sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Morte pelo uso de piercing

bligo-PiercingTongue.jpgBritânica morre de infecção depois de colocar piercing na língua

Amanda Taylor morreu de septicemia dois dias depois de colocar o adorno em uma loja do País de Gales.

Uma britânica de 34 anos morreu de infecção generalizada dois dias depois de colocar um piercing na língua.

Amanda Taylor, do País de Gales, desenvolveu septicemia depois de ter o adorno colocado em uma loja da cidade galesa de Cardiff. No dia seguinte, Taylor reclamou de dores de garganta e inchaço na língua e foi diagnosticada com amigdalite.

O clínico geral de Taylor receitou antibióticos, mas, um dia depois ela desmaiou em casa e morreu.

A polícia de Cardiff está investigando a morte e pediu que autoridades do município retirassem amostras da loja onde Taylor colocou o piercing.

De acordo com o inquérito aberto depois de sua morte, a britânica morreu de infecção generalizada depois que bactérias que estavam em sua garganta entraram em sua corrente sanguínea através do local do piercing.

"O ponto de entrada para a infecção foi o piercing", disse a médica legista Wendy James. "Uma vez que o organismo entra na corrente sanguínea, pode causar infecção por estreptococos sistêmica."

"Estreptococos é uma bactéria extremamente potente, se cair na corrente sanguínea pode levar muito rapidamente a consequências fatais", acrescentou.

Exames

Os exames feitos na britânica não comprovaram uma ligação entre a loja onde Taylor colocou o piercing e a infecção que a matou.

A irmã de Taylor, Ceri Taylor-Wood, afirmou em seu depoimento que sua irmã era "saudável". "Ela trabalhava 70 horas por semana e estava constantamente ativa", disse ela.

"Ela queria colocar um piercing na língua havia algum tempo, mas nossos pais não permitiam. Mas, no final, eles desistiram, pois era um presente pelo aniversário de 34 anos", acrescentou.

Os legistas registraram morte natural como a causa da morte de Amanda Taylor. No entanto, para a legista Wendy James, "é aparente que antes de Amanda colocar o piercing ou logo depois ela contraiu a amigdalite".

A legista afirmou que não há provas de que ela foi infectada com a bactéria estreptococos enquanto estava na loja onde colocou o piercing.

"A morte de Amanda destaca a importância das checagem se a pessoa recebendo o piercing e os funcionários da loja estão saudáveis", acrescentou. Fonte: G1 - 15/10/2010


Comentário: Nota-se no vídeo que o instrumento já está na mesa, pega uma caneta para marcar o ponto na língua, todo instrumento, papel, ficam na mesa. Nada de esterilização. O piercing e o instrumento deveria sair do equipamento de esterilização. O instrumento e o piercing fica no ambiente sem proteção, ambiente contaminado. O lenço que tira da língua fica em cima do instrumento e do piercing, contaminando esses materiais. Todo material fica na mesa. Não há preocupação com a contaminação. Na boca identificaram mais de 700 espécies diferentes de germes vivendo em estilo comunitário na cavidade oral humana, Na língua foi encontrada 92 espécies de microorganismos.

A Escolha de Sofia? Serra ou Dilma

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 “Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam.” (Edmund Burke)


Aécio Neves pulou fora da corrida presidencial de 2010. Agora é praticamente oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo. Afinal, o futuro da liberdade está em jogo, sob grande ameaça. Nenhuma das opções é atraente. Nenhum dos candidatos representa uma escolha decente para aqueles que defendem as liberdades individuais. Será que há necessidade de optar? Ou será que o voto nulo representa a única alternativa?


Tais questões me levaram à lembrança do excelente livro O Sonho de Cipião, de Iain Pears, uma leitura densa que desperta boas reflexões sobre o neoplatonismo. Quando a civilização está em xeque, até onde as pessoas de bem podem ir, na tentativa de salvá-la da barbárie completa? Nas palavras do autor: “Usamos os bárbaros para controlar a barbárie? Podemos explorá-los de modo que preservem os valores civilizados ao invés de destruí-los? Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum?”


