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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Battisti chega à Itália após quase 40 anos foragido

O avião com o italiano Cesare Battisti chegou ao aeroporto de Ciampino, em Roma, nesta segunda-feira (14) às 8h40 pelo horário de Brasília. Ele desceu do avião escoltado por policiais e sem algemas. Battisti foi entregue pela polícia boliviana às autoridades da Itália na cidade de Santa Cruz de La Sierra, onde foi preso no último sábado (12).
Um forte esquema de segurança foi montado no aeroporto de Roma para receber Battisti. Ele será levado para um presídio na periferia de Roma.  

O italiano de 64 anos, que integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, foi condenado à prisão perpétua em 1993 por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970 contra um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofascista e um joalheiro de Milão (o filho do joalheiro ficou paraplégico, depois de também ser atingido).
Ele afirma que nunca matou ninguém e se diz vítima de perseguição política.

Foram 37 anos de fuga permanente, com períodos de prisão e lutas político-judiciais para evitar a Justiça da Itália. Battisti escapou do seu país na década de 1980, viveu na França, no Brasil e, mais recentemente, havia se escondido na Bolívia.

O italiano chegou a conseguir refúgio no Brasil em 2009. Mas o status, concedido a ele pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi revisto em dezembro do ano passado, por Michel Temer, que autorizou sua extradição. A Polícia Federal fez mais de 30 operações para localizá‑lo, mas não teve sucesso.

POSSÍVEIS BENEFÍCIOS
Battisti ficará seis meses em regime de isolamento diurno em uma ala destinada a terroristas, de acordo com o jornal "La Repubblica".
Como os crimes foram cometidos antes de 1991, quando houve uma mudança na legislação italiana, ele terá alguns benefícios, como sair da cadeia por curtos períodos se apresentar bom comportamento depois de ter cumprido 10 anos de pena.  Após ter cumprido 26 anos no cárcere, ele poderá obter liberdade condicional.
Como ele foi julgado à revelia (sem a presença do réu), a defesa também pode tentar um novo julgamento.

CRONOLOGIA DOS FATOS:

1979: Cesare Battisti é preso em Milão suspeito de assassinato de um joalheiro.

1981: Battisti é condenado a 12 anos e 10 meses de prisão por "participação em grupo armado" e "ocultamento de armas". Ele foge da prisão de Frosinone, perto de Roma, e se refugia na França.

1982: Battisti foge para o México.

1985: o presidente francês François Mitterrand se compromete a não extraditar os ex-ativistas de extrema-esquerda italianos que rompessem com o passado, embora tenha excluído os que cometeram "crimes de sangue".

1990: Battisti volta para a França e começa a escrever romances policiais.

1991: a corte de apelações de Paris nega um pedido da Itália de extradição.

1993: a corte de apelações de Milão condena Battisti à prisão perpétua por quatro "homicídios agravados" praticados entre 1978 e 1979 contra um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofascista e um joalheiro de Milão (o filho do joalheiro ficou paraplégico, depois de também ser atingido).

2001: Battisti pede naturalização francesa. Uma decisão favorável de julho de 2003 foi anulada em julho de 2004.

2002: Itália pede extradição de Battisti, em 20 de dezembro.

2003: pedido de naturalização francesa é concedido, em julho.

2004: decisão sobre naturalização francesa é anulada. Battisti é detido em Paris a pedido da justiça italiana. Intelectuais, artistas e personalidades políticas francesas protestam. É libertado, mas mantido sob vigilância. A câmara de instrução da corte de apelações de Paris se declara favorável à extradição. Battisti recorre. O italiano não se apresenta à polícia como exige o sistema de vigilância judicial, e passa para a clandestinidade. A promotoria expede ordem de detenção. O recurso de Battisti é rejeitado, e a extradição para a Itália torna-se definitiva. O primeiro-ministro francês Jean Pierre Raffarin assina o decreto de extradição; Battisti foge.

2005: o Conselho de Estado da França confirma a extradição. Os advogados de Battisti apresentam um recurso ante a Corte Europeia de Direitos Humanos contra o decreto de extradição.

2007: Battisti é preso no Rio de Janeiro. Ele é levado para a penitenciária da Papuda, em Brasília, para fins de extradição.

2009: o então ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, concede status de refugiado político a Battisti, baseado no 'fundado temor de perseguição por opinião política', contrariando decisão do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). O status não permite o seguimento de qualquer pedido de extradição baseado nos fatos que fundamentaram a concessão de refúgio. Em fevereiro, o STF nega pedido de liminar do governo italiano contra a decisão de conceder refúgio a Battisti. Após a votação pela extradição, os ministros decidiram também pelo placar de 5 votos a 4 que a decisão final sobre a extradição caberia ao presidente Lula.

2010: ex-presidente Lula nega pedido de extradição.

2011: Battisti deixa a prisão na Papuda (DF) após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir, por seis votos a três, manter a determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que negou o pedido de extradição de Battisti.

2012: Cesare Battisti pede a reabertura ao presidente italiano dos seus processos para ter "a possibilidade de se defender". No mesmo ano, ele participa da abertura do Fórum Social Temático, em Porto Alegre, e lança o livro “Ao pé do muro”, que escreveu no período em que esteve preso em Brasília.

