terça-feira, 4 de maio de 2010

Pesquisa com crianças mostra que assistir à televisão prejudica


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Uma polêmica que está sempre indo e vindo, virou hit com os Titãs ("a televisão me deixou burro muito burro demais") e é alvo de inúmeros estudos científicos volta à tona a partir de uma nova e enorme pesquisa da Universidade de Montreal, no Canadá: assistir à televisão emburrece as crianças, como mostra reportagem do The Independent. Os cientistas acompanharam 1.314 crianças nascidas em Quebec entre 1997 e 1998, com idades entre 29 meses (2 anos e meio) e 53 meses (4 anos e meio) até chegarem aos 10 anos. Seus pais precisavam relatar quantas horas os filhos assistiam à TV e os professores avaliavam a evolução acadêmica delas, suas relações psicosociais e seus hábitos de saúde. Em média, as crianças de 2 anos assistiam a 8,8 horas por semana à TV e as de 4 anos, uma média de 15 horas por semana. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira no Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.

Os pesquisadores descobriram que os pequenos que passavam mais tempo em frente à telinha eram piores em matemática, comiam mais junk food e sofriam mais bullying ( como saber se seu filho é vítima de bullying - e como ajudá-lo ) de outras crianças.

As descobertas mostram que há evidências científicas de que a TV prejudica o desenvolvimento cognitivo e que o governo canadense deveria limitar o número de horas das crianças em frente à TV. Os pediatras americanos já recomendam que aquelas com menos de 2 anos não deveriam assistir à TV alguma e as mais velhas deveriam ter um limite diário de 2 horas por dia no máximo. A França já proíbe programas para crianças com menos de 3 anos e a Austrália recomenda que as entre 3 e 5 anos não assistiam a mais de uma hora por dia.

Os cientistas que conduziram o estudo afirmaram que a fase pré-escolar é importantíssima para o desenvolvimento do cérebro e que o tempo em frente à TV é um desperdício e pode levar à aquisição de hábitos ruins. A autora do estudo, Linda Pagani, da Universidade de Montreal, disse que o impacto negativo de se assistir à TV nesta idade permanece por toda a vida.

- Nossa descoberta mostra que este é um problema de saúde pública e que deveria existir um guia com diretrizes da Academia America de Pediatria sobre o número de horas recomendado em frente à TV.

O psicólogo Aric Sigman, que fez a revisão de 30 estudos científicos sobre TV e computadores, disse que os programas mostrados nos aparelhos modernos têm uma velocidade de edição mais rápida, sons mais altos e cores mais intensas do que nos anos 60 e 70, e que isso afetaria "dramaticamente as nossas mentes". Fonte: Globo Online - 03/05/2010 

Comentário:

A TV não só prejudica a criança como também os demais. Nessa idade de pesquisa a criança não sabe distinguir a imagem real da fantasia. Ela responde às imagens como se fosse real, sem compreender ou distinguir a realidade da fantasia.

O jornalista William Bonner definiu bem o padrão do espectador brasileiro ou talvez do mundo; "A TV induz a preguiça mental,  a burrice e passa o tempo no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja".

A TV anestesia os espectadores, transformando-os em autômatos passivos.

Na realidade a TV é um entretenimento mental, anestesia o espectador, quando ele imagina pensar, o programa já acabou. A internet segue o mesmo caminho, enquanto a TV a mudança é feita por imagem, na internet  é feita de página a página. A TV e a internet nada mais são do que o Coliseu de Roma da  Era Digital. Veja os exemplos das novelas, no período  noturno elas predominam e são autênticas merchandising de produtos e modelos de vida, influenciando no comportamento dos adolescentes, modo de falar, modo de vestir, etc. 

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