Permanecer na “torre de marfim”, preservando uma visão ideal de mundo, sem sujar as mãos com um voto infame, sem dúvida traz conforto. Manter a paz da consciência tem seus grandes benefícios individuais. Além disso, o voto nulo tem seu papel pragmático também: ele representa a única arma de protesto político contra todos que estão aí, contra o sistema podre atual. Somente no dia em que houver mais votos nulos do que votos em candidatos o recado das urnas será ouvido como um brado retumbante, alertando que é chegada a hora de mudanças estruturais. Os eleitos sempre abusam do respaldo das urnas, dos milhões de eleitores que deram seu aval ao programa de governo do vencedor, ainda que muitas vezes tal voto seja fruto do desespero, da escolha no “menos pior”.


Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável. Será que não valeria a pena ter fechado o nariz e eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista em 1933 na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao poder? Será que o fim de eliminar Hugo Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário? São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando penso nisso.


Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem. Ambos desejam mais governo. Ambos rejeitam o livre mercado, o direito de propriedade privada, o capitalismo liberal. Mas existem algumas diferenças importantes também. O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios – os mais abjetos – para tal meta. O PSDB parece ter mais limites éticos quanto a isso. O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista. O PSDB não chega a tanto.


Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal, as ONGs, as estatais, as agências reguladoras, tudo! O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo. Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme. O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.


Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e Dilma. Sim, Serra tem forte viés autoritário, apresenta indícios fascistas em sua gestão no governo de São Paulo, deseja controlar a economia como um czar faria, estou de acordo com isso tudo. Serra representa um perigo para as liberdades, isso é fato. Mas uma continuação da gestão petista através de Dilma é um tiro certo rumo ao pior. Dilma é tão autoritária ou mais que Serra, com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior, aquela existente em Cuba ainda hoje. Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos. Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?! Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados em direção ao socialismo “bolivariano”?


Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia: a derrota está anunciada antes mesmo da decisão. Mesmo o resultado “desejado” será uma vitória de Pirro. Algo como escolher entre um soco na cara ou no estômago. Mas situações extremas demandam medidas extremas, e infelizmente colocam certos valores puristas em xeque. Anular o voto, desta vez, pode significar o triunfo definitivo do mal. Em vez de soco na cara ou no estômago, podemos acabar com um tiro na nuca.


Dito isso, assumo que votarei em Serra, mas não sem antes tomar um Engov. Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa. Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio a Dilma. Meu voto não é a favor de Serra. E, no dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro ao governo Serra como sou hoje ao governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder. Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília. Ainda que depois ela seja substituída por outra parecida em muitos aspectos. Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade, ainda que momentâneo.


Respeito meus colegas liberais que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convincente de que o momento pede um pacto temporário com a barbárie, como única chance de salvar o que resta da civilização – o que não é muito.


Autor: Rodrigo Constantino: É formado em Economia pela PUC-RJ, e tem MBA de Finanças pelo IBMEC. Trabalha no setor financeiro desde 1997. É autor de cinco livros: "Prisioneiros da Liberdade", "Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT"", "Egoísmo Racional: O Individualismo de Ayn Rand" ,"Uma Luz na Escuridão" e "Economia do Indivíduo: O Legado da Escola Austríaca".


