmo feito em São Paulo e Rio de Janeiro. “Digo que ele assegura a fidelidade [com a promessa de Independência] com o que eu chamo de coração do Brasil”, explica.

A sorte foi grande porque o Brasil tinha um destacamento militar português que poderia ter se rebelado, mas aceitou o grito de liberdade. Dom Pedro, porém, tinha apenas 23 anos, era inexperiente e ousado demais, por isso contou com a sabedoria da esposa, Leopoldina de Bragança e Bour­bon, e com o fiel José Bonifácio de An­­drada e Silva. O projeto de Boni­fácio consistia em deixar o poder centralizado na figura de um rei, após a Independência, já que o contrário poderia gerar uma guerra civil com resultados muito mais violentos. E mesmo assim houve combates, como a Confe­­deração do Equador, em 1824, para tornar Pernambuco independente. A insatisfação foi resultado também do fato de o imperador dissolver a Constituinte de 1822 e criar outra em 1824 a seu bel-prazer.

O Brasil nunca teve um projeto concreto de Independência, pois a maioria das forças brasileiras desejava continuar fazendo parte do Reino Unido (Brasil, Portugal e Algarves), porque, do ponto de vista econômico, era mais rentável ter abertura com o mercado europeu. Para Laurentino, esta união, mesmo que entre países independentes, existe simbolicamente até hoje por meio da cultura, da música e da novela. “Todos os anos atravessam o oceano 220 mil portugueses e brasileiros em viagem de turismo ou negócios. O Reino Unido, de certa forma, deu certo.”

PERSONAGENS

Dom Pedro teve 20 filhos

O livro 1822, de Laurentino Gomes, traz detalhes da História pouco conhecidos pelos brasileiros. Um deles é o fato de dom Pedro I ter tido 20 filhos em relações extraconjugais e ter reconhecido a paternidade de todos eles. “Era um pai amoroso que trocava cartas com todos. Só que na monarquia as pessoas, antes de serem de carne e osso, eram instituições do Estado. O que quero dizer é que o fato de ele deixar no Brasil, com 5 anos, o filho dom Pedro II foi feito se pensando que ali ficava o futuro imperador do Brasil”, diz Laurentino Gomes.

Já a mulher de dom Pedro, Leopoldina de Bragança e Bourbon, envelheceu 30 anos somente os nove anos em que ficou no Brasil. Além de ter se enganado ao pensar que chegaria no paraíso (aqui sofreu com o calor e os mosquitos), ela cai em depressão ao saber que o marido tinha diversas amantes. “Em uma viagem para a Bahia, o imperador leva a amante [Marquesa de Santos] no mesmo barco e Leopoldina tem de suportar a situação. Depois a marquesa vira dama da imperatriz. Imagine Leopoldina tendo de aguentar a presença desta mulher até na hora de ir dormir”, comenta.

Livro

“O livro mostra que Brasil era este que ficava para trás com o retorno de dom João VI a Portugal. Eu teria razões suficientes para acreditar, ao ver o país em 1822, que ele seria inviável na sua forma atual.” Laurentino Gomes, jornalista e autor dos livros 1808 e 1822. Livro 1822, de Laurentino Gomes; editora Nova Fronteira; 351 páginas; preço sugerido R$ 44,90.Fonte: Gazeta do Povo - Publicado em 04/09/2010 | Pollianna Milan

Comentário:  Como a sociedade não tomou parte na independência e como também na proclamação da República, o brasileiro em geral  não tem noção de sociedade, coletivo, em que todos estão preocupados com propósitos de constituir uma comunidade, país, etc. Colocamos  o interesse individual diante do coletivo. A nossa independência e posteriormente a proclamação da república  foram mais um ato simbólico do que uma exigência da época, por parte da sociedade. Por causa disso não temos consciência da importância de nossos símbolos pátrios. Veja as comemorações das datas históricas do país, algumas são lembradas e outras não. O brasileiro está mais preocupado em gozar o feriado do que realmente participar dessas comemorações históricas.



sábado, 4 de setembro de 2010

Fidel Castro fez discurso 'do século passado'

Blogueira e uma das vozes mais fortes da oposição em Cuba, a jornalista Yoani Sánchez acredita que o discurso de Fidel Castro desta sexta-feira, o primeiro em público em quatro anos, serviu mais para atrair a atenção da mídia internacional do que o povo da ilha. Em entrevista, ela disse que o ex-presidente procura recuperar o período de afastamento para ocupar o espaço quase onipresente que tinha antes de sua doença o tirar do poder.