2013: o Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação do italiano por falsificação de documentos.

2014: Battisti dá entrevista ao programa Diálogos, de Mario Sergio Conti, na GloboNews, ele afirmou que nunca matou ninguém.

2017: Battisti tenta fugir para a Bolívia e é preso na fronteira. O governo italiano pede que o Brasil reconsidere a decisão de não extraditá-lo, mas a Justiça decide soltar Cesare Battisti.

2018: a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF que desse prioridade ao julgamento que poderia resultar na extradição. Um mês depois do pedido da PGR, o ministro Luiz Fux, mandou prender o italiano e abriu caminho para a extradição, no início de dezembro. Na decisão, o ministro autorizou a prisão, mas disse que caberia ao presidente extraditar ou não o italiano porque as decisões políticas não competem ao Judiciário. No dia seguinte da decisão de Fux, o então presidente Michel Temer autorizou a extradição de Battisti. Desde então, a PF deflagrou uma série de operações para prender Battisti. No final de dezembro, a PF já tinha feito mais de 30 operações

2019: Battisti é preso na Bolívia. De lá, ele foi enviado direta na tentativa de localizar o italiano. mente para a Itália, onde é aguardado pelas autoridades italianas. Fonte: G1-13 14 /01/2019 

domingo, 13 de janeiro de 2019

El italiano Césare Battisti es capturado en Bolivia por la Interpol

El italiano Césare Battisti, acusado de actos de terrorismo en su país y que es reclamado para la extradición, fue detenido por la Interpol en la ciudad de Santa Cruz de la Sierra en Bolivia, informó el Ministerio de Justicia de Brasil.
Battisti fue miembro de Proletarios Armados por el Comunismo (PAC), un grupo irregular de extrema izquierda, y está acusado de haber cometido cuatro asesinatos.

Escapó de Europa y obtuvo refugio político en Brasil, bajo la presidencia de Lula Da Silva, sin embargo, con el cambio de gobierno se le quitó ese privilegio y el presidente Michel Temer autorizó la extradición del italiano en diciembre de 2018.
Desde entonces, Battisti estaba desaparecido y la Policía brasileña estaba tras sus pasos. Ya se especulaba que había escapado hacia Bolivia, intentando ampararse en que existe un gobierno de izquierda.

La Policía de Italia informó que colaboró con las tareas para la captura de Battisti.
La extradición de Battisti fue un compromiso del presidente actual de Brasil, Jair Bolsonaro. Tras su captura, el mandatario celebró mediante Twitter.

“¡Felicitaciones a los responsables de la captura del terrorista Cesare Battisti! Finalmente la justicia se hará al asesino italiano y compañero de ideales de uno de los gobiernos más corruptos que ya existieron en el mundo (PT)”, publicó Bolsonaro haciendo referencia al Partido de los Trabajadores de Lula.

Segunda captura vinculada a Bolivia
En octubre de 2017, Battisti ya fue detenido en la frontera, cuando en un taxi boliviano intentaba cruzar hacia el país. Entonces se lo investigó por evasión de divisas, debido al dinero que llevaba sin declarar. Se lo dejó libre. Fuente: El Dia - Domingo,  13  de Enero, 2019 

domingo, 13 de maio de 2018

ETA anuncia seu fim após meio século de terrorismo na Espanha

Seis anos e meio depois de declarar que se afastaria definitivamente do terrorismo, o grupo basco independentista ETA anunciou seu desaparecimento como organização através de um comunicado divulgado na  quinta-feira, 3 de maio, às 9h06 (horário de Brasília). A forma que utilizou para expressar sua dissolução foi “o desmantelamento total do conjunto de suas estruturas” e “o final de sua trajetória e da sua atividade política”. É o último comunicado de um grupo com 59 anos de história, a derradeira organização terrorista a se extinguir na Europa.
O comunicado foi lido em espanhol por Josu Urrutikoetxea, mais conhecido como Josu Ternera, histórico dirigente do ETA e participante do processo de diálogo mantido pela organização com o Governo de José Luis Rodríguez Zapatero, em 2006. Josu Ternera está em paradeiro desconhecido, pois é procurado pela Justiça espanhola. O texto, intitulado Declaração Final do ETA ao Povo Basco, tem 378 palavras – uma extensão semelhante à do comunicado de outubro de 2011 em que o grupo separatista renunciava à violência – e não faz nenhuma alusão às vítimas da sua ação terrorista. Aliás, busca justificar sua trajetória criminosa.

