quarta-feira, 23 de abril de 2014

Adeus a Kombi

A Volkswagen fez  um pequeno documentário que mostra os "últimos desejos" do utilitário.

Com pouco mais de quatro minutos de duração, o curta-metragem marca a despedida do modelo e exibe sua viagem de volta à Europa.

Foram necessários seis meses para que o documentário que registra o último desejo da Kombi fosse finalizado. Ele reúne cenas das pessoas que viveram histórias especiais com ela, vai até Owings Mills, no subúrbio de Baltimore (EUA), para mostrar o designer Bob Hieronimous recebendo um presente da Kombi e, finalmente, cruza o oceano para que ela, antes de partir, reveja seu irmão Ben Pon Jr., filho do idealizador do modelo em Amsfort, na Holanda.

A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 1940, que projetou a combinação do confiável conjunto mecânico do Volkswagen Sedan em um veículo de carga leve. O nome Kombi é uma abreviação, adotada no Brasil, para o termo em alemão Kombinationsfahrzeug, que, em português, significa "veículo combinado". Na Alemanha, o modelo recebeu o nome VW Bus T1 (Transporter Número 1).

Nos últimos anos, mesmo com a concorrência de vans maiores lançadas no mercado brasileiro, a Kombi continuou merecendo a preferência de muitos clientes. Desde setembro de 1957 até setembro de 2013, foram produzidas mais de 1.560.000 unidades do modelo na fábrica de São Bernardo do Campo.

A produção da Kombi na Alemanha teve início em 1950. A fabricação nacional começou no dia 2 de setembro de 1957, e só terminou em dezembro do ano passado, em São Bernardo do Campo. Fonte: Volkswagen

Veja toda história da Kombi - 


Comentário: É o ultimo Samurai, confiável, leal, não deixava na mão. Mecânica confiável e barata. A Kombi era um multi-utilitário. O motor tipo era do tipo topa tudo,  não tinha frescura com combustível, com buraco, com estrada, etc. Os novos tempos exigem veículos descartáveis. 



segunda-feira, 21 de abril de 2014

Trabalhador do Brasil é gloriosamente improdutivo

bligo-SonecaProdutiva.jpgA última edição da revista The Economist traz uma reportagem bastante crítica ao mercado de trabalho no Brasil e em especial à produtividade dos trabalhadores. Com o título "Soneca de 50 anos", a reportagem diz que os brasileiros "são gloriosamente improdutivos" e que "eles devem sair de seu estado de estupor" para ajudar a acelerar a economia.

A reportagem diz que após um breve período de aumento da produtividade vista entre 1960 e 1970, a produção por trabalhador estacionou ou até mesmo caiu ao longo dos últimos 50 anos. A paralisia da produtividade brasileira no período acontece em contraste com o cenário internacional, onde outros emergentes como Coreia do Sul, Chile e China apresentam firme tendência de melhora do indicador.

"A produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB do Brasil entre 1990 e 2012 em comparação com 91% na China e 67% na Índia, de acordo com pesquisa da consultoria McKinsey. O restante veio da expansão da força de trabalho, como resultado da demografia favorável, formalização e baixo desemprego", diz a revista.

A reportagem diz que uma série de fatores explicam a fraca produtividade brasileira. O baixo investimento em infraestrutura é uma das primeiras razões citadas por economistas. Além disso, apesar do aumento do gasto público com educação, os indicadores de qualidade dos alunos brasileiros não melhoraram. Um terceiro fator menos óbvio é a má gestão de parte das empresas brasileiras. A publicação inglesa diz que filas, congestionamentos, prazos perdidos e outros atrasos ocorrem com tanta frequência que já deixaram os brasileiros “anestesiados.

Há ainda a legislação trabalhista. A revista diz que muitas empresas preferem contratar amigos ou familiares menos qualificados para determinadas vagas para limitar o risco de roubos na empresa ou de serem processados na Justiça trabalhista. A revista também cita que a proteção do governo aos setores pouco produtivos ajuda na sobrevivência das empresas pouco eficientes.