- Ele fez o discurso num lugar muito simbólico. Apesar de falar a um público de menos de 30 anos, fez um discurso do século passado, da Guerra Fria, que não dá soluções e só anuncia desastres. Não somente os opositores, mas a maioria dos cubanos sequer ligou a TV - comentou Yoani.

Fidel falou a milhares de jovens na Universidade de Havana, num discurso que, ao contrário de suas antigas oratórias de até cinco horas, durou apenas 45 minutos. Ele falou da mesma escadaria onde, há 60 anos, iniciou sua carreira política.

Para a jornalista, a impressão é de que o desejo de Fidel é "voltar a tomar o controle".

- Não sei se sua saúde e mente estão preparados para isso. Sem dúvida alguma, suas aparições estão cada vez mais frequentes, e sua intromissão nos espaços públicos da TV é um sinal inequívoco de que quer retomar, ao menos, a presença, o espaço quase onipresente que tinha antes de sua doença o tirar do poder em julho de 2006 - afirmou.

A blogueira destacou ainda o fato de o líder cubano ter feito referência à URSS como "se ela ainda existisse", o que para ela mostra o tempo em que "ele realmente está vivendo".

- Teve um momento em que ele falava da possível guerra entre Estados Unidos e Irã, quando mencionou a URSS como se ela existisse ainda. É como se Fidel Castro estivesse preso nos anos 70 e 80, quando a União Soviética era um conglomerado de nações que decidia e tomava posições fortes - completou Yoani Sánchez.

Fonte: Globo Online - 03/09/2010 

Comentário: O Mundo mudou e a geração de cubanos também mudou, ele ainda não percebeu. Sempre esqueceu de fazer um discurso  para a sociedade cubana. Fidel como comunista sempre foca que a culpa dos problemas cubanos é o imperialismo ianque, para cobrir a incompetência  ou a fantasia  de estabelecimento de uma sociedade igualitária, propriedade comum e o controle dos meios de produção. Imagina um dinossauro no século XXI, é o comunismo, fora da realidade.

Os principais tópicos do catecismo comunista que geraram fracassos, que Cuba adotou quase tudo.

1. Expropriação da propriedade latifundiária e emprego da renda da terra em proveito do Estado;

2. Imposto fortemente progressivo;

3. Abolição do direito de herança;

4. Confiscação da propriedade de todos os emigrados e sediciosos;

5. Centralização do crédito nas mãos do Estado por meio de um banco nacional com capital do Estado e com o monopólio exclusivo;

6. Centralizarão, nas mãos do Estado, de todos os meios de transporte;

7. Multiplicação das fábricas e dos instrumentos de produção pertencentes ao Estado, arroteamento das terras incultas e melhoramento das terras cultivadas, segundo um plano geral;

8. Trabalho obrigatório para todos, organização de exércitos industriais, particularmente para a agricultura;

9. Combinação do trabalho agrícola e industrial, medidas tendentes a fazer desaparecer gradualmente a distinção entre a cidade e o campo;

l0. Educação pública e gratuita de todas as crianças, abolição do trabalho das crianças nas fábricas. Combinação da educação com a produção material etc.