As instituições e os partidos consideram que o comunicado do ETA corrobora a sua dissolução. Fontes do Governo regional basco avaliam que ele “cumpre as condições exigidas”, mas denunciam suas falhas. “Falta um reconhecimento do dano causado a todas as vítimas, e pretende justificar sua trajetória terrorista”, disse uma dessas fontes.  
Na sexta-feira, no começo da tarde, uma delegação internacional, composta entre outros pelo advogado sul-africano Brian Currin e pelo prefeito de Bayonne (França), Jean René Etchegaray, registrará em cartório a dissolução da organização separatista, num ato a ser realizado em Cambo-les-Bains, localidade basca no lado francês da fronteira. Os Governos das regiões espanholas do País Basco e Navarra (onde também há importante presença basca) não comparecerão. Mas estarão lá representantes dos partidos bascos, com exceção do Partido Popular e do Partido Socialista de Euskadi.
 “O ETA, organização socialista revolucionária basca de libertação nacional, quer informar ao Povo Basco sobre o final de sua trajetória”, diz o comunicado da organização

HISTÓRIA SANGRENTA
O grupo terrorista ETA para trás uma história sangrenta com 853 mortos, segundo o site do Ministério do Interior da Espanha, sendo a maioria bascos; 79 sequestrados, 12 deles assassinados, e 6.389 feridos. Desaparece ficando pendentes de esclarecimento 197 casos – 170 absolvidos, e 27 arquivados.
Nasceu em 1959, mas não foi uma organização surgida para combater a ditadura de Francisco Franco. Sua carreira de assassinatos começou nos estertores do franquismo, em 1968, e se prolongou por mais 43 anos. O ETA praticou o terrorismo durante apenas sete anos da ditadura, e outros 36 entre a transição e a democracia. Foi uma organização terrorista que, em sua pretensão de impor um projeto totalitário no País Basco, tentou desestabilizar a democracia espanhola e o autogoverno basco, ambos atacados com mais sanha nos momentos mais difíceis da transição. Concretamente, entre 1979 e 1980 – anos do referendo constitucional espanhol, da votação do Estatuto de Gernika e da criação do primeiro Governo basco depois da Guerra Civil –, assassinou 244 pessoas, quase um terço dos seus crimes. Pouco antes, em 1977, o grupo havia se beneficiado de uma anistia que libertou todos os seus presos (o que serviu de pretexto ao tenente-coronel Tejero Molina para a sua tentativa de golpe de Estado de 23 de fevereiro de 1981). Seu balanço terrorista e desestabilizador é nítido: 93% de seus 829 assassinatos foram cometidos entre a transição e a democracia, Só 7% durante a ditadura.

A NARRATIVA DE MAIS DE MEIO SÉCULO
O ETA desapareceu da vida pública em 20 de outubro de 2011, quando abandonou definitivamente o terrorismo e chegaram ao fim seus assassinatos, seus sequestros, suas extorsões e suas ameaças
A história do ETA foi um absurdo. Embora inspirado no IRA e nos movimentos de libertação nacional – Cuba, Argélia etc. –, diferenciou-se destes por ter realizado a maior parte da sua trajetória terrorista contra uma Espanha que inaugurava a democracia e um País Basco que estreava o autogoverno, sob o amparo da União Europeia. Nessas condições, estava destinado a desaparecer sem alcançar seus objetivos, tal como aconteceu. Embora progressivamente debilitado desde 1982, com a dissolução do ramo político-militar do ETA, sua injustificada bitola antifranquista, a guerra suja e alguns erros na luta antiterrorista contribuíram para que seu final fosse mais lento.

Ao Governo do PP caberá exigir o cumprimento da legalidade aos detentos do ETA que pretendam se reinserir na sociedade, mas sem se exceder nas condições. É o momento para que o Executivo de Mariano Rajoy cumpra o que muitos de seus correligionários disseram no passado: que quando o ETA se dissolvesse reveriam a política penitenciária, concebida para lutar contra o terrorismo. Tanto o Governo basco como o Parlamento regional terão um papel supervisor. A convivência passa, também, pelo cumprimento da legalidade sem cláusulas abusivas.
O avanço na convivência exige, igualmente, que não se busque apenas esclarecer os casos pendentes de vítimas do terrorismo etarra. Também é preciso olhar para as vítimas da guerra suja, pendentes de investigação em mais de 60% dos casos. Do mesmo modo, para efeitos jurídicos, as instituições devem conceder a todas as vítimas, sejam do ETA, da guerra suja ou de abusos policiais, o mesmo reconhecimento. Fonte: El País - San Sebastián / Madri 3 MAI 2018 

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

11 de setembro- Torres Gêmeas

11 de setembro: 16 anos depois dos atentados contra as Torres Gêmeas

O presidente dos EUA, Donald Trump, encabeça as homenagens do décimo sexto aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 em um memorial do Pentágono.  

Como todos os anos, parentes e amigos das quase 3.000 pessoas que morreram nos ataques lerão seus nomes em cada um dos lugares atingidos pelas quatro aeronaves comerciais sequestradas pela rede da Al-Qaeda naquela manhã: as Torres Gêmeas de Nova York, o Pentágono e Shanksville, na Pensilvânia.

Espera-se que o presidente participe de um minuto de silêncio com sua esposa Melania Trump no momento em que o primeiro avião atingiu uma das torres do World Trade Center, 15 minutos antes das nove da manhã. No interior do complexo trabalhavam ao todo 40.000 pessoas. Trump também participa de eventos no Pentágono, onde o secretário de Defesa Jim Mattis e o chefe de gabinete da defesa, Joseph Dunford, se encontrarão com familiares das vítimas em particular.