A reportagem ouviu um empresário norte-americano que é dono do restaurante BOS BBQ no Itaim Bibi, em São Paulo. Blake Watkins diz que um trabalhador brasileiro de 18 anos tem habilidades de um norte-americano de 14 anos. "No momento em que você aterrissa no Brasil você começa a perder tempo", disse o dono do restaurante BOS BBQ, que se mudou há três anos para o País. Fonte: InfoAbril - 17/04/2014 

Comentário: O governo está mais preocupado com a inclusão social desperdiçando dinheiro com programas sociais que não geram trabalho, mas geram marketing social político.etc. A educação é péssima,  não investe em infraestrutura,

A escolaridade do trabalhador se encontra ainda em uma posição muito atrasada em relação a outros países, mesmo latino-americanos. Em média o trabalhador brasileiro possui apenas cinco anos de escolaridade, atrás de Argentina, Uruguai e Chile, apenas para ficarmos na América do Sul. Com essa formação não há avanços na qualidade e produtividade. Como pode aumentar a produtividade, se o trabalhador não sabe ler direito, não sabe as operações simples de aritmética, etc?

O pior de tudo os que têm escolaridade completa, apenas 62% das pessoas com ensino superior e 35% das pessoas com ensino médio completo são classificadas como plenamente alfabetizadas, pois tem domínio nas habilidades de leitura, escrita e matemática. Fonte: Instituto  Paulo Montenegro

domingo, 6 de abril de 2014

Alunos brasileiros ficam entre os últimos em matemática

Os estudantes brasileiros ficaram em 38° lugar entre jovens de 44 países em um teste de solução de problemas matemáticos feito pela OCDE (Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico).

Enquanto os alunos de países da OCDE tiveram média de 500 pontos na avaliação, os jovens brasileiros atingiram em média apenas 428 pontos. O relatório mostra ainda que 47,3% dos brasileiros tiveram baixa performance e só 1,8% conseguiu solucionar problemas de matemática complexos.

A avaliação foi aplicada a jovens de 15 anos de todo o mundo e é parte do relatório do Pisa 2012 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). Os jovens de Cingapura, Coreia do Sul e Japão ficaram nas primeiras posições do ranking.

O desempenho dos alunos brasileiros ficou abaixo ainda do de jovens da Rússia, de Portugal, da Croácia e do Chile.

Meninos tiveram desempenho melhor que as meninas na prova de matemática. Em média, a diferença foi de 22 pontos. Entre estudantes dos países da OCDE, a variação é de, em média, 7 pontos.

Dois em cada três alunos brasileiros de 15 anos não conseguem interpretar situações que exigem apenas deduções diretas da informação dada, não são capazes de entender percentuais, frações ou gráficos.

“Os alunos de 15 anos com dificuldades para resolver problemas serão os adultos de amanhã lutando para encontrar ou manter um bom emprego", disse Andreas Schleicher, diretor interino de Educação da OCDE. "As autoridades e educadores devem rever seus sistemas de ensino e currículos para ajudar os estudantes a desenvolver suas habilidades para resolver problemas, cada vez mais necessárias nas economias atuais".

A prova de matemática do Pisa já mostrava as dificuldades dos alunos brasileiros com problemas que pediam raciocínio lógico e conhecimentos básicos da disciplina. Apenas 33% dos alunos de 15 anos do país conseguiram resolver questões com o grau de complexidade mais baixo. Para muitos especialistas, o problema está justamente nos problemas de leitura. A maioria dos nossos estudantes não consegue interpretar o enunciado da questão.

PREOCUPAÇÃO NA INDÚSTRIA: O desempenho do Brasil foi considerado preocupante pelo gerente-executivo de Estudo e Prospectiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Luiz Caruso. Segundo ele, as baixas na educação desses jovens podem impactar sobre o desenvolvimento da indústria no país.

- Quando estiverem no mercado de trabalho, eles terão mais dificuldade para absorver e trabalhar com novas tecnologias, o que impacta diretamente a produtividade e a competitividade do país. Sem uma educação básica de boa qualidade, a gente não tem cidadão e nem um bom trabalhador - avalia Caruso.

De acordo com Caruso, a realidade também merece atenção, se levado em consideração as oportunidades em educação profissionalizante, que vêm recebendo investimentos do governo:

- É difícil trabalhar com esses jovens, pois a educação profissional requer maior grau de complexidade. E como os jovens apresentam defasagem em disciplinas básicas como matemática e português, acaba sendo necessário sanar essas dificuldades durante o ensino médio, ocupando uma parte da carga horária que poderia ser destinada a fins mais específicos - afirma.