Concertación do PT

Pelo jeito a palavra Concertación está em moda no Brasil e talvez perdure por muitos anos no país. A coalizão do PT  vai desde partido fisiológico como PMDB, comunistas, socialistas, partidos radicais da esquerda, etc. e outros conforme interesse em cada Estado. É um exército de mercenários imbuídos praticamente para assumir  a Nação, principalmente o Congresso. Os partidos não têm interesse de ideologia, preocupando-se apenas ganhar a eleição de qualquer jeito. Desde o início da República existe uma máxima, o que vale é o  poder. A ideologia é utilizada como se fosse marketing para apontar as necessidades dos segmentos  da sociedade, principalmente a pobreza,  nada mais. A pobreza é o cavalo de Tróia dos partidos para chegar ao poder.

Crescimento demográfico e pobreza

Em 1900 o Brasil tinha uma população de 18.134.000, enquanto os EUA tinham em 1900,  uma população de  75.994.000  A população dos EUA era quatros vezes a população brasileira. Hoje o Brasil tem uma população de 192 milhões enquanto os EUA têm uma população de 309 milhões, incluindo 11 milhões de imigrantes. Nesse período a proporção da população EUA e Brasil reduziu de 4,2 vezes para 1,6. O problema social do Brasil é provocado muito mais pelo crescimento acelerado da população principalmente das camadas mais pobres do que provocado pelo crescimento da economia. A economia não provocou a exclusão social e sim o crescimento populacional foi maior do que a atividade econômica poderia absorver.  Se a proporcionalidade de 1900 mantivesse os EUA estariam atualmente em crise social para atender uma população  de 768 milhões.

Cidades populosas: EUA e Brasil

Os EUA têm 13 cidades com mais de 1 milhão de habitantes, incluindo Nova York

O Brasil tem 15 cidades com mais de 1 milhão de habitantes, incluindo São Paulo

PIB

A economia dos Estados Unidos é a maior economia nacional do mundo. Seu produto interno bruto nominal (PIB) foi estimado em 14,2 trilhões dólares em 2009. A economia do Brasil tem um  produto interno bruto próximo a 2 trilhões de dólares  O PIB dos EUA é sete veszes maior do que do Brasil e a relação da população é 1,6 maior dos EUA. isto significa que os EUA deram prioridade a educação e ao crescimento industrial. 

Educação

Os EUA desde sua época de Colônia preocupavam com a educação. Em 8 de Setembro de 1636  foi fundada a Universidade de Harvard. A Universidade mais importante do país, a Universidade de São Paulo foi criada em 1934. Existe um fosso educacional de quase 300 anos. A educação no Brasil nunca foi prioritária desde o Império

Herança do analfabetismo no Brasil

Ao apresentarmos uma síntese dos dados sobre analfabetismo no Brasil, o primeiro ponto a considerar é que se trata de um problema que possui uma longa história no País. Assim, em sua interessante obra História da instrução pública no Brasil (1500- 1889), escrita em 1889, José Ricardo Pires de Almeida, comenta o fato de que no Brasil Colônia "havia um grande número de negociantes ricos que não sabiam ler". Prova disto é que, no Império, admitia-se o voto do analfabeto, desde que, é claro, este possuísse bens e títulos.

Comentário: Veja o exemplo do nosso presidente, teve  tempo desde quando era sindicalista para estudar, não estudou. Essa cultura de não estudar está inserida na camada mais pobre, em que eles colocam como prioritário o trabalho  e não o estudo. Eles não compreendem que a nova economia ou era da tecnologia não necessita mais da  mão de obra excedente para o trabalho. Para os pobres o trabalho é uma coisa palpável, você trabalha em troca  você tem a sua remuneração. Enquanto a educação é uma longa aprendizagem, porém o pobre não visualiza  que mais tarde, ele terá a remuneração proporcional ao seu conhecimento.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

TransHavana de Cuba


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Transhavana  é o sistema de transporte público urbano que opera na região metropolitana da cidade de  Havana, capital de Cuba. A operação completa da rede integrada foi implantada a partir da revolução cubana.







