Com uma taxa de desemprego de dois dígitos, aumento do endividamento
e dos preços no supermercado, os dados do Produto Interno Bruto (PIB)
divulgados nesta quarta-feira (1) confirmam o que o brasileiro vem sentindo na
pele e no bolso nos últimos meses: a economia enfrenta sua pior recessão em 25
anos. O PIB encolheu 5,4% no primeiro trimestre de 2016, em comparação ao mesmo
período do ano passado, a oitava queda consecutiva. Já em relação ao último
trimestre de 2015, a queda foi de 0,3%. Em valores correntes, o PIB totalizou
5,94 trilhões de reais.
Desta vez, todas as atividades que compõem o PIB
apresentaram queda, até a agropecuária, que vinha contribuindo positivamente
para o indicador nos trimestres anteriores, descolado da recessão que atingia
os demais setores. A atividade no campo se contraiu 3,7% no trimestre de 2016,
frente ao mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o resultado é explicado pelo desempenho ruim na
safra de alguns produtos, como o milho.
■A indústria, por sua vez, manteve a trajetória de queda,
com recuo de 7,3%, puxada pela menor produção de máquinas e equipamentos, do
setor automotivo e de metalurgia.
■A construção civil também sentiu o impacto do menor
investimento, e se retraiu 6,2% no período. Com menos poder de renda, mais
desemprego e temeroso com o cenário nacional, o consumidor também deixou de
comprar.
■O setor de serviços teve queda de 3,7% no primeiro trimestre, influenciado pela
queda de 10,7% no comércio.
■ Pelo quinto trimestre seguido, o consumo das famílias
apresentou resultado negativo. No primeiro trimestre de 2016, o consumo das
famílias caiu 6,3%. Segundo o IBGE, o resultado é explicado pela deterioração
dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do
período.
Apenas no setor externo o PIB registrou um bom resultado. As
exportações foram o único item a apresentar aumento no nível de atividades no
primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior.
As exportações de bens e serviços cresceram 13%, puxadas
pela melhora dos preços das commodities no mercado internacional e da
desvalorização cambial. Por outro lado, as importações de bens e serviços
caíram 21,7%.
A retomada do mercado de trabalho e dos investimentos,
entretanto, deve ser mais lenta. "As empresa não estão trabalhando com o máximo
de suas capacidades, ou seja, há funcionários fazendo jornadas menores e
máquinas sem utilização. Isso deve postergar a retomada dos investimentos e,
consequentemente das contratações, mesmo com sinais de melhora da
economia", afirma economista Juan Jensen, do Insper. Nesse sentido, o
desemprego tende a se manter elevado ainda este ano e, somente em 2017, voltar
a cair. Fonte: El País - São Paulo 1 JUN 2016
De acordo com Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio
Contínua (Pnad Contínua), em abril havia 11,4 milhões de trabalhadores
desempregados.
A Velha e/ou Nova Matriz Econômica do PT se baseia em cinco
pilares: política fiscal expansionista, juros baixos, crédito barato fornecido
por bancos estatais, câmbio desvalorizado e aumento das tarifas de importação
para "estimular" a indústria nacional. A crença do governo passa a ser a de que
"um pouco mais de inflação gera mais crescimento econômico". O povo até
gostou criou a nova classe média emergente consumista.
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