Veja o ranking completo
1º - Cingapura, 562 pontos
2º - Coreia do Sul, 561
3º - Japão, 552
4º - China/Macau, 540
5º - China/Hong Kong, 540
6º - China/Xangai, 536
7º - China/Taipé, 534
8º - Canadá, 526
9º - Austrália, 523
10º - Finlândia, 523
11º - Reino Unido, 517
12º - Estônia, 515
13º - França, 511
14º - Holanda, 511
15º - Itália, 510
16º - República Tcheca, 509
17º - Alemanha, 509
18º - Estados Unidos, 508
19º - Bélgica, 508
20º - Áustria, 506
21º - Noruega, 503
22º - Irlanda, 498
23º - Dinamarca, 497
24º - Portugal, 494
25º - Suécia, 491
26º - Rússia, 489
27º - Eslováquia, 483
28º - Polônia, 481
29º - Espanha, 477
30º - Eslovênia, 476
31º - Sérvia, 473
32º - Croácia, 466
33º - Hungria, 459
34º - Turquia, 454
35º - Israel, 454
36º - Chile, 448
37º - Chipre, 445
38º - Brasil, 428
39º - Malásia, 422
40º - Emirados Árabes, 411
41º - Montenegro, 407
42º - Uruguai, 403
43º - Bulgária, 402
44º - Colômbia, 399

Fonte:O Globo: 1/04/14 

Comentário: Na realidade a educação brasileira é uma ilusão para fins estatísticos. Todos podem obter seu diploma ou passar de ano. O governo eliminou a competição, pois o método de "aprovação automática" ou "progressão continuada"  incentiva os jovens a não se esforçarem para nada. Prá que estudar se ao final do ano letivo, o aluno será aprovado?
Qual é a responsabilidade da sociedade, da população na educação? Veremos pais desinteressados, crianças que se comportam como delinquentes  nas salas de aulas. Famílias que priorizam salários em detrimento dos estudos. Há um desinteresse total dos jovens por qualquer atividade escolar, freqüentam as aulas por obrigação ou a merenda é muito boa. Ficam apáticos diante do estudo.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) baseados na Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) mostram que o número de jovens de 15 a 29 anos que não estudava e nem trabalhava chegou a 9,6 milhões no país no ano passado, isto é, uma em cada cinco pessoas da respectiva faixa etária.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Forte terremoto no norte do Chile

Um forte terremoto de magnitude 8,2 que sacudiu a região norte do Chile no começo da noite desta terça-feira, 1 de abril de 2014. O tremor, o maior registrado no mundo neste ano, provocou  dezenas réplicas até o momento e gerou um alerta de tsunami.

O terremoto  ocorreu em uma região histórica de quietude sísmica – denominada laguna sísmica Iquique. Os registros históricos indicam um terremoto de magnitude 8,8 ocorreu na estrutura geológica  Iquique em 1877, que foi precedida imediatamente ao norte por um terremoto de magnitude 8,8  em 1868. Em março houve aumento da taxa de sismicidade na região.

A estrutura geológica conhecida como 'laguna sísmica devido ao impacto teria se subdividida em três partes que a partir de agora, devem apresentar atividades sísmicas separadamente.

Ondas de mais de dois metros, no entanto, atingiram algumas partes do litoral, provocando deslizamentos de terra que bloquearam estradas próximas à cidade de Arica. Segundo informações dos Comitês Regionais de Operações de emergência, cerca de 900 mil pessoas foram evacuadas da costa chilena.

Imagens da TV chilena mostraram a população abandonando as regiões costeiras, de forma ordenada, formando longas filas de automóveis. Prédios foram destruídos e milhares de pessoas ficaram sem luz. Em um supermercado, produtos desabaram das prateleiras e os clientes tiveram de sair às pressas. Incêndios foram registrados em Iquique.

Epicentro no mar : O terremoto foi registrado às 20h46 (19h46 de Brasília), durou dois minutos e teve seu epicentro no mar, a 20 quilômetros de profundidade e a 85 km ao sudoeste de Cuya, próximo à cidade de Iquique, onde foram registradas ao menos duas ondas com mais de dois metros e o aeroporto foi fechado.

O sismo pode ser sentido no Peru e na Bolívia, onde prédios chegaram a balançar por alguns segundos.

Situado no Cinturão de Fogo do Pacífico, onde ocorrem 80% dos terremotos do mundo, o Chile tem atividades sísmicas frequentes. A região já estava em alerta por uma série de terremotos de intensidade média nas últimas semanas. Em março, uma evacuação já havia sido ordenada depois que um terremoto com 6,4 de magnitude atingiu a mesma região do país, e 100 mil pessoas tiveram que deixar a área. 

Informações gerais: De acordo com as ultimas informações do governo;  foram evacuadas  972.457 pessoas, seis mortes, oito estradas interrompidas.