 Comentário: A Dilma  quando está falando ou explicando alguma coisa, lembra muito a época estudantil da década de 60. Parece mais uma presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE). A escolha tem de ser Sofia, o que menos pode causar danos ao País.A diferença entre PSDB e PT é que o PSDB é mais culto e o PT tem no seu DNA o ranço ideológico da esquerda da década de 60, nada mais é do que fomentar a luta de classe. O PT faz do Estado a extensão do seu partido, não está preocupado com a sociedade. Utiliza a sociedade como cavalo de Tróia para seus objetivos ideológicos. 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Una nariz para Aisha

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La joven mutilada por los talibanes en Afganistán que fue portada de 'Time' recupera su aspecto normal gracias a una reconstrucción facial


Aisha, la joven afgana sin nariz ni orejas que mostró al mundo el horror de los talibanes desde la portada de Time, ha recuperado su aspecto gracias a una prótesis de su nariz. Aisha, que fue la cara de un reportaje publicado por la revista bajo el título Que pasaría si dejamos Afganistán, relató a Time que su marido y la familia de éste le cortaron la nariz y las orejas, con la aprobación de un jefe talibán, como castigo por escaparse de él.


La polémica portada del 'Time' con el rostro de una mujer afgana de 18 años mutilada por los talibanes.-


La joven de 18 años se ha desplazado hasta California para someterse a la operación quirúrgica gracias a la ayuda de la Fundación Grossman Burn y la campaña que la institución lleva a cabo contra la violencia contra las mujeres. Aisha ha sido fotografiada esta semana en una entrega de premios de la fundación que ha pagado su operación. Allí ha recogido un galardón de mano de Maria Shriver, la esposa del gobernador de California, Arnold Schwarzenegger, quien ha destacado el ejemplo que ha supuesto Aisha.


El caso de Aisha ha sido expuesto como ejemplo de la situación en la que quedaría Afganistán si las tropas internacionales abandonaran el país de forma prematura. La portada de Time, no obstante también ha recibido críticas que acusan a la publicación de hacer chantaje emocional para justificar la continuidad de Estados Unidos en Afganistán.


Fuente: EL País - Madrid - 14/10/2010




Odisséia dos mineiros chegou ao final

 


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É incrível a capacidade humana diante de um desastre, ela consegue renascer das cinzas, como se fosse uma Fênix,  usando a tecnologia mais moderna para fazer um gesto de humanidade, para resgatar os mineiros que ficaram presos na mina a uma profundidade de quase 700 metros. Não mediram esforços econômicos e tecnológicos,  com três perfuratrizes, cada uma delas com características   distintas tentando chegar ao local.  


A perfuratriz T-130 chegou ao local de resgate e o mundo parou para assistir o resgate. O gerenciamento da emergência foi perfeito, envolvendo profissionais de diversos países que ajudaram a criar o procedimento de emergência necessário de pré-resgate e pós-resgate. Quando a tecnologia  é utilizada em beneficio do ser humano notamos a capacidade inventiva do ser humano, pois vemos em detalhe o local do desastre, a cápsula percorrendo o poço de resgate, etc.


Foi um resgate notável envolvendo profissionais de diversos países, com a responsabilidade de gestão de emergência dos especialistas chilenos. Saiu tudo perfeito. Parece-me que a mão invisível de Deus ajudou, nada de imprevisto.


bligo-MinaSanJose1.jpgÉ através do desastre vemos que as diferenças ideológicas das Nações são deixadas de lado,  se unem através de esforços  para a operação de resgate. Seria ideal se esses esforços fossem direcionados também para acabar coma fome do mundo. Talvez a esperança que move a humanidade algum dia chegaremos lá.


Desse desastre podemos tirar uma lição,  o que move o ser humano é a cidadania, fé, patriotismo e valorização da vida e família.


Foi a vitoria dos mineiros pela resistência, perseverança


Foi a vitória da tecnologia e do conhecimento


Foi a vitória da solidariedade


Começou “Estamos bien en el refugio. Ahora llegamos bien en la superficie.


 “A coisa mais autêntica sobre nós é nossa capacidade de criar, de superar, de suportar, de transformar, de amar e de sermos gratos até mesmo no nosso sofrimento.” Ben Okri

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

....... Y DESPUES DEL RESCATE, ¿QUE VIENE?

