domingo, 6 de novembro de 2011

Sete bilhões em um só planeta

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Ao ritmo de 80 milhões de novos habitantes a cada ano (o equivalente à população da Alemanha), o cronômetro que mede o número de moradores da Terra avança em ritmo acelerado para a marca histórica de 7 bilhões – 1,3 bilhão apenas na China, o país mais populoso. O recorde será batido nesta segunda-feira, segundo aponta a Organização das Nações Unidas (ONU) – e, ao contrário de marcas anteriores, nenhum bebê será escolhido para simbolizar a data.


Na verdade, não há como saber precisamente se já ultrapassamos a cifra ou se ela será batida em 2012 – como prevê o cálculo do censo dos EUA. Mas a data chama a atenção para as conseqüências do aumento populacional do planeta e o que podemos fazer para suavizar nossa própria pegada na Terra, que continua em crescimento acelerado e deve ter 8 bilhões de pessoas até 2025.


Acompanhe a cronologia desde a chegada ao primeiro bilhão de moradores na Terra, em 1804, e os principais desafios a serem pensados em um planeta jamais compartilhado por tantas pessoas ao mesmo tempo.





































































Crescimento da população mundial



População



Ano



Tempo para o próximo bilhão (em anos)



1 bilhão



1802



126



2 bilhões



1928



33



3 bilhões



1961



13



4 bilhões



1974



13



5 bilhões



1987



12



6 bilhões



1999



11



7 bilhões*



2011



15



8 bilhões*



2026



24



9 bilhões*



2050



20



10 bilhões*



2070



26



11 bilhões*



2096



não calculado



Fonte: Diário Catarinense - 30 de outubro de 2011


Comentário: Imagino, o que diria a Mãe Terra sobre os filhos da Terra?  Talvez;  vocês desperdiçam muito os recursos da natureza, eu ofereço as necessidades básicas, mas vocês são gananciosos, não respeitam a  natureza,  degradam, poluem, transformam a água em esgoto, caçam e pescam de forma tão predatória, não se preocupando com o tempo de reposição da natureza.


Como disse na famosa Carta, o Chefe Seatle “O que ocorrer com a terra, recairá sobre os filhos da terra. Há uma ligação em tudo.” Uma porção da terra, para o homem branco  tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho.


A teoria de Malthus, para verificar seu resultado é questão de tempo. Thomas Malthus formulou as primeiras previsões quanto ao esgotamento dos recursos naturais do planeta, incapazes de acompanhar o ritmo exponencial da reprodução humana.


Por exemplo, quando ocorre auto-suficiência  de alimentos na África, melhora a qualidade de vida, aumenta o índice de natalidade, conseqüentemente  diminui o índice de mortalidade infantil. É um efeito dominó na produção de alimentos e meio ambiente. Mais produção de alimentos exige mais área plantada,  mais recursos hídricos, mais fertilizantes, mais produção industrial de insumos básicos, mais impacto ambiental. Após satisfazer as necessidades básicas o ser humano procurará o consumismo desenfreado, de alimentos, estilo de vida, etc. É uma bola de neve.


Podemos imaginar esse problema como se fosse um balanço estequiométrico, como exemplo mais simples, temos uma receita de bola, de um lado, temos os ingredientes que sofrerão reações (misturas, com proporcionalidades) para produzir um bolo.


Na produção de alimentos teremos de modo semelhante esse tipo de reação, com seus ingredientes e quantidades. Alimentos mais meio ambiente (terra, água, fertilizantes, etc) terá produzir com certa proporcionalidade para atender o consumo básico, o desperdício e gerará impacto ambiental. Não há como estabelecer a proporcionalidade entre esses elementos para manter o seu equilíbrio, principalmente do meio ambiente (terra, água, impacto ambiental, degradação, etc). Existe uma variável muito grande, difícil de controlar,   que é o consumo que está ligado ao crescimento demográfico e melhorias no padrão de vida.


Isso significa maior pressão sobre a terra e seu uso intensivo. A teoria de Malthus, para verificar seu resultado é questão de tempo. Os recursos da terra são finitos, frágeis e não-renováveis e principalmente em relação à escassez de água e seu uso intensivo. No futuro bem próximo teremos um cenário que fará lembrar o Império Romano com suas regiões produtoras agrícolas, conquistadas. De um lado os países industriais com alto consumismo, necessitando de mais alimentos, porém sem terras, arrendando terras de países pobres ou fracos.