IMPACTO DO ATENTADO
As imagens dos atentados terroristas deram a volta ao mundo. No caso de Nova York, a destruição do World Trade Center afetou uma área de 6,5 hectares. Durante semanas as equipes de resgate trabalharam na busca dos corpos das vítimas e possíveis sobreviventes. No pior ataque sofrido pelos Estados Unidos em sua história, a fumaça na chamada “zona zero” demorou quase 100 dias para se dissipar.

Depois do 11 de setembro, Nova York foi recuperando pouco a pouco a normalidade e, com o passar dos anos, novos edifícios e memoriais foram erguidos em homenagem às vítimas mortais, de 372 nacionalidades diferentes.  Fonte: EL País -Madri 11 SET 2017

Link Youtube - Vídeo WTC

domingo, 21 de maio de 2017

As perdas do ataque cibernético poderiam chegar a US$ 4 bilhões

As perdas financeiras e econômicas globais do ataque "WannaCry" que afetou computadores em pelo menos 150 países poderiam se transformar em bilhões de dólares, tornando-o um dos incidentes mais prejudiciais envolvendo o chamado ransomware.

O programa de análise de risco cibernético da empresa Cyence, estima que os custos potenciais em US$ 4 bilhões, enquanto outros grupos prevêem as perdas seriam de centenas de milhões. O ataque provavelmente fará 2017 o pior ano para “ransomware scams”, em que os hackers assumam o controle de computadores de uma empresa ou organização e ameaçam destruir dados a menos que o pagamento seja feito. Fonte: CCBS News - May 16, 2017
Obs:
O ransomware é um tipo de malware que sequestra o computador da vítima e cobra um valor em dinheiro pelo resgate, geralmente usando a moeda virtual bitcoin, que torna quase impossível rastrear o criminoso que pode vir a receber o valor. Este tipo de "vírus sequestrador" age codificando os dados do sistema operacional de forma com que o usuário não tenha mais acesso.
Malware (abreviatura para “software malicioso”) é considerado um tipo de software malígno que pretende acessar secretamente um dispositivo sem o conhecimento do usuário. Os tipos de malware incluem spyware, adware, phishing, vírus, Cavalos de Tróia, worms, rootkits, ramsomware e sequestradores de navegador.

sábado, 16 de julho de 2016

Ataque em Nice: O que se sabe até agora

Sete meses após os atentados em Paris, um novo ataque deixou pelo menos 84 mortos em Nice, na França. As vítimas - muitas delas crianças - participavam da comemoração da Queda da Bastilha, o feriado mais importante do país.

A França está em estado de emergência desde os atentados de novembro e a segurança está reforçada em todo o país. Serviços de inteligência já haviam alertado para o risco de novos ataques.

O pânico começou pouco após às 22h30 do horário local (17h30 no Brasil), logo após milhares de pessoas assistirem à queima de fogos na orla de Nice no 14 de julho, o principal feriado na França, que celebra a Queda da Bastilha.
Havia uma atmosfera de celebração e a multidão havia assistido a uma demonstração da força aérea durante o evento.

Enquanto as famílias caminhavam pela famosa via Promenade des Anglais, um grande caminhão branco avançou em alta velocidade em direção a elas. O veículo subiu no meio-fio e depois voltou para a pista, fazendo um zigue-zague por cerca de 2km enquanto o motorista avançava contra a multidão deliberadamente.
Centenas de pessoas foram atropeladas. Após 2km, a polícia finalmente conseguiu parar o caminhão perto do hotel de luxo Palais de la Mediterranee. Na altura do hotel Negresco, na avenida Promenade des Anglais, o motorista do caminhão disparou contra três policiais, que revidaram e o mataram.

O promotor responsável pelas investigações, François Molins confirmou  84 mortes e diz que há 202 feridos, dos quais 52 em estado grave e 25 em tratamento intensivo. Motorista do caminhão é tunisiano sem histórico conhecido de radicalização.
Trata-se de um tunisiano de 31 anos, morador de Nice, de nome Mohamed Lahouaiej Bouhlel. Ele é casado e pai de três filhos.

Molins também confirmou que o caminhão havia sido alugado no dia 11 de julho e deveria ter sido devolvido no dia 13.  Deutsche Welle - BBC Brasil - sexta-feira, 15 de julho de 2016

terça-feira, 5 de outubro de 2010

TERRORISMO EN CHILE, LA INDEFINICION DEL ESTADO

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El terrorismo es una realidad en el mundo entero,  solamente en Chile no existe en manera oficial.   Es curiosísimo ese “estado de cosas”  en una nación afectada de cuando en cuando por actos de naturaleza violenta, que tienen por objeto amedrentar a sectores sociales,  y forzar a las autoridades a hacer o dejar de hacer.