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Mirando las imágenes que mi televisor transmite,  la salida de los mineros desde su trampa mortal,   viendo todo lo que ha rodeado y seguirá rodeando no solo a la operación misma,  si no a las personas que salen de la mina.  Me pregunto con inquietud,  ¿acaso no será, que lo peor está por venir para estas treinta y tres familias?


El dinero,  la fama,  los intereses que se irán creando en torno al acontecimiento que ha marcado las vidas de estos mineros.  ¿No serán de alguna forma,  una segunda trampa mortal para ellos?


Mientras las luces brillen y su historia sea un bien explotable,  para las grandes cadenas de TV y la prensa.  Vivirán un sueño,  pero los sueños,  sueños son.


¿Cuanto falta para que la noticia nos sature,  el interés decaiga y su aventura no sea un éxito comercial? Tres meses,  seis meses,  un año.  En el ínter tanto  ¿cuantas  cosas importantes  lograrán ganar o retener? ¿Cuántas cosas efímeras tratarán de hacer perdurables?


Quizás y es lo que mas lamentaría, durante este proceso se hayan cambiando las cosas buenas y únicas de siempre, por el frío  brillo de las luces;  que mas temprano que tarde apuntarán hacia otro lado.


 


Cuando la marea baje y la realidad regrese…………

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Finlândia : A melhor escola do mundo

Como a Finlândia criou, com medidas simples e focadas  no professor, o mais invejado sistema educacional


Quem entra numa escola na Finlândia se espanta com a simplicidade das instalações. Era de esperar que o sistema educacional considerado o melhor do mundo surpreendesse também pela exuberância do equipamento didático. Na verdade, na escola Meilahden Yläaste, em Helsinque, igual a centenas de outras do país, as salas de aula são convencionais, com quadro-negro e, às vezes, um par de computadores. Apesar do despojamento, as escolas finlandesas lideram o ranking do Pisa, a mais abrangente avaliação internacional de educação, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O último teste, em 2006, foi aplicado em 400 000 alunos de 57 países. O Brasil disputa as últimas posições com países como Tunísia e Indonésia. O segredo da boa educação finlandesa realmente não está na parafernália tecnológica, mas numa aposta nas duas bases de qualquer sistema educacional. A primeira é o currículo amplo, que inclui o ensino de música, arte e pelo menos duas línguas estrangeiras. A segunda é a formação de professores. O título de mestrado é exigido até para os educadores do ensino básico.


Dar ênfase à qualidade dos professores foi um dos primeiros passos da reforma educacional que o país implementou a partir dos anos 70, e é nesse quesito que a Finlândia mais tem a ensinar ao Brasil. Quarenta anos atrás, metade da população finlandesa vivia na zona rural. A economia era dependente das flutuações do preço da madeira, já que 55% das exportações vinham da indústria florestal. Além dos bosques que cobrem 75% do território, o país só tinha a oferecer sua mão-de-obra barata. Os finlandeses emigravam em massa para vizinhos ricos, como a Suécia, em busca de melhores condições de vida. Preocupados com a má qualidade das escolas públicas, os pais estavam transferindo os filhos para instituições privadas de ensino. Em alguns desses aspectos, a Finlândia se parecia com o Brasil. A reforma educacional colocou a qualificação dos professores a cargo das universidades, com duração de cinco anos. Hoje, a profissão é disputadíssima (só 10% dos candidatos são aprovados) e usufrui grande prestígio social (é a carreira mais desejada pelos estudantes do ensino médio).