 

sábado, 5 de novembro de 2011

Cuba entrega terras ociosas para usufruto da população

bligo-CubaMST.jpgCuba entrega 1,3 milhão de hectares de terra ociosa para usufruto da população


A medida faz parte do "reordenamento" do setor agrícola, incluído no plano de reformas impulsionado pelo governo


O governo de Cuba terminou em setembro a entrega de mais de 1,3 milhões de hectares de terra em usufruto, das quais 79% se encontram sob exploração, a maioria nas mãos de agricultores "individuais".


O fundo de terras ociosas de Cuba foi estimado em 2008 em mais de 1,8 milhão de hectares, por isso o jornal oficial Granma ressaltou neste sábado (29/10) que as entregas em usufruto e o posterior índice de exploração "contribuíram para reverter o estado desfavorável em que estavam estes terrenos".


O diretor do Centro Nacional de Controle da Terra, Pedro Olivera, informou ao jornal que foram concedidos 1.313.396 hectares desde julho de 2008, quando o governo do presidente Raul Castro decretou as entregas em usufruto para revitalizar a agricultura.


A medida faz parte do "reordenamento" do setor agrícola, incluído no plano de reformas impulsionado pelo governo, com o propósito de atualizar o modelo econômico da ilha.


Segundo o Granma, as terras entregues estão sob responsabilidade de 146.816 usufrutuários individuais, que representam 97% do total das solicitações recebidas pelo governo.


Além disso, ressalta que dos novos agricultores um quarto não tem vínculo trabalhista anterior, 13% são aposentados, a terceira parte são jovens de 18 a 35 anos e mais de 13 mil são mulheres.


O jornal destacou que o novo sistema de usufruto na ilha não só permite um aumento na produção de alimentos, mas gera "grandes oportunidades de emprego".


Em agosto, o governo cubano rebaixou os preços de vários produtos agrícolas para estimular a produção de alimentos, em particular nas parcelas de usufrutuários.


Os meios de comunicação oficiais informaram em julho que o direito de exploração das terras recebidas por mais de 9 mil pessoas foi retirado por "aproveitamento ineficiente".


Quando foi decretado o regime de usufruto em 2008, 51% do total das terras cultiváveis da ilha estava inativo ou mal explorado.


Em Cuba, a revitalização da agricultura para aumentar a produção de alimentos é considerada um assunto de segurança nacional, porque o país gasta mais de US$ 1,5 bilhão ao ano importando 80% dos alimentos que consome.


Fonte: Opera Mundi - 29/10/2011 


Comentário: Pensei que o socialismo era um exemplo de auto-suficiência  em produção de alimentos? Pelo jeito os socialistas não gostam de trabalhar, isto é, colocar a mão  na massa, gostam mais de trabalho intelectual?  Segundo o MST, apenas no capitalismo tem terras ociosas? Pelo jeito esqueceu de Cuba.O MST deveria invadir Cuba?


O mais interessante de tudo isso, Cuba ataca veemente o capitalismo,  principalmente os EUA, mas esse país é o principal fornecedor de alimentos  para Cuba.


Vejamos:


Segundo dados divulgados pelo Conselho Comercial e Econômico EUA-Cuba, as exportações norte-americanas de alimentos para a ilha atingiram 344,3 milhões de dólares entre janeiro e novembro de 2010. No mesmo período de 2009, o movimento foi de 486,7 milhões de dólares.


As importações cubanas de frango congelado, trigo, derivados de soja, milho, feijão e outros produtos dos EUA alcançaram seu auge em 2008 - 710 milhões de dólares - e em seguida tiveram uma queda de 24 por cento em 2009.


A importação de alimentos dos EUA para  Cuba está caindo, pois os EUA  exigem pagamentos em dinheiro "vivo."


Segundo o Conselho Comercial e Econômico, entidade nova-iorquina que monitora as relações bilaterais, Cuba passou a comprar mais alimentos do Brasil, França, Canadá, Rússia e China, nações junto às quais tem crédito.


Não entendo como um país considerado como a única jóia da coroa socialista, a população  é considerada bem alimentada, se importa quase tudo? Deve ser a estatística. A estatística é muito interessante, dependendo de seu ponto de vista, todos ficam satisfeitos. Por exemplo, eu chupo duas laranjas e você nenhuma, mas em média chupamos uma, todos ficam satisfeitos.  