Sin embargo  y a pesar de la “inexistencia”  del terrorismo en Chile,  tenemos una ley ya antigua que se refiere a ello.  Hagamos la salvedad necesaria para poder entender este asunto.  La ley 18.314  no habla del terrorismo en lo sustancial.  Esta ley tipifica bajo ciertas circunstancias a algunos delitos como de naturaleza terrorista.  Simplemente la ley no define lo que para el estado chileno es el terrorismo.  Mas extraño aún resulta que se utilice este cuerpo de ley,   para sancionar ciertas conductas;  siendo que en consenso las autoridades de todos los gobiernos democráticos y las autoridades militares y policiales de todos esos gobiernos han negado sistemáticamente la existencia del terrorismo en Chile.  La Estrategia Nacional de Seguridad Pública,  en su última edición no lo menciona. El mundo académico a través de los estudios y análisis realizados en distintos periodos recientes,  se ha sumado completamente a esta postura.  En Chile no existe terrorismo.


Si los analistas mas autorizados tanto del ámbito académico  como de los institutos militares y/o policiales,  no han encontrado en este país una sola evidencia de actividad terrorista,  ¿porqué?  El gobierno del Presidente Lagos,  empezó a aplicar esta ley.  Algo importante no está en concordancia aquí.


El tema del terrorismo tiene una trascendencia mayor para cualquier nación.  Es demasiado complejo como para no tener una política, una visión de estado y una doctrina nacional frente a este flagelo.  Si tenemos que aplicar leyes antiterroristas,  podemos suponer en buena lógica que realmente estamos siendo victimas como nación de la acción de grupos extremistas,  cuyas demandas son inconsistentes con el derecho.  Por cuanto no pueden ser atendidas por la autoridad y en consecuencia usan la violencia y el miedo para imponer sus intereses.  Extinguiendo el estado de derecho y la autoridad del gobierno central.   Esa misma lógica que mencioné un poco antes,  también nos indica que algo grave y tremendamente injusto está actuando en detrimento de un sector de la población que ha adherido de una  u otra manera a la acción terrorista. Afectando desde adentro la seguridad nacional.  Lo cual en el corto o mediano plazo tendrá repercusiones sociales y económicas que afectarán negativamente a los demás estamentos sociales y a la imagen internacional. 


Todas estas consideraciones apenas básicas,  imponen la necesidad de al menos tener un consenso y una doctrina relativa al terrorismo.


Que es lo que dice la actual ley antiterrorista


Cito textualmente:         LEY ANTITERRORISTA Nº 18.314


En concreto, se entiende por “terroristas” los delitos de homicidio, lesiones, secuestro (encierro, detención, retención de una persona en calidad de rehén y/o sustracción de menores), envío de efectos explosivos, incendio y estragos, las infracciones contra la salud pública y el descarrilamiento, siempre y cuando ocurran en las siguientes circunstancias:


-         Que el delito se cometa con la finalidad de producir en la población o en una parte de ella el temor justificado de ser víctima de este tipo de delitos


-         Que se cometa mediante artificios explosivos o incendiarios, armas de gran poder destructivo, medios tóxicos, corrosivos o infecciosos u otros que pudieren ocasionar grandes estragos, o mediante el envío de cartas, paquetes u objetos similares, de efectos explosivos o tóxicos


-         Que el delito sea cometido para arrancar resoluciones de la autoridad o imponerle exigencias



Tomadas estas consideraciones básicas, también se incluyen en la lista de actos terroristas otros delitos como:


-         Apoderarse o atentar en contra de una nave, aeronave, ferrocarril, bus u otro medio de transporte público en servicio, o realizar actos que pongan en peligro la vida, la integridad corporal o la salud de sus pasajeros o tripulantes


-         Atentar en contra de la vida o la integridad corporal del Jefe del Estado o de otra autoridad política, judicial, militar, policial o religiosa, o de personas internacionalmente protegidas, por los cargos que ejercen


-         Colocar, lanzar o disparar bombas o artefactos explosivos o incendiarios de cualquier tipo, que afecten o puedan afectar la integridad física de personas o causar daño


-         La asociación ilícita cuando ella tenga por objeto la comisión de delitos que deban calificarse de terroristas


-         Los delitos de secuestro, sea en forma de encierro o detención, sea de retención de una persona en calidad de rehén y de sustracción de menores, cometidos por una asociación ilícita terrorista, serán considerados siempre como delitos terroristas.


La huelga de hambre Mapuche.


La estrategia asumida por los mapuches,  para enfrentar los cargos terroristas que se les están imputando ha tenido muchísimo mas éxito que cualquiera de las otras actividades violentas que antes han utilizado. La determinación radical de hacerse daño a si mismos,  no solo ha conseguido ejercer presión en el gobierno y los demás órganos  del estado involucrados en el tema,  llámese poder judicial y los agentes  de control específicamente Gendarmería de Chile.  Su plan de acción ha sido exitoso y ha  concitado la atención y el apoyo nacional e internacional.   Para legitimar su condición de victimas y la necesidad de atender sus demandas.  Confundiendo peligrosamente estas dos aristas del problema,  que en si son muy distintas.  


En este momento aún quedan once personas en huelga de hambre,  pero el grueso de los huelguistas ya depuso la medida.  El gobierno se comprometió a modificar la tipificación de las demandas. Es decir nadie de los involucrados será juzgado por terrorismo.  Además ya se conocen cuales serán las modificaciones que se incluirán en la ley antiterrorista y que transcribo a continuación.


