A inflação elevada e a recessão econômica na Argentina
elevaram o índice de pobreza urbana do país para 32% no segundo semestre de
2018, uma alta de 4,7 pontos percentuais ante a primeira metade do ano,
mostraram dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos
(Indec) nesta quinta-feira (28/03).
Na comparação com o segundo semestre de 2017, a pobreza
urbana cresceu 6,3 pontos percentuais no país. São 8,9 milhões de argentinos vivendo
nessa situação.
Além disso, 6,7% da população, ou 1,8 milhão de pessoas,
vive abaixo do nível de indigência, um crescimento de 1,8 ponto percentual ante
o semestre anterior. São números que "doem", admitiu o governo
argentino. "A pobreza dói, claramente.
O empobrecimento da população coincide com a aceleração da
inflação, que encarece a cesta básica e serviços utilizados para medir a linha
de indigência e pobreza. O índice de preços ao consumidor acumulou alta de
47,6% na Argentina no ano passado, maior avanço em 27 anos, diante de uma queda
de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para calcular as cifras, o Indec leva em consideração o
nível de vida nos 31 centros urbanos mais povoados do país, o que abrange 27,8
milhões de pessoas. A Argentina tem mais de 40 milhões de habitantes.
O relatório publicado é o sexto sobre pobreza realizado pelo
Indec desde que Macri chegou ao poder. Além disso, esta é a segunda vez nos
últimos três anos que o instituto registra uma alta no índice de pobreza.
Para encarar a crise econômica, Macri fez um acordo com o
Fundo Monetário Internacional (FMI) para um empréstimo de 57 bilhões de dólares
e se comprometeu a realizar um ajuste que permita ao país encerrar o ano em
equilíbrio fiscal. Fonte: Deutsche Welle-30.03.2019
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