Coitado do mi Kamarada Fidel, muito provável, ele verá  Cuba a sete palmos de terra, terra capitalista e produtiva.

Las Farc y su encrucijada en el peor momento

Las FARC están obligadas a buscar el sucesor de su máximo cabecilla, pero su nuevo líder no tendrá la misma ascendencia. Las Fuerzas Armadas seguirán la presión militar. Para muchos es el momento de pensar en una salida negociada, donde la guerrilla tendría poco que exigir.


El golpe militar contra el máximo jefe de las FARC fue calificado por expresidentes, dirigentes políticos y politólogos con múltiples adjetivos, pero en el mismo sentido: la muerte de alias 'Alfonso Cano' es un golpe al cerebro, a la espina dorsal, al propio corazón de la guerrilla.


Si bien nadie se atreve a decir que se trata del golpe definitivo a las FARC, muchos coinciden en señalar que sí podría significar el comienzo del fin de medio siglo de violencia subversiva.


Desde el 2008 las FARC han sufrido los más duros y contundentes golpes. Como se recordará, el 2 de marzo de ese año en la provincia de Sucumbíos (Ecuador) fue abatido el que en ese momento era considerado el número 2 de las FARC, alias 'Raúl Reyes'.


En ese entonces la guerrilla, que desde el 2002 había empezado a defenderse de la mayor ofensiva del Estado colombiano (tras el fracaso del proceso de paz del Caguán), sintió que su secretariado empezaba a ser vulnerable.


En mayo de ese mismo año, el máximo líder de la guerrilla, Manuel Marulanda Vélez, murió de forma natural en la selva colombiana. En ese momento alias 'Alfonso Cano' asumió la jefatura del secretariado de las FARC y aunque su perfil de ideólogo abría la puerta para una eventual salida negociada, sucedió todo lo contrario. 'Cano' era quizás el más radical de la guerrilla, como recuerda el analista Alfredo Rangel, hasta el punto de oponerse a los diálogos del Caguán.


Con 'Cano' como jefe de la guerrilla, las FARC continuaron sufriendo sus más duros golpes. Gota a gota fueron cayendo otros cabecillas, quizá de menor impacto mediático, pero que tenían funciones importantes dentro la estructura económica y militar de esta organización ilegal.


El golpe del 23 de septiembre del 2011, ya en el gobierno de Juan Manuel Santos, denominado operación Sodoma, fue otro impacto a la entraña de las FARC. Su jefe militar, alias ‘Jorge Briceño Suárez’ o ‘Mono Jojoy’, caía tras un bombardeo de la Fuerza Aérea.


Después de ese golpe, las FARC modificaron su estrategia ante el asedio de la ofensiva estatal, que, según la había descrito el propio presidente Juan Manuel Santos, por primera vez el Ejército “había entrado a las madrigueras de la guerrilla”.


Las FARC se defendían del asedio mientras adelantaban hostigamientos propios de la guerra de guerrillas contra la fuerza pública. El pasado mes de febrero el presidente Juan Manuel Santos reveló que a 'Cano' le estaban respirando en la nuca, y en ese mismo mes empezaron a crecer las versiones de un golpe al jefe de esta guerrilla.


Pero, ¿qué vendrá para las FARC?


El politólogo Alejo Vargas considera que la muerte de 'Cano' llega en un momento en que la guerrilla ha perdido sus liderazgos internos. Por eso considera que, quizá como ninguna otra, la muerte de 'Cano' va a generar “la mayor tensión” al interior del secretariado de las FARC.


El relevo, dice Vargas, se lo disputarán alias 'Timochenko' y alias 'Iván Márquez'. Dos guerrilleros de perfiles distintos, el primero más militar, el segundo más político. Y por esas características, considera el politólogo, la decisión llevará tiempo y probablemente será conflictiva al interior de las FARC.


Sin embargo, cualquiera que llegue al relevo, considera el analista Alfredo Rangel, no tendrá la misma ascendencia dentro de la tropa de la guerrilla que tenía 'Cano', y por eso advierte la mayor crisis de liderazgo de la historia de las FARC.


En todo caso, considera Rangel, quien llegue a asumir la jefatura del secretariado no tendrá otro camino que pensar en la salida negociada al conflicto.


Un escenario donde las FARC, según el expresidente Andrés Pastrana, quien durante su gobierno se sentó a dialogar con la guerrilla, “ya no tienen para exigir”.