O segundo passo da reforma, em 1985, foi descentralizar o sistema de ensino. Por esse conceito, o professor é o principal responsável pelo desempenho de seus alunos: é ele quem avalia os estudantes, identifica os problemas, busca soluções e analisa os resultados. O Ministério da Educação dá apenas as linhas gerais do conteúdo a ser lecionado. "Isso só é possível porque os professores recebem um treinamento prático específico para saber lidar com tanta independência", disse a VEJA Hannele Niemi, vice-reitora da Universidade de Helsinque, que trabalha com a formação de professores há três décadas. O currículo escolar também é flexível, decidido em conjunto entre professores, administradores, pais e representantes dos alunos. A cada três anos, as metas da escola são negociadas com o Conselho Nacional de Educação, órgão responsável por aplicar as políticas do ministério. "Queremos que os professores e os diretores, que conhecem o dia-a-dia da escola, sejam responsáveis pela educação", diz Reijo Laukkanen, um dos membros mais antigos do Conselho Nacional de Educação.


O governo finlandês faz anualmente um teste com todas as escolas do país e o resultado é entregue ao diretor da instituição, comparando o desempenho de seus alunos com a média nacional. Cabe aos diretores e aos professores decidir como resolver seus fracassos. Esse sistema tem o mérito de fazer com que os professores se sintam motivados para trabalhar. A reforma educacional finlandesa levou três décadas para se consolidar. Pouco a pouco, as crianças voltaram a ser matriculadas nas escolas públicas e as instituições privadas foram incorporadas ao sistema do estado. Hoje, 99% das escolas são públicas e o aluno conta com material escolar, refeições e transporte gratuitos. Cerca de 20% dos estudantes recebem algum tipo de reforço escolar, índice acima da média internacional, de 6%. "Quando um aluno repete, perde toda sua motivação, torna-se amargo e pode até apresentar resultados piores que na primeira tentativa", diz Eeva Penttilä, do departamento de educação da cidade de Helsinque.


O sucesso da educação finlandesa é, em parte, fruto das características únicas do país. A população, de 5,2 milhões de habitantes, é relativamente pequena e homogênea. "Com uma população 35 vezes maior e disparidades regionais e sociais mais acentuadas, o Brasil não conseguiria ter o mesmo padrão de igualdade entre as escolas, como existe na Finlândia", diz João Batista de Oliveira, ex-secretário executivo do Ministério da Educação. O preço do sistema de bem-estar social que assiste o cidadão do berço ao túmulo é uma carga tributária de 43% do PIB, uma das maiores do mundo, mas apenas seis pontos acima da brasileira. Ou seja, trata-se de um estado paquidérmico, mas eficiente. A Finlândia é o país menos corrupto, segundo a Transparência Internacional.


Há quase treze anos na Finlândia, a brasileira Andrea Brandão conhece bem as diferenças entre as duas sociedades. "No Brasil, muita gente acha que algumas profissões, como porteiro, não necessitam de um ensino básico de qualidade", diz. "Na Finlândia, existe um consenso de que todo mundo precisa ter uma educação mínima para ser um cidadão." Andrea é professora de inglês em uma das poucas escolas particulares do país, voltada para a população de fala sueca, que é minoria na Finlândia. Particular, nos "moldes finlandeses", significa que os alunos pagam uma anuidade opcional de 100 euros, pouco mais de 250 reais. A estudante Eeva-Maria Puska, de 16 anos, passa seis horas e meia por dia na escola Meilahden Yläaste, em Helsinque. Além das disciplinas obrigatórias, ela freqüenta aulas de música, artes e francês, opcionais para os alunos da 9ª série. Mesmo com tantas matérias, Eeva não reclama da carga horária nem, menos ainda, do ambiente: "Gosto dos meus professores, tanto como profissionais quanto como pessoas", afirma. Na sua escola, professores e alunos conversam amigavelmente nos corredores espaçosos e bem iluminados.


A educação de qualidade foi essencial para uma virada na economia finlandesa. A mão-de-obra qualificada permitiu que a eletrônica substituísse a madeira e o papel como principais produtos de exportação. A Finlândia tem hoje o terceiro maior investimento em pesquisa e desenvolvimento do planeta, grande parte feita por empresas privadas. Uma antiga fábrica de papéis e de botas de borracha do interior do país foi o símbolo dessa transformação. A empresa, Nokia, hoje é a maior fabricante mundial de celulares, com 40% do mercado internacional. Juntos, ela e o sistema educacional são os dois maiores orgulhos dos finlandeses.