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Transporte público - Hay dos tipos de autobuses que operan por la ciudad, conocidos como guaguas y camellos. Ambos tipos están masificados y no tienen horarios fijos. La mayoría de los visitantes evitan utilizar este medio de transporte, a menos que estén familiarizados con las rutas. El billete se paga en cuanto se monte en el autobús. No hay muchos 



 

Situação de mineiros é mais parecida com a de soldados

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A situação dos 33 trabalhadores bloqueados desde o dia 5 a 700 metros de profundidade em uma mina no norte Chile se assemelha mais à de soldados em uma missão de guerra do que à de astronautas ou tripulantes de um submarino, afirmaram especialistas.

"[Astronautas, marinheiros e pesquisadores polares] são voluntários", explicou o psicólogo e pesquisador sobre isolamento Lawrence Palinkas, da Universidade do Sul da Califórnia (USC), em entrevista ao site do Discovery Channel. "Eles sabem que seu isolamento vai acabar. Esses mineiros não estão seguros disso", contrapôs.

No caso das missões simuladas dos astronautas, o fato de que os participantes tem conhecimento de que podem interromper a atividade quando quiserem torna as condições muito diferentes, segundo os estudiosos.

"Quando você intensifica o nível psicológico, há miséria física, separação [das famílias], incerteza e ambiguidade sobre o futuro", explicou o coronel Tom Kolditz, da academia de West Point, do Exército norte-americano.

Por isso, a situação se assemelharia mais à de soldados em uma missão de combate prolongada. O lado positivo seria o de que estas condições psicológicas foram bastante estudadas, e há muitos precedentes aos quais olhar para ajudar os mineiros do Chile.

Segundo Kolditz, a iniciativa dos trabalhadores bloqueados de já ter nomeado seu líder é típico desses episódios, e é chamada de "liderança de emergência".

Um dos fatores mais perigosos para a moral dos operários é, pelo contrário, a situação das famílias. "Essas pessoas são todas pobres, e sabem que a companhia mineradora está à beira da falência, e isso provoca ansiedade, unida ao sentido de impotência porque não podem interferir", explicou ele.

Ainda de acordo com os especialistas, é importante que os homens instituam rotinas, como recomendou a equipe médica que os acompanha em Copiapó, onde fica a mina San José, a fim de ter "pontos firmes" que dividam os dias.

"No Vietnã, por exemplo, se requisitava aos soldados empenhados por 50-80 dias para fazer a barba todos os dias -- uma pequena coisa, mas importante quando todo o resto era incerto", acrescentou o coronel.

Nas primeiras horas da manhã de hoje, chegariam a Copiapó os quatro profissionais enviados pela Agência Espacial Norte-americana (Nasa, na sigla em inglês) para ajudar nos trabalhos de manutenção física e psicológica dos operários presos.

Ontem, a máquina Strata 950, que fará a perfuração até o ponto onde estão os 33 homens -- que ficaram bloqueados depois que um desmoronamento impediu a saída da mina -- começou suas atividades. O resgate pode levar até quatro meses, enquanto outras alternativas estão sendo estudadas pelo governo chileno. Fonte: UOL Noticias - 01/09/2010  

Comentário:Interessante, hoje, tudo mundo está voltado para o que se está passando com os mineiros chilenos na mina de San Jose. Todos estão torcendo pelo resgate tenha sucesso. Mas somente com o desastre a sociedade  fica conhecendo  o tipo de trabalho que alguns trabalhadores  fazem para que uma parte da sociedade usufrua dessa atividade econômica. É um trabalho duro, um trabalho sujo, não no sentido pejorativo, mas sim nas condições ambientais em que ele é executado.

São autênticos soldados de trincheiras  acompanhados pelas fatalidades inerentes a essa  atividade;

■ dificuldades subterrâneas devido à escuridão, calor, umidade, falta de espaço, radiação, exposição a gases (como metano), e pressão atmosférica.

■ riscos específicos do trabalho: explosivos, desabamento, incêndio, trabalho físico, ruído, vibração, poeira.