Pero, a diferencia de lo que muchos podrían pensar, la muerte de 'Cano' no significa el final de las FARC. Eso dice Víctor G. Ricardo, excomisionado de paz durante el gobierno del presidente Pastrana. “la guerrilla está más debilitada que nunca, pero no está acabada”.


Carlos Lozano, director del semanario VOZ, y que conoce a las FARC, considera que el escenario inmediato será que la guerrilla nombre rápidamente el sucesor de 'Alfonso Cano', y el Ejército esperará esa decisión para iniciar una nueva ofensiva militar.


Pero en lo que todos coinciden es que los recientes golpes a las FARC, y este en particular, demuestran el fracaso de la lucha armada y, como dijo el presidente del Consejo de Estado, magistrado Mauricio Fajardo, tras conocer la noticia, “predomina el imperio de la Constitución”.


Dirigentes políticos hicieron un llamado a una gran desmovilización colectiva y a que los jefes de frentes y columnas de la guerrilla se sometan a las condiciones para reincorporarse a la vida civil.


Consideran que puede ser el momento ideal, debido a que tras la muerte del líder, con más de 33 años en las FARC, y el último de los hombres de la segunda generación de esta guerrilla, la moral de la subversión está por el piso.


Las condiciones de esa eventual desmovilización están enmarcadas en las fórmulas ofrecidas por el Gobierno a través de su Alta Consejería para la Reintegración. Una invitación que hizo el ministro de Defensa al anunciar que no hay cabecilla ni jefe de ninguna estructura que pueda resistirse a las Fuerzas Militares. “Su hora ha llegado. El tiempo es ahora”, dijo Juan Carlos Pinzón.


Pero también la muerte de 'Cano' se produce cuando el Congreso de la República estudia un acto legislativo para que la Constitución, de forma temporal, contemple mecanismos de justicia transicional que permitan establecer “un marco jurídico” para que la guerrilla deje las armas. Una iniciativa legal que el propio presidente Juan Manuel Santos ha pedido, con el símil de que necesita una llave para abrir la puerta de la paz.


La Semana - Sábado 5 Noviembre 2011

El operativo que acabó con 'Cano'

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Los combates en los que fue dado de baja Guillermo León Sáenz, alias 'Alfonso Cano', se produjeron tras bombardeos el viernes en la zona del Cauca en donde operaciones de inteligencia lo ubicaron.


Hace tres meses la persecución contra el jefe máximo de las FARC estuvo a punto de dar resultado. En junio pasado, el presidente Juan Manuel Santos viajó hasta Chaparral (Tolima) para revisar los operativos contra las FARC, en los que se alcanzó a decir que alias ‘Alfonso Cano’ estaba herido. Y aunque lo único que se confirmó fue que la noche anterior al bombardeo ‘Cano’ estaba cerca del lugar de la operación de las Fuerzas Militares, en realidad, le dijeron fuentes militares a Semana.com, en esa fecha y en ese lugar comenzó el fin del jefe guerrillero.


De inmediato, y con la información de por medio de estarle pisando los talones, el Ejército le cerró el camino que le permitía a 'Cano' recibir las provisiones que le llegaban del Bloque Oriental. Y a punto de bombardeos lo obligaron a moverse. Entonces, el único camino fue buscar el auxilio del Bloque Occidental, liderado por ‘Pacho Chino’ y ‘Sargento Pascuas’. Mientras tanto, el Comando Conjunto de Operaciones Especiales (CECOES del Comando General de las Fuerzas Militares, no cejó en agudizar la presión, más aún cuando confirmó que lo acompañaba un máximo de diez guerrilleros.


 ‘Alfonso Cano’, a diferencia de otros jefes guerrilleros, no estaba en un campamento grande.


Este viernes, un bombardeo que se registró sobre las 8:30 a. m. en un pequeño poblado Chirriadero, cerca de la represa de La Salvajina y de los municipios de Belalcázar y Suárez (Cauca), le comenzó a poner fin a su larga vida en la guerrilla. Más de una tonelada de explosivos cayeron en la zona donde se movía.


La primera pista que encontraron los hombres del Ejército tras el bombardeo fue su billetera; al lado, las gafas y unos periódicos. Luego, según contó en rueda de prensa a la medianoche el ministro de defensa, Juan Carlos Pinzón, se inició una persecución y, tras el enfrentamiento entre los hombres del anillo de seguridad de ‘Cano’ y tropas de las Fuerzas Militares, el número uno de las FARC murió. En los operativos, dos soldados resultaron heridos.