Balanço de 4 de abril da zona de emergência: regiões de Arica, Parinacota e Tarapacá

1-Arica e Parinacota: 9 abrigos em funcionamento, 46 pessoas abrigas

Serviços básicos: 30% da população sem energia elétrica; 105 da população sem água potável

2-Tarapacá: 8 abrigos em funcionamento, 1.313 pessoas abrigadas

Serviços básicos: 28%  da população sem energia elétrica, especialmente em Alto Hospicio e interior, 33% sem água potável. Fontes: Emol e UOL 04/04/2014

Fotos do terremoto: 


Vídeo: Animação em tempo real do PTWC (Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico) para o tsunami do norte do Chile na região. A animação mostra a propagação da onda tsunami simulada por 30 horas, seguido de um "mapa de energia", mostrando as alturas máximas em mar aberto das ondas ao longo desse período e a previsão do incremento das alturas das ondas atingidas na costa litorânea.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

TV da Nicarágua noticia alerta de tsunami na Bolívia

O canal de TV Multinoticias, da Nicarágua, virou alvo de piadas no Twitter depois de ter noticiado que a Bolívia estaria em alerta para uma tsunami após o terremoto desta terça-feira no Chile. O território boliviano não só é fechado para o mar, como o país reivindica desde o fim do século XIX a recuperação de seu litoral, perdido justamente para o Chile na Guerra do Pacífico (1879-1883).

O canal da Nicarágua não foi o único a esquecer que a Bolívia não tem litoral. Um apresentador da TV pública argentina também noticiou um alerta de tsunami para o país andino, e a atriz e cantora mexicana Lucero chegou a recorrer ao Twitter, onde é seguida por mais de 3 milhões de pessoas, para enviar pensamentos positivos aos bolivianos pelo “perigo” de uma grande onda.

Sucessivos governos da Bolívia buscam retomar a saída do país para o mar, pressão que foi reforçada desde a chegada de Evo Morales à presidência, em 2006. Todo dia 23 de março, o país celebra o Dia do Mar, no qual lembra a perda de 400 quilômetros de costa e 120 mil quilômetros quadrados de terras. O governo boliviano enfrenta o Chile na Corte Internacional de Justiça, em Haia (Holanda), na tentativa de retomar seu litoral. Fonte: O Globo- Publicado: 02/04/2014

Comentário: É a única maneira da Bolívia sentir o mar?

domingo, 30 de março de 2014

Esquerda tinha ditaduras como modelo

Durante a ditadura, a oposição de esquerda transformou a experiência dos países socialistas em referência de democracia. A ditadura do proletariado foi exaltada como o ápice da liberdade humana e serviu como contraponto ao regime militar. A falácia tinha uma longa história. Desde os anos 1930 brasileiros escreveram libelos em defesa do sistema que libertava o homem da opressão capitalista.

Tudo começou com URSS, Um Novo Mundo, de Caio Prado Júnior, publicado em 1934, resultado de uma viagem de dois meses do autor pela União Soviética. Resolveu escrevê-lo, segundo informa na apresentação, devido ao sucesso das palestras que teria feito em São Paulo descrevendo a viagem. À época já se sabia do massacre de milhões de camponeses (a coletivização forçada do campo, 1929-1933) e a repressão a todas os não bolcheviques.

Prado Júnior justificou a violência, que segundo ele "está nas mãos das classes mais democráticas, a começar pelo proletariado, que delas precisam para destruir a sociedade burguesa e construir a sociedade socialista". A feroz ditadura foi assim retratada: "O regime soviético representa a mais perfeita comunhão de governados e governantes". O autor regressou à União Soviética 27 anos depois. Publicou seu relato com o título O Mundo do Socialismo. Logo de início escreveu que estava "convencido dessa transformação (socialista), e que a humanidade toda marcha para ela".

Em 1960, Caio Prado não poderia ignorar a repressão soviética. A invasão da Hungria e os campos de concentração stalinistas estavam na memória. Mas o historiador exaltava "o que ocorre no terreno da liberdade de expressão do pensamento, oral e escrito", acrescentando: "Nada há nos países capitalistas que mesmo de longe se compare com o que a respeito ocorre na União Soviética". E continua escamoteando a ditadura: "Os aparelhos especiais de repressão interna desapareceram por completo. Tem-se neles a mais total liberdade de movimentos, e não há sinais de restrições além das ordinárias e normais que se encontram em qualquer outro lugar."