OS CINCO SEGREDOS DA EDUCAÇÃO FINLANDESA


A Finlândia consegue ter os alunos mais bem preparados do mundo com medidas simples e ênfase na formação dos professores


1 A exigência com os professores é alta e a carreira, concorrida. O vestibular para ser professor é um dos mais disputados do país. Apenas 10% dos candidatos são aprovados. Exceto na pré-escola, o mestrado é pré-requisito para lecionar


2 A mesma qualidade para todos. A discrepância no desempenho entre as escolas do país é a menor do mundo. O governo mantém um sistema sigiloso de avaliação das escolas (99% são públicas) e os diretores são informados sobre o desempenho delas


3 Os piores alunos não são deixados para trás. Dois em cada dez estudantes recebem aulas de reforço. Por causa disso, os índices de repetência são baixíssimos


4 Currículo variado. Além das matérias básicas, há aulas de ecologia, ética, música, artes e economia doméstica. O ensino de duas línguas estrangeiras é obrigatório, mas, se o aluno quiser, pode aprender outras duas


5 Os alunos devem ter prazer em ficar na escola. Os diretores e professores são responsáveis por criar um ambiente agradável para os estudantes. A carga horária não é excessiva e, a partir da 7ª série, os alunos são livres para escolher algumas disciplinas com as quais têm mais afinidade


 FINLÂNDIA X BRASIL


 Ênfase nos professores


Em comparação com o Brasil, a Finlândia mantém os alunos por mais tempo na escola e investe mais na formação dos professores. O fato de ganharem menos que os brasileiros em proporção à renda per capita nacional demonstra que salário não é a única maneira de estimular os professores


Carga horária: Finlândia – 995  Brasil – 800 - Os finlandeses ficam mais tempo na escola. Em geral, os alunos do fundamental entram de manhã cedo e saem no inicio da tarde, por volta das 15 horas. Em comparação com o sistema educacional de outros países, como a Coréia do Sul, trata-se de uma carga horária  moderada, que tem por objetivo permitir às crianças dedicar-se a  atividade de lazer.


Professores do ensino fundamental com mestrado: Finlândia – 100% Brasil – 2% - O mestrado é pré-requisito para um professor ser contratado na Finlândia. No Brasil, basta ter o diploma de nível superior, que se tornou obrigatório no ano apassado. Média no 8º ano do ensino fundamental


Média de alunos por professor: Finlândia – 16 Brasil – 23 - O índice mostra que as salas de aula na Finlândia são menos cheias do que as brasileiras, mas  não estão entre as melhores do mundo. Para os finlandeses, mais importante do que ter salas de pequenas é contar com bons professores. No ensino fundamental


Salário médio dos professores: Finlândia – 31785 dólares por ano  Brasil – 12005 dólares por ano - A Finlândia prova que ter salário alto não é garantia de profissionais satisfeitos: o salário médio dos professores finlandeses é 12% mais alto do que a renda per capita do país. No Brasil, o salário é 56%mais alto do que a renda brasileira. Média nacional de um professor do ensino fundamental com quinze anos de experiência, segundo OCDE.


Gasto público com educação (em porcentagem do PIB): Finlandia – 6,1%  Brasil – 3,9 - A Finlândia é um dos países que mais investem em educação em relação ao PIB. O fato da Finlândia ser a nação com menor índice de corrupção do mundo faz com que o aproveitamento do dinheiro seja ainda maior. Pesquisa da OCDE feita em 36 países


Finlândia x Brasil


A Finlândia ocupa o topo do ranking de qualidade de ensino feito pela OCDE com base em testes aplicados a alunos de 57 países.


