segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Avaliação de professores

Meritocracia nos EUA - Desempenho fraco provoca demissão de 165 professores

Uma notícia pegou de surpresa as escolas públicas do Distrito de Colúmbia, onde fica a capital dos EUA, Washington. Duzentos e quarenta e um professores foram demitidos – 165 deles por terem fraco desempenho em sala de aula, com base em um novo sistema que avalia os educadores, aplicado pela primeira vez no último período escolar.

– Todas as crianças e adolescentes em escolas públicas do Distrito de Colúmbia têm o direito de ter um professor muito eficiente, em todas as salas de aula de todos os bairros desta cidade. Este é o nosso compromisso – declarou Michelle A. Rhee, que tem um cargo equivalente ao de secretária de Educação do Distrito de Colúmbia.

A avaliação, conhecida como Impact, é a principal ferramenta que o governo local usará todos os anos para determinar o desempenho de seus cerca de 4 mil professores. Além dessas demissões, outros 737 educadores foram avaliados como “minimamente eficientes” e terão um ano para melhorar seu desempenho – caso contrário, também serão dispensados. Além disso, dos 241 educadores, 76 foram demitidos por não cumprirem os pré-requisitos do governo federal para dar aulas.

O Sindicato dos Professores de Washington já declarou que contestará algumas demissões. Líderes sindicais e outros educadores criticaram duramente o Impact, desenvolvido em parceira com uma consultoria privada. Eles afirmam que o sistema é complexo demais e baseado em uma metodologia estatística pouco confiável para relacionar os resultados dos testes aos professores individualmente. Desempenhos fracos, porém, geralmente não podem ser contestados, a não ser que o sindicato consiga provar que houve erros no processo de avaliação.

As demissões colocam o sistema de ensino público na dianteira de um movimento nacional – iniciado, em parte, pela competição Race to the Top, lançada pelo governo Barack Obama para distribuir US$ 3,4 bilhões em recursos para escolas que apresentem planos ambiciosos de excelência – para avaliar com mais eficiência o desempenho dos professores.

O sistema Impact

■ Todos os professores são observados em sala de aula cinco vezes durante o ano por diretores de outras escolas e especialistas em educação.

■ Eles recebem notas em 22 quesitos de nove categorias, como presença em sala de aula, gerenciamento do tempo, clareza ao apresentar o objetivo da lição e certeza de que os estudantes de todos os níveis de aprendizado entenderam a matéria.

■ Depois da observação inicial, os professores recebem um “plano de crescimento” que cita seus pontos fortes e fracos.

■ No fim do ano, o desempenho do professor – baseado nas observações em sala de aula, eventuais testes aplicados aos estudantes, crescimento no aprendizado dos alunos e contribuições gerais à comunidade – é convertido em uma nota de 100 a 400.

■ Professores com menos de 175 pontos podem ser demitidos. Entre 175 e 249 pontos, são considerados “minimamente eficientes”. E, entre 250 e 400 pontos, são considerados “eficientes” ou “muito eficientes”.

Fonte: Zero Hora - 24 de julho de 2010

Comentário: Mérito é premiar com promoção e aumento de salário os professores mais capazes, valorizar o professor de acordo com seu empenho e dedicação bem como com seu sucesso nos conteúdos de sua especialidade. Interessante nesse aspecto, que o sindicato dos professores é contrário, mas esquecem que os professores avaliam os estudantes de acordo  com  as matérias  ensinadas nas salas de aula, mas quem avalia se os professores realmente  foram capazes de transmitir essas matérias com eficiências?

O que falta ao Estado é avaliar o funcionário público de acordo com o seu desempenho em função das atividades que realiza, das metas estabelecidas, dos resultados alcançados e do seu potencial de desenvolvimento.

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