Seguindo pelo mesmo caminho está Jorge Amado, Prêmio Stalin da Paz de 1951. Isso mesmo: o tirano que ordenou o massacre de milhões de soviéticos dava seu nome a um prêmio "da paz". Antes de visitar a União Soviética e publicar um livro relatando as maravilhas do socialismo - o que ocorreu em 1951 -, Amado escreveu uma laudatória biografia de Luís Carlos Prestes. A União Soviética foi retratada da seguinte forma: "Pátria dos trabalhadores do mundo, pátria da ciência, da arte, da cultura, da beleza e da liberdade. Pátria da justiça humana, sonho dos poetas que os operários e os camponeses fizeram realidade magnífica".

A partir dos anos 1970, o foco foi saindo da União Soviética e se dirigindo a outros países socialistas. Em parte devido aos diversos rachas na esquerda brasileira. Cada agrupamento foi escolhendo a sua "referência", o país-modelo. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) optou pela Albânia. O país mais atrasado da Europa virou a meca dos antigos maoistas, como pode ser visto no livro O Socialismo na Albânia, de Jaime Sautchuk. O jornalista visitou o país e não viu nenhuma repressão. Apresentou um retrato róseo. Ao visitar um apartamento escolhido pelo governo, notou que não havia gás de cozinha. O fogão funcionava graças à lenha ou ao carvão. Isso foi registrado como algo absolutamente natural.

O culto da personalidade de Enver Hoxha, o tirano albanês, segundo Sautchuk, não era incentivado pelo governo. Era de forma natural que a divinização do líder começava nos jardins de infância onde era chamado de "titio Enver". As condenações à morte de dirigentes que se opuseram ao ditador foram justificadas por razões de Estado. Assim como a censura à imprensa.

Com o desgaste dos modelos soviético, chinês e albanês, Cuba passou a ocupar o lugar. Teve papel central neste processo o livro A Ilha, do jornalista Fernando Morais, que visitou o país em 1977. Quando perguntado sobre os presos políticos, o ditador Fidel Castro respondeu que "deve haver uns 2 mil ou 3 mil". Tudo isso foi dito naturalmente - e aceito pelo entrevistador.

Um dos piores momentos do livro é quando Morais perguntou para um jornalista se em Cuba existia liberdade de imprensa. A resposta foi uma gargalhada: "Claro que não. Liberdade de imprensa é apenas um eufemismo burguês". Outro jornalista completou: "Liberdade de imprensa para atacar um governo voltado para o proletariado? Isso nós não temos. E nos orgulhamos muito de não ter". O silêncio de Morais, para o leitor, é sinal de concordância. O pior é que vivíamos sob o tacão da censura.

O mais estranho é que essa literatura era consumida como um instrumento de combate do regime militar. Causa perplexidade como os valores democráticos resistiram aos golpes do poder (a direita) e de seus opositores (a esquerda). Fonte: Estadão-28 de março de 2014 - Marco Antonio Villa-Historiador, é autor, entre outros livros, de ditadura à brasileira. 1964-1985. A democracia golpeada à esquerda e à direita.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Caça às bruxas: 31 de março

Essa semana as viúvas  socialistas estão em evidência. O museu de 64 abriu as portas para desenterrar o passado,  os antropólogos socialistas desenterraram as ossadas e traçam os perfis dos caçadores da esquerda. As viúvas socialistas ainda vivem na Terra do Nunca.

Esquecendo  a semana do museu arqueológico socialistas, a esquerda nunca comenta o que a revolução deixou para a sociedade.

Nesse período  o Brasil se modernizou do ponto de vista econômico, tecnológico e industrial.

O legado deixado pela revolução de 1964 no campo de ensino, tecnológico, desenvolvimento, etc.

Embrapa-Em 7 de dezembro de 1972, o então presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, sancionou a Lei nº  5.851, que autorizava o Poder Executivo a instituir empresa pública, sob a denominação de Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura.

Nuclebras e subsidiária; criação dezembro de 1974, Programa Nuclear Brasileiro de busca por autonomia energética, Usina Angra I e Angra II;

Embratel-A criação da Embratel em 16 de setembro de1965  para prestação de telefonia interestadual e internacional.

Telebras - criação através da lei nº 5.792, de 11 de julho de 1972, sendo instalada em 9 de novembro de 1972, no auge do regime militar instituído pelo golpe de 1964. Sua incumbência foi centralizar, padronizar e modernizar as diversas empresas de telecomunicações concessionárias de serviços públicos que existiam no Brasil.2

Embraer - Fundada no ano de 1969 como uma sociedade de economia mista vinculada ao então Ministério da Aeronáutica, iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país.