Hombres del CTI confirmaron, horas más tarde, su identidad, en principio por simple identificación visual y luego a través de las huellas dactilares. En el hecho también fue dado de baja ‘Pacho Chino’, líder del Bloque Occidental de las FARC. Y fue justamente por él que la Dirección de Inteligencia Policial (DIPOL) fue clave en el operativo. ‘Pacho Chino’ era blanco de DIPOL y la información que esta dirección tenía de él (jefe de seguridad de ‘Cano’) permitió dar con el máximo jefe de las FARC.


El cuerpo sin vida de ‘Cano’ fue llevado a Popayán (Cauca).


Fuente: La Semana - Sábado 5 Noviembre 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

Corpo de Gaddafi será entregue a parentes

Necropsia confirma que tiro causou morte


As novas autoridades líbias entregarão o corpo de Muammar Gaddafi a seus parentes no local de seu enterro, anunciou neste domingo Ahmed Jibril, do Conselho de Nacional de Transição (CNT). Necropsia realizada hoje confirmou que o ex-ditador morreu por uma ferida de bala, segundo informou à Reuters um médico envolvido na autópsia feita na madrugada do domingo.


Destino do corpo


"Foi tomada a decisão de entregá-lo aos parentes, já que nenhum membro de sua família próxima está presente neste momento", informou à AFP.


"O CNT está em consulta com a família Gaddafi. Depende da família decidir onde Gaddafi vai ser enterrrado", acrescentou.


Jibril, que é conselheiro do novo regime interino do premiê Mahmud Jibril, não quis revelar quando a transferência será realizada.


Desde que foi morto na quinta-feira quando tentava fugir de sua cidade natal de Sirte, o Kadhafi teve seu corpo exposto num frigorífico do mercado de Misrata, onde atraiu multidões.


Fonte: Do UOL Notícias -23/10/2011 


Comentário: Em um dos trechos do livro, O Princípe, Maquiavel, define bem o que se espera da multidão: Não se pode dar ao luxo de ter moralidade, porque a massa das pessoas pertence à canalha, ingrata, desconfiada, medrosa e ávida. Seguem os poderosos enquanto vêem proveito; tudo oferecem, enquanto não são realmente precisas; mas revoltam-se quando as carências chegam.


O livro foi escrito em 1513, retrata o jogo do poder e os súditos. Mas a humanidade parece que continua a mesma, quando  a civilização é substituída pela barbárie humana.


Isto, é que aconteceu com o fuzilamento do Gadafi. A democracia ocidental capitaneado pelos EUA, Inglaterra, França e Itália fizeram uma guerra não declarada a Líbia, fornecendo armas e consultores..Todas elas preocupadas com os direitos humanos. A única que ficou de fora foi Alemanha, tem sua experiência de barbárie humana.


Esse ciclo de barbárie humana acompanha a humanidade, quando a civilização é substituída pelo animal-homem ou a besta-fera.  O lema  Liberdade, Igualdade, Fraternidade, só aplica aos vencedores e ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A Copa do Mundo é Nossa?

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ORGIA DE CONSTRUÇÃO DE NOVOS ESTÁDIOS


Estão em construção estádios em Cuiabá, em Manaus e em Brasília, onde nem futebol realmente profissional há. Como se ergue outro no Recife, embora a cidade tenha três estádios e seus três donos, o Sport, o Santa Cruz e o Náutico, já tenham anunciado que não cogitam a possibilidade de usar a nova arena. Natal também tenta erguer seu estádio, chamado Arena das Dunas, Sanud.


É importante frisar que, quando a Copa do Mundo foi realizada nos Estados Unidos, nem sequer um estádio foi erguido para recebê-la, assim como a França, quatro anos depois, construiu apenas um, o Stade de France, em Saint-Denis, nos arredores de Paris.


No Brasil, porém, o Maracanã foi demolido para ser feito outro, embora o lendário santuário do futebol tenha sido reformado para os Jogos Pan-Americanos de 2007.


Do mesmo modo, acontece com o Mineirão, e na São Paulo do Morumbi, do Pacaembu e da nova arena do Palmeiras, ergue-se, em Itaquera, o Fielzão, para o Corinthians.