Ciência: Finlândia  - 1º lugar Brasil – 52º lugar


Matemática: Finlândia – 1º lugar  Brasil – 53º lugar


Leitura: Finlândia – 2º lugar Brasil – 48º lugar


Fonte: Veja - Edição 2048 -20 de fevereiro de 2008


Comentário: Até a década de 70 o Brasil tinha um bom ensino público com qualidade. Posteriormente o governo para atender a demanda, ao contrário, de expandir as escolas e manter a qualidade do ensino público, procurou massificar o ensino público de primeiro e segundo grau. Na essência escola para todos e os governos preocupados apenas com a estatística de ensino e não com a eficiência eficácia desejada.


Em seu oitavo ano, o programa Brasil Alfabetizado já gastou R$ 2 bilhões, mas teve impacto pequeno na redução do analfabetismo. O índice de iletrados, na faixa de 15 anos ou mais, só caiu de 11,6%, em 2003, para 9,7%, em 2009. Criado há oito anos, programa do governo Lula já custou R$ 2 bilhões, mas índice de iletrados caiu menos de 2% O número absoluto de analfabetos está na casa de 14 milhões desde 2006, segundo a Pnad. No ano passado, eram 14,1 milhões.


O ensino do Brasil está tão fraco em todos os níveis, os estudantes saem das escolas com  “diploma de analfabeto.” . A educação  brasileira  transformou-se numa fábrica de diplomas.


Se alguém digitar no buscador Google “ vendem-se diploma”,   obterá ofertas de diplomas com históricos escolares que têm valor legal. Há ofertas de documentos para qualquer nível de escolaridade. Estamos no fundo do poço. É o famoso “Diproma Falço” e legau.

Antilhas Holandesas são dissolvidas; dois novos países criados

A ex-colônia holandesa de ilhas caribenhas de Curaçao e São Martinho (St. Maarten) dividiu-se em dois países autônomos em uma mudança constitucional que dissolveu as Antilhas Holandesas.


Os dois novos países se juntaram a Aruba, que em 1986 ganhou status de Estado individual, enquanto três outras ilhas, Bonaire, Santo Eustáquio e Saba se tornaram municipalidades da Holanda, na dissolução do território Antilhas Holandades após 56 anos de existência.


Sob o novo acordo, o governo holandês continuará responsável pela política estrangeira e de defesa dos novos países, além de supervisionar inicialmente as finanças de Curaçao.


Embora todas as seis ex-colônias holandesas da região caribenha já possuam autonomia como membro da então dissolvida Antilhas Holandesas, Curaçao e Sao Martinho terão mais poder para governar e aplicar sistemas tributários próprios.


Ambas as regiões são populares destinos turisticos no Caribe.


Autoridades do Turismo em Curaçao, 65 quilômetros da região costeira da Venezuela e cuja população ultrapassa os 190 mil, disse que esta mudança pode trazer mais recursos para desenvolver instalações portuárias e hotéis, e posiciona melhor a ilha para aproveitar o mercado turístico norte-americano.


Menor, São Martinho, com 37 mil habitantes, divide a supervisão da ilha com autoridades francesas.


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O aeroporto de São Martinho (St. Maarten) fica praticamente na praia, numa baía.


As Antilhas Holandesas, um território holandês autônomo desde 1954, enfrentou tensões entre seus membros sobre questões como a divisão de dívidas e receitas.


Embora o holandês seja o idioma oficial entre as seis ilhas, em Sao Martinho, Saba e Santo Eustáquio o inglês é amplamente falado. Já em Curaçao e Bonaire também é falado o Papiamento, uma mistura de português com espanhol e com traços de inglês, holandês e francês.


Em um comunicado publicado na página de Internet do governo de Curaçao neste domingo, o primeiro-ministro da região, Gerrit Schotte, parabenizou os cidadãos do novo país, conhecido como Korsou, em Papiamento.


Fonte: Yahoo Brasil - Dom, 10 Out, 2010


Vídeo: Curaçao





 Vídeo: Sao Martinho (St. Maarten)