Los principales cambios que sufrirá la actual legislación contra delitos terroristas son los siguientes:


-          Se introdujo un artículo que impide juzgar a menores de 18 años por la Ley de Conductas Terroristas, sino por la de Responsabilidad Penal Juvenil, aunque se establece como agravante de delitos terroristas, el actuar en compañía de menores de edad


-          Se elimina la presunción de dolo terrorista respecto a todo delito cometido mediante artificios explosivos o incendiarios, armas de gran poder destructivo, medios tóxicos y otros (el dolo debe ser probado)


-          Se reducen las penas para los delitos de incendio cuando éstos constituyan conductas terroristas


-          Se garantiza el derecho de los acusados a que se contrainterrogue a los testigos y peritos protegidos que hayan declarado en su contra


-          Se exime de responsabilidad penal el desistimiento de la tentativa de cometer algún delito terrorista, siempre que se revele el plan y las circunstancias del mismo


-          Se aumentan las penas al financiamiento del terrorismo al rango entre 541 días a 5 años y 1 día de presidio


Respecto al proyecto  que restringe la competencia de los tribunales de justicia militar, traspasando todas las causas que afectan a civiles en dichas cortes a la justicia ordinaria, éste ya fue aprobado por la Cámara de Diputados y espera cumplir su segundo trámite en el Senado.


http://www.bcn.cl/carpeta_temas_profundidad/ley-antiterrorista


Es evidente el éxito rotundo que ha obtenido la presión mapuche,   hasta ellos mismos entienden que sería impresentable liberarlos así sin más,  ya saben que más no podrán obtener,  para evadir el peso de sus responsabilidades.


Los alcances de estas decisiones políticas, cien por ciento políticas. Tomadas al calor de la presión internacional y bajo la sombra de una ley que todos saben que es más que perfectible, ya que adolece de fallas estructurales.  No pueden de ninguna manera,  desembocar en una alternativa que se pueda considerar mas justa.  Porque al parecer,  en el apuro por solucionar el problema y evitar a toda costa,  que alguien muera en una prisión y a “manos de la justicia chilena”.  Se reformará nuevamente una ley,  sin que esto necesariamente implique una mejora en dicha ley. Donde la justicia y el respeto al derecho sean el objetivo principal.  


¿Cómo afectarán estas reformas y las decisiones que se han tomado en estos días,  con respecto a los mapuches,  en otras causas que se tramitan también por terrorismo?  Específicamente como se verán afectados los juicios contra los Ocupas de Santiago.  Este traje a la medida creado para los mapuches,  también lo usarán los anarquistas hoy procesados. O ¿acaso las leyes nacionales son aplicables solo a una etnia o una región?


¿Qué pasa con las victimas de la acción violentista en el sur de Chile?  ¿Alguien entre los políticos y las autoridades que han participado en este proceso,  se ha preocupado por los intereses,  la seguridad y la debida reparación que merecen las victimas de los delitos que se han cometido en el sur?  No,   al parecer nadie lo ha hecho ni siquiera las autoridades eclesiásticas se han acordado de ellos.  ¿Acaso el vuelco judicial al que están siendo sometidos los juicios y los procesos que se llevan adelante,  en los tribunales sureños,  dejarán muy conformes a quienes figuran como victimas y perjudicados? 


A mi juicio particular y muy personal, el estado chileno necesita definir claramente que entiende por terrorismo, la ley 18.314  no lo ha hecho nunca y ahora tampoco.  Sin un horizonte claro al respecto,  seguirá quedando a criterio de jueces y fiscales la rotulación de determinados actos.  Y estas personas siempre estarán bajo la presión de las circunstancias,  tal como sucede en este momento. Este a mi entender es el principal responsable de las injusticias que se han cometido o se pueden cometer al aplicar la ley antiterrorista.  Llama poderosamente mi atención que en las reformas que vienen,  se elimine el la presunción del dolo terrorista,  en los delitos cometidos que impliquen incendio,  uso de explosivo o armas de alto poder,  o tóxicos.  Se exige ahora  probar la intención terrorista de quien lo ejecuta.  Pero como probar una cosa que no está definida,  que en la constitución chilena simplemente no aparece.  


El avispero tiende a calmarse con las nuevas medidas y los compromisos que el gobierno ha asumido,  pero no es la solución.  Ya que el otro tema,  que es totalmente distinto,  el que tiene que ver con las demandas y las aspiraciones del pueblo mapuche aún está muy lejos de solucionarse.   Este reblandecimiento de la ley me parece transitorio,   dependiente de los hechos del momento.  Casi podría decirse que la balanza en Chile se inclina por el que grita más fuerte y sabe poner en jaque al estado.  Y no como podríamos y deberíamos esperar por la justicia y el derecho de todos.  Y no de un solo factor de la ecuación.  Por eso considero transitorio el asunto,  bastará que el contexto cambie,  que otro grupo presione o que la violencia supere la medida de lo aceptable para que nuevamente el péndulo oscile esta vez en sentido contrario.


 

sábado, 25 de setembro de 2010

LA CUENTA REGRESIVA DE LAS FARC.