No Rio de Janeiro, por sinal, existe o mais moderno estádio do país, o Engenhão, inaugurado no Pan e nem cogitado para receber jogos da Copa.


Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Fortaleza também estão na festa dos estádios, seja na reforma do Beira-Rio, na ampliação da Arena da Baixada ou da reconstrução da Fonte Nova e do Castelão.


Enquanto isso os aeroportos, as estradas, a rede hospitalar, a hoteleira... Em torno da construção de arenas esportivas, por sinal, não são poucas as mentiras que se inventam para justificá-las. Não é verdade que sejam, necessariamente, polos de progresso para as regiões em que se instalam e basta olhar exatamente para a região do Engenhão para constatar.


Do mesmo modo acontece no Soweto, em Joanesburgo, que não foi beneficiado pela construção do Soccer City, um estádio desnecessário e a quatro quilômetros do histórico Ellis Park, o estádio em que Nelson Mandela quebrou de vez o preconceito dos negros com o rúgbi, esporte dos brancos, ao ir prestigiar a final da Copa do Mundo da modalidade.


É famosa a história que cerca a New Orleans Arena, inaugurada em 1999 com capacidade para receber vinte mil pessoas que só provou mesmo sua utilidade, segundo os habitantes da cidade na Louisiana, quando o furacão Katrina, em 2005, destruiu a região e o ginásio foi usado como abrigo dos que perderam tudo.


O SIGNIFICADO DE UMA COPA DO MUNDO


É preciso ter claro o significado de uma Copa do Mundo. O livro Soccernomics, escrito por Simon Kuper, colunista esportivo do Financial Times, e pelo economista Stefan Szymanski (Editora Tinta Negra, 310 pp.), mostra que a Copa do Mundo nada mais é que o anúncio, que dura trinta dias, de um país. Anúncio que corre apenas só um risco: ser um mau anúncio. O livro demonstra que sede alguma de Copa do Mundo ganha dinheiro por recebê-la, mas que a questão nem é essa. Os autores convidam os governantes a falar a verdade para seus povos e a fazer a pergunta que os verdadeiros estadistas devem fazer: quanto custa manter um país feliz por um mês? Conforme for a resposta, vale a pena pagá-lo e, de fato, quem recebe um evento como a Copa do Mundo de futebol passa trinta dias feliz e orgulhoso. Não é preciso, portanto, mentir, inventar e, muito menos, criar monstros como as licitações e orçamentos secretos.


O governo Lula obteve vitórias incontestáveis ao trazer os dois maiores eventos da humanidade, a Copa e a Olimpíada, para o Brasil. E foi ele, porque tanto Ricardo Teixeira quanto Carlos Nuzman, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, em governos anteriores desde Fernando Collor, tinham tentado e amargado mais que fracassos, verdadeiras humilhações.


Foi exatamente na gestão do presidente monoglota que as vitórias vieram e países como os Estados Unidos, com Barack Obama na campanha, foram derrotados.


O risco, no entanto, dos enormes triunfos se transformarem em derrotas escandalosas existe e não é pequeno. Porque se o Brasil pode perfeitamente fazer a Copa do Mundo do Brasil no Brasil (se a África do Sul fez, por que não faríamos?), não pode, nem deve, fazer a Copa do Mundo da Alemanha no Brasil.


E a orgia das construções de novos estádios, em vez de priorizar o legado às cidades, demonstra que estamos tentando dar um passo maior que nossas pernas.


No finzinho do primeiro tempo é preciso lembrar que, em artigo assinado na página 3 da Folha de S. Paulo, Teixeira garantiu que esta seria a Copa da iniciativa privada. Mas um estudo do Tribunal de Contas da União já demonstrou que nada menos do que 98,5% do que se gastará para fazer a Copa será de dinheiro público, do BNDES, da Infraero e da Caixa Econômica Federal, sem falar de incentivos e isenções fiscais, porque, como se sabe, a Fifa não pagará nem um tostão de impostos por tudo que disser respeito à Copa.


É hora do intervalo, para pensar.


Todo e qualquer país que se candidate a receber uma Copa do Mundo, do mais poderoso ao mais humilde, de quebra entrega boa parte de sua soberania.


Porque a Fifa, que se orgulha de ter mais filiados que a ONU (e tem mesmo, 208 contra 192), não brinca em serviço e tem sede pantagruélica. Basta dizer que a cerveja que patrocina a entidade, dos Estados Unidos, foi a única encontrável nos estádios da orgulhosa Alemanha, para desespero do Partido Verde local, indignado com o desrespeito à tradição, e à qualidade, da bebida alemã.