Pró-álcool - 14 de Novembro de 1975 o decreto n° 76.593 cria o Pró álcool, programa de motores à álcool.

Criação da EBTU; criada através da lei nº 6.261 de 14 de novembro de 1975;Implementação do Metrô em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza;

PIS/PASEP - O PIS foi criado pela Lei Complementar 07/1970 (para beneficiar os empregados da iniciativa privada), enquanto o PASEP foi criado pela Lei Complementar 08/1970 (para beneficiar os servidores públicos). 

FGTS- O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), foi instituído em 1966

INPS- O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) do Brasil foi criado no ano de 1966, originando-se da fusão de todos os Institutos de Aposentadoria e Pensões existentes à época.

FINEP- Foi criada em 24 de julho de 1967, como uma empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas.

CORREIO- A ECT(Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações.

INFRAERO- A Infraero (sigla para Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) é uma empresa pública federal brasileira de administração indireta vinculada à Secretaria de Aviação Civil. Criada pela Lei 5 862 em 12 de dezembro de 1972,1 a empresa é responsável pela administração dos principais aeroportos do país.

POLO PETROQUIMICO DO SUL - Sua implementação no extremo sul do Brasil ocorreu no início da década de 1980, e tinha como objetivo a retomada da industrialização no estado do Rio Grande do Sul.

POLO INDUSTRIAL DE CAMAÇARI- O polo iniciou suas operações em 1978. Fica localizado no município de Camaçari, no estado da Bahia, no Brasil. É o maior polo industrial do estado, abrigando diversas indústrias químicas e petroquímicas.

POLO PETROQUÍMICO DE PAULÍNIA – Iniciou a  operação em 2 de fevereiro de 1972

BANCO CENTRAL - O Banco Central foi criado em 31 de dezembro de 1964 pela da Lei nº 4.595.

ZONA FRANCA DE MANAUS – Foi criada em 1967 pelo governo federal para impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental.

CURSO SUPERIOR - A Reforma de 1968, abertura do ensino privado.

UNIVERSIDADES PÚBLICAS – Reforma de 68, modernizou as universidades públicas, incentivou  as instituições a articular as atividades de ensino e de pesquisa.

Aboliram-se as cátedras vitalícias, introduziu-se o regime departamental, institucionalizou-se a carreira acadêmica, a legislação pertinente acoplou o ingresso e a progressão docente à titulação acadêmica. Para atender a esse dispositivo, criou-se uma política nacional de pós-graduação, expressa nos planos nacionais de pós-graduação e conduzida de forma eficiente pelas agências de fomento do governo federal. A pós-graduação tornou-se um instrumento fundamental da renovação do ensino superior no país

CULTURA E ESPORTE - 15 de março de 1974 a 30 de maio de 1978 foram criados o Crédito Educativo, o Fundo de Assistência ao Atleta Profissional, o Conselho Nacional de Direitos Autorais, a Lei do Estágio, o Concine, a Funarte e diversos incentivos às artes e cultura brasileiras, com total reconhecimento do meio artístico nacional.

PROJETO RONDOM - Criado em 11 de julho de 1967. O projeto promovia atividades de extensão universitária levando estudantes voluntários às comunidades carentes e isoladas do interior do país, onde participavam de atividades de caráter notadamente assistencial, organizadas pelo governo. Entre 1967 e 1989, quando foi extinto, o projeto envolveu mais de 370 mil estudantes e professores de todas as regiões do País.

MOBRAL - O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL)  criado pela Lei n° 5.379, de 15 de dezembro de 1967, e propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando "conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida.

HIDRELÉTRICAS – No período  de 1964 a 1985 foram construídas 17 grandes usinas

ESTRADA DE RODAGEM - De 1964 a 1985 houve  expansão da malha rodoviária, favorecida pela crescente urbanização das cidades. Com o objetivo de ocupar e desenvolver as regiões Norte e Centro-Oeste do país, concluíram-se as rodovias Cuiabá-Santarém e a Transamazônica em 1970. Outras grandes obras de engenharia rodoviária que visavam ligar o País de Norte a Sul foram a Via Anchieta (entre São Paulo e Santos), a rodovia Cuiabá-Porto Velho (1966), a ponte sobre o Rio São Francisco em Alagoas (1972), a rodovia dos Imigrantes(1976), Ponte Rio-Niterói(1974).

Meio século após a Revolução de 64 e o País continua vivendo o passado e é o meio em que as carpideiras socialistas sobrevivem.