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Otro golpe de mano del ejército colombiano,  ha terminado exitosamente con la muerte de uno de los terroristas más buscados del mundo.  Víctor Julio Suárez Rojas,  también conocido como Luís Suárez Briceño o más popularmente como el Mono Jojoy.


Nacido en Cabrera,  municipio de Cundinamarca en 1953,   militó desde 1975 en las FARC,    treinta y cuatro años en total.  El Mono Jojoy ascendió peldaño a peldaño dentro de la organización terrorista.  Fue uno de los comandantes con mayor formación táctico-militar.   


Siempre fue conocido por su radicalidad y dureza para con el enemigo,  en su interminable lista de crímenes figuran;  secuestros masivos (pesca milagrosa instituida por el),  atentados explosivos,  ejecuciones, extorsión, narcotráfico,  etc.  Una de sus victimas mas celebres es Ingrid Betancourt.   Todas estas acciones con cientos de victimas mortales.


Operación Sodoma


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En la madrugada del 22 de septiembre de este año.  La FUERZA DE TAREA CONJUNTA OMEGA, de las Fuerzas Armadas Colombianas dio inicio a la operación Sodoma. En la región de La Macarena en el sector denominado La Escalera,  departamento del Meta.


La primera fase de la operación consistió en un “ablandamiento de terreno”,  efectuado por una fuerza de 30 aviones Súper Tucano y 27 Helicópteros militares. 


Fuertes combates se mantuvieron el resto del día,  entre tropas terrestres  del ejército y los guerrilleros que mantenían la posición.  Solo el  jueves,  el ejército  logró ingresar al lugar y efectuar el levantamiento de los cadáveres.


El saldo de victimas informado por las autoridades colombianas,  da cuenta de 20 terroristas muertos,  6 militares heridos y la muerte de un efectivo K9 llamada Sacha (perrita experta en detectar explosivos)


Panorama actual de las FARC


Las muertes de los máximos líderes de las FARC en los últimos tiempos,  son un factor decisivo en el devenir del conflicto.  Tirofijo el fundador de la guerrilla, murió  en marzo del 2008,  al parecer por causas naturales o un paro cardiaco.  En el mismo año, el ejército colombiano eliminó a Raúl Reyes el número dos de las FARC, en una polémica operación realizada en territorio ecuatoriano. Ahora la muerte del Mono Jojoy,  solo viene a empeorar la crisis que enfrenta el más poderoso movimiento terrorista de América Latina. 


Las FARC son la fuerza paramilitar más importante en recursos y en número.  Están desplegados en una amplísima zona geográfica de Colombia.  Que incluye tanto sectores urbanos como rurales,  con una cadena de mando tan grande como lo puede necesitar una organización de esta naturaleza que actúa en forma dispersa y fraccionada.


Su fuente principal de recursos viene del narcotráfico y otros delitos como el secuestro,  el robo y la extorsión.


La pérdida a manos del ejército de dos de  sus máximos líderes,  pone en evidencia no solo falencias de tipo táctico.  Esta nueva realidad   habla claramente  de un debilitamiento grave al interior de la organización.  Su sistema de seguridad ha sido vulnerado más de una vez con resultados costosísimos para su estructura.  Su  aparato de inteligencia y contrainteligencia hoy en día es mucho menos que fiable. Las exitosas operaciones efectuadas por las FF.AA de Colombia, sin restar meritos operativos a los comandos que las llevaron a cabo,   solo han sido posibles gracias a una acción de inteligencia colombiana  por medio de un  trabajo preciso y eficiente.  Esto es sin duda el mayor mérito de los mandos militares y del gobierno. Han invertido los papeles en el juego de la inteligencia.  Años atrás eran el dinero del narcotráfico,  las amenazas y las extorsiones las herramientas de la inteligencia subversiva.  Para anular o evadir la operatividad militar. Hoy en día es al revés,  es la FARC quién está infiltrada.


La filtración de información vital es sintomática de una crisis gravísima,    pues gente con acceso a información importante,  la está vendiendo o canjeándola por algún beneficio.  Tal vez para algunos elementos de las FARC es la hora del sálvese quien pueda. La pérdida de confianza es el factor más desestabilizador que una organización como esta puede enfrentar.


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Guillermo León Sáenz  también conocido como Alfonso Cano, es el líder máximo de las FARC.  Por estos días deberá reorganizar la estructura completa de mandos del grupo.  No solo tiene que reemplazar al Mono,  se plantea para él y para la más alta cúpula de la organización,  la necesidad insoslayable de reestructurar una buena parte de los mandos.  No es de extrañar que sucedan a partir ahora algunas maniobras de “limpieza y depuración”.   Cano y sus mas cercanos,  saben con certeza  que es cuestión de tiempo nada mas,  para que algo similar a lo ocurrido con el Mono y con  Raúl Reyes les suceda a ellos también.  Esto sin duda abre un abanico de posibilidades en la evolución del conflicto,  ninguna de ellas es potencialmente favorable para la supervivencia de las FARC.


Perspectivas  de la estrategia  utilizada por el gobierno colombiano.


No deja de incomodarme cierto triunfalismo esbozado por la administración del Presidente Santos.  Ya se ha hablado de la rendición de las FARC,  y eso no es realista, por lo menos en el momento actual.