No Brasil não chegaremos a tanto, mas veremos a suspensão da lei que impede a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, porque a mesma Budweiser vem aí.


INFLUÊNCIA DO FUTEBOL NA VIDA DAS PESSOAS


Ao tratar da importância que o esporte assumiu no mercado do entretenimento, Hilário Franco Júnior  mostra que 3% do PIB europeu vêm dele, com parcela importante do valor constituída pelo que o futebol gera. Calcula-se que o futebol gere empregos para 450 milhões de pessoas pelo mundo afora, o que permite dizer que, direta ou indiretamente, cerca de dois bilhões de almas vivem do esporte, quase 1/3 da população mundial.


Ainda segundo Franco revela, o estudo “Soccereconomics 2006”, feito pelo banco holandês ABN-AMRO, “estimou em 0,7% a taxa suplementar de crescimento no país que ganhasse o Mundial daquele ano, em função do maior consumo de bebidas, comidas, material esportivo e suvenires, mas sobretudo devido ao aumento da autoestima nacional, que leva a população a investir e consumir mais”.


Artigo completo: http://interessenacional.uol.com.br/artigos-integra.asp?cd_artigo=119


Fonte: Revista Interesse Nacional – Ano 4 - Edição 15 - Outubro a Dezembro de 2011


Comentário


A Copa na África do Sul em 2010 teve um público médio de 49.670 pessoas. Podemos utilizar como base a média da Copa na África para uma estimativa aceitável.


São 48 jogos na primeira fase, 8 nas oitavas, 4 nas quartas, 2 nas semi-finais e 2 nas partidas finais, totalizando 64 jogos na configuração atual da Copa do Mundo. Portanto, podemos estimar que o público da Copa 2014 será de aproximadamente 3.178.800.


Preço do Ingresso da Copa 2010


O Valor do Ingresso para assistir a Primeira Partida do Torneio Mundial custa entre US$ 70,00 e US$ 450,00.


Os Ingressos mais baratos para assistir as partidas intermediárias custam em média US$ 20,00.


Nas semi-finais o preço médio será em torno de US$ 100,00 e US$ 600,00 e na grande final deverá custar por volta de US$ 900,00.


Estimativa de arrecadação


Estimando o preço médio do ingresso em 200 dólares


Total de arrecadação: 636 milhões de dólares


Estimativa de gasto do Brasil em infraestrutura e estádios: 6 bilhões de dólares


Estimativa de turismo estrangeiro: 500 mil


Permanência media no país – 17 dias


Gasto médio por dia – 370 dólares


Arrecadação: 3 bilhoes de dólares


Obs: Na Copa do Mundo da África do Sul,  o país recebeu 350 mil turistas


A arrecadação de gasto de turismo pode ficar na faixa de: 2 a 3 bilhões de dólares


O que o governo vende para a população são os benefícios indiretos  a longo prazo da realização da Copa, turbinando  benefícios sociais, emprego, turismo e melhorias na infraestrutura.


Mas após a Copa vem a ressaca da realidade, abrindo as cortinas do país para violência, seqüestro, problemas na saúde  pública,  falta de perspectiva educacional para os jovens. Na realidade o governo não está preparando o país para o futuro na busca de conhecimento, do saber, aumentando a escolaridade da classe pobre, etc.


Á grosso modo, lembra o carnaval do pré-sal, distribuímos uma falsa riqueza antes de produzir.


Quem ganha com a  Copa


Na Copa da África do Sul o dinheiro usado para o Mundial pelo governo seria suficiente para construir casas para 12 milhões de sul-africanos que vivem em favelas.


Do outro lado, a Fifa arrecadou US$ 3,2 bilhões em renda com o evento, sem pagar um centavo sequer em impostos ao país sede.  


O mote do governo e da Fifa


 O slogan do governo é o mesmo da FIFA. Na Copa da África do Sul, a FIFA disse que o Mundial deve ser visto de outra maneira,  a longo prazo, todos vão ganhar.


O problema é que os governos devem ficar com os elefantes brancos, que são os estádios, ou melhor, as arenas, financiadas totalmente pelo governo federal e algumas com isenções fiscais.