■ inalação de vapores de explosivos, motores a diesel, etc.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Salmão é geneticamente alterado nos Estados Unidos


Foto: Uma espécie de salmão de águas atlânticas foi geneticamente alterada para gerar peixes maiores. Na imagem, o peixe ao fundo foi manipulado no AquaBounty Technologies. O salmão alterado possui quase o dobro do comprimento do original. A agência norte-americana para controle sanitário irá decidir se consumo do peixe será autorizado. (Foto: REUTERS / Barrett & McKay Photo / AquaBounty Technologies / Handout)

FDA decidirá se salmão transgênico pode ser consumido nos EUA

No dia 19, agência dará início a reunião de três dias para discutir aprovação do 'AquAdvantage'

WASHINGTON - Autoridades de saúde americanas devem decidir se um salmão geneticamente modificado, que cresce mais e mais rápido que os naturais, pode ser liberado para o consumo nos Estados Unidos. Se a decisão for favorável, esse será o primeiro animal transgênico presente à mesa da população no país.

No dia 19 de setembro, a agência de vigilância sanitária Food and Drug Administration (FDA) dará início a uma reunião de três dias para discutir a possibilidade de aprovar o salmão modificado, chamado de AquAdvantage. Consultores externos vão oferecer dados e aconselhamento, embora a FDA tome a decisão final posteriormente.

A empresa de biotecnologia Aqua Bounty Technologies Inc., de Massachusetts, busca aprovação para vender o salmão transgênico para criadores em todos os Estados Unidos. O peixe é manipulado para crescer o dobro que o tradicional salmão do Atlântico, algo que, segundo a companhia, poderia impulsionar o setor pesqueiro americano e reduzir o impacto sobre o meio ambiente.

Mas especialistas em defesa do consumidor e em segurança alimentar estão preocupados que a alteração genética dos peixes possa ter o efeito contrário, levando a uma agricultura mais industrial e a uma potencial evasão para o campo. Os efeitos colaterais do consumo do peixe também são desconhecidos, com poucos dados para mostrar que ele é seguro.

"Estão, basicamente, colocando os peixes sob hormônio de crescimento permanente para que possam vender animais maiores e mais rapidamente", disse o analista político Jaydee Hanson, da ONG Centro para Segurança Alimentar.

A iniciativa também levanta questões sobre a industrialização dos suprimentos alimentares do país, numa época em que os consumidores - irritados com recalls de ovos e outros produtos - estão cada vez mais preocupados com segurança e interessados em refeições produzidas localmente.

Se a luz verde for dada pela FDA, o salmão pode ser seguido por uma truta e uma tilápia geneticamente modificadas pela Aqua Bounty. Outros cientistas também estão desenvolvendo porcos e vacas transgênicos para o consumo. Atualmente, os Estados Unidos já permitem vegetais transgênicos.

"Esse é um salmão do Atlântico em todos os sentidos mensuráveis", disse o presidente executivo da empresa, Ronald Stotish. "Quando você olha para o peixe, é impossível ver a diferença", completa.

A possibilidade de os consumidores aceitarem ou não animais geneticamente modificados pode impulsionar ou quebrar a empresa de biotecnologia, que aposta seu futuro nessa técnica desde que espera por uma aprovação, há 15 anos. Em 2009, a companhia registrou uma perda de US$ 4,8 milhões após uma reestruturação, em 2008, para preservar o caixa e se concentrar em terminar o processo de aprovação na FDA. Neste ano, a Aqua Bounty viu suas ações subirem 75%, para US$ 16 cada. Fonte: Estadão - 31 de agosto de 2010

Comentário: Imagina um peixe GM (geneticamente modificado) escapar das instalações de engradados  flutuantes no mar o que poderá acontecer com o salmão  nativo? Competição pelo alimento? O que poderá acontecer no organismo humano? Algum criador poderá soltar esses peixes GM no mar o que poderá acontecer a longo prazo? Mais uma tecnologia tirado da caixa de Pandora.