A pesar de lo esperanzador que pueda considerarse el panorama actual,  en torno a las perspectivas de una paz duradera o definitiva,  con una fuerza insurgente debilitada y desarticulada.  Ronda siempre un riesgo que es en todo caso inevitable,  convirtiendo el proceso  en una especie de círculo vicioso,  cuyo corolario será siempre la inestabilidad y la violencia.


Si el gobierno colombiano continúa teniendo éxito al descabezar las cúpulas guerrilleras,  logrará desarticular el aparato militar de las FARC,   sembrando el caos y el temor en quienes militan en esta organización.  Llegados a este punto,  se corre el siguiente riesgo.  Por un lado la escisión del movimiento en dos o mas facciones o lo que es aún peor,  una verdadera atomización del conglomerado.  Es decir la disgregación de la guerrilla terrorista en múltiples bandas de carácter exclusivamente criminal,  que por supuesto servirán a quien le ha dado dinero en abundancia durante todos estos años;  el narcotráfico.


Hablar de rendición y derrota total de las FARC no es sensato ahora. Ocho mil hombres en armas y presencia activa en veinticuatro de los treinta dos departamentos que conforman la república de Colombia, no son un tema menor.   Sin embargo iniciar un proceso de negociaciones para una desmovilización del grupo es mucho más plausible. 


En el  caso de una disgregación,  cualquier acuerdo o negociación que se realice tendrá mucho menos impacto,   pues bien es posible que parte de ese enorme contingente sea absorbido por alguna de las otras fuerzas subversivas que actúan en el escenario colombiano.  Y los remanentes dispersos hagan lo único que han aprendido a hacer,  delinquir. Y esto no necesariamente tiene que ser en suelo colombiano. Una diseminación por el continente también es posible.


¿Por qué la negociación?


Las guerrillas colombianas tienen un largísimo historial de procesos de paz,  han participado en múltiples negociaciones,  las mismas que han fallado reiterada y majaderamente.  Con  nula voluntad de plegarse a una paz verdadera,   usando estos procesos y negociaciones solo como medios para extorsionar a la sociedad colombiana y conseguir beneficios groseros e injustos,  que después utilizaban para continuar con sus actividades subversivas.  La experiencia demuestra que la única forma de que estos grupos hablen de paz y desmovilización en serio,   es cuando se saben derrotados y lo que único que les queda en juego es la supervivencia misma.


Por ello es esperable que en el mediano plazo,  las FARC o al menos parte de ella,  pretenda iniciar una negociación con el gobierno.  Tal como lo hizo el M19,  guerrilla desaparecida ya hace varios años.  Su ejemplo histórico es fehaciente,  el M19 solo aceptó la paz y la desmovilización cuando tenían certeza absoluta de su derrota militar. La misma que empezó con el fallido intento de tomarse el Palacio de Justicia de Bogotá  y secuestrar a todos los magistrados de la Corte Suprema.   Este acto salvaje y fracasado y sus sangrientas disputas con los grandes carteles de la droga. Provocaron su pérdida definitiva del poder militar y lo que es más importante aún,  la pérdida de su pugnacidad.  Es decir la voluntad de combatir.  


En 1990  se convirtieron en partido político  bajo el nombre de Alianza Democrática M19,  algunos de sus integrantes han logrado importante figuración política en algunos procesos democráticos de los últimos años. Antonio Navarro Wolf,  co-presidente de la Asamblea Constituyente de 1991 y Ministro de Salud del gobierno del Presidente Gaviria.


Bajo esta misma premisa,  es esperable que las FARC entren  en un proceso similar.  Buscando la salvación de lo que va quedando.  Con la intención  de convertirse en una fuerza política tratando de emular al M19.    Esto sería  un triunfo de la impunidad sin duda,  pero bien podríamos considerarlo un mal menor,  ante la alternativa de tener que continuar en el conflicto al menos con este importante actor del mismo.


La escisión del movimiento o lo que es aún peor la atomización y disgregación de las FARC,  es un escenario bastante complejo que el gobierno colombiano deberá enfrentar.  La posibilidad que en algún momento,  como resultado de las operaciones anti-subversivas,    no exista alguna autoridad lo suficientemente fuerte o que goce del consenso general,  al interior de la guerrilla. Con la cual entablar negociaciones;   agrega un elemento más de inestabilidad a la hipotética situación.


Es un momento clave,  histórico para el porvenir de Colombia,  no solo la contundencia y eficacia de la acción militar conducirán a la paz. Es imperativo mantener  la presión sobre los terroristas de las FARC y de las otras agrupaciones,  así como es imperativo que el gobierno del Presidente Santos,   empiece a contar con estrategias no solo militares,  si no  también políticas,  culturales y sociales.  Capaces de encaminar los esfuerzos de guerra hacia sus verdaderos fines;   la desmovilización de los grupos armados.  Y no simplemente la eliminación de los individuos que los componen. Ese es el desafío mayor.


Talleyrand le dijo a Napoleón,  “Se puede hacer cualquier cosa con las bayonetas,  pero no sentarse sobre ellas”