Realidade do futebol no Brasil


-Preço do ingresso no campeonato Brasileiro: 3 a 45 dólares


-Arrecadação dos clubes até setembro: 36 milhões  de dólares


Manutenção de estádios atuais:


-Fica na faixa de :  16 mil a 114 mil dólares


Média de publico pagante:


-Melhores times : 23.000


-Média geral: 7.253


Quem pagará a manutenção dos novos estádios após a Copa?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Confirmada morte de Muammar Gaddafi

O premiê interino da Líbia, Mahmoud Jibril, junto com líderes do governo interino da Líbia, confirmou a autoridades americanas que o ditador líbio Muammar Gaddafi foi morto, nesta quinta-feira (20), em Sirte, segundo informações da agência de notícias AP.


"Esperávamos este momento há muito tempo. Gaddafi está morto", disse Jibril, em uma conferência de imprensa, em Trípoli.


O líder militar do Conselho Nacional de Transição (CNT), Abdel Hakim Belhaj, afirmou, em entrevista à TV Al Jazeera, que o ex-ditador líbio foi morto e as informações foram repassadas a autoridades dos Estados Unidos. Os EUA e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ainda não confirmam a informação da morte. O presidente americano Barack Obama irá fazer uma declaração oficial sobre o assunto às 16h (horário de Brasília).


Segundo a emissora de televisão Al Jazeera, o corpo do ex-líder líbio foi colocado em uma mesquita em Misrata. A televisão Al Arabiyya confirmou que o corpo de Gaddafi estava em Misrata, mas em um centro comercial no bairro de Souq Tawansa.


O ministro da Informação do CNT, Mahmoud Shammam, também confirmou a morte de Gaddafi à rede americana CNN. Segundo Shamman, "hoje é dia de grande vitória para o povo líbio".


A morte de Gaddafi também foi confirmada pelo vice-presidente do CNT, Abdul Hafiz Ghoga, e pelo comandante Abdel-Basit Haroun, também do CNT, que afirmou que o ex-líder foi morto em um ataque aéreo da Otan a um comboio que tentava deixar a cidade líbia de Sirte.


"Nós anunciamos ao mundo que Gaddafi foi morto pelas mãos da revolução", declarou o porta-voz do CNT, Abdel Hafez Ghoga.


"É um momento histórico. É o fim da tirania e da ditadura. Gaddafi encontrou seu destino", completou.


O porta-voz do CNT em Misrata, Abdullah Berrassali, também confirma a morte do ex-ditador Gaddafi. O canal de TV Al Jazeera já veicula uma imagem do corpo do ditador, supostamente morto.


Outras fontes como o Conselho Militar de Misrata e o líder Abdel Majid, do CNT, apenas afirmam que o ex-ditador está ferido. “Ele foi capturado e está ferido nas duas pernas”, afirmou Abdel Majid, um dos líderes do Conselho Nacional de Transição, à agência Reuters. “Gaddafi foi levado por uma ambulância”, acrescentou.


Um vídeo que circula entre os combatentes do CNT em Sirte mostra imagens feitas com um telefone celular do que aparenta ser o corpo de Gaddafi ensanguentado. Nas imagens granuladas, observadas por um correspondente da AFP, vários ativistas do CNT gritam de maneira caótica ao redor de uma pessoa de uniforme cáqui com sangue no rosto e pescoço. O corpo é levado pelos combatentes e colocado em uma caminhonete.


Fonte: UOL Notícias-20/10/2011


Comentário: Agora vem a realidade, as diferenças ideológicas e sociais. A base da estrutura social da Líbia é a tradição tribal.


O que Gaddafi deixou; educação pública gratuita, e 85% da população é alfabetizada. A assistência médica gratuita e acessível.


A democracia exige a convivência ideológica e social  de diversas matizes da sociedade. Como um país desde a sua independência (1951) com regime político de monarquia e depois ditadura,  poderá criar um sistema político democrático do estilo ocidental?  Ou criará uma falsa democracia do estilo iraniana? A religião predominando no sistema político?. É muita ingenuidade dos países ocidentais que os países do  mundo árabe criarão  sistema de governo semelhante ao ocidental.  Como se diz os jovens faz a guerra e os velhos cuidam da política. Os mais velhos  ocuparão o centro político com seus vícios enraizados socialmente e ideologicamente, não se preocupando com os anseios das gerações mais novas, quanto a liberdade, representatividade  política, emprego, etc.